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Ouro em Lisboa e em Oeiras

As pepitas de ouro de Lisboa e Oeiras

O ouro nas praias da região de Lisboa
o ouro nas praias da região de Lisboa

Por mais estranho que pareça, houve alturas em que os mineiros procuravam ouro no rio Tejo, nas praias de Oeiras e Costa da Caparica.

Se um dia você for à praia nos arredores de Lisboa e encontrar uma pepita de ouro, não se surpreenda. Embora este metal precioso não seja tão comum aqui hoje, o ouro era tão abundante na região que deu o nome ao município de Oeiras (veja a origem do topónimo abaixo).
Cada vez que se fazia um achado mais expressivo, havia uma verdadeira correria de garimpeiros em busca de fortuna na região, e havia exploração aurífera no Tejo há mais de 1800 anos.


A origem da palavra Oeiras:
'Segundo José Pedro Machado, no seu precioso Dicionário Onomástico Etimológico da Língua Portuguesa, Oeiras poderá vir do latim Aurarias, acusativo plural de auraria, «mina de ouro», atestável em Tácito. E acrescenta: «Deste modo, o nome de Oeiras leva-nos a aproximar a fundação da povoação a eventuais actividades auríferas no local.»'

Pensa-se que foram os romanos, ainda antes de Cristo, que descobriram o ouro e dele aproveitaram, não só na foz do rio mas também ao longo do seu curso, peneirando a areia das margens ou cavando galerias para chegar aos veios.
A presença de ouro, seja em depósitos primários ou aluvionares, terá sido um fator importante na designação do local.

minas de ouro no Seixal

No caso do Rio Tejo, o ouro era isolado e com grande pureza, tendo enriquecido muita gente, estimando-se que durante muito tempo foram recolhidas toneladas dele. Ainda hoje existem vestígios desta mineração, em locais como Vila Velha de Ródão, Abrantes, Vale de Gatos (Seixal) e Constância.

No século XIX, as minas de Adiça (em Almada) e de São Julião da Barra (em Oeiras) tornaram-se famosas, embora o ouro pudesse ser encontrado nas praias ao longo da margem sul. Só na mina da Adiça, entre 1814 e 1826, foram obtidos quase 90 quilos de ouro e usados ​​para cunhar moedas.

Por outro lado, em São Julião da Barra, ao mesmo tempo, foi coletado apenas 1 quilo de ouro, naquela que foi a última exploração sistemática da área. A ideia de explorar ouro nesta localidade foi rapidamente abandonada apesar de alguns episódios de informações falsas e confusão geral.

Foi por esta altura que se gerou uma enorme comoção em Lisboa, quando começou a circular o boato de que uma riquíssima mina de ouro tinha sido encontrada em São Julião da Barra, boato que teve de ser desmentido pelo Barão Eschwege, Intendente Geral de Minas e Minerais do Reino, a fim de evitar juncos inúteis, pois o pequeno filão já estava esgotado.

Mas se havia ouro no Tejo, o mesmo vale para outras localidades do país, sendo Portugal relativamente rico em depósitos de ouro até muito recentemente. Ainda hoje existem minas de ouro abandonadas desde a época romana, desde o Norte do país até ao Tejo.

As últimas minas de ouro em Portugal foram as minas de Jales, no distrito de Vila Real, encerradas na década de 1990. No entanto, eles foram transformados em museu e podem ser visitados por qualquer pessoa hoje em dia.

mapa antigo do ouro em Portugal

A mina que mais ouro extraiu em Portugal foi a Mina de São Domingos, localizada em Mértola, Alentejo. Ali foi o principal centro de mineração no país até à década de 1930 e uma das maiores explorações de pirites na Península Ibérica. Outras regiões com importante produção de ouro incluem a região de Castromil e das Banjas em Paredes (Norte de Portugal) e a zona concessionada para exploração de ouro em Montemor-o-Novo, Alentejo.

Actualmente na região de Lisboa não se falam de garimpo ou explorações de ouro, e só nos chegam um ou outro relato por amigos de que ainda se garimpa ouro de forma artesanal e 
ás escondidas na Costa da Caparica e próximo da Fonte da Telha.

Na actualidade algumas minas de ouro em Portugal volta e meia estão a serem reactivadas ou a se sugerir a abertura de novas explorações consoante ao preço deste metal.
Um exemplo é a descoberta de novas jazidas de ouro na região do Alentejo e que continua a ser um potencial importante para a extração de ouro no país.

Então, muito ouro fluiu ao longo deste rio aurífero e parte deste ouro pode ter se espalhado no delta do rio e outra parte, como pepitas maiores, pode estar depositado nos canais mais profundos do rio uma vez que o ouro é um metal muito denso.


Rios auríferos em Portugal:

Minas de Ouro romano em Portugal:

Como e onde encontrar ouro em Portugal:

Ouro no quartzo em Portugal:

Mineração de Ouro em Portugal:


O ouro do Tejo e de outros rios portugueses:

Mineração e Prospecção de Ouro em Portugal

Portugal tem sido um dos maiores produtores de cobre extraído na UE e fornece uma grande quantidade de berilo, ferroligas, estanho e lítio.
A indústria mineral de Portugal é relativamente pequena, mas o país tem uma rica variedade de minerais presentes sendo actualmente extraídos mais de 36 minerais de commodities.

Mineração e Prospecção de Ouro em Portugal
minas de ouro em portugal
Gandaieiros do Tejo, by National Geographic

Outrora, a mina da Panasqueira era um dos maiores produtores mundiais de tungsténio fora da China. Os minerais foram um dos sectores industriais em mudança do país, principalmente devido às jazidas de cobre e estanho de Neves-Corvo.
Globos de ouro - SIC
A estrutura do negócio mineral poderá mudar mais cedo ou mais tarde, tendo em conta a enorme exploração mineira por parte de investidores privados, especialmente de cobre, ouro, chumbo, lítio, pirites e estanho.

Há 775 minerais válidos tanto no Continente como nas Ilhas, sendo 17 (TL-localidade tipo) os minerais válidos que só existem aqui.

Lista das pedras preciosas que são encontradas em Portugal:

As grandes minas de ouro de Portugal
A jazida de Nova Jales é um território ocioso de mineração de ouro situado na zona de Vila Real, no nordeste de Portugal. As minas de Jales interromperam a produção há mais de 20 anos, mas a exploração recente dos recursos restantes aqui está sendo considerada para operações futuras.

As jazidas de ouro da Gralheira estão situadas na zona de Trás-O-Montes, no Norte de Portugal.
A mina e as jazidas estão em um território com histórico minerário.

A mina de Ouro mais produtiva do país
ouro de portugal
Minas de Jalles, Poço de Santa Bárbara

Entre os anos em que esteve activa (1933 a 1992) da antiga Mina de Jales extraiu-se mais de 23 toneladas de ouro durante os seus muitos anos de operação, sendo que no auge da exploração, chegaram a trabalhar nas minas cerca de mil trabalhadores, que extraíam à volta de 30 quilos de ouro por mês. Portanto a área provavelmente ainda terá potencial para operações futuras.

Na jazida da Gralheira, amplos estudos geofísicos e geoquímicos têm sido realizados na área nos últimos tempos.
No segmento norte da propriedade, os esmagadores veios de quartzo inclinados no sentido norte-noroeste são atravessados por um conjunto subordinado de veios inclinados leste-oeste. Diz-se que o ouro ocorre como “ouro livre” e electrum em microfraturas de pirita-arsenopirita e como veios de electrum dentro do quartzo.

Electrum é uma liga de ouro natural contendo pelo menos 20% de prata (muitas vezes significativamente mais) ligada ao ouro.

Conheça o Electrum, uma variedade de ouro muito comum em Portugal:


Lista de todas as Minas de Ouro de Portugal
Clica AQUI


Potenciais depósitos de placer
Existem muitas águas em Portugal onde uma pessoa poderia potencialmente encontrar ouro garimpando em riachos e rios.

É claro que a primeira área a considerar seria a proximidade das grandes operações mineiras históricas.
O ouro de placer, chamado de ouro de aluvião, ocorre quando uma rocha que contém o ouro em veios e fontes maiores são liberados por processos naturais de erosão, e essas partículas de ouro eventualmente chegam aos riachos misturados com o cascalho com a argila e com a areia.

A região do Vale do Ceira e Góis é conhecida por possuir ouro há milhares de anos. Os antigos romanos mineraram nesta área.
O Rio Ceira tem sido explorado extensivamente ao longo dos anos.

Embora a grande maioria do ouro de aluvião encontrado em Portugal seja muito fino, existem alguns relatos históricos de grandes peças de ouro encontradas.

Veja quais são os rios auríferos em Portugal:

Conheiras de Portugal
Conhal é um vestígio romano e de uma mina de ouro de aluvião.
A extração fazia-se através de água, que também era utilizada na lavagem dos sedimentos.
“Basicamente, consistia em desmanchar os depósitos detríticos auríferos servindo-se da força motriz da água. Neste processo as pedras maiores eram retiradas manualmente e empilhadas onde não estorvassem. A jusante havia tanques de decantação e lavadouros (agogas) onde as pepitas eram separadas do cascalho e areia.”

Conhal. Deriva do nome “conhos”, os calhaus rolados de quartzito.

Veja mais sobre as minas romanas de Portugal em:

Ouro e Quartzo
Em Portugal o ouro esta sobretudo em veios ou filões de quartzo.
Ouro na matriz de quartzo, Portugal

É naturalmente mais bonito de se apreciar uma pedra destas na sua matriz com o ouro, além de poder ter um valor acrescentado melhor que o seu peso em ouro.

Saiba mais sobre o ouro na matriz de quartzo em Portugal:

O futuro da mineração de ouro ainda está para ser visto
Parece que grande parte do interesse renovado sobre a mineração de ouro em Portugal ocorreu há alguns anos, quando os preços do ouro atingiram um pico de mais de 1.900 dólares por onça. Agora que os preços dos metais preciosos diminuíram um pouco, ainda não se sabe quanta atenção será dada à remodelação das antigas minas em Portugal.

Veja mais informações em:

Não há dúvida de que ainda há ouro escondido nas rochas, mas extrair esse ouro com lucro é outra questão completamente diferente.




Fontes:


Pedras preciosas de Portugal

Pedras preciosas encontradas em Portugal
Portugal Gemstones
eleições
Pedras preciosas em Portugal e onde encontrar

Esta Base de Dados apresenta a caracterização ilustrada de algumas amostras selecionadas do vasto acervo de rochas, minerais e fósseis do Museu Geológico e de outras fontes como o GeoPortal-LNEG, Mindat ou da Wikipédia.

Devido à grande ocorrência de minerais em Portugal, este artigo contém apenas algumas informações das pedras preciosas e semi preciosas como as suas principais características ou locais de ocorrências, por exemplo.

Embora não seja um dos principais destinos para a mineração de gemas, Portugal tem algumas pedras preciosas em muitos locais ao Norte e alguns ao Sul.
Buscar pedras preciosas e ouro requer alguns conhecimentos Geológicos.

A pedra preciosa de maior valor encontrada em Portugal é o Topázio, porém só alcançam valores de tabela se os espécimes forem bem cristalinos e com qualidade gemológica.
Não há diamantes em solo português.

Portugal tem algumas áreas onde é possível encontrar algumas das melhores preciosas em solo lusitano como ametistas, água-marinhas e topázios. Um destes locais para recolha de ametistas é a região de Trás-os-Montes em especial a zona de Marialva.
Para encontrar água-marinha a região ideal é a região da Guarda, na zona de Belmonte.
Viseu também é mencionado por encontrarem-se muitas das variedades de quartzos.

As imagens das amostras são das Coleções de Rochas, Minerais e Fósseis do Museu Geológico - GEOBASES via GeoPortal Ineg e do Mindat.org

Pedras Preciosas de Portugal:

Âmbar
âmbar - Pedras preciosas de Portugal
Amostra de Âmbar
Estrada do Algueirão, lugar de Morés - Sintra

Dureza: 2 a 2,5
Cor: Amarelo-mel; Laranja; Branco amarelado a Vermelho jacinto
Risca: Branco
Transparência: Transparente a translúcido
Brilho: Resinoso
Densidade: 1 a 1,1
Ocorrência: Abundante (localmente)
Génese: Corresponde a uma resina petrificada de coníferas mesozóicas e cenozóicas
Paragénese:
Caract.Particulares: Funde-se facilmente na chama de uma vela, libertando um odor adocicado característico; Por vezes apresenta inclusões de H2S, sendo também frequente encontrarem-se fósseis de insectos aprisionados no seu interior; Se for friccionado atrai algodão ou outras substâncias leves, devido à electricidade estática acumulada
Aplicações: Pedra preciosa; Fabrico de objectos de arte; Jóias facetadas
(âmbar é considerada uma das pedras orgânicas)

Andaluzite
andaluzite - Pedras preciosas de Portugal
Amostra de Andaluzite (Quiastolite)
Caminha - Caminha

Dureza: 6,5 a 7,5
Cor: Cinzento; Castanho; Verde escuro; Rosado
Risca: Branco
Transparência: Transparente a translúcido
Brilho: Vítreo; Baço
Densidade: 3,1 a 3,2
Ocorrência: Abundante, especialmente em gneisses, xistos micáceos e em alguns pegmatitos
Génese: Metamórfica (frequentemente associada a metamorfismo de contacto, em especial nas auréolas metamórficas que fazem o contacto entre intrusões igneas e rochas pelíticas)
Paragénese: Rútilo; Quartzo; Turmalina; Granadas; Corindo; Topázio; Cordierite; Silimanite;
Caract.Particulares: A variedade quiastolite apresenta uma tonalidade escura, que resulta do facto deste mineral conter inclusões carbonáceas, dispostas regularmente, em forma de cruz
Aplicações: Porcelanas com elevado índice refractário; Os exemplares transparentes podem ser utilizados como gemas.

Apatite
apatite - Pedras preciosas de Portugal
Amostra de Apatite
Mina da Panasqueira - Fundão

Dureza: 5
Cor: Branco; Amarelo; Verde; Azul; Violeta; Vermelho; Castanho
Risca: Branco
Transparência: Transparente a translúcido
Brilho: Vítreo; Resinoso; Gorduroso
Densidade: 3,16 a 3,22
Ocorrência: Abundante
Génese: Magmática; Pegmatítico-Pneumatolítica; Hidrotermal; Sedimentar; Metamórfica
Paragénese: Fluorite; Arsenopirite; Cassiterite; Topázio; Quartzo; Actinolite; Clorite; Ortose; Nefelina; Clinocloro; Epídoto;
Caract.Particulares: Este mineral é facilmente dissolvido em ácido clorídrico
Aplicações: Adubos artificiais; Indústria química; As variedades transparentes por vezes são utilizadas como gemas.

Azurite
azurite - Pedras preciosas de Portugal
Amostra de Azurite
Mina de Minancos - Barrancos

Dureza: 3,5 a 4
Cor: Azul
Risca: Azul claro
Transparência: Transparente a translúcido
Brilho: Vítreo
Densidade: 3,7 a 3,9
Ocorrência: Muito abundante
Génese: É um mineral secundário que ocorre nas zonas oxidadas dos depósitos de cobre
Paragénese: Calcosite; Cuprite; Malaquite; Limonite; Calcopirite; Gesso; Cerussite; Dolomite; Quartzo; Barite;
Caract.Particulares: Faz efervescência com o ácido clorídrico
Aplicações: Minério de cobre (importância secundária); Corantes; Por vezes como pedras preciosas.

Berilo
berilo - Pedras preciosas de Portugal
Amostra de Berilo
Mangualde - Mangualde

Dureza: 7,5 a 8
Cor: Incolor; Branco; Amarelado; Amarelo esverdeado; Verde; Rosa; Azulado; Azul esverdeado; Vermelho; Amarelo dourado
Risca: Branco
Transparência: Transparente a translúcido
Brilho: Vítreo; Baço
Densidade: 2,63 a 2,80
Ocorrência: Rara
Génese: Pegmatítico-pneumatolítica; Hidrotermal; Metamórfica
Paragénese: Ortose; Quartzo; Cassiterite; Turmalina; Topázio; Albite; Lepidolite;
Caract.Particulares: Uma curiosidade interessante diz respeito ao facto do berilo ser incolor. Assim as cores que dão grande valor económico às variedades deste mineral, sendo mesmo consideradas como gemas e pedras precisosas (e.g. esmeralda, água marinha), resultam de pequenos defeitos existentes na rede cristalina deste mineral. No caso da esmeralda a sua cor resulta da presença de crómio, enquanto que no caso da água-marinha resulta da existência de ferro
Aplicações: Indústria aeronáutica e espacial (ligas leves); Algumas variedades são lapidadas e utilizadas como pedras preciosas (e.g. esmeralda, água-marinha).
Berilo na variedade água-marinha são encontradas em Montalegre em Vila Real, além de Viseu, Portalegre e Guarda.
Berilo na variedade Esmeralda (qualidade NÃO gemológica) pode ser encontrado em Ponte de Lima, Viana do Castelo.
Berilo na variedade Goshenite pode ser encontrado em Mangualde, Viseu.
Berilo na variedade Heliodoro são encontrados em Sátão, Viseu.

Calcite
calcite - Pedras preciosas de Portugal
Amostra de Calcita
Serra do Monsanto - Lisboa

Dureza: 3
Cor: Incolor; Branco; Amarelo; Castanho; Avermelhado; Azulado a negro
Risca: Branco
Transparência: Transparente a translúcido
Brilho: Vítreo a nacarado
Densidade: 2,6 a 2,8
Ocorrência: Muito abundante
Génese: Hidrotermal; Sedimentar; Metamórfica; Magmática
Paragénese: Dolomite; Quartzo; Argilas; Galena; Esfalerite (Blenda); Fluorite; Barite; Celestite; Enxofre; Ouro; Cobre; Esmeralda; Apatite; Biotite; Zeólitos; Calcopirite; Siderite; Pirite; Dióptase;
Caract.Particulares: A dureza da calcite é variável, dependendo do plano onde é observada, assim ao longo dos planos de clivagem é 3, sendo 2,5 na base do mineral; Faz efervescência quando em contacto com ácido clorídrico; Quando um cristal transparente é colocado sobre uma linha simples, através deste é possível observarem-se duas linhas. Este fenómeno é denominado por "Efeito da dupla refracção"
Aplicações: Óptica; Fabrico de cimento; Construção cívil; Metalúrgia; Vidraria; Material de decoração; Objectos de arte; Se for lapidada pode ser usada como pedra preciosa.

Cassiterite
cassiterite - Pedras preciosas de Portugal
Amostra de Cassiterite
Mina do Massueime, Cótimos - Trancoso

Dureza: 6 a 7
Cor: Castanho; Negro; Amarelo; Cinzento
Risca: Branco; Castanho claro
Transparência: Translúcido; Raramente transparente
Brilho: Adamantino; Sub-metálico
Densidade: 6,8 a 7
Ocorrência: Frequente
Génese: Pegmatítica; Hidrotermal; Secundária nas aluviões
Paragénese: Volframite; Arsenopirite; Apatite; Fluorite; Scheelite; Topázio; Albite; Quartzo; Berilo; Moscovite; Ortose;
Caract.Particulares: Este mineral é facilmente identificado pois apresenta uma densidade elevada
Aplicações: Minério de estanho; Quando lapidado pode ser utilizado como gema.

Celestite
celestite -  Pedras preciosas de Portugal
Amostra de Celestite
Túnel de Lisboa - Poço da Legoa da Povoa - Lisboa

Dureza: 3 a 3,5
Cor: Incolor; Branco; Cinzento; Azul; Amarelo; Vermelho
Risca: Branco
Transparência: Transparente a translúcido
Brilho: Vítreo; Nacarado
Densidade: 3,9 a 4
Ocorrência: Abundante
Génese: Sedimentar (existe especialmente em calcários e arenitos)
Paragénese: Enxofre; Calcite; Aragonite; Dolomite; Gesso; Halite (Salgema); Fluorite; Minerais de chumbo; Marcassite; Barite;
Caract.Particulares: Corresponde ao mineral de estrôncio mais comum na natureza
Aplicações: Fabrico de nitrato de estrôncio; Gema lapidada (muito raramente), pois como geralmente esta como geodo, muito raramente há algum cristal grande e mais resistente para lapidar.

Cianite (distena)
cianite -  Pedras preciosas de Portugal
Amostra de Distena
Serra da Freita - Arouca

Dureza: 4 a 4,5 / 6 a 7
Cor: Branco; Azul; Cinzento; Esverdeado; Amarelado
Risca: Branco
Transparência: Transparente a translúcido
Brilho: Vítreo; Nacarado
Densidade: 3,6 a 3,7
Ocorrência: Abundante
Génese: Metamórfica; Pegmatítica
Paragénese: Silimanite; Andaluzite; Almandina; Estaurolite; Corindo; Quartzo; Cloritóide;
Caract.Particulares: Num mesmo cristal, o valor da dureza é variável consoante esta é observada nas superfícies prismáticas ou nas secções. Assim nas superfícies prismáticas a dureza varia entre 4 e 4.5, enquanto que nas secções apresenta valores que variam entre 6 e 7.
Aplicações: Material incombustível e resistente aos ácidos; Porcelanas com elevado índice refractário; Os cristais transparentes são utilizados como gemas.

Dolomite
dolomite -  Pedras preciosas de Portugal
Amostra de Dolomite
Mina do Braçal - Albergaria-a-Velha

Dureza: 3,5 a 4
Cor: Branco; Cinzento; Avermelhado; Azulado
Risca: Branco
Transparência: Transparente a translúcido
Brilho: Vítreo; Nacarado
Densidade: 2,85 a 2,95
Ocorrência: Muito abundante
Génese: Hidrotermal; Sedimentar; Metamórfica
Paragénese: Galena; Esfalerite (Blenda); Calcite; Pirite; Quartzo; Malaquite; Barite; Fluorite; Cinábrio; Realgar;
Caract.Particulares: Faz efervescência com o ácido clorídrico aquecido.
Aplicações: Construção cívil; Adubos; Materiais incombústiveis; As variedades incolores quando lapidadas podem ser utilizadas como gemas.

Epídoto
epídoto -  Pedras preciosas de Portugal
Amostra de Epídoto
Monforte - Monforte

Dureza: 6 a 7
Cor: Verde escuro a Amarelo esverdeado; Negro; Amarelo; Cinzento
Risca: Branco acinzentado
Transparência: Transparente a translúcido
Brilho: Vítreo
Densidade: 3,25 a 3,45
Ocorrência: Frequente
Génese: Metamórfica (metamorfismo de contacto); Hidrotermal
Paragénese: Actinolite; Albite; Vesuvianite (Idiocrase); Grossulária; Quartzo; Apatite; Magnetite; Pirite; Prenite; Augite; Tremolite;
Aplicações: Por vezes é utilizado como gema.

Esfalerite (BLENDA)
esfalerite -  Pedras preciosas de Portugal
Amostra de Blenda, Anquerite e Quartzo
Mina do Pinheiro, Aldeia de João Pires - Penamacor

Dureza: 3,5 a 4
Cor: Castanho claro a castanho escuro; Amarelo; Vermelho; Cinzento; Verde; Amarelo esverdeado; Branco; Negro, marrom-esverdeada, marrom-amarelada ou marrom-avermelhada.
Risca: Branco quando apresenta cor clara; Castanho claro quando apresenta uma tonalidade mais escura, 
Transparência: Transparente a translúcido
Brilho: Resinoso; Adamantino nos planos de clivagem; Vítreo nas faces cristalinas; Gorduroso; Baço
Densidade: 3,9 a 4,2
Ocorrência: Abundante
Génese: Magmática; Pegmatítico- pneumatolítica; Hidrotermal; Sedimentar
Paragénese: Galena; Calcopirite; Tetraedrite; Pirite; Calcite; Quartzo; Pirrotite; Magnetite; Marcassite; Dolomite; Fluorite; Arsenopirite; Barite; Siderite;
Caract.Particulares: Dissolve-se com ácido clorídrico, produzindo um odor a ovos-podres
Caract. Particulares da amostra acima: Esta amostra corresponde a um nódulo, cujo núcleo é constituído por blenda, ao qual se segue uma orla anqueritica, sendo a periferia constituída por quartzo.
Aplicações: Principal minério de zinco; Indústria eléctrica; Tinturaria; Medicina; Os exemplares de cor clara podem ser lapidados e posteriormente utilizados como gemas.

Granada
granada -  Pedras preciosas de Portugal
Amostra de Granadas
Serra de Sintra - Sintra

Dureza: 6,5 a 7,5
Cor: Incolor; Branco; Róseo; Verde claro; Vermelho jacinto; Vermelho violeta; Vermelho escuro; Verde escuro a Verde esmeralda; Castanho; Castanho amarelado; Castanho avermelhado; Negro
Risca: Branco ou tons coloridos claros
Transparência: Transparente a translúcido
Brilho: Vítreo; Gorduroso; Acetinado; Resinoso
Densidade: 3,5 a 4,3

granada -  Pedras preciosas de Portugal
Amostra de Granadas
Monforte - Monforte

Ocorrência: Abundante
Génese: Magmática; Metamórfica; Sedimentar
Paragénese: Clorites; Biotite; Feldspatos; Quartzo; Turmalina; Calcite; Dravite;
Caract.Particulares: A fórmula química deste grupo de minerais é variável, no entanto de uma forma geral corresponde a
X3Y2(SiO4)3, em que:
- na posição X pode encontrar-se Ca, Mg, Fe ou Mn;
- na posição Y encontra-se Al, Fe e Cr;
As granadas hidratadas por vezes chegam a conter cerca de 8,5% de água. Assim a água forma grupos (OH)4-4, que substituem nos tetraedros de SiO4 a posição do Si+4 por 4H+
Aplicações: Abrasivos; Instrumentos de corte, de polimento e de perfuração; Por vezes quando são lapidadas utilizam-se como gemas.

granadas rubras - monte suímo, Belas - SINTRA
Amostras de Granadas rubras de Monte Suímo - Belas - Sintra

O Monte Suímo, em Belas, é explorado há pelo menos dois milénios em busca de granadas.
Veja mais em:

Hematite
hematite -  Pedras preciosas de Portugal
Amostra de Hematite
Alvito - Alvito

Dureza: 6,5
Cor: Castanho avermelhado; Cinzento escuro; Negro
Risca: Vermelho claro a vermelho escuro
Transparência: Translúcido; Opaco
Brilho: Metálico (nos cristais); Baço (nas variedades terrosas)
Densidade: 5,2 a 5,3
Ocorrência: Abundante
Génese: Magmática; Hidrotermal; Metamórfica; Sedimentar
Paragénese: Siderite; Limonite; Magnetite; Pirite; Quartzo; Quartzo fumado; Cuprite; Topázio; Rútilo; Clorite; Calcite; Fluorite;
Caract.Particulares: Torna-se fortemente magnético quando aquecido
Aplicações: Importante minério de ferro; Pó abrasivo; Corante; Os cristais mais escuros podem ser talhados e usados como gemas.

Libethenite
libethenite -  Pedras preciosas de Portugal
Amostra de Libethenite
Vila Viçosa - Évora

Dureza: 4
Cor: Verde-claro a verde-escuro, verde-escuro, verde-oliva
Risca: verde claro
Transparência: Transparente a translúcido
Brilho: Vítreo; gorduroso
Densidade: 3,6 a 4, média = 3,8
Ocorrência: Raro
Génese: zona oxidada
Paragénese: a partir do intemperismo de rochas de fosfato,apatita , monazita e xenotime.
Caract.Particulares: Solúvel em ácidos e amônia.
Aplicações: Quando cristalino e grande é usada como pedra preciosa.
Libetenita é encontrada na zona oxidada de depósitos de minério de cobre e é encontrado associado a outros minerais como: piromorfita, pseudomalaquita, malaquita, limonite, azurita, atacamita, crisocola e óxidos de ferro.

Malaquite
malaquite -  Pedras preciosas de Portugal
Amostra de Malaquita
Mina de S. João do Deserto - Aljustrel

Dureza: 3,5 a 4
Cor: Verde
Risca: Verde claro
Transparência: Translúcido
Brilho: Adamantino a vítreo nos cristais; Sedoso nas variedades fibrosas; Baço nos exemplares terrosos.
Densidade: 3,9 a 4,03
Ocorrência: Abundante
Génese: É um mineral secundário que ocorre nas zonas oxidadas dos depósitos de cobre.
Paragénese: Cobre; Calcopirite; Cuprite; Azurite; Cerussite; Calcite; Quartzo; Barite; Dolomite;
Caract.Particulares: Faz efervescência quando em contacto com ácido clorídrico
Aplicações: É usado essencialmente como gema quando o espécime é mais cristalino.

Olivina
olivina -  Pedras preciosas de Portugal
Amostra de Olivina
Camadas terciárias da Margueira, corte 26a. - Almada

Dureza: 6,5 a 7
Cor: Verde; Negro esverdeado; Castanho avermelhado
Risca: Branco
Transparência: Transparente a translúcido
Brilho: Vítreo
Densidade: 3,27 a 4,37
Ocorrência: Abundante
Génese: Magmática (pegmatitos básicos); Metamórfica; Aluviões; Meteoritos
Paragénese: Flogopite; Magnetite; Apatite; Diópsido; Piroxena; Plagioclase; Corindo; Cromite; Serpentina;
Caract.Particulares: É solúvel em ácido clorídrico.
Caract. da Amostra: Massa constituída por cristais de dimensões pequenas
Aplicações: Gema; Vidro técnico

No arquipelago dos Açores podemos encontrar o Peridoto, uma das varieades de Olivina. Encontra-se essencialmente em volta do cone vulcanico na Ponta da Ferraria, na Ilha de São Miguel, e em todas as Ilhas é possivel encontrar os finos grãos  de olivina nas areia das praias.

Quartzo
(em Portugal se conhecem 14 variedades de quartzo das quais algumas mostraremos a seguir)
ametista -  Pedras preciosas de Portugal
Amostra de Quartzo (Ametista)
Monchique - Monchique

Dureza: 7
Cor: Branco; Cinzento; Castanho; Negro; Violeta; Esverdeado; Azulado; Amarelo; Rosa; Incolor
Risca: Branco
Transparência: Transparente a translúcido
Brilho: Vítreo; Gorduroso
Densidade: 2,65

quartzo fumado - Pedras preciosas de Portugal
Amostra de Quartzo (Quartzo fumado)
Serra de Gerês - Montalegre

quartzo com inclusão - Pedras preciosas de Portugal
Amostra de Quartzo, Volframite e Apatite
Mina da Panasqueira - Fundão

Caract. da Amostra acima (Fundão): Os cristais de quartzo apresentam-se localmente hialinos, sendo possivel observar inúmeras inclusões de minerais negros com dimensões milimétricas. Observa-se ainda, a presença de cristais centimétricos de apatite e volframite, sendo ainda possível encontrar cristais milimétricos de pirite.

ágata - Pedras preciosas de Portugal
Amostra de Quartzo (Ágata)
Amadora - Lisboa

Caract. da Amostra acima: Amostra cuja superfície se apresenta cortada e polida.

Ocorrência: Muito abundante
Génese: Magmática; Pegmatítica; Hidrotermal; Metamórfica; Sedimentar (crostas de alteração)
Paragénese: Feldspatos; Micas; Anfibolas; Piroxenas; Fluorite; Hematite; Esfalerite (Blenda); Dolomite; Calcite; Galena; Rodocrosite; Calcopirite; Pirite; Tetraedrite;
Caract.Particulares: Com base na cor, textura e forma cristalográfica este mineral pode ser dividido em 2 grupos principais:
- Variedades fanerocristalinas (e.g. ametista, quartzo róseo, quartzo leitoso, quartzo fumado)
- Variedades criptocristalinas (e.g. calcedónia)
Aplicações: Cerâmica; Vidraria; Construção; Metalurgia; Electrotecnia; Óptica; Gemas

Safira
Amostra de Safira Andalusite
Serra D'Arga - Ponte de Lima
(imagem por Pedro Alves via mindat.org)

Dureza: 9
Cor: Azul é a mais conhecida, Amarela, Laranja, Verde, Rosa, incolor (safira branca ou leucossafira), Preto, multicolores..
Risca: Branco,
Transparência: Transparente,
Brilho: Vítreo subdamantino,
Densidade: 3,7, 3,9 a 4,
Ocorrência: Raro
Génese: grande variedade de gêneses, metamórfica e ígneas em depósitos primários e secundários,
Paragênese: Granada, sillimanite, distena, espinélio, Calcite, flogopite, diopsídio, grafite, Zircão, espinélio, apatite, feldspato, Quartzo, rutilo, magnetite, espinélio, granada.

Onde encontrar Safira em Portugal:
As pedras Safira encontradas em Portugal não são de qualidade gemológica, porém é muito apreciada por colectores e coleccionadores.
A Safira portuguesa só é encontrada na Serra D´Arga em Ponte de Lima.

Siderite
siderite - Pedras preciosas de Portugal
Amostra de Siderite
Mina da Panasqueira - Fundão

Dureza: 3,5 a 4
Cor: Amarelo; Castanho; Cinzento
Risca: Branco; Amarelado
Transparência: Transparente a translúcido
Brilho: Vítreo
Densidade: 3,7 a 3,9
Ocorrência: Abundante
Génese: Hidrotermal; Metamórfica; Pegmatítico-pneumatolitica; Sedimentar
Paragénese: Calcopirite; Tetraedrite; Calcite; Anquerite; Barite; Pirite; Quartzo; Galena; Arsenopirite; Moscovite; Esfalerite (Blenda); Fluorite;
Caract.Particulares: Quando aquecido torna-se fortemente magnético; faz efervescência com o ácido clorídrico aquecido
Aplicações: Importante minério de ferro; por vezes é usada como pedra preciosa.

Topázio
topázio, serra da freita, arouca via mindat.org
Amostra de Topázio
Serra da Freita, Arouca (via mindat.org)

Dureza: 8
Cor: Incolor; Amarelo; Amarelo dourado; Rosa; Vermelho; Azulado; Violeta; Castanho
Risca: Branco
Transparência: Transparente; Translúcido
Brilho: Vítreo
Densidade: 3,4 a 3,6
Ocorrência: Rara
Génese: Magmática; Hidrotermal
Paragénese: Fluorite; Quartzo; Cassiterite; Turmalina; Apatite; Berilo; Lepidolite; Feldspatos; Elbaíte; Microclina; Opala; Quartzo fumado; Albite; Montmorilonite;
Caract.Particulares: É classificado como pedra preciosa.
Aplicações: Pedra preciosa.

Topázio é a pedra preciosa de maior valor encontrada em Portugal.
O Topázio em Portugal é encontrado em:
Braga
Vieira do Minho:
Anjos e Vilar do Chão

Castelo Branco
Covilhã:
Aldeia de São Francisco de Assis
Idanha-a-Nova:
União de Freg de Segura e Zebreira

Guarda
Almeida:
Malpartida e Vale de Coelha
Guarda:
Gonçalo e Vela

Vila Real
Montalegre:
Cabril
Sabrosa:
Souto Maior

Viseu
Vila Nova de Paiva:
Queiriga e Lagares do Estanho
Viseu:
Repeses e São Salvador

Saiba mais em:

Turquesa
turquesa - Pedras preciosas de Portugal
Amostra de Turquesas
Serra da Argemela - Covilhã e Fundão

Dureza: 5 a 6
Cor: Turquesa, azul, azul esverdeado, verde ou variável quanto as outras propriedades do mineral, variando de branco a azul-claro, azul-celeste e de azul-esverdeado a verde-amarelado.
Risca: Branco azulado
Transparência: opaco
Brilho: Ceroso a subvítreo
Densidade: 2,6 a 2,9
Ocorrência: Rara
Génese: deposição hidrotermal
Paragénese: feldspato, apatita, crisocola...
Caract.Particulares: É classificado como pedra preciosa. Alguns materiais naturais de azul a azul esverdeado, como a crisocola botrioidal com quartzo druso, howlita e a magnesita tingidas são ocasionalmente confundidos ou usados ​​para imitar a turquesa. A turquesa é insolúvel em todos os ácidos, exceto no ácido clorídrico aquecido.
Caract. Excepcionais: A turquesa também pode ser salpicada com manchas de pirita ou intercalada com veios escuros de limonita.
Aplicações: Pedra preciosa.

Turmalina
turmalina (schorl) - Pedras preciosas de Portugal
Amostra de Turmalina (schorl)
Nelas - Nelas

Dureza: 7 a 7,5
Cor: Negro (variedade escorlite); Castanho a castanho esverdeado (variedades dravite ou uvite ); Rosa a Vermelho (variedade indicolite); Verde (variedade verdelite); Incolor (variedade acroíte).
Risca: Branco
Transparência: Transparente; Translúcido; Opaco
Brilho: Vítreo; Resinoso
Densidade: 3,0 a 3,25
Ocorrência: Abundantes
Génese: Magmática; Metamórfica; Hidrotermal
Paragénese: Apatite; Ortose; Quartzo; Berilo; Topázio; Granadas;
Caract.Particulares: Quando observadas em secção apresentam uma forma triangular esférica; É fortemente piezoeléctrico.
Caract. da amostra acima: Os cristais encontram-se dispersos na superfície de um cristal de quartzo.
Aplicações: Electrotecnia; As variedades coloridas são trabalhadas como pedras preciosas.

Vesuvianite (IDIOCRASE)
vesuvianite - Pedras preciosas de Portugal
Amostra de Vesuvianite
1300m N60º da Igreja de Barbacena, Elvas - Elvas

Dureza: 6,5
Cor: Castanho; Verde; Azul (variedade ciprina); Amarelo; Avermelhado
Risca: Branco
Transparência: Sub-transparente a translúcido
Brilho: Vítreo; Resinoso; Gorduroso
Densidade: 3,35 a 3,45
Ocorrência: Muito rara
Génese: Metamórfica
Paragénese: Clorite; Diópsido; Granada; Epídoto;
Aplicações: As variedades transparentes podem ser lapidadas e utilizadas como gemas.

Zircão
zircão - Pedras preciosas de Portugal
Amostra de Zircão
Alter Pedroso - Alter do Chão

Dureza: 7,5
Cor: Incolor; Amarelo (variedade jargonite); Avermelhado a vermelho alaranjado (variedade jacinto); Esverdeado e azulado (variedade estarlite); Castanho.
Risca: Branco
Transparência: Transparente a translúcido
Brilho: Vítreo; Gorduroso; Adamantino
Densidade: 4,0 a 4,7
Ocorrência: Abundante
Génese: Magmática; Metamórfica; Sedimentar
Paragénese: Biotite; Tremolite; Quartzo; Granadas; Pirite; Calcopirite; Anatase; Ilmenite; Pirrotite;
Caract.Particulares: Este mineral por vezes apresenta alguma radioactividade, pois pode conter elementos radiactivos na sua estrutura.
Aplicações: Fonte de zircónio; Quando transparente é usada como pedra preciosa.


Outras pedras semi preciosas encontradas em Portugal:
(em actualização)

Albite,
Anatase,
Diásporo,
Hematite,
Jaspe,
Lepidolite,
Obsidiana (Açores),
Opala - (Morais, Macedo de Cavaleiros - Bragança);
Ortoclásio,
Pirite,
Purpurite...


Observação:
Nem todas a pedras preciosas ou semi preciosas encontradas em Portugal e listadas acima são cristalinas ou tem qualidade gemológica, servindo apenas de referência para colecionadores e entusiastas.


As Pedras Preciosas de Lisboa (Belas) na História
(livro histórico sobre as pedras preciosas do aro de Lisboa)

Pedras preciosas e minerais dos Açores:

O ouro em Portugal:


Fontes:

The Most Rare Geological Phenomenon In The World

The most rare geological phenomenon in the World
Rock that gives birth, know as "Pedra Parideira".
rare geological phenomenon in the World

How does the phenomenon of Calving Stones occur?
The growth of calving stones is due to thermal oscillations and the action of erosion on biotitic nodules. They eventually break free from the parent rock and accumulate in the soil, leaving a cavity in the granite lined with a biotitic layer.
Portugal, calving stones and your nodules.
Portugal, calving stones and your nodules.

This geological process takes a long time, so it can take about 300 million years for the nodules to be released. These have dimensions that vary between 1 and 12 centimeters in diameter and have a core with quartz and feldspar minerals.

In popular parlance, this phenomenon came to be called Calving Stones (pedra parideira), for it refers to a stone that “calving”, from giving birth, bearing small children.

I believe that because it is a rock, the most correct term to use is "calving stone" and not "birthing stone", although both terms are acceptable.

Where can you see Calving Stones?
The Calving Stones can be seen in only two places in the world:
in the city of Saint Petersburg, Russia and in Arouca, Portugal.
So having a Calving Stone nodule in your collection will be even rarer.
rareste geological phenomenon
An inhabitant of the region with several nodules of the Calving Stone.

In Portugal, the Calving Stones are located in the village of Castanheira, in the heart of the Serra da Freita plateau, divided between the municipality of Arouca and Vale de Cambra. Amidst this idyllic landscape, divided by grazing activities, lies this famous natural and geological heritage, which extends over an area of ​​about 1 km².

The first account described
dicionário geográfico das aldeias de Portugal
First Geographic Dictionary of villages in Portugal

In 1751, this phenomenon is described for the first time in the "Geographic Dictionary" (TOMO II: page 505), by Fr. Luiz Cardoso, who describes it based on the reports of the inhabitants:
"Cliffs that the natives call the Stones that stop, deducing the name that these stones throw other small pebbles in certain months of the year, leaving the pits after throwing them."

In Portugal they are known as Pedra Parideira and are a rare geological phenomenon.
The nodules assume discoid and biconvex shapes and are composed of the same mineralogical elements as granite, the outer layer is composed of biotite and the inner layer has a quartz and potassium feldspar core. These nodules, when descaling from the bedrock cores by thermoclast/cryoclast, leave an outer layer in low relief in the bedrock cores and spread around it.
nódulo de pedra parideira
Calving stone nodule.

The Parideiras Stones symbolize fertility in the ancestral tradition of the region, this tradition is still present in the local populations. Sleeping with a birthing stone under your pillow is believed to increase fertility.

They are a rare phenomenon on Planet Earth, which is why visitors to these places are asked not to collect stones for personal use.

Due to erosion, some nodules are released from the "mother stone" and accumulate in the soil, leaving a cavity in the granite. That's why the inhabitants of the village of Castanheira called this rock "Pedra Parideira", for being "the stone that looks like stone".

It was here that the Arouca Geopark, a geosite of extreme international relevance, was installed but little known, even within the country. The objective of this private law association is to conserve, promote and enhance its cultural, natural and geological heritage.

How does the release of the nodules from the mother rock happen?
The explanation for this phenomenon according to José Lobo and Bruno Novo, from Visionarium, thermoclasty is a type of weathering agent, caused by the variability of temperature on the surface of rocky materials, causing a variation in volume.

Envelopes swell as a reaction to elevated temperatures and contract as a reaction to cooling. As rocks are generally polymineralic aggregates, and due to the fact that each mineral presents different values ​​of expansion coefficient, different expansion and contraction speeds arise. The outermost parts of the rocks, subject to strong diurnal thermal amplitudes, fracture.

Disaggregation by gelation is one of the most effective in terms of fracturing, although it is a seasonal mechanism that occurs predominantly in high mountain areas. This agent actively contributes to the “birth” of the biotite nodule. The water contained in the fractures, when the temperature is lower than 0ºC, starts to freeze in the most superficial part. As the outside temperature drops, ice wedges grow inside the fractures. When water freezes, it increases in volume (about 10%), consequently exerting great pressure inside these fractures, causing them to widen and extend. Therefore, it promotes the disaggregation of the rocks, and the consequent “birth” of the biotitic enclave.

The Parideiras Stones gradually emerge on the surface of the rock, come off and accumulate on the ground. For this reason, the peasants of the region call the rock “the stone that stops stone”, that is, the rock that produces another rock.


The assertion of the existence of Birthing stone in other latitudes is not proven.


See more images on Wikimedia Commons
or in Mindat.org


Sources:

Rochas e minerais nos Açores, PORTUGAL

Os Açores, oficialmente Região Autónoma dos Açores, é uma das duas regiões autónomas de Portugal (juntamente com a Madeira).
É um arquipélago composto por nove ilhas vulcânicas na região da Macaronésia do Oceano Atlântico Norte, a cerca de 1.360 km (850 mi) a oeste de Portugal continental.
Ilhéu de Vila Franca do Campo, Azores
Ilhéu Vila Franca do Campo, Açores - PORTUGAL

Nas ilhas dos Açores predominam as rochas vulcânicas, estando as rochas sedimentares especialmente presentes na ilha de Santa Maria, onde frequentemente apresentam conteúdo fossilífero diversificado e importante.
A natureza explosiva de alguns vulcões dos Açores traduz-se nos abundantes depósitos pomíticos (pedra-pomes) presentes em muitas ilhas, bem como de ignimbritos. O carácter hidromagmático de algumas erupções vulcânicas (quando o magma entra em contacto com água) traduz-se em diversos depósitos de tufos e em lavas submarinas.
Do ponto de vista composicional, nas ilhas de Santa Maria, São Jorge e Pico predominam as rochas basálticas, enquanto nas restantes ilhas há uma maior variedade, desde basaltos a riólitos e traquitos.

A única commodities mineral explorável ​​ou explorada registada nesta região é a Sílica.

Nos Açores estão catalogados cerca de 98 minerais, sendo que 4 tipo de minerais válidos pelo IMA (International Mineralogical Association) só são encontrados no arquipélogo, são eles:
Faialita (fayalite)
Nomeado por Christian Gottlieb Gmelin em 1840 para a localidade, Ilha do Faial.
Localidade: Faial, Açores, Portugal

Chiappinoíte
Homenageia o colecionador Luigi Chiappino, de Milão, Itália, que descobriu o mineral que foi aprovado pelo IMA em 2014.
Localidade: Vulcão Água de Pau (Vulcão do Fogo), São Miguel, Açores, Portugal

Fogoíte
Nomeado com o nome da localidade onde foi encontrado, Vulcão Lagoa do Fogo, Ilha de São Miguel. Aprovado pelo IMA em 2015.
Localidade: Ruínas de Lombadas arredores, Ribeira Grande, São Miguel, Açores, Portugal

Håleniusita
Nomeado em uma homenagem ao Prof. Ulf Hålenius (nascido em 1951), professor e Diretor do Departamento de Mineralogia do Museu de História Natural de Estocolmo, Suécia, por suas contribuições à espectroscopia de minerais e às ciências minerais em geral.
Localidade: Vulcão Água de Pau (Vulcão do Fogo), São Miguel, Açores, Portugal


Lista de minerais dos Açores:
Egirina, Egirina-augita, Enigmatita, Albita, 'Série Albita-Anortita',
'Alkali Feldspato', Alofano, Alum- (K), 'Supergrupo Anfibólio', Analcime,
Andradita, Annita, 'Anortoclásio', 'Apatita', Aragonita,
Arfvedsonita, Astrofilita, Augita, Baddeleyita, Bastnäsite- (Ce),
'Biotita', Britholite- (Ce), 'Grupo Britholite', Britholite- (Y), Calcita,
Catapleiite, Cerite- (Ce), Chevkinite- (Ce), Chiappinoite- (Y) (TL),
'Subgrupo Clinopiroxênio', Dalyita, Diopsídio, Ekanita, Elpidita,
Epididimita, Eudialyte, 'Eudialyte Group', Euxenite- (Y), Fayalite (TL),
'Série Fayalita-Forsterita', Fergusonita- (Y), Ferridrita, Ferro-edenita,
Ferro-katoforita, Ferrokentbrooksita, Ferro-richterita, Fluocerita- (Ce),
Fluorapatita, Fluorcalciopirocloro, Fluorita, Fluornatropirocloro,
Fogoite- (Y) (TL), Forsterite, Gadolinite- (Y), Grafite, Gesso, Girolite,
Halita, Hedenbergita, Hematita, Hingganita- (Y), Huttonita, Ilmenita,
Kaersutite, Katophorite, Kentbrooksite, Låvenite, 'Limonite', Lorenzenite,
Magnetita variedade Magnetita titanífera, Manganoeudialyte, Moissanita,
Molibdenita, Monazita- (Ce), Narsarsucita, Natrolita, Okanoganita- (Y), Oneilita,
Opala, Parisita- (Ce), Petarasita, 'subgrupo Phillipsita', Polícrase- (Y), Pirita,
'Grupo Pirocloro', 'Grupo Piroxênio', Pirrotita, Quartzo, Sanidina, Sodalita,
'Subgrupo de anfibólio de sódio', 'Subgrupo de anfibólio de sódio-cálcio', Esteaciita,
Enxofre, Torita, Titanita, Tremolita, Turquestanita, Vlasovite, 'Wad',
Zircão, Zirconolite e Zircophyllite.

Diferente tipos de rochas encontrados no arquipélogo:
Obsidiana negra vítrea, Coleção Museu Geológico de Lisboa
Obsidiana negra vítrea, Coleção Museu Geológico de Lisboa

Basalto alcalino, Basalto, Tufo basáltico, Basáltico-traquiandesita,
Basanita, Basanitóide, Benmoreita, Riolito comendítico,
Conglomerado, Diorito, Dunita, Gabro, Harzburgita, Havaíto,
Tufo Ignimbrítico, Calcário, Mugearita, Obsidiana, Basalto de olivina,
Riolito pantellerítico, Sienito peralcalino, Tefrita fonolítica, Picrobasalto,
Pedra-pomes, Quartzo-sienito, Arenito, Espinela lherzolita, Sienito,
Tefrite, Tefrítico-fonólito, Traquito, Websterite e Wehrlito.

A descoberta de novos minerais nos Açores
por National Geographic Portugal:
Aenigmatite, Açores - Portugal
Aenigmatite, Açores - PORTUGAL





Lista de Minerais válidos pelo IMA - Associação Mineralógica Internacional
COMISSÃO DE NOVOS MINERAIS,
NOMENCLATURA E CLASSIFICAÇÃO

Imagens de:
National Geografic via sapo.pt
Mindat.org
Museu Geológico via LNEG


Fontes: