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Crateras de Impacto de Meteoritos no Brasil

Mais importantes Crateras de meteoritos no Brasil
Com sorte você poderá encontrar alguma amostra de meteorito ou tectito nestes locais.
Crateras de Impacto de Meteoritos no Brasil
Mapa das crateras de impacto de meteoritos no Brasil

Cratera de impacto ou astroblema é uma estrutura constituída a partir do impacto de um meteorito na superfície terrestre.
Essa formação, pode apresentar dimensões de apenas alguns metros até dezenas de quilômetros de diâmetro.
Esta variação está condicionada ao tamanho do meteorito e a velocidade do impacto.

Astroblema é uma palavra derivada de dois radicais gregos astron, que significa “astro” e blema, que quer dizer “cicatriz”.
Uma cratera de impacto é justamente isso, uma cicatriz marcada na litosfera ocasionada pela colisão de um astro (asteroide, meteorito ou cometa).

Nota:
Todos os anos caem centenas senão milhares de meteoritos em território brasileiro, aqui só vamos mencionar as maiores ou mais significativas crateras meteoríticas.
Selecione as coordenads descritas abaixo e pesquise a localização exata no Google Earth via imagem de satélite.
NÃO, e muito provável que você não encontre mais fragmentos dos meteoritos pois estas crateras tem milhares de anos, se encontrar será sorte mesmo.


Araguainha
Diâmetro: 40km
cratera de meteoro em Araguainha
Cratera meteorítica de Araguainha

Localização: fronteira dos estados do Mato Grosso e Goiás, no Brasil, entre as vilas de Araguainha e Ponte Branca.
Morfologia: aspecto multi-circular e concêntrico.
Estruturas específicas: anel de rochas elevadas com 10 km de diâmetro, feições planares, grabens semicirculares e cones de estilhaçamento, brechas polimíticas, feições planares, suevita, brechas mistas dentre outras.
É a cratera brasileira  mais bem estudada.

Cerro do Jarau
Diâmetro: 13,5km
Localização: localizado cidade de Quaraí no Rio Grande do Sul.
Morfologia: cratera circular.
Estruturas específicas: presença de rochas metamórficas de choque, núcleo soerguido e grabben anular.

Serra da Cangalha
Coordenadas: S 8° 5' W 46° 52'
Diâmetro: 12km
cratera meteorítica da Serra da Cangalha
Cratera meteorítica da Serra da Cangalha

Localização: a cratera de impacto esta situada no município de Campos Lindos, norte do estado do Tocantins, perto da fronteira com o estado do Maranhão.
Morfologia: anel circular de vales.
Estruturas específicas: estrutura mais aparente é um anel de vales com 5 km  de diâmetro. Existência de um núcleo soerguido com cerca de 3 km  de diâmetro, formado por uma serra circular com 250-300 metros de altura, existência de cones de estilhaçamento.

Vargeão
Diâmetro: 12km
Localização: o Domo Vargeão localiza-se no município de mesmo nome em Santa Catarina.
Morfologia: depressão de forma circular com elevação central.
Estruturas específicas: anel de depressão em torno da elevação central, ocorrência de rochas de metamorfismo de choque com feições planares de deformação e recristalização, anomalias negativas de campo magnético de área, fraturas anelares e radiais.

Santa Marta
Coordenadas: S 10°10' W45° 15'
Diâmetro: 10km
Localização: localizado na Serra da Lagoinha, São Gonçalo do Gurguéia no estado do Piauí.
Morfologia: depressão circular com bordas destacadas e porção elevada central com diâmetro de 3,2 km.
Estruturas específicas: ocorrem dominantemente em arenitos e brechas areníticas.
É uma das mais novas crateras reconhecida no Brasil, por conta dos seus Shatter cones e características de deformação planar.

Vista Alegre
Diâmetro: 9,5km
cratera meteorítica de Vista Alegre
Cratera meteorítica de Vista Alegre

Localização: está localizada no distrito de Vista Alegre, município de Coronel Vivida, no estado do Paraná.
Esta cratera foi formada sobre as rochas vulcânicas de basalto da Formação Serra Geral, na Bacia do Paraná. As temperaturas e pressões extremas geradas em decorrência da colisão levaram à fragmentação e fusão das rochas que ali se encontravam, ocasionando a formação de materiais únicos no que diz respeito a estes contextos de crateras de impacto. Entre estes, cita-se a formação de rochas como brechas de impacto polimíticas, além de feições peculiares a estes processos, tais como cones de estilhaçamento (shatter cones), feições planares de deformação e gotas de material fundido (vítreo).

Riachão
Diâmetro: 4,5km
cratera meteorítica de Riachão
Cratera meteorítica de Riachão

Localização: Estado do Maranhão
Morfologia: área circular esbranquiçada.
Estruturas específicas: apresentam-se com um anel levemente erguido de 4 km de diâmetro, brechas polimíticas dentro da estrutura, presença de blocos caoticamente elevados no centro. Não foram encontrados cones de estilhaçamento. Fica apenas a 45 km em direção nordeste da Serra da Cangalha.

Colônia
Diâmetro: 3.6km
cratera meteorítica de Colônia e Vargem Grande
Cratera meteorítica de Colônia e Vargem Grande
Localização: Localizada no distrito de Parelheiros, em São Paulo.
Morfologia: nítida depressão de forma circular quase perfeita, com a parte central plana.
Estruturas específicas: Profundidade da cratera de 350 metros, preenchida por sedimentos quaternários argilosos.



Além das crateras devidamente reconhecidas pelo Earth Impact Database (EID), temos as seguintes feições geológicas que, por falta de maiores evidências e estudos, ainda não foram comprovadamente aceitas como crateras meteoríticas:


Domo de São Miguel do Tapuio
Coordenadas: 5º38`S 41º24`W
Diâmetro: aproximadamente 20 km
Localização: localizado no município de São Miguel do Tapuio, no estado do Piauí.
Morfologia: assimetria das escarpas, íngreme e elevadas ao oeste e suaves a sudeste, dois anéis concêntricos, apresentado soerguimento central.
Estruturas específicas: cones de deformação, lamelas de deformação.

Inajah
Coordenadas8º40`S 51º 0`W
Diâmetro: 6 km
Localização: se situa no Distrito de Casa de Tábua no estado do Pará.
Morfologia: estrutura circular descorada, de elevação baixa.
Estruturas específicas: parte central  apresenta-se como uma bacia circular  abaixada, parte de sua parede norte está muito retalhada, a estrutura assemelha-se a Cratera Prinz da Lua.

Piratininga
Coordenadas: 22º 30`S 49º10`W
Diâmetro: 12 km
Localização: a cratera de Piratininga fica localizada dentro do estado de São Paulo e esta próxima à Bacia do Paraná.
Morfologia: Forma circular com elevação central.
Estruturas específicas: estruturas de deformação planar, existência de recristalização e graben anular.

Aimorés
Existe grande indício de que o impacto do meteorito tenha provocado, nessa região, o desvio do curso original do Rio Doce, como pode-se ver na imagem abaixo.
Diâmetro: 9,6 Km
cratera meteoritica do Aimorés
Cratera meteoritica do Aimorés

Localização: divisa do Espírito Santo e Minas Gerais.
Morfologia: Análises geomórficas e fotografias registradas por satélites revelam a existência da cratera. No local já se vê uma pequena cobertura vegetal, embora seja bastante perceptível o deslocamento de uma grande massa de terra provocado pelo impacto.  Há um grande indício de que o impacto do meteorito tenha provocado, nessa região, o desvio do curso original do Rio Doce.

Praia Grande
Diâmetro: 25 km
Localização: Santos, estado de São Paulo.
Coberto por 1,4 km de água e 4 km de estratos sedimentares mais jovens, tendo sido encontrados por dados sísmicos 3D durante os levantamentos de exploração de petróleo.
Estrutura descoberta por técnicos da Petrobrás, graças a levantamentos sísmicos para exploração de petróleo e gás na Bacia de Santos. Tem cerca de 25 km de diâmetro, ainda não foi confirmada, aguardando amostras de sondagens.
Morfologia: Possui alto estrutural no centro da cratera, um sinclinal de anel adjacente e externamente várias falhas normais listricas circulares concêntricas. Estrutura bem preservada da erosão. A estrutura de Praia Grande, no entanto, é o primeiro exemplo brasileiro de impacto em bacias de margem continental e é apenas o segundo caso no mundo identificado por imageamento sísmico 3D.

Estruturas específicas: Os critérios diagnósticos para identificação de estruturas de impacto abrangem aspectos geométricos, geofísicos, geoquímicos e de metamorfismo de choque. Estes últimos são considerados os critérios decisivos, dados que ocorrem sob um campo de pressões extremamente altas que é exclusivo dos impactos de corpos em hipervelocidade. Por isso, ainda que a assinatura sísmica da estrutura estudada seja perfeitamente compatível com a geometria esperada para uma estrutura de impacto, a origem por choque é assumida ainda como a hipótese mais provável, pois aguarda comprovação pela identificação futura de feições de metamorfismo de choque de formações planares do quartzo e cones de estilhaçamento.


Fontes:

Guardou rocha pensando que era ouro, mas era algo mais valioso

Um homem na Austrália guardou uma rocha durante vários anos pensando que era ouro, que afinal não se tratava de ouro mas era algo ainda mais valioso.
Em 2015, David Hole estava prospectando no Parque Regional de Maryborough perto de Melbourne, Austrália.
Armado com um detector de metais, ele descobriu algo fora do comum quando o aparelho apitou em uma rocha que era muito pesada e avermelhada e estava repousando em uma argila amarela.
pedra amarela com ouro
Ele levou a pedra para casa e tentou de tudo para abri-la, certo de que havia uma pepita de ouro dentro da rocha pois ele andava com seu detector de metais em Maryborough, uma região de Goldfields, onde a corrida do ouro australiana atingiu o seu pico no século XIX.

Para abrir sua descoberta, Hole experimentou uma serra para pedras, uma rebarbadora, uma furadeira, até mesmo mergulhando a pedra em ácido. Em uma das últimas tentativas, ele agarrou uma marreta e com as duas mãos, ergueu-a acima da cabeça e desceu com toda a força que pôde e pá, nada, nem um risco ou arranhão.  "Que diabos é isso?", O Sr. Hole pensou consigo mesmo.
Isso porque o que ele estava tentando tanto abrir não era uma pepita de ouro, mas sim um meteorito raro, como ele descobriu anos depois.

Incapaz de abrir a 'pedra', mas ainda intrigado, Hole levou a pepita ao Museu de Melbourne para identificação.

Então em 2019 o Sr. Hole levou a rocha para o museu em uma mochila e entregou a Dermot Henry.
meteorito Maryborough, H5
"Tinha uma aparência esculpida e com covinhas", disse o geólogo do museu de Melbourne, Dermot Henry, ao The Sydney Morning Herald.

"Isso é formado quando eles vêm pela atmosfera, eles estão derretendo por fora, e a atmosfera os esculpe."

"Já observei muitas rochas que as pessoas pensam serem meteoritos", disse Henry, na verdade, depois de 37 anos trabalhando no museu e examinando milhares de rochas, Henry explica que apenas duas das oferendas se revelaram meteoritos reais.
Este foi um dos dois.

"Se você visse uma rocha como esta na Terra e a pegasse, não deveria ser tão pesada", disse outro geólogo do Museu de Melbourne, Bill Birch em 2019.
Os pesquisadores publicaram um artigo científico descrevendo o meteorito de 4,6 bilhões de anos, que eles chamaram de Maryborough em homenagem à cidade perto de onde foi encontrado.

O meteorito pesa 17 quilos, e depois de usar uma serra de diamante para cortar uma pequena fatia, eles descobriram que sua composição tem uma alta porcentagem de ferro, tornando-o um condrito comum H5.
meteorito Maryborough, H5
Depois de aberto, você também pode ver as minúsculas gotículas cristalizadas de minerais metálicos por ele, chamadas côndrulos .

"Meteoritos fornecem a forma mais barata de exploração espacial. Eles nos transportam de volta no tempo, fornecendo pistas sobre a idade, formação e química de nosso Sistema Solar (incluindo a Terra)", disse Henry.
meteorito Maryborough, H5
“Alguns fornecem um vislumbre do interior profundo de nosso planeta. Em alguns meteoritos, há 'poeira estelar' ainda mais antiga que nosso Sistema Solar, o que nos mostra como as estrelas se formam e evoluem para criar elementos da tabela periódica.

"Outros meteoritos raros contêm moléculas orgânicas como aminoácidos; os blocos de construção da vida."

Embora os pesquisadores ainda não saibam de onde veio o meteorito e há quanto tempo ele pode estar na Terra, eles têm algumas suposições.

Nosso Sistema Solar já foi uma pilha giratória de poeira e rochas condríticas. Por fim, a gravidade juntou muito desse material em planetas, mas as sobras acabaram em um enorme cinturão de asteróides.

"Este meteorito em particular provavelmente sai do cinturão de asteróides entre Marte e Júpiter, e foi empurrado para fora de lá por alguns asteróides que se chocaram, então um dia ele se chocou contra a Terra", disse Henry.

A datação por carbono sugere que o meteorito está na Terra entre 100 e 1.000 anos, e houve vários avistamentos de meteoros entre 1889 e 1951 que podem corresponder à sua chegada ao nosso planeta.

Mais caro e mais raro que o ouro que David Hole tanto almejava, que pena.
found meteorito Maryborough, H5
Os pesquisadores argumentam que o meteorito de Maryborough é muito mais raro do que o ouro, o que o torna muito mais valioso para a ciência. É um dos apenas 17 meteoritos já registrados no estado australiano de Victoria e é a segunda maior massa condrítica, depois de um enorme espécime de 55 quilogramas identificado em 2003. 

"Este é apenas o 17º meteorito encontrado em Victoria, enquanto milhares de pepitas de ouro foram encontradas", disse Henry.

"Olhando para a cadeia de eventos, pode-se dizer que é bastante astronômico ter sido descoberto."

Não é nem o primeiro meteorito a levar alguns anos para chegar a um museu e ser analisado e confirmado como sendo um meteorito. Em uma história particularmente incrível que o ScienceAlert cobriu em 2018, uma rocha espacial ficou 80 anos, dois proprietários e uma restrição como batente de porta antes de finalmente ser revelada como realmente era, um meteorito.


Agora é provavelmente um momento tão bom quanto qualquer outro para verificar se há pedras particularmente pesadas e difíceis de quebrar em seu quintal, você pode estar sentado em uma mina de ouro meteórica.

Quer saber se a sua rocha é um meteorito?
Quer saber testar se é um meteorito?
Abra o link a seguir:


Fontes:

Diamantes negros, carbonados

O que são diamantes negros e como eles se formam
Diamantes negros, carbonados
Carbonado, comumente conhecido como 'Black Diamond', é um diamante policristalino natural encontrado em depósitos aluviais na República Centro-Africana e no Brasil. O carbonado foi reconhecido pela primeira vez como uma forma de diamante policristalino já na década de 1840, quando foi descoberto e minerado no Brasil.

Desde então, foi encontrado em outros lugares, por exemplo, Venezuela, leste da Austrália e na região de Ubangui da República Centro-Africana, onde é conhecido como 'carbonos'.
Bornéu também o produz, mas em pequena quantidade.
Um material chamado yakutite, talvez relacionado, é encontrado na Rússia. Sua cor natural é preta ou cinza escuro e é mais porosa do que outros diamantes.
Diamantes negros, carbonados
Ao contrário de outros diamantes policristalinos naturais, o carbonado não tem inclusões derivadas do manto e seu valor de isótopo de carbono é muito baixo. Além disso, carbonado exibe forte luminescência (fotoluminescência e catodoluminescência) induzida por nitrogênio e por vacâncias existentes na rede cristalina. A análise da luminescência sugere que existiram inclusões radioativas no processo de formação do carbonado. Essas e outras características é que separam o carbonado de outros diamantes e têm levado a questionamentos quanto à origem do carbonado.

Geralmente é encontrado em massas escuras de forma poliédrica irregular, de cor preta, marrom ou cinza-escuro, com um brilho resinóide opaco; e quebrando com uma fratura granular, de cor mais pálida e, em alguns casos, muito parecida com a de aço de grão fino.

Por ser ligeiramente celular, sua gravidade específica é bem menor do que a do diamante cristalizado.

Diamante negro no Brasil
No Brasil é encontrado quase que exclusivamente no estado da Bahia, onde ocorre no cascalho ou cascalho diamantífero.
Garimpo de diamante negro (carbons) na Bahia em 1915
Garimpo de diamante negro (carbons) na Bahia em 1915.

Sérgio é o nome do maior diamante negro carbonado encontrado e o maior diamante bruto já encontrado. Foi descoberto por Sérgio Borges de Carvalho.
 Encontrado na Bahia em 1895, ele pesava 3.167 quilates.
Como outros carbonados, acredita-se que seja de origem meteorítica.
Sérgio, o maior diamante negro carbonado
Sérgio, o maior diamante negro carbonado.

O diamante Sérgio foi vendido primeiro por $ 16.000 e depois por $ 25.000 para Joalheria Kahn and Co. e enviado para G. Kahn em Paris, que o vendeu para I. K. Gulland de Londres em setembro de 1895 por £ 6.400. Lá, ele foi dividido em pequenos pedaços de 3–6 quilates (0,60–1,20 g; 0,021–0,042 onças) para brocas de diamante industriais.
O Sérgio foi quebrado em pequenos pedaços em Nova York e usado em brocas
na Cordilheira Mesabi, um vasto depósito de ferro em Minnesota, USA.

Usos e valor do diamante negro
brocas com pontas com diamantes de 2mm
Brocas com pontas com diamantes de 2mm.

Anteriormente de pouco ou nenhum valor, ele entrou em uso na introdução das brocas de diamante de Leschot e agora é extremamente valioso para montagem em coroas de aço usadas para mandrilamento de diamante. Não tendo clivagem, o carbono é menos sujeito a fratura na rotação da broca do que o diamante cristalizado.
anel de diamante negro
Anel com diamantes negros.

Não é para todos, e na joalheria ainda é pouco usado, mas nos últimos anos tem vindo a fincar mercado neste segmento sobretudo no mercado de jóias de alto luxo.

A origem do carbonado é polêmica.
Algumas hipóteses propostas são as seguintes:
  • Conversão direta de carbono orgânico sob condições de alta pressão no interior da Terra, a hipótese mais comum para a formação de diamante;

  • Metamorfismo de choque induzido por impacto meteorítico na superfície da Terra;

  • Formação de diamante induzida por radiação por fissão espontânea de urânio e tório;

  • Formação dentro de uma estrela gigante da geração anterior em nossa área, que há muito tempo explodiu em uma supernova;

  • Uma origem no espaço interestelar, devido ao impacto de um asteróide, em vez de ser lançado de dentro de uma estrela em explosão.

Origem extraterrestre
Apoiadores de uma origem extraterrestre de carbonados, como Stephen Haggerty, um geocientista da Florida International University, propõem que sua fonte material foi uma supernova que ocorreu pelo menos 3,8 bilhões de anos atrás.

Depois de coalescer e vagar pelo espaço sideral por cerca de um bilhão e meio de anos, uma grande massa caiu na Terra como um meteorito há aproximadamente 2,3 bilhões de anos, possivelmente se fragmentando durante a entrada na atmosfera terrestre e impactando em uma região que muito mais tarde se dividiria no Brasil e na República Centro-Africana, as únicas duas localizações conhecidas de depósitos de carbonado.

Propriedades incomuns
Os diamantes Carbonado são geralmente agregados porosos do tamanho de ervilhas ou maiores de muitos cristais pretos minúsculos. Os carbonados mais característicos foram encontrados apenas na República Centro-Africana e no Brasil, em nenhum dos lugares associados ao kimberlito, fonte das gemas de diamantes típicas. As análises de isótopos de chumbo foram interpretadas como documentando a cristalização de carbonados há cerca de 3 bilhões de anos. Os carbonados são encontrados em rochas sedimentares mais jovens.

Os grãos minerais incluídos nos diamantes foram estudados extensivamente em busca de pistas sobre a origem do diamante. Alguns diamantes típicos contêm inclusões de minerais comuns do manto, como piropo e forsterita, mas tais minerais do manto não foram observados no carbonado.

Em contraste, alguns carbonados contêm inclusões de minerais característicos da crosta terrestre: essas inclusões não estabelecem necessariamente a formação dos diamantes na crosta, porque embora essas inclusões crustais óbvias ocorram nos poros que são comuns nos carbonados, elas podem foram introduzidos após a formação do carbonado.

Inclusões de outros minerais, raros ou quase ausentes na crosta terrestre, são encontradas pelo menos parcialmente incorporadas no diamante, não apenas nos poros: entre esses outros minerais estão aqueles com composições de Si, SiC e Fe-Ni. Nenhum mineral distinto de alta pressão, incluindo o polimorfo hexagonal de carbono, lonsdaleita, foi encontrado como inclusões em carbonados, embora tais inclusões possam ser esperadas se carbonados forem formados pelo impacto de meteorito.

Os diamantes negros são diferentes de outras rochas coloridas porque não obtêm sua sombra de impurezas químicas, como nitrogênio, hidrogênio ou boro. Em vez disso, os diamantes negros devem sua cor a numerosas inclusões escuras (principalmente grafite), e sua opacidade é causada por uma estrutura “policristalina” que inibe a reflexão da luz.

Identificação de diamante negro carbonado
Diamantes negros, carbonados
Cor: normalmente preta, pode ser cinza, vários tons de verde e marrom às vezes mosqueado.
Hábito: cristalino policristalino
Fratura: Superfícies rasgadas irregulares
Dureza: 10 na escala de Mohs
Lustre: Adamantino
Raia (traço): branco
Gravidade específica: 3,52 ± 0,01
Densidade: 3,5-3,53 g/cm3


Fontes:

Lonsdaleíta, porque toda essa confusão

Pedra Lonsdaleíta, porque toda essa confusão?
Pedra Lonsdaleíta, porque  toda essa confusão
Bola de alta alumina ou Lonsdaleita?

Saiba o que esta por trás de toda esta confusão sobre
a pedra Lonsdaleíte e a Esfera de Alta Alumina

Só lembrando que o nome Lonsdaleíta foi em "homenagem" a Kathleen Lonsdale, uma cristalógrafa e que ao contrário do que muitos pensam, não foi ela quem descobriu a Londaleíta.
Kathleen Lonsdale, cristalógrafa
cristalografia é a ciência que tem como objeto de estudo a disposição dos átomos em sólidos.
É também a ciência experimental que estuda o cristal, ou cristais.
Kathleen Lonsdale usava métodos de difração de raios-X para elucidar estruturas cristalinas. Ela foi a primeira a usar métodos espectrais de Fourier enquanto resolvia a estrutura do hexaclorobenzeno.

Desvendando o mistério à volta da rara pedra Lonsdaleíta
O que Kathleen Lonsdale fez foi mostrar o modelo da estrutura cristalina da Lonsdaleíta.
Dame Kathleen Lonsdale, crystallographer.
Basicamente um indivíduo "esperto", olhou para o modelo da estrutura cristalina da Lonsdaleíta e pensou que aquela bola branca de ligação da estrutura fosse a tão rara pedra vinda de um meteoro.
fake lonsdaleite
Ai associaram aquilo a isto,
bola de alta alumina

Lonsdaleita, como já escrevemos em nosso artigo, é um alótropo de carbono, é uma forma rara e mais dura de diamante encontrada em meteoritos.

Estrutura cristalina de lonsdaleíta (diamante hexagonal)
Lonsdaleíta é chamado de diamante hexagonal por causa da sua estrutura cristalina, como no modelo da imagem acima;
e na imagem a abaixo vemos a estrutura natural do diamante hexagonal, conhecido como Lonsdaleíta. Entendeu?
A rede de diamante hexagonal é um arranjo de elementos ligados por tetraedro, dentro de uma célula unitária hexagonal. Enquanto o diamante convencional (também conhecido como diamante cúbico) existe dentro de uma célula unitária cúbica, o diamante hexagonal existe dentro de uma célula unitária hexagonal. Em ambos os casos, os elementos são ligados tetrahdralmente.


Então, o que confundiu o primeiro indivíduo que difundiu tal confusão foi o modelo da estrutura do cristal de lonsdaleíta.
Os cristais de grafite naturais refletem a estrutura do cristal hexagonal.
Os cristais de grafite naturais refletem a estrutura do cristal hexagonal.

Bola de alta alumina não é Lonsdaleíta.
Saiba mais sobre bola de alta alumina no link a seguir:

Espero que desta vez este assunto esteja elucidado.
OK?
ok, alumina balls

Envia este artigo para aquele seu amigo que gastou uma fortuna comprando uma esfera de alta alumina que é usada em tambores de moagem nas industrias siderúrgicas, de mineração e outras.

Fontes:

Lonsdaleíta, saiba o que é

Diamante lonsdaleíta
A lonsdaleita (diamante hexagonal) é um dos materiais mais recentes e raros pesquisados pelos cientistas e é caracterizada por propriedades surpreendentes. Uma das suas principais características é estar correlacionado com o diamante, no que diz respeito à composição química e estrutura cristalina, e com os meteoritos, devido ao seu mais conhecido processo de formação. Graças a essas propriedades, recentemente este material atraente chamado “Lonsdaleite Diamond” ou “Stars Diamond” começou a circular em alguns mercados de gemas e minerais preciosos.
O objetivo do presente artigo é puxar alguns fios e desvendar a Lonsdaleita, o que é, quais são as pesquisas e o que realmente é possível encontrar no comércio, se é que se podem ser encontrados, uma vez que o que se conhecem são muito mas muito pequenos.

Lonsdaleíta, o que é toda essa confusão?
Muito provavelmente você já tenha ouvido falar nela e até pensado em comprar um, mas não se engane com aquelas bolas brancas que vendem na internet como sendo o tão raro Diamante Lonsdaleite.
Porém, se você já comprou uma dessas bolas brancas muito duras nós vamos explicar porque é que você foi enganado.

O que é Lonsdaleíta?
Lonsdaleite (nomeado em homenagem a Kathleen Lonsdale ), também chamado de diamante hexagonal em referência à estrutura cristalina, é um alótropo de carbono com uma rede hexagonal, ao contrário da rede cúbica do diamante convencional. É encontrado na natureza em detritos de meteoritos; quando meteoros contendo grafite atingem a Terra, o grande calor e estresse do impacto transforma a grafite em diamante, mas retém a estrutura de cristal hexagonal da grafite.
Lonsdaleita foi identificada pela primeira vez em 1967 a partir do meteorito Canyon Diablo, onde ocorre como cristais microscópicos associados ao diamante comum.

A imagem acima é o que mais próximo se pode ter de idéia da Lonsdaleíta, no entanto não confunda, isto é apenas para uma comparação e se trata de um Tectito.

Lonsdaleita é translúcido, amarelo acastanhado e tem um índice de refração de 2,40–2,41 e uma gravidade específica de 3,2–3,3. Sua dureza é teoricamente superior à do diamante cúbico (até 58% a mais), de acordo com simulações computacionais, mas os espécimes naturais exibiram dureza um pouco mais baixa em uma grande faixa de valores (de 7–8 na escala de dureza de Mohs). A causa é especulada como sendo devido às amostras terem sido crivadas de defeitos de rede e impurezas.

Propriedades Físicas da Lonsdaleita
Lustre: Adamantino
Transparência: Transparente
Cor: Transparente amarelo acastanhado, acinzentado
Dureza: 7 - 8 na escala de Mohs
Dados de dureza: medido
Comentário: imperfeições na Lonsdaleita natural reduzem a dureza, o material artificial foi testado mais duro do que o diamante (> 10). "A Lonsdaleite é simulado para ser 58% mais duro que o diamante na face <100> e para resistir a pressões de indentação de 152 GPa, enquanto o diamante quebraria em 97 GPa. Isso ainda é excedido pela dureza da ponta do diamante IIa <111> de 162 GPa. ”
Densidade: 3,2 g/cm3 (medido) até 3,51 g/cm3 (calculado).

Como se forma a Lonsdaleita
lonsdaleita, sistema cristalino hexagonal
Sistema cristalino hexagonal da Lonsdaleíta.

Lonsdaleite, originalmente descreve a forma hexagonal do carbono e representa um dos polimorfos da série do carbono, incluindo o diamante e as fases do mineral grafite. Na verdade, a estrutura cristalina da Lonsdaleita é hexagonal e a composição química é C; por estes motivos também é denominado “diamante hexagonal”.
Este mineral foi descoberto pela primeira vez há cerca de 50 anos no meteorito de ferro Diablo Canyon; sua formação foi atribuída à transformação induzida por choque de grafite dentro do meteorito após o impacto com a Terra.

Sistemas cristalinos do Diamante e do Grafite.

Esses diamantes de impacto são agregados policristalinos compostos predominantemente por nanopartículas de diamante cúbico e hexagonal e grafite cristalina residual.

No entanto, essa definição é hoje fortemente discutida pelos cientistas:
Németh et al. (2014) hipotetizaram que “lonsdaleíta” não existe como um material discreto e demonstraram que é um diamante cúbico defeituoso e geminado. Ele também mostrou que outros polimorfos de carbono relatados podem ser explicados por falhas de geminação e empilhamento.
Por outro lado, Kraus et al. (2016)Turneaure et al. (2017) provaram a formação de lonsdaleíta (ao lado do diamante), como uma espécie separada, gerada por compressão de choque de grafite. A lonsdaleita também recebeu muita atenção por causa de suas propriedades mecânicas potencialmente superiores, como resistência à compressão, dureza e rigidez, que rivalizam ou excedem as do diamante cúbico. No entanto, essas propriedades excepcionais não foram provadas experimentalmente devido à incapacidade de sintetizar lonsdaleita como uma fase pura. Por exemplo, durante o processo de síntese dos diamantes nano-policristalinos (NPD), a gênese das lamelas de Lonsdaleita, fortemente associadas aos grãos de diamante cúbico, tem sido hipotetizada.

A lonsdaleíta é um material muito raro na Terra, encontrado como pequenos grãos associados a diamantes cúbicos e grafite em meteoritos de ferro, as camadas de um mesmo grão correspondentes a diamante, grafita e lonsdaleita só podem ser distinguidas por instrumentos muito sofisticados, capazes de trabalhar em escala nanométrica. Além disso, atualmente não é relatado um cristal puro massivo e relativamente grande (escala milimétrica) de lonsdaleita, nem natural nem sintético.

Lonsdaleita sintética
Além dos depósitos de meteoritos, o diamante hexagonal foi sintetizado em laboratório por compressão e aquecimento de grafite em uma prensa estática ou usando explosivos.
Lonsdaleita também foi produzida por deposição química de vapor, e também pela decomposição térmica de um polímero, poli (hidridocarbyne), à pressão atmosférica, sob atmosfera de argônio, a 1.000° C.

Locais onde ocorre a lonsdaleita
A lonsdaleita ocorre naturalmente em depósitos de diamante não-bólido na República Sakha. Material consistentes com Lonsdaleita foram encontrados em sedimentos com datas altamente incertas no Lago Cuitzeo, no estado de Guanajuato, México, pelos proponentes da controversa hipótese de impacto de Younger Dryas.
Lonsdaleita também foram encontrados ao redor do Evento de Tunguska e na cratera Popigai ambas na região da Sibéria, Rússia.
Nos EUA é encontrado no Canyon Diablo (cratera Barringer no Arizona), e em outras crateras ou áreas de 'impacto'.


Bola de alumina ou diamante Lonsdaleite?
bola de alumina ou diamante Lonsdaleite
Bola de alumina, erroneamente nomeada como Lonsdaleita.

Densidade da Lonsdaleíta: 3,2 a 3,5.
Diamante hexagonal extremamente raro.

Bola de Alumina: densidade de 3,65 até 3,85.
Esferas de moagem, muito usado por indústrias siderúrgicas.

Lonsdaleíta, saiba o porque de toda esta confusão?

    Quer saber mais sobre bola de alta alumina?
clica no link a seguir:


Fontes:

Teste de níquel para meteoritos, MeteoriteID

Solução química de níquel para testar meteoritos
Teste de níquel para meteoritos, MeteoriteID
Este teste é a primeira etapa na identificação de meteoritos, testes adicionais e laboratoriais deverão ser complementados para se obter um documento válido do meteorito para venda.

Informações sobre o teste de níquel da MeteoriteID:

DETECTA NÍQUEL COM PRECISÃO
A maioria dos meteoritos contém níquel e esta solução testa com precisão até mesmo pequenos vestígios de níquel.

AJUDA A IDENTIFICAR METEORITOS
95% dos meteoritos contêm níquel; as amostras que não apresentam resultado positivo para níquel provavelmente não são meteoritos, salvo meteoritos do tipo rochoso.

TESTE RÁPIDO E SIMPLES
Garrafa espremível e fácil de usar e é suficiente para 200 testes; você verá os resultados do teste em segundos.

RESULTADOS FÁCIL DE LER
Uma cor rosa avermelhada indica níquel, no entanto este foi o primeiro passo, mais testes de laboratório serão precisos para identificação positiva.

OUTROS TESTES NECESSÁRIOS
Esta é a primeira etapa na identificação do meteorito, testes laboratoriais adicionais validarão sua descoberta.
Teste de níquel para meteoritos, MeteoriteID

O teste de níquel é pré-misturado e pré-medido para precisão e conveniência. Isso reduz a confusão e resultados de teste imprecisos.

O teste é seguro e fácil de usar e não prejudica os itens de metal, e é sensível o suficiente para detectar a presença de níquel livre em um nível tão baixo quanto 10 ppm.


Instruções de uso:
Coloque 2 gotas de MeteoriteID em um cotonete.
Esfregue o item de metal firmemente por 15 a 30 segundos com o cotonete.
Uma cor rosa avermelhada no cotonete indica níquel.

Certifique-se de que a superfície do item esteja limpa de qualquer sujeira ou detritos.
Não reutilize o cotonete.
Para demonstrar um teste positivo, teste uma moeda de níquel, uma moeda contém 25% de níquel e tornará o cotonete rosa (níquel é detectado).

Aviso de remessa/encomenda:
MeteoriteID contém um líquido inflamável e deve ser enviado apenas por correio de superfície; e requer  rotulagem especial para garantir que não seja enviado por via aérea.

Aviso:
Este método testa apenas a presença de níquel e não indica necessariamente que a amostra é, de fato, um meteorito. Uma análise mais aprofundada por um laboratório de ensaio profissional é necessário para identificar positivamente um meteorito. Este teste apenas ajuda a eliminar objetos sem a presença de níquel, que provavelmente NÃO será um meteorito.

Onde comprar:

Densidade e Gravidade Específica de Meteoritos

Densidade de meteoritos
Densidade é o termo que define o peso de um objeto para seu tamanho. A densidade é geralmente expressa em unidades como gramas por centímetro cúbico (g/cc ou g/cm3), quilogramas por metro cúbico, libras por polegada cúbica, etc.
Densidade e Gravidade Específica de Meteoritos
Neste artigo todas as densidades estão medidas em gramas por centímetro cúbico (g/cm3).

As rochas variam consideravelmente em densidade, então a densidade de uma rocha é frequentemente uma boa ferramenta de identificação e útil para distinguir rochas terrestres (Terra) de meteoritos. Os meteoritos de ferro são muito densos, 7-8 g/cm3. A maioria dos meteoritos são condritos comuns, e os condritos comuns têm a metade dessa densidade. A maioria dos condritos comuns está na faixa de 3,0 a 3,7 g/cm3, que é mais denso do que a maioria das rochas terrestres.
Por exemplo, calcário (2,6 g/cm3 ou menos), quartzito (2,7 g/cm3) e granito (2,7-2,8 g/cm3) são todas rochas comuns de baixa densidade.
Alguns meteoritos têm baixas densidades (<3,0 g/cm3), mas esses meteoritos são raros entre os meteoritos. A densidade do basalto, um dos tipos mais comuns de rochas vulcânicas terrestres e geralmente confundidos como meteoritos, pode chegar a 3,0 g/cm3.
Acondrito, consiste em material semelhante a basaltos terrestres ou rochas plutônicas e foi diferenciado e reprocessado em um grau maior ou menor devido ao derretimento e recristalização sobre ou dentro dos corpos-mãe do meteorito. Como resultado, os acondritos têm texturas e mineralogias distintas indicativas de processos ígneos.

Tabela comparativa entre densidade de Meteoritos e de Rochas terrestres
Tabela comparativa entre densidade de Meteoritos e de Rochas
Gráfico adaptado do livro:
Field Guide to Meteors and Meteorites
Autores: Norton, O. Richard, Chitwood, Lawrence (2008)

Os únicos tipos de rochas terrestres mais densas que os meteoritos são os minérios - óxidos e sulfetos de metais como ferro, zinco e chumbo. Por exemplo, rochas compostas de hematita ou magnetita (óxidos de ferro) são frequentemente confundidas com meteoritos (ver concreções, "em breve"). Essas rochas têm altas densidades, 4,5-5 g/cm3, que são maiores do que qualquer tipo de meteorito rochoso.

Meteoritos rochosos
São cerca de 95% dos meteoritos recuperados na Terra.
Eles pertencem a dois grupos diferentes: condritos, que contêm esférulas de tamanho milimétricos, chamadas côndrulos, e acondritos, que não contêm essas esférulas.

Densidades de meteoritos por classificação
A densidade de um meteorito pode nos dizer muito sobre um determinado espécime. Como muitos tipos de meteoritos contêm um alto nível de metal, por exemplo, ferro e níquel, eles geralmente são significativamente mais pesados ​​do que as rochas terrestres comuns.
Abaixo está uma lista de densidades de meteoritos para uma série de várias classificações. Em alguns casos em que não foi possível determinar a porosidade de um meteorito, a densidade média de grãos dos minerais dos meteoritos é usada em vez da densidade total geral.
NOTA para as densidades de grãos que são um pouco maiores do que as densidades aparentes, pois não levam em consideração a porosidade das amostras.

Condritos comuns (Ordinário)
LL: 3.21 (± 0,22) - (Méd) 3.21, (Mín) 2.38, (Máx) 3.49.
L: 3.35 (± 0,16) - (Méd) 3.35, (Mín) 2.50 , (Máx) 3.96.
H: 3.40 (± 0,18) - (Méd) 3.40, (Mín) 2.80, (Máx) 3.80.
Entende-se na tabela, as médias de densidade devido a porosidade:
Média (Méd), Mínimo-alta porosidade (Mín) e Máximo (Máx)

Condritos Enstatitas
E: ?
EL: 3.55 (± 0.1)
EH: 3.72 (± 0.02)

Condritos Carbonáceos
CI: 2.11
CM: 2.12 (± 0.26)
CR: 3.1
CO: 2.95 (± 0.11)
CV: 2.95 (± 0.26)
CH: 3.44
CK: 3.47 (± 0.02) *
(* indica uma medição de densidade de grão).

Acondritos
Acondrito é o nome atribuído a qualquer meteorito lítico sem côndrulos.
Aubrites: 3.12 (± 0.15)
Diogenitos: 3.26 (± 0.17)
Eucrites: 2.86 (± 0.07)
Howardites: 3.02 (± 0.19)
Ureilites: 3.05 (± 0.22)
Shergotitos: 3.10 (± 0.04)
Chassignitos: 3.32 *
Nakhlites: 3.15 (± 0.07)
(* indica uma medição de densidade de grão).

Pedregoso/Ferro
Mesosideritas: 4.25 (± 0.02)
Palasitas: 4.76 (± 0.10)

Lunar
2.7 a 3.8**
(**Estimativa. Os meteoritos feldspáticos terão densidade mais baixa, enquanto os meteoritos basálticos terão maior densidade).

Ferro
Os meteoritos de ferro são compostos principalmente por uma mistura de Ferro/Níquel que frequentemente terá uma densidade de aproximadamente 7g/cm3 a 8g/cm3.
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Gravidade Específica
local da queda do meteorito de Pernambuco
Para medir a densidade, é necessário medir o volume de uma rocha. Isso é difícil de fazer com precisão. Tão útil quanto a densidade, entretanto, é a gravidade específica sendo esta mais fácil de se executar.
meteorito de Pernambuco
A gravidade específica é a relação entre a massa (peso) de uma rocha e a massa do mesmo volume de água. A água tem densidade de 1,0 g/cm3, então o valor numérico da gravidade específica para uma rocha é o mesmo que para a densidade. Como a gravidade específica é uma proporção, ela não tem unidade.
meteorito de Pernambuco
A gravidade específica é mais fácil de medir do que a densidade. Para medir a gravidade específica, você precisa de uma balança ou escala com um gancho na parte inferior. A técnica é descrita na maioria dos livros de física do ensino médio e a maioria das escolas de ensino médio (ciências gerais e laboratórios de física) teria um equilíbrio de feixe único ou triplo que poderia ser usado para medir a gravidade específica. Pode ser difícil obter uma medida precisa para uma pequena rocha, por exemplo, <10 gramas.

Saiba como tirar a gravidade de sua pedra com a ajuda do site:
Meteoritos Brasileiros
abrindo o link a seguir:

Conclusão
Se você tiver uma rocha que não seja metálica e tenha uma gravidade específica maior que 4,0, não é um meteorito.

Se você tiver uma rocha com gravidade específica na faixa de 3,0 a 4,0, pode ser um meteorito. Essa é a boa notícia. A má notícia é que se você coletar 1000 rochas com gravidades específicas nessa faixa, provavelmente serão todas rochas da Terra, porque alguns tipos de rochas terrestres estão na faixa de 3 a 4.

Se você tem uma rocha com gravidade específica inferior a 3,0, é quase certo que não seja um meteorito. A maioria das rochas terrestres tem gravidades específicas de menos de 3,0.

Quais meteoritos são mais comuns na Terra?
Em % de todos os meteoritos com base de dados de abundância relativa até 2000.
Rochoso 95,6%
Condritos 67,5%
Comuns 63,4%
Ferrosos 3,84%
Acondritos 2,71%
Carbonáceo 2,49%
Ferro rochosos 0,1%
Enstatite 0,89%

Fontes:

Mais informações sobre Meteoritos, classificações e testes caseiros em:

Teste de níquel para meteoritos

Teste de Níquel para Identificar Meteoritos
Os meteoritos são uma fonte constante de admiração para a maioria das pessoas. Eles brilham no céu em seu breve período de existência, e por vezes penetram na superfície da terra. Para estas pequenas, ou grandes pedras que caem do céu, elas exercem um fascínio nas pessoas que querem ter algo vindo de fora de nosso planeta, mas em outros ​​aspectos eles são uma excelente fonte de informações para os cientistas.
kit para testar meteorito
Para os sortudos que buscam ou por sorte encontram um pedaço destas pedras vindas do espaço elas tem muito valor comercial, e o descobridor de um deles geralmente é bem recompensado.
The Maryborough Meteorite
O meteorito Maryborough encontrado por um garimpeiro de ouro, foi encontrado em Victoria em 1995 e está exposto no Museus Victoria na Austrália

Porém, nem sempre o que parece ser um meteorito, é, e alguns espécimes são constantemente rotulados como meteoritos.

Veja AQUI fotos de pedras que se parecem com meteoritos mas não são, eles são chamados de falsos meteoritos:

Mas as pessoas que encontram pode salvar-se de muitas falsas esperanças e decepções se
elas tivessem algum meio simples de testar o meteorito suspeito.
Hoje vamos explicar como fazer um simples teste de níquel que você pode fazer em casa.
Mas antes saiba que existem dois tipos gerais de meteoritos; aqueles compostos de ferro e níquel e conhecidos como meteoritos de ferro, e aqueles compostos por vários elementos e conhecidos como meteoritos rochosos.
Ambos os tipos geralmente têm pelo menos pequenas quantidades de níquel e um teste de níquel pode eliminar um grande número de objetos comumente confundidos com meteoritos.

Meteorito cortado e polido

Kit para testar meteoritos MeteoriteID
Compre um kit para meteoritos pronto para usar, informações no final deste artigo.

ATENÇÃO:
Este teste não é conclusivo em uma rocha terrestre que contenha níquel.
(consulte tabela de rochas que contenham níquel)


O teste requer 4 produtos químicos:
Ácido nítrico (diluído);
Hidróxido de amônio (amônia);
Álcool e
Dimetilglioxina.

Uma pequena amostra do material a ser testado é moída em um pó fino e dissolvida em ácido nítrico.
Então adicione hidróxido de amônio até a solução ficar nitidamente alcalina.
Um teste de alcalinidade é realizado usando papel de tornassol,
de preferência vermelho, e a cor mudará para azul quando for adicionado hidróxido de amônio.
Se um marrom avermelhado massa forma-se neste ponto, é uma indicação da presença de ferro.

Deixe a massa marrom avermelhada assentar e, em seguida, despeje cuidadosamente o líquido transparente. O líquido claro também pode ser filtrado do material sólido.

Enquanto o líquido está limpando ou filtrando, a solução de dimetilglioxina pode ser preparada.
Dissolva este produto químico em cerca de um grama de álcool até que o álcool não aguente mais. Esta é uma solução saturada. Adicione algumas gotas desta solução
para o líquido claro e um precipitado vermelho escarlate ou rosa indica a presença de níquel.

A presença de níquel na amostra indica que tem a possibilidade de ser um meteorito, e você pode então entrar em contato com alguma agência que possa ajudá-lo mais.
NOTA: "se a cor rosa desaparecer após 5 minutos, o metal contém Ni, mas não o suficiente para ser de origem meteorítica".

Se for para vender, então pague para ter um certificado do meteorito, é caro mas o valor de venda do meteorito vai fazer valer o valor do certificado.

No entanto,se não tiver níquel, você pode ter uma certeza razoável de que sua pedra não é, porém, consulte mais especialistas ou envie sua pedra para que sejam feitos testes laboratoriais. Isto poderá ocorrer de não se tratar de um meteorito e você gastar se dinheiro em vão.

ATENÇÃO:
Alguns destes produtos químicos são perigosos e
nocivo quando ingerido, inalado e absorvido pela pele.
Use sempre equipamentos de proteção, óculos , luvas e máscaras ou deixe isto para um profissional.

Onde vai encontrar os produtos químicos para o teste?
Dentre este, o ácido nítrico vai ser um pouco mais difícil de ser encontrado, uma vez que (puro) é controlado pelas forças de segurança, no entanto poderá eventualmente encontrar diluído em casas de produtos para agricultura.
Já o hidróxido de amônio poderá encontrar em lojas de produtos químicos.
A dimetilglioxina pode ser obtida em qualquer fornecedor de produtos químicos. Isto é um
químico seco, branco cristalino usada em química analítica para a determinação e quantificação de níquel.
O álcool pode ser comprado em quase qualquer lugar.
O papel de tornassol pode ser comprado em loja de produtos para agricultura e também em lojas de produtos para laboratórios.

No entanto se você não deseja correr riscos, poderá comprar um kit simples e mais seguro para testar suas pedras suspeitas de meteoritos.

KIT de Teste Para Meteoritos, MeteoriteID
Este kit é apenas uma primeira etapa na identificação do meteorito, após, testes laboratoriais adicionais validarão sua descoberta, podendo então requerer um certificado e laudo ao laboratório onde enviou a sua amostra.
MeteoriteID test your meteorite

Sites para comprar um kit de teste para meteorito pronto para usar:
https://www.amazon.com/Nickel-Meteorite-Testing-Solution
https://nonickel.com/products/meteorite-id


Mais informações sobre o KIT MeteoriteID AQUI


Tira de papel para teste de níquel- BRASIL
Nota: As tiras de Teste Rápido Indicador de Níquel vendidos por esta empresa não serve para testes de níquel em meteoritos.


Fontes: