Série Minerais do Brasil - Rio Grande do Sul

Principais ocorrências minerais do Rio Grande do Sul
(Série Minerais do Brasil - Rio Grande do Sul)
Série Minerais do Brasil, oficina
No estado há mais de 50 minerais catalogados entre gemas, minerais não-metálicos e minerais metálicos como o ouro.
A Ágata e a Ametista são as pedras preciosas mais importantes do Estado, ocorrendo em íntima associação em muitos jazimentos.
Informações sobre o ouro no estado se encontra no final deste artigo.

Minerais do Rio Grande do Sul:
Albita, Analcite, Anidrita, Anortita, Apatita, Apofilita, Azurita, Barita, Biotita, Bornita,
Calcita, Cavansita, Celadonita, Chabazita variedade: Facolita, Chabazita-Ca, Calcocita, Calcopirita, Clorapatita, Cromita, Cobre, Coríndon, Delessita, Diopsídio, Epistilbita,
Ferberita, Fluorapofilita- (K), Fluorita, Galena, Goetita, Ouro, Gesso variedade: Selenita, Hematita, Heulandita, Ferro variedade Kamacita, K Feldspato, Laumontita,
Lepidocrocita, Lévyne, Limonita, Magnetita, Malaquita, Maskelynita, Merrilita, Ferro Meteorítico, Microclina, Moganita (sim, MOGANITA e não morganita, que é outro mineral), Mordenita, Muscovita variedades: Illite e Phengite, Natrolito, Nekoite, Nontronite, Opala variedades: Opala de fogo comum e Hialita, Plessita, Pirita,
Quartzo variedades: Ágata, Ametista, Cornalina, Calcedônia, Citrino, Quartzo ferruginoso, Ônix, Quartzino e Cristal de rocha,
Escolecita, Siderita, Prata, Esfalerita, Estellerita, Estilbita-Ca, Taenita, Titanita, Turmalina, Troilita, Mica Branca, Grupo Zeólita e Zircão.

Pedras Preciosas e Minerais de Coleção do Rio Grande do Sul
Lista das principais gemas do estado e minerais de coleção que por via muitos são descartados devido a falta de conhecimento de alguns prospetores e garimpeiros face à abundância de minerais sem valor gemológico, minerais que pensam-se que não tem valor mas que podem ser valiosos para museus e colecionadores, e que ocorrem associados às principais pedras preciosas do estado. São minerais que, salvo raras exceções, não vêm sendo aproveitados comercialmente, perdendo-se nos rejeitos dos garimpos ou nas instalações de britagem.
GEMAS NO RIO GRANDE DO SUL
Distribuição de gemas menos comum no RS.

Ametista
É a mais importante das gemas produzidas no Rio Grande do Sul, estando presente em 64% dos jazimentos cadastrados. É encontrada em muitos locais da metade norte do Estado, geralmente associada à ágata, conforme se vê no cartograma inserido no mapa gemológico.
Sua maior concentração está no Médio Alto Uruguai, próximo à divisa com Santa Catarina, nos municípios de Ametista do Sul, Planalto, Iraí, Frederico Westphalen, Rodeio Bonito, Cristal do Sul, Gramado dos Loureiros e Trindade do Sul.

Classificação da Ametista:
a) na avaliação do geodo como um todo, são desejáveis peças grandes (mais de 1m), regulares na forma e no aspecto externo, pouco espessos e com revestimento externo de celadonita. Os geodos tipo capela são muito apreciados, mas formas ramificadas, por serem exóticas, costumam ter também boa aceitação. A presença de celadonita é tão importante que alguns geodos mais claros são pintados externamente com uma mistura de verniz incolor e celadonita pulverizada.
b) na avaliação do material que preenche os geodos, dá-se preferência às peças com camada de ágata fina (a menos que seja de boa qualidade), com pouco ou nenhum sal (cristal-de-rocha), com ametista em cristais bem desenvolvidos e formando camada espessa. Agregados exóticos de outros minerais também valorizam a peça.
c) na avaliação dos cristais de ametista, dá se mais valor aos que têm tom escuro, cor homogênea, poucas fraturas e inclusões e que sejam bem desenvolvidos.

Ametista tratada:
Um grande volume de cristais de boa transparência mas com cor fraca são submetidos a tratamento térmico (queima), sendo assim transformados em citrino amarelo-claro, laranja ou vermelho. Esse tipo de gema é comercializada, muitas vezes, com as equivocadas denominações de topázio Rio Grande ou citrino Rio Grande, ambas condenadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas e outras entidades.
Nesse processo, a ametista, em drusas ou cristais isolados, é imersa em areia grossa e levada ao forno dentro de uma forma de ferro. Pedaços maiores são simplesmente empilhados no forno. A temperatura de transformação fica em torno de 475º C, mas é determinada sempre mediante teste com pedaços pequenos, pois se é ultrapassada em alguns poucos graus o material torna-se leitoso (louçado). O aquecimento deve ser gradual (seis a sete horas), o mesmo ocorrendo com o resfriamento, sobretudo quando o material não está imerso em areia.

Ágata
É mais abundante, no Rio Grande do Sul, que a ametista e o cristal-de-rocha, tendo sido encontrada em 71% dos jazimentos cadastrados. É produzida principalmente na região central do Estado. Salto do Jacuí é o maior produtor (80-90% da produção total), em garimpos situados ao longo dos rios Jacuí e Ivaí. Outros municípios que a produzem são Quaraí, Sant´Ana do Livramento, Soledade, Fontoura Xavier, Progresso, Frederico Westphalen, Rodeio Bonito, Cristal do Sul, Iraí, Ametista do Sul, Planalto, David Canabarro, Campos Borges, Fortaleza dos Valos, Segredo e Sobradinho.
Lavras abandonadas existem em Itaqui, Maçambará, Júlio de Castilhos, Santo Antônio das Missões, São Francisco de Assis, Itacurubi, Santiago, Unistalda, Lagoão, Boqueirão do Leão, Travesseiro, Santa Clara do Sul, Capitão, Vicente Dutra, Caxias do Sul e Mato Castelhano.

Classificação da Ágata:
A ágata mais comum e mais valiosa é a do tipo Umbu.
Outros tipos são calcedão (também muito apreciada), pedra oca, pedra de massa
(totalmente preenchida), oca lisa (sem cristais no interior) e oca base. O calcedão é um geodo plano-convexo (plano na base), sob o qual aparece uma placa de opala branca (calço). Acima dessa opala, que não tem valor comercial, há uma zona de ágata cinza, bandada, igualmente sem valor e, sobre ela, uma zona aparentemente homogênea mas que dá faixas retas e paralelas quando tingida.

Se o geodo contiver inclusão fluida (ágata enhydro) em volume apreciável (pedra d’água), será classificado à parte, pois é muito procurado pelos comerciantes.

No que diz respeito aos minerais presentes, os geodos mais comuns são aqueles preenchidos por ágata apenas ou por ágata e cristal-de-rocha. A presença de outras espécies, como calcita e zeólitas, pode aumentar bastante o valor da peça.

A ágata no sul do Brasil tem sua origem geológica no Basalto.

Ágata, tratamentos:
 Grande parte da ágata produzida é submetida a tingimento, prática adotada em todo o mundo. O processo pode ser a frio ou a quente, caracterizando-se o primeiro por ser mais demorado, mas com cor final estável, o que nem sempre ocorre com o tratamento a quente.

 O produto final não sofre variação de preço pelo fato de ter sido submetido a tingimento. 

Outros Tipos de Calcedônia
 São produzidos também, na região, alguns tipos diferentes de calcedônia, com cristal-de-rocha ou não, que recebem nomes comerciais específicos.
Geodinhos:
geodos de 2-6 cm, parcialmente preenchidos, que são serrados ao meio ou em placas, para uso em chaveiros ou como pingentes, neste caso às vezes combinados com outras gemas e
metais. As chapas polidas costumam mostrar interessantes desenhos esbranquiçados em forma de pluma.

Ágata casca de giz:
muito comum em vasta porção do Estado, trata-se de uma ágata que tem, na parte externa, uma capa branca, com aparência semelhante à do giz. É geralmente muito friável, prejudicando o aproveitamento, mas pode ter consistência suficiente para permitir corte e polimento.

Jaspágata:
 Outro material semelhante a jaspe é encontrada nesta região do estado, mas com porções bandadas do tipo da ágata, de cores verde e vermelha, menos brilhante e menos translúcido que a ágata. Essa variedade é chamada na literatura gemológica de Jaspágata.

Informação sobre a Ágata enidro:
Geodo Enhydro, encontrado no sul do Brasil.
As ágatas enidro são nódulos, ágatas ou geodos com água presa dentro de sua cavidade. Enidritos estão intimamente relacionados às inclusões fluidas, mas são compostos de calcedônia. A formação de enidritos ainda é um processo em andamento, com espécimes datados da Época Eocena. Eles são comumente encontrados em áreas com rocha vulcânica.

Cristal-de-Rocha
 Aparece em toda a área de rochas vulcânicas da Formação Serra Geral, sendo mais abundante que a ametista e quase tão frequente quanto a ágata. Sua presença foi registrada em 69% dos jazimentos de gemas cadastrados, mas como os garimpeiros não encontram interessados em adquiri-lo, é jogado no rejeito. Com isso, danificam-se irremediavelmente drusas e geodos valiosos como peças de coleção, entre os quais vêem-se até cristais de 10 cm de largura.

Em Santiago, há um tipo curioso de cristal-de-rocha, caracterizado por cristais com disposição radial centrífuga, formando colunas. Recebe, por isso, na região, o nome de quartzo abacaxi.
Abacaxis de quartzo de Santiago
Abacaxis de quartzo de Santiago.
Peças do acervo do Museu de Geologia da CPRM

Xilólito
(madeira fossilizada, madeira petrificada)
A madeira silicificada que ocorre no Rio Grande do Sul já foi muito exportada (para o Japão e Estados Unidos) e utilizada aqui como gema e principalmente para objetos decorativos, etc. Sua extração está suspensa, e em alguns locais até é proibido pelo Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM).
Por ser material de interesse científico, o DNPM suspendeu a lavra e designou uma equipe para avaliar a extensão e importância dos jazimentos. Segundo geólogos, as áreas de ocorrência são muito maiores do que se supunha, principalmente nas regiões próximas a Santa Maria, Mata, São Pedro do Sul e São Vicente do Sul.
 Foram encontrados dezessete jazimentos de troncos gigantescos em uma
área de 200 x 20 km.
As principais jazidas de madeiras fossilizadas estão nos municípios de Mata e São Pedro do Sul, na região central do estado, e também
em São Vicente do Sul, Aceguá e São Gabriel, sendo conhecidos jazimentos ainda
em Butiá, Pantano Grande e São João do Polêsine.
 O material ocorre em rochas sedimentares do Grupo Rosário do Sul (Triássico Superior).

Veja mais informações sobre Madeira fossilizada no Rio Grande do Sul em:

Citrino
(cristal amarelo)
 Apesar de valer menos que a ametista, o citrino é mais raro que ela e, no Rio
Grande do Sul, praticamente não existe. Em Caxias do Sul, foram encontrados alguns geodos dessa gema, de cor fraca e pouco transparentes. O citrino ocorre junto
com ágata, ametista, cristal-de-rocha e um quartzo enfumaçado, em geodos de basalto avermelhado, microvesicular, localmente muito silicificado.
 Informações de garimpeiros dão conta de sua existência em Lagoão.
 O citrino é também submetido a tratamento térmico, visando à obtenção de
gemas mais escuras. É importante ressaltar que os produtores costumam chamar de
citrino a ametista não lapidável, passível de transformação por tratamento térmico.
Os garimpeiros invariavelmente atribuem a cor da gema a fogo, queda de
raio ou exposição ao sol.
 Não se incluiu sob a denominação de citrino o quartzo amarelado em que a cor parece ser devida a deposição secundária de óxido de ferro entre os cristais do geodo.

Serpentinito
No município de Bagé, há produção de serpentinito policromático. Trata-se de um material atraente e fácil de ser trabalhado. Ocorre em área de afloramento do Grupo Cambaí, Formação Cerro Mantiqueira.

Cornalina
(pedaço vermelho, pedra-cera, carne-de-vaca)
 A calcedônia de cor alaranjada a vermelha aparece em muitos locais, mas
usualmente em peças pequenas. Em Lagoão, podem ser obtidos exemplares de bom tamanho e boa cor, chamados pelos garimpeiros por nomes diversos e, pela indústria, simplesmente de ágata cornalina. É abundante na Fronteira Oeste, sendo menos comum na área Lagoão, Progresso e Arvorezinha. No restante do Estado é rara ou está ausente.
As melhores cornalinas foram encontradas em Lagoão. Belas amostras foram vistas em
Arvorezinha, Boqueirão do Leão, Caseiros e Mato Castelhano.

Concreção de Sílica
(medalha, conchinha de ágata)
Concreção de Sílica, concha de ágata.

Trata-se de chapas de calcedônia, de cor cinza, preta ou bege, geralmente com até 5 mm de espessura e 3 a 4 cm de diâmetro, podendo atingir 20 cm. Uma das faces pode ser revestida de microcristais de quartzo incolor, o que lhe dá aspecto cintilante. Estas podem ser aproveitadas como gema, mediante simples limpeza com ácido e colocação de um alfinete de segurança no lado menos atraente, para uso como broche. Essa gema, aqui chamada de concreção de sílica na falta de termo mais apropriado, tem sido exportada para a França e talvez outros países.
 Essas concreções costumam ocorrer em solos formados a partir de riodacitos, sendo mais raramente vistas na própria rocha, dentro de geodos, em fraturas ou em espaços vazios entre planos de fluxo da lava de rocha vulcânica rica em amígdalas.
A área de ocorrência é limitada por Vila Lângaro, Salto do Jacuí, Santa Clara
do Sul e Encantado, incluindo os municípios de Jari, Ibirapuitã, Tunas, Soledade, Barros Cassal, Arvorezinha, Progresso, Boqueirão do Leão, Ibiraiaras, Ciríaco, Muliterno, Água Santa e Vítor Graeff. Ocorre também em Passo Fundo.

Obsidiana
Aparece em vários locais do estado. Há ocorrências em Barracão, Nova Bréscia, Cambará do Sul (Itaimbezinho) e Vacaria.
Testes de laboratório feitos com obsidianas de Campos Novos (SC) e Nova Bréscia (RS) mostraram que o material tem resistência suficiente para a fabricação de cabuchões, mas é muito poroso, o que impede a obtenção de bom brilho.

Ônix
Esta variedade de calcedônia de cor preta é abundante nos garimpos de ágata de Salto do Jacuí. É também encontrada, igualmente nos municípios de Santiago, São Francisco de Assis, Bossoroca, São Paulo das Missões, Quevedos, Tupanciretã, Dezessete de Novembro, Itaara, Caxias do Sul, Quaraí, Sant’Ana do Livramento, Alegrete, Ibirapuitã, Lagoão, Arvorezinha e Capitão.

Jaspe
Em algumas regiões, encontra-se, com relativa freqüência, jaspe verde e, menos comumente, avermelhado. A área mais rica é o Médio Alto Uruguai. Foram cadastrados jazimentos em Quaraí, Sant’Ana do Livramento, Lagoão, Frederico Westphalen, Iraí, Cristal do Sul, Ametista do Sul, Caiçara, Planalto e Rio dos Índios.

Turmalina
 Em pegmatitos do município de Encruzilhada do Sul, pode-se encontrar
schorlita (turmalina preta) em quartzo. Os poucos jazimentos cadastrados não têm,
todavia, importância.

Quartzo Fumê
(quartzo enfumaçado)
Esta variedade de quartzo é muito rara na Formação Serra Geral, havendo sido encontrada em alguns poucos geodos em Caxias do Sul. Cristais mais bonitos mas igualmente raros existem na Serra do Rio do Rastro, em Santa Catarina.

Opala-de-fogo
 Várias informações sobre a existência de opala-defogo em Soledade, Mormaço e outros municípios próximos. Também ocorre em Espumoso, Tunas, Barros Cassal, Campos Borges e Lajeado.
Podem atingir até 60 cm de diâmetro, são translúcidas a transparentes.

Hialita
(variedade de opala)
Opala hialitas é uma variedade rara de opala. Estão catalogadas como encontradas nos municípios de Campos Borges e Lajeado.

Minerais para Coleção
Calcita
Calcita (dente de cão)
Calcita (dente de cão) na matriz de Ametista, Iraí, RS

 Comum nos basaltos e bem mais rara em riodacitos, a calcita é abundante nas regiões nordeste, norte e noroeste do Estado, mas tem maior importância no
Médio Alto Uruguai. Em Frederico Westphalen, há garimpos a céu aberto, que
fornecem geodos de até 120 kg e onde a ametista é apenas um subproduto, de pouca importância. Esses garimpos fornecem cristais de grande beleza, principalmente os do tipo dente-de-cão, além de massas esféricas. Cristais de grande beleza foram encontrados também em Iraí, Coqueiro Baixo, Imigrante e Não-Me-Toque.
Nos garimpos de ametista do Médio Alto Uruguai, belas drusas de calcita
são desprezadas, como rejeito. Em Cambará do Sul, encontrou-se grande geodo
com bela associação de estilbita escura sobre calcita.

Selenita
(pedra-gelo)
A selenita (gipsita incolor) ocorre em garimpos de Santa Lúcia, município de Planalto, onde aparece em peças excecionais quanto à beleza e ao volume. Agregados cristalinos muito límpidos e de várias toneladas foram já extraídos e exportados.

Agregados Irregulares de Ametista
(flor de ametista, formações de ametista, pratinhos, esquisitos, barreiros)
A ametista forma, sobretudo no Médio Alto Uruguai, agregados irregulares, em que aparece geralmente sem brilho mas em formas bizarras, que as tornam belas peças para coleção. Recebem diversos nomes nos garimpos e atingem preços às vezes levemente superiores aos da calcita. Há também agregados de ametista com quartzo, calcita e outros minerais, igualmente de formas estranhas, que os garimpeiros chamam de esquisitos e barreiros, e que podem também ser aproveitados como peças de coleção.

Quartzo Pseudomorfo sobre Anidrita
(palheta)
Quartzo Pseudomorfo sobre Anidrita
Quartzo Pseudomorfo sobre Anidrita

No Médio Alto Uruguai, ocorrem arranjos muito bonitos e originais formados por cristais de quartzo prismáticos e, às vezes, ocos, muito provavelmente em pseudomorfose sobre anidrita. Conhecidos pelos garimpeiros como palhetas, esses agregados costumam ter cor esbranquiçada, podendo ser esverdeados. O fato de ocorrer como subproduto da ametista tem propiciado seu aproveitamento econômico como peça de coleção.

Zeólitas
Os basaltos são também rica fonte de minerais do grupo das zeólitas, que podem formar agregados cristalinos de rara beleza, com uma ou mais espécies. Nos riodacitos e riolitos, elas aparecem em menor quantidade, com menos beleza, mas em maior variedade.
 A área de ocorrência situa-se principalmente na região nordeste do Estado, com algumas ocorrências no Médio Alto Uruguai e na região Lajeado, Soledade, Salto do Jacuí.
Outros minerais do grupo das Zeólitas incluem:
Heulandita, escolecita e estilbita são as espécies mais abundantes no estado, mas foram encontradas também laumontita, analcima, faujasita, clinoptilolito, mordenita, erionita, gonnardita, stellerita, gmelinita, mesolita, levynita, epistilbita, cabazita e heulandita.

Opala comum
A opala sem jogo de cores, usualmente branca mas muitas vezes com manchas marrons e cinza-amarronadas, é abundante em Salto do Jacuí, onde aparece na base dos geodos, recebendo dos garimpeiros o nome de calço. É totalmente desprezada por eles, mas pode ser valiosa para coleções. Em Fontoura Xavier, encontrou-se uma opala comum de cor azul, de rara beleza. No mesmo local, encontrou-se um cristal de selenita, única ocorrência conhecida fora do município de Planalto. Não se achou opala preciosa nem opala-de-fogo. Convém ressaltar que há garimpeiros que chamam de opala uma calcedônia mais lisa que o normal.

Enidrita
(pedra-d’água)
Geodos de ágata e cristal-de-rocha contendo inclusões fluidas são relativamente comuns nos basaltos e têm corte e polimento de uma superfície suficientemente próxima da cavidade central para mostrar a inclusão da água. Popularmente conhecidos como pedras-d’água, esses geodos ocorrem provavelmente em toda a extensão de rochas vulcânicas mesozóicas. Foram encontrados em Salto do Jacuí, Cerro Branco, Lagoão, Fontoura Xavier, São José do Herval, Progresso, Soledade e Nova Bréscia.

Quartzo Rosado
No Médio Alto Uruguai, ocorrem geodos de quartzo, em microcristais rosados. É um quartzo bem diferente do quartzo róseo (quartzo rosa) produzido em outros Estados e muito incomum no comércio, razão pela qual prefere-se chamá-lo aqui de quartzo rosado.

Quartzo com Goethita
Nos garimpos de ametista do Médio Alto Uruguai, ocorrem com relativa frequência geodos de cristal-de-rocha ou ametista contendo inclusões aciculares de goethita preta ou dourada, muitas vezes orientadas. Apesar de serem belas peças para coleção, esses geodos são totalmente desprezados pelos garimpeiros.

Outras Variedades de Quartzo
Em Linha Sete de Setembro, município de Palmitinho, foi encontrada uma drusa de quartzo com uma rara cor marrom-café, sem transparência. Acredita-se que essa cor seja devida a inclusões de óxido de ferro. Em Ibiraiaras, Água Santa, Vila Lângaro e Muliterno, aparecem, no solo, agregados de cristal-de-rocha, em que os cristais mostram disposição radial a partir da base. Esse arranjo lembra um pouco um buquê de flores, razão pela qual, na falta de um nome mais adequado, foram chamados pela equipe de quartzo antomórfico. Apesar de pequenos e, à primeira vista, parecerem apenas fragmentos de geodos, podem ter valor estético suficiente para serem considerados peças de coleção.
Outra variedade de quartzo criptocristalinos (calcedônia) que no Brasil só ocorre no Rio Grande do Sul é o Quartzino nas mediações do município de Barros Cassal.

Ouro no Rio Grande do Sul
(locais catalogados em banco de dados, podendo ocorrer em outros locais não mencionados)
ouro na matriz de magnetita, RS-BRASIL
Ouro na matriz de magnetita, São Sapé - RS

Ocorrência de ouro no estado ocorre nos seguintes locais:
Caçapava do Sul (mina e aluvião), Lavras do Sul (mina e aluvião) e Três Estradas.

Minerais e Rochas do Rio Grande do Sul

Fontes:

Densidade e Gravidade Específica de Meteoritos

Densidade de meteoritos
Densidade é o termo que define o peso de um objeto para seu tamanho. A densidade é geralmente expressa em unidades como gramas por centímetro cúbico (g/cc ou g/cm3), quilogramas por metro cúbico, libras por polegada cúbica, etc.
Densidade e Gravidade Específica de Meteoritos
Neste artigo todas as densidades estão medidas em gramas por centímetro cúbico (g/cm3).

As rochas variam consideravelmente em densidade, então a densidade de uma rocha é frequentemente uma boa ferramenta de identificação e útil para distinguir rochas terrestres (Terra) de meteoritos. Os meteoritos de ferro são muito densos, 7-8 g/cm3. A maioria dos meteoritos são condritos comuns, e os condritos comuns têm a metade dessa densidade. A maioria dos condritos comuns está na faixa de 3,0 a 3,7 g/cm3, que é mais denso do que a maioria das rochas terrestres.
Por exemplo, calcário (2,6 g/cm3 ou menos), quartzito (2,7 g/cm3) e granito (2,7-2,8 g/cm3) são todas rochas comuns de baixa densidade.
Alguns meteoritos têm baixas densidades (<3,0 g/cm3), mas esses meteoritos são raros entre os meteoritos. A densidade do basalto, um dos tipos mais comuns de rochas vulcânicas terrestres e geralmente confundidos como meteoritos, pode chegar a 3,0 g/cm3.
Acondrito, consiste em material semelhante a basaltos terrestres ou rochas plutônicas e foi diferenciado e reprocessado em um grau maior ou menor devido ao derretimento e recristalização sobre ou dentro dos corpos-mãe do meteorito. Como resultado, os acondritos têm texturas e mineralogias distintas indicativas de processos ígneos.

Tabela comparativa entre densidade de Meteoritos e de Rochas terrestres
Tabela comparativa entre densidade de Meteoritos e de Rochas
Gráfico adaptado do livro:
Field Guide to Meteors and Meteorites
Autores: Norton, O. Richard, Chitwood, Lawrence (2008)

Os únicos tipos de rochas terrestres mais densas que os meteoritos são os minérios - óxidos e sulfetos de metais como ferro, zinco e chumbo. Por exemplo, rochas compostas de hematita ou magnetita (óxidos de ferro) são frequentemente confundidas com meteoritos (ver concreções, "em breve"). Essas rochas têm altas densidades, 4,5-5 g/cm3, que são maiores do que qualquer tipo de meteorito rochoso.

Meteoritos rochosos
São cerca de 95% dos meteoritos recuperados na Terra.
Eles pertencem a dois grupos diferentes: condritos, que contêm esférulas de tamanho milimétricos, chamadas côndrulos, e acondritos, que não contêm essas esférulas.

Densidades de meteoritos por classificação
A densidade de um meteorito pode nos dizer muito sobre um determinado espécime. Como muitos tipos de meteoritos contêm um alto nível de metal, por exemplo, ferro e níquel, eles geralmente são significativamente mais pesados ​​do que as rochas terrestres comuns.
Abaixo está uma lista de densidades de meteoritos para uma série de várias classificações. Em alguns casos em que não foi possível determinar a porosidade de um meteorito, a densidade média de grãos dos minerais dos meteoritos é usada em vez da densidade total geral.
NOTA para as densidades de grãos que são um pouco maiores do que as densidades aparentes, pois não levam em consideração a porosidade das amostras.

Condritos comuns (Ordinário)
LL: 3.21 (± 0,22) - (Méd) 3.21, (Mín) 2.38, (Máx) 3.49.
L: 3.35 (± 0,16) - (Méd) 3.35, (Mín) 2.50 , (Máx) 3.96.
H: 3.40 (± 0,18) - (Méd) 3.40, (Mín) 2.80, (Máx) 3.80.
Entende-se na tabela, as médias de densidade devido a porosidade:
Média (Méd), Mínimo-alta porosidade (Mín) e Máximo (Máx)

Condritos Enstatitas
E: ?
EL: 3.55 (± 0.1)
EH: 3.72 (± 0.02)

Condritos Carbonáceos
CI: 2.11
CM: 2.12 (± 0.26)
CR: 3.1
CO: 2.95 (± 0.11)
CV: 2.95 (± 0.26)
CH: 3.44
CK: 3.47 (± 0.02) *
(* indica uma medição de densidade de grão).

Acondritos
Acondrito é o nome atribuído a qualquer meteorito lítico sem côndrulos.
Aubrites: 3.12 (± 0.15)
Diogenitos: 3.26 (± 0.17)
Eucrites: 2.86 (± 0.07)
Howardites: 3.02 (± 0.19)
Ureilites: 3.05 (± 0.22)
Shergotitos: 3.10 (± 0.04)
Chassignitos: 3.32 *
Nakhlites: 3.15 (± 0.07)
(* indica uma medição de densidade de grão).

Pedregoso/Ferro
Mesosideritas: 4.25 (± 0.02)
Palasitas: 4.76 (± 0.10)

Lunar
2.7 a 3.8**
(**Estimativa. Os meteoritos feldspáticos terão densidade mais baixa, enquanto os meteoritos basálticos terão maior densidade).

Ferro
Os meteoritos de ferro são compostos principalmente por uma mistura de Ferro/Níquel que frequentemente terá uma densidade de aproximadamente 7g/cm3 a 8g/cm3.
>>>>> º <<<<<

Gravidade Específica
local da queda do meteorito de Pernambuco
Para medir a densidade, é necessário medir o volume de uma rocha. Isso é difícil de fazer com precisão. Tão útil quanto a densidade, entretanto, é a gravidade específica sendo esta mais fácil de se executar.
meteorito de Pernambuco
A gravidade específica é a relação entre a massa (peso) de uma rocha e a massa do mesmo volume de água. A água tem densidade de 1,0 g/cm3, então o valor numérico da gravidade específica para uma rocha é o mesmo que para a densidade. Como a gravidade específica é uma proporção, ela não tem unidade.
meteorito de Pernambuco
A gravidade específica é mais fácil de medir do que a densidade. Para medir a gravidade específica, você precisa de uma balança ou escala com um gancho na parte inferior. A técnica é descrita na maioria dos livros de física do ensino médio e a maioria das escolas de ensino médio (ciências gerais e laboratórios de física) teria um equilíbrio de feixe único ou triplo que poderia ser usado para medir a gravidade específica. Pode ser difícil obter uma medida precisa para uma pequena rocha, por exemplo, <10 gramas.

Saiba como tirar a gravidade de sua pedra com a ajuda do site:
Meteoritos Brasileiros
abrindo o link a seguir:

Conclusão
Se você tiver uma rocha que não seja metálica e tenha uma gravidade específica maior que 4,0, não é um meteorito.

Se você tiver uma rocha com gravidade específica na faixa de 3,0 a 4,0, pode ser um meteorito. Essa é a boa notícia. A má notícia é que se você coletar 1000 rochas com gravidades específicas nessa faixa, provavelmente serão todas rochas da Terra, porque alguns tipos de rochas terrestres estão na faixa de 3 a 4.

Se você tem uma rocha com gravidade específica inferior a 3,0, é quase certo que não seja um meteorito. A maioria das rochas terrestres tem gravidades específicas de menos de 3,0.

Quais meteoritos são mais comuns na Terra?
Em % de todos os meteoritos com base de dados de abundância relativa até 2000.
Rochoso 95,6%
Condritos 67,5%
Comuns 63,4%
Ferrosos 3,84%
Acondritos 2,71%
Carbonáceo 2,49%
Ferro rochosos 0,1%
Enstatite 0,89%

Fontes:

Mais informações sobre Meteoritos, classificações e testes caseiros em:

Maiores pepitas de ouro do Brasil

Lista das maiores pepitas de ouro encontradas no Brasil
(1 menção)

Pepita é o nome dado a um metal nativo, em especial ao ouro, quando ocorre como grãos ou palhetas.
Pepitas de ouro são raras e, consequentemente, mesmo uma pequena pepita vale uma vez e meia a duas vezes o preço de cotação do ouro.

Três das maiores pepitas de ouro do mundo foram encontradas no Brasil, no garimpo de Serra Pelada (Pará) em meados dos anos 80 durante a corrida do ouro e estão expostas, em estado natural, no Museu de Valores do Banco Central do Brasil, em Brasília juntamente com as suas contrapartes:
As imagens das pepitas de ouro Canaã, são Cortesia de Banco Central do Brasil

Pepita Canaã
canaã gold nugget
Canaã, a maior pepita de ouro nativo sobrevivente do planeta.
A maior pepita do Brasil com um peso bruto de 60,820 gramas, (desse total, são 52,3 kg de ouro contido) foi descoberta em 13/09/1983 por Júlio de Deus Filho.
Composição química:
90,01% de ouro (Au)
8,65% de paládio (Pd)
1,34% de Ag, Fe, Cu, S, Si, Mn e Te

Canaã 2
Com um peso bruto de 42,7 kg, esta pepita foi descoberta em junho de 1983 por Albino Lienkim no garimpo de Serra Pelada.
Canaã 2 (40,5kg)
Canaã 2

Canaã 3
A terceira, com peso bruto de 39,5 kg, foi descoberta em 4/09/1983, por José R. de Oliveira.
cannaã 3 gold nugget
Canaã 3 é notável por seu distinto tom vermelho ferroso.

Canaã 4
Foi encontrada em Serra Pelada, em 14/06/1983 por Amadeu A. Rodrigues e pesava 36,2 kg.
gold nugget canaã, brazil

Canaã 5
Descoberta também em Serra Pelada em 03/03/1983 e pesava 35,5 kg.
canaã large gold nuggts


6ª.
Mais uma vez Serra Pelada nos daria outra grande no mesmo dia da da 5ª posição e pesava 26,5 kg.

7ª.
Batizada de Democracia, esta pepita pesava 19,5 kg e também saiu do garimpo de Serra Pelada.

8ª.
Batizada de Zé Arara, esta é a única pepita de ouro entre as maiores que NÃO saiu do garimpo de Serra Pelada, foi encontrada em Itaituba - PA e foi encontrada por José Cândido Araújo.


NOTAS:
A pepita Canaã é a maior pepita de ouro nativo em exposição no mundo, ela não foi fundida, enquanto outras similares pelo mundo foram. A pepita Canaã é apenas parte de uma pepita bem maior, de 150 kg, que se quebrou quando garimpeiros retiravam-na do solo.
Repare que da lista acima, apenas uma pepita não foi encontrada no Garimpo de Serra Pelada.
Calcula-se que foram extraídos cerca de 45 toneladas de ouro desde sua inauguração até o fechamento oficial em 1992.

Das 15 maiores Pepitas de Ouro já descoberta no mundo, 8 foram descobertas no Brasil.

Menção honrosa para a pepita:
TORRÃO DE ÁGUA QUENTE
Em plena corrido do ouro, nos sertões da província de Goiás, o tesouro mais querido do Rei de Portugal, Dom João VI, seria encontrado nas lavras de ouro da Colônia.
Uma PEPITA de ouro de 20 kg.
Assim que foi encontrada, foi levada aos cofres portugueses, do outro lado do Atlântico, para fazer parte do Tesouro da Coroa Portuguesa.
Ela foi batizada de “TORRÃO DE ÁGUA QUENTE”.
Só que, em 1807, durante a invasão de Portugal pelas tropas de Napoleão, o General Francês Margaron, foi responsável de encontrar e se apoderar de itens valiosos do tesouro da Coroa Portuguesa, incluindo, o “Torrão de Água Quente Goiano”.
Ao chegar à Lisboa, Margaron obrigou o Barão Eschwege, renomado geólogo, contratado pela Coroa Portuguesa para cuidar do Gabinete de Mineralogia do Império, a entregar a PEPITA.
Margaron e Eschewege foram surpreendidos pelo diretor da repartição, o professor Demenico Vandeli, de que a pedra não estava mais por lá, e sim, no Brasil, milhares de quilômetros longe dali. 
Dois anos depois, já no Brasil, o Barão Eschewege, encarregado de aprofundar os estudos sobre mineração, além de catalogar e guardar tesouros minerais, perguntou ao Rei Dom João VI, onde poderia estar a PEPITA. 
Dom João teria dito: “Nada sei disto.”
Aí começa o mistério, pois a pedra sumiu!
Não estava em Portugal...
Não estava com os franceses!
E não estava no Brasil...
Onde estaria? 
Em 1826, quando Dom João VI morreu, durante seu minucioso inventário, entre seus pertences pessoais, lá estava o “TORRÃO DE ÁGUA QUENTE”.
Ele mentiu ao seu assessor sobre seu próprio tesouro. 
Logo que encontrada, a pedra foi novamente trancafiada, e durante 55 anos, ficou longe dos olhos de quem quer que fosse.
Por volta de 1881, o Rei Dom Luís I, bisneto de Dom João, em uma inspeção do tesouro real, reencontrou o “TORRÃO” no Forte das Necessidades. 
Porém, mais uma vez, agora Dom Luís I, escondeu a pepita, que só seria mostrada menos que uma dezena de vezes em 115 anos.
Em 1991, ela foi exposta ao público, em Lisboa e Bruxelas, para nuca mais ver a luz. 
Porém, o presidente brasileiro, José Sarney, tenha sido o único brasileiro, em mais de 100 anos, a por os olhos no “TORRÃO DE ÁGUA QUENTE” extraído em terras goianas, no ano de 1986, na ocasião de sua visita à Portugal.
Qual o motivo de Dom João VI ter tanto apego à pedra, depois de sua morte, ser escondida, daí, seu bisneto, Dom Luís I, também, se apegar ao objeto e escondê-lo dos olhos até da corte. 
Mesmo hoje, o TORRÃO DE ÁGUA QUENTE é encoberto de mistério, muito ciúme e proteção por parte de Portugal.

Fonte do Torrão de Água Quente:
Boa Ventura! A Corrida do Ouro no Brasil – 1697 a 1810
Livro:
“Boa Ventura! A Corrida do Ouro no Brasil (1697-1810)” FIGUEIREDO, Lucas.

Maiores pepitas de ouro do Mundo

Será você a encontrar a próxima pepita de ouro?

Fontes:

Teste de níquel para meteoritos

Teste de Níquel para Identificar Meteoritos
Os meteoritos são uma fonte constante de admiração para a maioria das pessoas. Eles brilham no céu em seu breve período de existência, e por vezes penetram na superfície da terra. Para estas pequenas, ou grandes pedras que caem do céu, elas exercem um fascínio nas pessoas que querem ter algo vindo de fora de nosso planeta, mas em outros ​​aspectos eles são uma excelente fonte de informações para os cientistas.
kit para testar meteorito
Para os sortudos que buscam ou por sorte encontram um pedaço destas pedras vindas do espaço elas tem muito valor comercial, e o descobridor de um deles geralmente é bem recompensado.
The Maryborough Meteorite
O meteorito Maryborough encontrado por um garimpeiro de ouro, foi encontrado em Victoria em 1995 e está exposto no Museus Victoria na Austrália

Porém, nem sempre o que parece ser um meteorito, é, e alguns espécimes são constantemente rotulados como meteoritos.

Veja AQUI fotos de pedras que se parecem com meteoritos mas não são, eles são chamados de falsos meteoritos:

Mas as pessoas que encontram pode salvar-se de muitas falsas esperanças e decepções se
elas tivessem algum meio simples de testar o meteorito suspeito.
Hoje vamos explicar como fazer um simples teste de níquel que você pode fazer em casa.
Mas antes saiba que existem dois tipos gerais de meteoritos; aqueles compostos de ferro e níquel e conhecidos como meteoritos de ferro, e aqueles compostos por vários elementos e conhecidos como meteoritos rochosos.
Ambos os tipos geralmente têm pelo menos pequenas quantidades de níquel e um teste de níquel pode eliminar um grande número de objetos comumente confundidos com meteoritos.

Meteorito cortado e polido

Kit para testar meteoritos MeteoriteID
Compre um kit para meteoritos pronto para usar, informações no final deste artigo.

ATENÇÃO:
Este teste não é conclusivo em uma rocha terrestre que contenha níquel.
(consulte tabela de rochas que contenham níquel)


O teste requer 4 produtos químicos:
Ácido nítrico (diluído);
Hidróxido de amônio (amônia);
Álcool e
Dimetilglioxina.

Uma pequena amostra do material a ser testado é moída em um pó fino e dissolvida em ácido nítrico.
Então adicione hidróxido de amônio até a solução ficar nitidamente alcalina.
Um teste de alcalinidade é realizado usando papel de tornassol,
de preferência vermelho, e a cor mudará para azul quando for adicionado hidróxido de amônio.
Se um marrom avermelhado massa forma-se neste ponto, é uma indicação da presença de ferro.

Deixe a massa marrom avermelhada assentar e, em seguida, despeje cuidadosamente o líquido transparente. O líquido claro também pode ser filtrado do material sólido.

Enquanto o líquido está limpando ou filtrando, a solução de dimetilglioxina pode ser preparada.
Dissolva este produto químico em cerca de um grama de álcool até que o álcool não aguente mais. Esta é uma solução saturada. Adicione algumas gotas desta solução
para o líquido claro e um precipitado vermelho escarlate ou rosa indica a presença de níquel.

A presença de níquel na amostra indica que tem a possibilidade de ser um meteorito, e você pode então entrar em contato com alguma agência que possa ajudá-lo mais.
NOTA: "se a cor rosa desaparecer após 5 minutos, o metal contém Ni, mas não o suficiente para ser de origem meteorítica".

Se for para vender, então pague para ter um certificado do meteorito, é caro mas o valor de venda do meteorito vai fazer valer o valor do certificado.

No entanto,se não tiver níquel, você pode ter uma certeza razoável de que sua pedra não é, porém, consulte mais especialistas ou envie sua pedra para que sejam feitos testes laboratoriais. Isto poderá ocorrer de não se tratar de um meteorito e você gastar se dinheiro em vão.

ATENÇÃO:
Alguns destes produtos químicos são perigosos e
nocivo quando ingerido, inalado e absorvido pela pele.
Use sempre equipamentos de proteção, óculos , luvas e máscaras ou deixe isto para um profissional.

Onde vai encontrar os produtos químicos para o teste?
Dentre este, o ácido nítrico vai ser um pouco mais difícil de ser encontrado, uma vez que (puro) é controlado pelas forças de segurança, no entanto poderá eventualmente encontrar diluído em casas de produtos para agricultura.
Já o hidróxido de amônio poderá encontrar em lojas de produtos químicos.
A dimetilglioxina pode ser obtida em qualquer fornecedor de produtos químicos. Isto é um
químico seco, branco cristalino usada em química analítica para a determinação e quantificação de níquel.
O álcool pode ser comprado em quase qualquer lugar.
O papel de tornassol pode ser comprado em loja de produtos para agricultura e também em lojas de produtos para laboratórios.

No entanto se você não deseja correr riscos, poderá comprar um kit simples e mais seguro para testar suas pedras suspeitas de meteoritos.

KIT de Teste Para Meteoritos, MeteoriteID
Este kit é apenas uma primeira etapa na identificação do meteorito, após, testes laboratoriais adicionais validarão sua descoberta, podendo então requerer um certificado e laudo ao laboratório onde enviou a sua amostra.
MeteoriteID test your meteorite

Sites para comprar um kit de teste para meteorito pronto para usar:
https://www.amazon.com/Nickel-Meteorite-Testing-Solution
https://nonickel.com/products/meteorite-id


Mais informações sobre o KIT MeteoriteID AQUI


Tira de papel para teste de níquel- BRASIL
Nota: As tiras de Teste Rápido Indicador de Níquel vendidos por esta empresa não serve para testes de níquel em meteoritos.


Fontes:

Minerais indicadores de diamantes

Principais Minerais Indicadores para Diamantes
Certos minerais estão presentes nas rochas do manto superior que ocorrem com diamantes em tubos de kimberlito e lamproita, como visto em casos próximos de xenólitos e inclusões de diamante.
guias para diamantes ou satélites de diamantes
Esses minerais são conhecidos como guias para diamantes ou satélites de diamantes.

Kimberlite indicator mineral (KIM)
Variedade de minerais indicadores kimberlíticos, incluindo piropo roxo e vermelho, granadas laranja e rosa, diopsídio crômico, picroilmenita e cromita.

Alguns desses minerais, sendo resistentes às intempéries e mais densos (veja tabela de densidade abaixo) que a areia de quartzo, concentram-se no fundo dos canais dos rios, por vezes chamados de panelas ou panelões.

Como eles ocorrem em uma abundância muito maior do que o diamante, os geólogos de exploração não procuram diamantes mas sim esses "indicadores" entre o cascalho das regiões que eles suspeitam que possam hospedar diamantes.

Os minerais indicadores para diamante incluem, em ordem de significância decrescente: granada, cromita, ilmenita, clinopiroxênio, olivina e zircão.

Mas a ordem de persistência nos rios e riachos são: zircão, ilmenita, cromita, granada, diopsídio verde cromiano e olivina.

O próprio diamante é obviamente um indicador mais importante.

MIK - Minerais indicadores de kimberlitos
A maioria dos minerais indicadores tem uma cor distinta.
Aqui são vistas granadas piropo vermelhas, clinopiroxênio cromo verde, ilmenita e cromita pretas e olivina verde-amarelada.

Tabela de densidade dos minerais indicadores de diamantes:
Diamante - 3.5 a 3.53
Piropo (variedade de granada) - 3.78 (+.09 -.16)
Zircão - 3,9 a 4,86
Ilmenita - 4,10 a 4,80
Cromita - 4.5 a 4.8
Granada - 3,1 e 4,3
Diopsídio verde cromiano - 3,25 a 3,55
Olivina - 3.27 a 3.37

"Olha devagar para cada coisa. Aceita o desafio de ver o que a multidão não viu. Em cascalhos disformes, estranhos diamantes sobrevivem solitários". (Padre Fábio de Melo)


Minerais indicadores de intrusões kimberlíticas na província diamantífera Serra da Canastra, MG:

Minerais indicadores kimberlíticos e prospectividade diamantífera de Canguçu, RS:



Outras fontes:

Saiba o que é uma drusa

Saiba o que é uma drusa, como se forma e onde se encontram
Drusa de Ametista
Drusa de Ametista

Drusa é um agregado de pequenos cristais dentro de uma cavidade, especialmente aqueles que revestem uma cavidade em uma rocha ou mineral.

Uma superfície interna com uma crosta de pequenos cristais.
Drusa de Calcita
Drusa de Calcita

Em geologia, drusa refere-se a um revestimento de cristais finos em uma superfície de fratura de rocha, veio, dentro de um vug ou geodo.

O quartzo é um dos tipos de drusa mais comuns devido à prevalência da sílica em todo o mundo. Não importa o mineral que forme o drusa, a aparência geralmente lembra a do açúcar. Os minúsculos cristais são considerados bonitos porque, como grandes gemas, eles brilham e captam raios de luz.
Drusa de Celestita ou Celestina
Drusa de Celestita ou Celestina

Minerais como: Granada, Dolomita, Malaquita e Calcita são os mais comuns encontrados em cristais de drusa, mas também uma enorme variedade de minerais podem ocorrer como revestimentos de drusa em diferentes locais do mundo e dependendo só do tipo de minerais do solo onde crescem.

Esses intercrescimentos ou aglomerados de cristais podem ser formados por muitos minerais diferentes. As espécies minerais e as formas dos cristais formados dependem também da composição do fluido. O tamanho do cristal é uma função da temperatura e pressão do fluido.

Diferenças entre um Cluster de Cristal e uma Drusa
Um aglomerado de cristais (cluster) é um grupo de cristais que se formam em um ambiente de espaço aberto e exibem uma forma de cristal euédrica determinada por sua estrutura cristalina interna.

Já um aglomerado de pequenos cristais que revestem as paredes de uma cavidade são chamados de drusas.

Drusa pode acontecer também em rocha orgânica ou fóssil
Mini drusa de cristais de quartzo em rocha de Cherte glacial
Mini drusa de cristais de quartzo em rocha de Cherte glacial

O espécime de Cherte da foto acima contém pequenos vazios revestidos de cristal. A fina camada de cristal é identificada como drusa. Embora os cristais sejam encontrados de quartzo, eles podem ser de uma grande variedade de outros minerais. Neste exemplo a drusa esta em uma rocha, uma vez que o Cherte é uma rocha siliciosa de origem orgânica.

Já na imagem abaixo uma drusa de calcita foi formada em um fóssil de concha.
Drusa de Calcita em fóssil de concha
Drusa de Calcita em fóssil de concha

Onde podem ser encontradas
Geralmente, é possível encontrar drusas de gemas naturais em qualquer local onde haja um local para a água se acumular e evaporar na rocha. Geralmente aparece ao longo do leito de rios e linhas costeiras. Portanto, é útil para os coletores de minerais e rochas, sejam eles comerciais ou não, estar cientes dos minerais comuns em uma área quando procuram um tipo específico de drusa.

Como uma drusa de forma
Drusa de quartzo hialino com calcita branca e verde
Drusa de quartzo hialino com calcita branca e verde

O processo geológico que forma uma drusa, a camada de cristais na rocha, ocorre quando a água traz minerais para a superfície da rocha. Quando a água evapora, ocorre o resfriamento e os minerais são deixados para trás para formar cristais no topo da rocha. Dependendo dos minerais, as gemas drusa podem ter quase qualquer cor do arco-íris, incluindo branco, rosa, azul, roxo, verde ou preto.

A maioria das drusas se forma como revestimento de cavidades em geodos. A massa botrioidal dos geodos de ágata é irregular como um cacho de uvas. Como resultado, normalmente a área de superfície para cortar é pequena. Pedras grandes são menos comuns.

Na maioria das drusas, as terminações dos cristais parecem aleatórias e as pedras brilham como um punhado de minúsculos diamantes conforme o ângulo de visão muda com o movimento. Algumas formações raras de drusas ocorrem nas quais o alinhamento das faces do cristal é uniforme em toda a superfície e o brilho se transforma em um flash.

Drusas tingidas
Drusas tingidas
Drusas tingidas

As cores da drusa natural variam amplamente e as variações aprimoradas são infinitas. Drusas de cristal da maioria das espécies de minerais além do quartzo são raras, então 95% das drusas no mercado são quartzo.
Drusa de ametista de titânio ionizado
Drusa de ametista de titânio ionizado

Esses revestimentos e tinturas são populares para melhorar as cores "menos atraentes" de agregados de cristal drusa naturalmente brilhantes, transformando tons de cinza e marrom em “azul cobalto” e “roxo titânio”.

Saiba também o que é um Geodo:

Fontes:

Quartzo Hollandita

 Quartzo Hollandita, o quartzo com inclusão de hollandita

 Frequentemente estes tipos de quartzos são chamados de quartzo ouriço, quartzo carrapicho ou quartzo estrela.

O Quartzo hollandita é um tipo de cristal de quartzo que possui inclusões muito pequenas de Hollandita, que se parecem com pequenas estrelas negras.

Cristal de quartzo hollandita
Cristal de quartzo hollandita de Alex Reis Minerais

Os melhores espécimes são os cristais transparentes de quartzo, onde pode-se ver perfeitamente a inclusão das estrelas de hollandita como a peça da foto acima.

Em inglês pesquise por: Star Hollandite Quartz

Inclusão de hollandita no quartzo são raros

exemplos de quartzo com inclusão de hollandita

O quartzo hollandita é uma variedade de quartzo, dióxido de silício, que possui inclusões "estrela" de seis pontas cinza-escuras/pretas do mineral Hollandita. As formações de Hollandita em estrela são formadas quando depósitos de Hollandita ficam presos no Quartzo durante sua formação. À medida que a holandita fica sujeita a altas temperaturas térmicas dentro da Terra, a holandita explode em formações estelares dentro do quartzo. Essa variedade de quartzo é muito rara, ou teoricamente, rara.

exemplos de hollandita no quartzo
A holandita é um mineral raro da classe dos óxidos. Ocasionalmente, ele se forma como inclusão em forma de estrela em cristais de quartzo. Se você olhar de perto, verá que a estrela hollandita está localizada na face do cristal deste quartzo fantasma.

star hollandite in phanton quartz
Estrelas de hollandita em quartzo fantasma.

Informações sobre a Hollandita

A holandita é um mineral óxido. Um mineral monoclínico-prismático branco contendo alumínio, bário, ferro, chumbo, manganês, oxigênio, silício e sódio. É o bário-manganês (III) membro final do grupo coronadita.

Informações sobre o Quartzo

O quartzo é um mineral cristalino rígido composto de átomos de silício e oxigênio. O quartzo pertence ao sistema de cristal trigonal. A forma de cristal ideal é um prisma de seis lados terminando com pirâmides de seis lados em cada extremidade. Variedades de cores comuns incluem citrino, quartzo rosa, ametista, quartzo fumê, quartzo leitoso e outros. Essas diferenciações de cores surgem da presença de impurezas que alteram os orbitais moleculares, fazendo com que algumas transições eletrônicas ocorram no espectro visível gerando cores.

O quartzo por sua natureza pode ter muitas inclusões de diferentes minerais no seu interior, e algumas  são as que estão descrito no artigo a seguir:

https://www.oficina70.com/quartzo-pedra-preciosa-menos-apreciada.html

Se você encontrou um quartzo com um carrapicho de cor azul na inclusão, não se trata do mineral Hollandita mas sim do mineral Dumortierita.

Comprar quartzo hollandita de:

Alex Reis - Minerais (MG)

cristal de quartzo hollandita
Cristal de quartzo hollandita de Alex Reis - Minerais

Raimunda Torres - Minerais (SP)

drusa de quartzo hollandita
Drusa de cristais de quartzo hollandita de Raimunda Torres

Fontes:

http://www.geologyin.com/star-hollandite-quartz.html

Fontes de imagens:

hollandite on quartz

https://www.mindat.org/Hollandite+with+Quartz