Diferentes tipos e variedades de Ametistas

Tipos e variedades de Ametistas que você (talves) não conhecia
Todos nós sabemos que a cor da ametista é roxa, mas você sabia que a ametista também vem naturalmente em outras cores como em verde, rosa, preto e até vermelho?!
Ametista é uma pedra formada por óxido de silício (SiO2), apresentando também compostos de manganês e ferro, que combinados em maior ou menor quantidade, dão a esta gema ímpar, sua coloração, que vai desde o mais profundo púrpura ou roxo, até um cristalino e claro lilás, quase totalmente transparente como vidro.
Brandberg Amethyst

É considerada uma das primeiras e principais pedras preciosa ao longo de séculos, sendo encontrada em quase todos os continentes e lugares.
Alguns dos maiores produtores de ametista natural estão localizados na Bolívia, Brasil, Uruguai, Tanzânia, Zâmbia, Madagascar, Espanha e no Arizona (U.S.A.).

A ametista, com seus ricos tons violetas são facilmente reconhecíveis.
Cores fortes como a púrpura, o roxo ou o violeta são comuns nas pedras de ametista. Mas há uma boa variedade de cores e até pedras que tem duas ou três cores, dependendo de sua composição química.
Algumas variedades de cores são: Ametista Jacobina, Quartzo Ametista, Ametista de Madagascar, Ametista Mosquito, Ametista Púrpura e Ametista Espanhola.

Porém, existem alguns tipos de ametista que você não conhecia, então vamos explorá-los para que você os conheça.

IMA - International Mineralogical Association (Associação Internacional de Mineralogia) NÃO reconhece as variedades de ametista, mas somente a própria Ametista como mineral.

Tipos individuais de ametista e suas variedades  
Os cristais de quartzo vêm em várias cores, incluindo a ametista preta e o belo cristal de ametista rosa recentemente descoberto. Outros cristais neste grupo são Brandberg Amethyst, e uma rocha do Canadá identificada como Auralita-23 que é uma ametista com ponta vermelha composta de hematita e misturada com pedras violetas e outros minerais. 

Os cristais de ametista e cacoxenita do Brasil também pertencem à família das ametistas. 

Os belos cristais transparentes de lavanda da variedade Vera Cruz são provenientes de uma única mina no México.

Prasiolita é o nome de uma variedade verde de quartzo, que se acredita pertencer à família das ametistas. Também é referido como ametista verde, mas não é um tipo de ametista, e não vou entrar em detalhes neste artigo.

O Quartzo Prasiotrino talves esteja mais perto de pertencer como uma variedade de ametista, isto porque muitas destas pedras são encontradas em minas próximas dos locais com ametistas. E muito embora eu não a tenha incluído na lista abaixo você poderá ver e conhecer o Quartzo Prasiotrino AQUI

Amegreen é uma mistura de quartzo branco, quartzo violeta e verde e é quase idêntico a prasiolita.
Amegreen um tipo de ametista
Amegreen, imagem de https://crystalsandjoy.com/amegreen/

Já o Ametrino é uma pedra amarelo e violeta, e a Ametista Chevron é uma pedra misturada com quartzo violeta e branco com um padrão bem reconhecível.

Tamanha é a variedades das Ametistas que você pode fazer uma coleção só com elas.

Variedades de Ametistas:

Ametista Cacoxenita
Informações sobre Ametista cacoxenita AQUI

Amegreen
amegreen
Amegreen é uma combinação de cristais de 3 tipos diferentes de cristais de quartzo, que são ametista, prasiolita que também é conhecida como ametista verde e quartzo branco.
Esta impressionante combinação de cristais explica os tons de cor únicos da pedra Amegreen.
Ao olhar para esta pedra, você notará uma fascinante mistura de três tons principais:
O roxo é claramente devido ao composto de ametista que geralmente é apresentado na forma de um padrão chevron distinguível.
Em segundo lugar, temos a tonalidade Verde que reflete o compósito Prasiolite (Green Amethyst).
E por último, você pode observar algumas manchas brancas notáveis que revelam o elemento Quartzo Branco.

Auralita-23
auralita 23
Auralita-23, a pedra que combina 23 minerais.

Informações sobre Auralita 23 AQUI


Ametista Vera Cruz
Ametista Vera Cruz do México
Ametista Vera Cruz do México por https://suryacristais.pt/

Ametista Negra
ametista negra
Ametista negra é uma ametista com uma cor mais intensa

Ametista negra é o nome dado a um tipo de cristal que parece preto à primeira vista, embora ela seja de um roxo muito escuro, em vez de  preto fosco.
Alguns desses cristais parecem pretos, mas geralmente são de um tom roxo muito intenso, muito bonito e muito profundo, e apenas de perto ou com uma luz artificial você podera notar o tom roxo violeta intenso.
Alguns são bastante pretos, mas outros não são tão pretos, mas têm uma coloração roxa profunda bastante óbvia.
A cor da maioria das pedras mais escuras está relacionada à inclusão de boas quantidades dos minerais hematita e ferro.
Eles também ocorrem como geodos e druzas, o que significa que há muitos cristais minúsculos que apontam para fora e ocorrem em uma pedra matriz.
Muitos geodos de Ametista Negra têm cristais bem pequenos, mas outros têm uma formação de cristais um pouco maior.
A maior parte do que é conhecido como Ametista Negra vem do Uruguai e do Brasil e comumente ocorrem como  aglomerados ou pequenos geodos.

Ametrino ou Bolivianita
A Bolivianita também chamado Ametrino, é uma gema com fusão única da ametista com o citrino que lhe dão essas cores tão diversas que vão desde os amarelos tênues para a gama dos lilás, até a profunda violeta e cujas características a fazem que seja única no mundo.
Se encontra unicamente na Mina Anahí, único jazimento no mundo, localizada na província de Germán Busch, perto da cidade de Puerto Suárez, no departamento de Santa Cruz, Bolívia.

Brandberg
Os cristais de Brandberg também são conhecidos como Ametista Brandberg ou Quartzo Brandberg. São uma mistura de ametista, quartzo claro e fumê juntos sendo que algumas peças podem trazer quartzo lodalita ou até o quartzo fantasma, e é uma excitante mistura de minerais. Mas nem todos os Brandbergs são peças roxas. Eles são vendidos como quartzo Brandenberg com a grafia errada.
É encontrada apenas na Namíbia, África, nas montanhas Goboboseb, área de Brandberg.

Ametista de ponta vermelha
Red Tip Amethyst
Ametista de ponta vermelha ou em inglês, Red Tip Amethyst, é um quartzo com ponta vermelha e consiste em um revestimento do mineral hematita. O revestimento de pedra é uma mistura de quartzo violeta e marrom escuro. É uma fusão com oscilações de ametista e quartzo fumê e o mineral hematita. Também muito confundido com a Auralita-23, porém auralita contém os 23 minerais e é muito rara, outras pedras também igualmente são confundidas com a auralita (inclusive a chevron) mas só contém no máximo 7 inclusões.

Ametista Elestial
ametista elestial
Ametista elestial é uma ametista de cor lilás mas que o que a define é a sua formação piramidal. Peças pequenas são conhecidas no Brasil como dente de ametista já as peças maiores são conhecidos como cetro de ametistas.

Ametista Rosa
A Ametista Rosa é uma variedade de cristal recém-descoberta na Mina Choique, Pehuenches-Neuquén na Patagônia, Argentina. Há alguma controvérsia sobre onde foi encontrado, mas é ametista, e os geólogos realizaram análises espectroscópicas para determinar sua composição.
Suas cores não são todas rosas, como lavanda, roxo, rosa pêssego claro, mas variam de tons claros e suaves a tons rosa pêssego profundos.

Chevron Ametista
Informações sobre Ametista chevron AQUI

Super Seven
Este cristal é uma base de ametista
Ela é chamada assim porque se trata de uma combinação de 7 minerais sendo eles: ametista, quartzo, rutilo, quartzo fumê, lepidocracita, goethita e cacoxenita.
O seu nome foi composto já pela influência dominante da língua inglesa, chamada assim devido a sua principal característica, a da união das 7 pedras.


Fontes:

LEGO® Minerais, a coleção

LEGO® MINERAIS é uma idéia de novo produto
LEGO® Minerais, a coleção de minerais da LEGO®
LEGO® Minerais, a coleção de minerais da LEGO®

Um conjunto LEGO® muito legal foi proposto no site ideas.lego.com e para aqueles que não sabem, este site permite que designers amadores de LEGO® criem seus próprios conjuntos propostos que são votados e qualquer um que receba pelo menos 10.000 votos são então considerados pela LEGO® para produção como conjuntos de 'Ideias' de tiragem limitada.
OFICINA70 foi o apoiador número: 9.945

LEGO® coleção de minerais

Poderá ver esta idéia acessando o link a seguir

Este conjunto chama-se 'Tesouros da Terra: Reflexões' e inclui excelentes réplicas de quatro soberbos espécimes minerais e uma água-marinha.
LEGO® Pirita cúbica
LEGO® Pirita cúbica

LEGO® Água-marinha
LEGO® Água-marinha

Turmalina rubelita logotipo do Mindat
LEGO® Turmalina Mindat
LEGO® Turmalina Mindat

O maior banco de dados de minerais do mundo, o Mindat,org também apoia esta idéia.
Outras imagens da coleção de minerais da LEGO® Minerals clica no link a seguir:

O que é LEGO® MINERAIS?
LEGO® Minerais combina a beleza excepcional dos minerais da natureza com as infinitas possibilidades de LEGO®.
Construa os cristais, admire-os, colete-os e aprenda como eles se formaram ao longo de centenas de séculos!

LEGO® Quartzo citrino
LEGO® Quartzo citrino

Os espécimes são construídos em escala 1:1 sendo os minerais iniciais desta coleção: Berilo Água-marinha, Geodo de Ametista, Pirita, Rodocrosita, Quartzo, Berilo Vermelho e 4 turmalinas diferentes.

Um conjunto oficial pode incluir de 3 a 5 cristais (sem necessidade de recoloração e entre 1100 a 1700 tijolos) com seus próprios suportes dedicados e etiqueta de nome relativa.
LEGO® Rodocrosita
LEGO® Rodocrosita

LEGO® Rodocrosita
LEGO® Rodocrosita com pedestal

No entanto, a coleção pode crescer ao longo dos anos com lançamentos periódicos pela LEGO® de novos espécimes, afinal, não é disso que tratam as coleções!

LEGO® Minerais é perfeito para exibição, mas também é uma construção interessante, pois muitas técnicas avançadas estão envolvidas. Os cristais são maravilhas geométricas naturais e é bastante complicado construir em diferentes planos e ângulos para representar do que a Natureza é capaz!
LEGO® geodo de Ametista
LEGO® geodo de Ametista

LEGO® Minerais também pode despertar a curiosidade em crianças e adultos e aproximá-los da geologia e mineralogia. Várias instituições e vozes respeitadas na comunidade estão apoiando o projeto e cuidariam das informações educacionais que poderiam complementar o manual de instruções.
LEGO® Turmalina negra
LEGO® Turmalina Schorl

GOSTOU DA IDÉIA?
 Então prepare-se para uma diversão séria!!!

LEGO® Turmalina rubelita
LEGO® Turmalina rubelita


Todas as imagens são fontes do autor da idéia via LEGO®

Fonte:

Quartzo Pink Fire, uma gema rara

Quartzo Pink Fire
Parece nome de perfume famoso, mas é um mineral super charmoso e raro.
pink fire quartz

O Quartzo Pink Fire, é um quartzo com inclusões de micro-cristais de Covelita, produzindo um brilho rosa.

covellite inclusion in rough quartz, from Bahia - BRAZIL
Inclusão de Covelita no Quartzo, Bahia - Brasil

Este raro quartzo contendo inclusões de covelita de Minas Gerais - Brasil, foi exibido pela primeira vez na Feira de Joalheria em Tucson 2005. Nesta altura nenhum material não polido/não cortado foi fornecido, portanto a origem deste material era considerada desconhecida.
No entanto John Koivula do GIA confirmou que as inclusões eram de fato Covelita.

Quartzo Pink Fire é um “nome comercial” não oficial usado pelos vendedores de minerais e gemas.
Quartzo Pink Fire não é um nome aceite pelo IMA - (International Mineralogical Association) como uma nomenclatura ou novo mineral, sendo esta a organização responsável por identificar e nomear os novos minerais que são descobertos.

schiller efect in pink fire quartz
 O efeito schiller rosa elétrico na gema.

Um belo efeito ocorre quando a luz reflete da superfície das inclusões e um brilho rosa vívido viaja através da superfície do mineral lapidado, como cabochão, em um efeito conhecido como schiller.
O efeito schiller rosa elétrico é melhor visto nas joias destas pedras raras e é o motivo pelo qual alguns entusiastas as chamam de 'Pink Fire Quartz' ou 'Tinkerbell Quartz'.
Dificilmente o efeito schiller será visto em pedras brutas a menos que esta esteja muito limpa naturalmente.

Quartzo Pink Fire uma gema rara:
O Quartzo Pink Fire é uma gema com inclusões realmente cobiçadas por designers de joias e por colecionadores de minerais.

É uma raridade que vem do Brasil, pois é um cristal deslumbrante e único.
É semelhante ao quartzo claro na aparência (quartzo hialino), mas com manchas de cor magenta em seu corpo.
A cor vem como um reflexo da covelita dentro do Pink Fire Quartz.
A gema é muito cobiçada o que muitas vezes está esgotada e é difícil de encontrar.

Sobre a inclusão e os preços:
A inclusão de Covelita neste tipo de quartzo pode estar agrupada ou estar muito dispersa ou ainda pode estar com outras inclusões minerais fazendo das peças, únicas.
Além do tamanho (carat), o agrupamento da covelita é o que vai ditar a diferença no preço, sendo que uma pedra que tem mais agrupamento vai ser mais valiosa ante uma em que a covelita esta mais dispersa no quartzo.

Sobre o Quartzo Pink Fire bruto:
rough quartz pink fire from Bahia, Brazil
Quartzo Pink Fire, Bahia - Brasil

Um quartzo raro com inclusões de Covelita, que é um raro sulfeto de cobre (CuS).
É o mais raro e o mais caro de todos os quartzos com inclusões.
O brilho rosa é visível apenas de um ângulo porque os cristais de covelita são iso-orientados em um crescimento epitático sobre uma face fantasma do cristal de quartzo.
É muito difícil ver esse efeito com uma foto nas pedras brutas existente, tornando este um dos materiais mais raros de pedras preciosas até hoje.
É muito difícil ver o efeito schiller em uma pedra bruta em uma foto e muito mais incrível pessoalmente com a iluminação correta.
rough quartz pink fire from Espírito Santo, Brazil
Quartzo Pink Fire bruto, Espírito Santo - Brasil

Embora esta pedra só se deu a conhecer ao mundo na Feira de Tucson em 2005, exemplares destas pedras foram obtidas na década de 1990 no estado do Espírito Santo no Brasil, muito antes de se saber que Covellite existia em quartzo como uma inclusão.

Imitações e/ou falsificações:
Recentemente foram encontradas algumas pedras sintéticas "Made in China".
(então todo cuidado é pouco se você quer adquirir uma destas gemas)
Também alguns sites estão a mostrar e vender Quartzo Aventurina Rosa como se tratase de Quartzo Pink Fire.  


Locais de ocorrências:
Brasil:
Minas Gerais e Espírito Santo.
(locais desconhecidos)
Mina de Caraíba, Vale do Curaçá, Bahia
(Mina de onde se extraem diversos minerais como Alexandrita, Apatita, Bornita, Covelita, etc, e que por raras vezes são encontrados quartzos com inclusão de covelita)

Portugal:
Vila Real - Peso da Régua, Poiares e Canelas
(mina de covelita com poucos raros quartzos com inclusão, por mindat.org)

Fontes:

O ouro romano de Portugal

Minas de Ouro Romanas em Portugal
A riqueza e a opulência da Península Ibérica são exaltadas na literatura latina, e foi continuamente explorada pelas suas valiosas jazidas minerais.
Hoje, minas abandonadas das épocas romana e pré-romana podem ser encontradas em todo Portugal; os mais significativos são o vale do Tejo, o Vale do Ceira e outras áreas do norte de Portugal.
minas de ouro romanas em Portugal
A região já foi uns dos maiores centro de produção de ouro para o império romano. A parte norte de Portugal produziu toneladas de ouro por centenas de anos, mas a produção cessou logo após a saída dos romanos. A mineração de ouro voltou a Portugal em 1800, mas diminuiu devido aos altos custos de produção. A última mina comercial, 'New Jales Mine', fechou em 1992.

Hoje, Portugal ainda é considerado uma terra de minerais e tem uma forte indústria mineira. Neste artigo, exploraremos a história da mineração de ouro de Portugal antigo e moderno.

Mineração de ouro do Império Romano em Hispania
Os romanos invadiram a Península Ibérica (Hispania) no século II aC e, em 27 aC, a dividiram em quatro províncias. Portugal fazia parte da província da 'Lusitânia'.
minas roamanas da lusitania
Minas roamanas na lusitania.

Nos tempos pré-romanos, os lusitanos trabalhavam na mineração artesanal nos ricos paleoluviadores de ouro ou no antigo minério aluvial. Por volta do início do século I d.C., os romanos começaram a explorar as jazidas auríferas dos rios Tejo e Alva e seus afluentes. Várias minas foram estabelecidas em toda a região nos próximos cem anos, e a Lusitânia tornou-se uma importante província produtora de ouro na Europa Ocidental. Os engenheiros romanos melhoraram as antigas técnicas de mineração aluvial, introduziram sistemas avançados de aquedutos, melhoraram as minas a céu aberto e começaram a cavar mais fundo para encontrar ricos veios de ouro.

Portugal tem vários sítios mineiros antigos bem preservados. Complexos mineiros como São Domingo, Mina Escádia Grande, Tresminas, minas de ouro de Castromil e muitos mais dão um vislumbre das técnicas de mineração usadas pelos romanos. Pesquisas exploraram muitos desses locais e estimaram a produção total das minas portuguesas em cerca de 9 toneladas de ouro durante o período romano.
A maioria das minas localizam-se principalmente no vale do Tejo e seus afluentes: o Erges, o Ponsul, o Ocreza e o Zêzere”, sendo que no Zêzere uma boa parte das minas situam-se abaixo das barragens e só podem ser reconhecidas em fotografias aéreas tiradas pelo exército na década de 1940.
minas romanas de Covão do Urso e Mina da Presa
Minas romanas de Covão do Urso e Mina da Presa

No vale do rio Alva havia uma grande área mineira e que até a pouco tempo era quase desconhecida, e que alberga uma das maiores concentrações de explorações auríferas romanas em todo Portugal.
Escavações realizadas encontraram ali o complexo mineiro Covão do Urso e Mina da Presa.
As escavações foram realizadas nas caixas d'água da rede hidráulica utilizada na operação. Desta forma, foi possível demonstrar que as minas estiveram em funcionamento entre os séculos I e III d.C. Além disso, o estudo dos registros paleoambientais preservados na rede possibilitou compreender as mudanças nos usos da terra decorrentes do início da mineração de ouro.
No interior do complexo mineiro de Penamacor realizaram-se também escavações no arraial romano situado junto à Mina da Presa. Os dados obtidos mostram que a cronologia do acampamento situa-se na época júlio-claudiana, por volta da primeira metade do século I d.C. Na época, o território lusitano já havia sido conquistado por Roma há muito tempo. Assim, a presença do exército não estaria relacionada à conquista, mas ao controle do território e à exploração dos recursos.

Minas de Ouro romanas nos aredores de Lisboa
A Mina de Ouro de Vale de Gatos situa-se em Vale de Gatos, Cruz de Pau no Seixal.
Abaixo desta localidade, encontram-se cerca de 10 hectares de galerias de onde o ouro era retirado.
Embora uma parte tenha sido destruído pela construção do complexo municipal de atletismo a maior parte da mina esta conservada.
mina de ouro sob complexo de atlestimo do Seixal
Mina de Ouro sob o Complexo de Atlestimo do Seixal

Atletas que valem ouro
Aqui, a ocorrência de ouro estava disposto nos depósitos pliocénicos na forma de blocos de arenito silicioso da região (exploração do ouro aluvionar).
Esta mina oferece uma visita lúdica nos seus complexos, porém as visitas requerem marcação atempada no sítio da EcoMuseus da C.M. Seixal.

A Mina de Ouro de Silha do Alferes situa-se em Foros de Catarpona, Paio Pires também no Seixal
Aqui, a área total com evidências de galerias mineiras romanas ultrapassa os 30 hectares.

Conheiras romanas
Ainda hoje se avistam as chamadas "Conheiras", resultantes de exploração mineira romana ao ouro português.
conheira romana em Vila de Rei, Portugal
Conheira romana em Vila de Rei, Portugal.

As conheiras são amontados de seixos rolados, resultante de escavação ao céu aberto de exploração mineira de ouro aluvionar pelos Romanos, cujas dimensões podem atingir 200-500 metros de Extensão superficial e 10–20 metros de profundidade.
Portugal preservou algumas destas conheiras e hoje em dia há espaços destes que podem ser visitados, havendo até mesmo uma rota das conheiras.
Veja AQUI a "Rotas das Conheiras".

O ouro que os romanos levaram de Portugal
Nos dois primeiros séculos do I milénio d.C. a Península Ibérica foi o principal abastecedor de ouro para o Império Romano, como aliás também de prata e estanho. Estes minerais eram de tamanha importância para o império que até se montou um assentamento militar romano na Serra do Marão, ao lado de uma mina de estanho, e que se chamava Castra Oresbi.
Depois que os romanos foram expulsos da Península Ibérica pelos "Mouros", a mineração de ouro parou e a maioria das minas foi fechada. Apenas a população local continuou a trabalhar na mineração de pequena escala, que era em grande parte de forma artesanal. A condição continuou por vários séculos até o século XIX, quando algumas empresas de mineração se apresentaram para estabelecer operações e reexplorar o potencial da região.

Exploração de ouro em Portugal na era moderna
Em meados de 1800, quando a Revolução Industrial estava em pleno andamento, Portugal viu outra onda de exploração de ouro. Embora o foco permanecesse nas minas romanas existentes, várias empresas estabeleceram operações de pequena escala e exploraram os recursos. A atividade continuou ao longo do início do século 20, mas a produção permaneceu baixa porque as técnicas de mineração de pequena escala existentes não eram viáveis ​​em grande escala. Poucos locais lucrativos que reabriram enfrentaram uma forte reação por causa dos danos ambientais. Nenhuma das empresas manteve a produção por muito tempo e, finalmente, a última mina de ouro fechou em 1992.
Listamos algumas minas importantes que operaram nos séculos 19 e 20.

Tresminas
Tresminas foi uma das maiores explorações mineiras de ouro do mundo romano, com registos de actividade desde o reinado do Imperador Augusto (27 a.C - 14 d.C.) até à época de Sétimo Severo (193 - 211 d.C.).
As minas eram constituídas por um sistema a céu aberto, originando crateras de grandes dimensões que testemunhavam o esforço humano ali empreendido, e por um complexo de galerias para transporte, escoamento e tratamento dos minérios. O abastecimento de água era feito por aquedutos desde o Rio Tinhela e da Ribeira da Fraga.
A antiguidade da presença humana na região é evidente pela existência de muitos vestígios arqueológicos, como pontes e estradas romanas ou o Castro da Cidadelha de Jales.

Tresminas esta aberto a visitação contando também há um centro de interpretação.

Minas de São Domingos
Por 400 anos, os romanos mineraram ouro em São Domingos. O local foi abandonado em algum momento durante o século IV dC. Em 1854, um mineiro italiano o reexaminou, e uma firma inglesa começou a minerar aqui em 1856, mas trabalhava principalmente com minério de cobre. Eles converteram a mina em uma operação a céu aberto em 1867, o que resultou em alta lixiviação de ácido sulfúrico e contaminação do ar, e forçou seu fechamento em 1866.

Minas de Castromil
Outro antigo local de mineração onde os romanos extraíam ouro tanto por escavação a céu aberto quanto por operações subterrâneas. Até o século 19, garimpeiros locais e algumas empresas de mineração continuaram a explorar a área. No entanto, em 1940, a exploração foi totalmente encerrada devido à contaminação excessiva de chumbo e arsênico das águas subterrâneas.

Minas de Jales
A mina de ouro de Jales foi explorada desde o tempo dos romanos (séculos I e II). Os trabalhos desenvolveram-se ao longo de 4 a 5 Km de extensão na região de Vila Real, atingindo os 120 m de profundidade. Segundo estimativas, 25 toneladas de ouro foram extraídas dessas minas.
Possuía enorme impacte visual e de enquadramento, destacando-se da envolvente. A exploração recente foi retomada em 1929, com a exploração do sistema filoniano da Gralheira e, mais tarde, em 1933,  os trabalhos deslocaram-se para o Filão do Campo. Por insolvência da empresa exploradora a New Jales minas parou a produção em 1992, principalmente devido aos altos custos da mineração, o que a tornou não lucrativa sendo encerrada em 1993, muito embora já desde 1992 a exploração e atividade mineiras se tenham praticamente limitado a simples trabalhos de manutenção e de conservação.
Semelhante a outras minas, as minas de Jales também sofreram degradação ambiental. 

Garimpo de ouro recreativo em Portugal
Garimpo de ouro recreativo em Portugal
O garimpo de ouro como hobby parece que ainda permanece a correr nas veias de alguns lusitanos onde se veem alguns a aventurarem-se e até por vezes terem êxito ao encontrar ouro nativo quer seja ouro fino, fagulhas ou até mesmo pequenas pepitas.
Garimpo de ouro recreativo em Portugal
Se quer começar nesta aventura romana do garimpo de ouro poderá começar por seguir alguns dos grupos de garimpo de ouro em Portugal no Facebook.

Veja mais sobre onde começar a garimpar ouro em Portugal nos links a seguir:

Parque Arqueológico de Tresminas

Vias Romanas em Portugal:

Cidades Romanas em Portugal:

Exploração romana do ouro em Portugal:

Fontes: