Crateras de meteoritos no Brasil
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Com sorte você poderá encontrar alguma amostra de meteorito ou tectito nestes locais.
Mapa das crateras de impacto de meteoritos no Brasil |
Cratera de impacto ou astroblema é uma estrutura constituída a partir do impacto de um meteorito na superfície terrestre.
Essa formação, pode apresentar dimensões de apenas alguns metros até dezenas de quilômetros de diâmetro.
Esta variação está condicionada ao tamanho do meteorito e a velocidade do impacto.
Astroblema é uma palavra derivada de dois radicais gregos astron, que significa “astro” e blema, que quer dizer “cicatriz”.
Uma cratera de impacto é justamente isso, uma cicatriz marcada na litosfera ocasionada pela colisão de um astro (asteroide, meteorito ou cometa).
Nota:
Todos os anos caem centenas senão milhares de meteoritos em território brasileiro, aqui só vamos mencionar as maiores ou mais significativas crateras meteoríticas.
Selecione as coordenads descritas abaixo e pesquise a localização exata no Google Earth via imagem de satélite.
NÃO, e muito provável que você não encontre mais fragmentos dos meteoritos pois estas crateras tem milhares de anos, se encontrar será sorte mesmo.
Araguainha
Coordenadas: S 16° 47' W 52° 59'
Diâmetro: 40km
Cratera meteorítica de Araguainha |
Localização: fronteira dos estados do Mato Grosso e Goiás, no Brasil, entre as vilas de Araguainha e Ponte Branca.
Morfologia: aspecto multi-circular e concêntrico.
Estruturas específicas: anel de rochas elevadas com 10 km de diâmetro, feições planares, grabens semicirculares e cones de estilhaçamento, brechas polimíticas, feições planares, suevita, brechas mistas dentre outras.
É a cratera brasileira mais bem estudada.
Cerro do Jarau
Coordenadas: S 30° 12' W 56° 32'
Diâmetro: 13,5km
Localização: localizado cidade de Quaraí no Rio Grande do Sul.
Morfologia: cratera circular.
Estruturas específicas: presença de rochas metamórficas de choque, núcleo soerguido e grabben anular.
Serra da Cangalha
Coordenadas: S 8° 5' W 46° 52'
Diâmetro: 12km
Cratera meteorítica da Serra da Cangalha |
Localização: a cratera de impacto esta situada no município de Campos Lindos, norte do estado do Tocantins, perto da fronteira com o estado do Maranhão.
Morfologia: anel circular de vales.
Estruturas específicas: estrutura mais aparente é um anel de vales com 5 km de diâmetro. Existência de um núcleo soerguido com cerca de 3 km de diâmetro, formado por uma serra circular com 250-300 metros de altura, existência de cones de estilhaçamento.
Vargeão
Coordenadas: S 26° 50' W 52° 07'
Diâmetro: 12km
Localização: o Domo Vargeão localiza-se no município de mesmo nome em Santa Catarina.
Morfologia: depressão de forma circular com elevação central.
Estruturas específicas: anel de depressão em torno da elevação central, ocorrência de rochas de metamorfismo de choque com feições planares de deformação e recristalização, anomalias negativas de campo magnético de área, fraturas anelares e radiais.
Santa Marta
Coordenadas: S 10°10' W45° 15'
Diâmetro: 10km
Localização: localizado na Serra da Lagoinha, São Gonçalo do Gurguéia no estado do Piauí.
Morfologia: depressão circular com bordas destacadas e porção elevada central com diâmetro de 3,2 km.
Estruturas específicas: ocorrem dominantemente em arenitos e brechas areníticas.
É uma das mais novas crateras reconhecida no Brasil, por conta dos seus Shatter cones e características de deformação planar.
Vista Alegre
Coordenadas: S 25° 57' W 52° 41'
Diâmetro: 9,5km
Cratera meteorítica de Vista Alegre |
Localização: está localizada no distrito de Vista Alegre, município de Coronel Vivida, no estado do Paraná.
Esta cratera foi formada sobre as rochas vulcânicas de basalto da Formação Serra Geral, na Bacia do Paraná. As temperaturas e pressões extremas geradas em decorrência da colisão levaram à fragmentação e fusão das rochas que ali se encontravam, ocasionando a formação de materiais únicos no que diz respeito a estes contextos de crateras de impacto. Entre estes, cita-se a formação de rochas como brechas de impacto polimíticas, além de feições peculiares a estes processos, tais como cones de estilhaçamento (shatter cones), feições planares de deformação e gotas de material fundido (vítreo).
Riachão
Coordenadas: S 7° 43' W 46° 39'
Diâmetro: 4,5km
Cratera meteorítica de Riachão |
Localização: Estado do Maranhão
Morfologia: área circular esbranquiçada.
Estruturas específicas: apresentam-se com um anel levemente erguido de 4 km de diâmetro, brechas polimíticas dentro da estrutura, presença de blocos caoticamente elevados no centro. Não foram encontrados cones de estilhaçamento. Fica apenas a 45 km em direção nordeste da Serra da Cangalha.
Colônia
Coordenadas: S 23° 52' W 46° 43'
Diâmetro: 3.6km
Cratera meteorítica de Colônia e Vargem Grande |
Localização: Localizada no distrito de Parelheiros, em São Paulo.
Morfologia: nítida depressão de forma circular quase perfeita, com a parte central plana.
Estruturas específicas: Profundidade da cratera de 350 metros, preenchida por sedimentos quaternários argilosos.
Além das crateras devidamente reconhecidas pelo Earth Impact Database (EID), temos as seguintes feições geológicas que, por falta de maiores evidências e estudos, ainda não foram comprovadamente aceitas como crateras meteoríticas:
Domo de São Miguel do Tapuio
Coordenadas: 5º38`S 41º24`W
Diâmetro: aproximadamente 20 km
Localização: localizado no município de São Miguel do Tapuio, no estado do Piauí.
Morfologia: assimetria das escarpas, íngreme e elevadas ao oeste e suaves a sudeste, dois anéis concêntricos, apresentado soerguimento central.
Estruturas específicas: cones de deformação, lamelas de deformação.
Inajah
Coordenadas: 8º40`S 51º 0`W
Diâmetro: 6 km
Localização: se situa no Distrito de Casa de Tábua no estado do Pará.
Morfologia: estrutura circular descorada, de elevação baixa.
Estruturas específicas: parte central apresenta-se como uma bacia circular abaixada, parte de sua parede norte está muito retalhada, a estrutura assemelha-se a Cratera Prinz da Lua.
Piratininga
Coordenadas: 22º 30`S 49º10`W
Diâmetro: 12 km
Localização: a cratera de Piratininga fica localizada dentro do estado de São Paulo e esta próxima à Bacia do Paraná.
Morfologia: Forma circular com elevação central.
Estruturas específicas: estruturas de deformação planar, existência de recristalização e graben anular.
Aimorés
Existe grande indício de que o impacto do meteorito tenha provocado, nessa região, o desvio do curso original do Rio Doce, como pode-se ver na imagem abaixo.
Coordenadas: 19°26’15″S 41°03’45″W
Diâmetro: 9,6 Km
Cratera meteoritica do Aimorés |
Localização: divisa do Espírito Santo e Minas Gerais.
Morfologia: Análises geomórficas e fotografias registradas por satélites revelam a existência da cratera. No local já se vê uma pequena cobertura vegetal, embora seja bastante perceptível o deslocamento de uma grande massa de terra provocado pelo impacto. Há um grande indício de que o impacto do meteorito tenha provocado, nessa região, o desvio do curso original do Rio Doce.
Praia Grande
Coordenadas: 25º39’S 45º37’W
Diâmetro: 25 km
Localização: Santos, estado de São Paulo.
Coberto por 1,4 km de água e 4 km de estratos sedimentares mais jovens, tendo sido encontrados por dados sísmicos 3D durante os levantamentos de exploração de petróleo.
Estrutura descoberta por técnicos da Petrobrás, graças a levantamentos sísmicos para exploração de petróleo e gás na Bacia de Santos. Tem cerca de 25 km de diâmetro, ainda não foi confirmada, aguardando amostras de sondagens.
Morfologia: Possui alto estrutural no centro da cratera, um sinclinal de anel adjacente e externamente várias falhas normais listricas circulares concêntricas. Estrutura bem preservada da erosão. A estrutura de Praia Grande, no entanto, é o primeiro exemplo brasileiro de impacto em bacias de margem continental e é apenas o segundo caso no mundo identificado por imageamento sísmico 3D.
Estruturas específicas: Os critérios diagnósticos para identificação de estruturas de impacto abrangem aspectos geométricos, geofísicos, geoquímicos e de metamorfismo de choque. Estes últimos são considerados os critérios decisivos, dados que ocorrem sob um campo de pressões extremamente altas que é exclusivo dos impactos de corpos em hipervelocidade. Por isso, ainda que a assinatura sísmica da estrutura estudada seja perfeitamente compatível com a geometria esperada para uma estrutura de impacto, a origem por choque é assumida ainda como a hipótese mais provável, pois aguarda comprovação pela identificação futura de feições de metamorfismo de choque de formações planares do quartzo e cones de estilhaçamento.
Fontes: