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Maiores Diamantes brasileiros

Lista dos maiores diamantes encontrados no Brasil
(List of the Largest Diamonds Found in Brazil)
largest diamond
Os 40 maiores diamantes já encontrados no Brasil até 09/07/2025 (não incluindo os agregados microcristalinos conhecidos como carbonados) destacando-se a presença das pedras achadas nas províncias do Alto Paranaíba e Oeste São Francisco.

A lista que se segue esta organizada por Nome, Ano do achado, Peso em quilates (cts), Local e Município onde foram encontrados.
(última atualização em 2025)


1- Presidente Vargas (726,7 cts)
Encontrado em 1938 no Rio Santo Antônio do Bonito em Coromandel - MG

2- Sem nome formal - 2025  (646,78 cts)
Lista dos maiores diamantes encontrados no Brasil
Rio Douradinho, Coromandel - MG

3- Santo Antônio - 1996 (602,0 cts)
Rio Santo Antônio do Bonito, Coromandel - MG

4- Goyaz - 1906 (600,0 cts)
Rio Veríssimo, Catalão - GO

5- Sem nome formal - 1998 (481,0 cts)
Rio Paranaíba, Coromandel - MG

6- Darcy Vargas - 1939 (460,0 cts)
Rio Santo Antônio do Bonito, Coromandel - MG

7- Charneca I - 1940 (428,0 cts)
Rio Santo Inácio, Coromandel - MG

8- Presidente Dutra - 1949 (408,0 cts)
Rio Douradinho, Coromandel - MG

9- Coromandel IV - 1940 (400,5 cts)
Rio Santo Antônio do Bonito, Coromandel - MG

10- Diário de Minas  -1941 (375,0 cts)
Rio Santo Antônio do Bonito, Coromandel - MG



11- Tiros I - 1938 (354,0 cts)
Rio Abaeté, Tiros - MG

12- Sem nome formal - 2000 (351,8 cts)
 Rio Paranaíba, Coromandel - MG

13- Bonito I - 1948 (346,0 cts)
Rio Santo Antônio do Bonito, Coromandel - MG

14- Vitória II - 1943 (328,0 cts)
Rio Santo Antônio do Bonito, Coromandel - MG

15- Patos - 1937 (324,0 cts)
Rio São Bento, Quintinos - MG

16- A Incomparável do Abaeté - 2016 (380,0 cts)
Rio Abaeté, São Gonçalo do Abaeté - MG

17- Sem nome formal - Década de 90 (303,0 cts)
Rio Santo Inácio, Coromandel - MG

18- Sem nome formal - 1982 (277,0 cts)
Fazenda Natália Vilela, Coromandel - MG

19- Sem nome formal - Década de 90 (263,3 cts)
Rio Santo Inácio, Coromandel - MG



20- Vitória I - 1942 (261,0 cts)
Rio Santo Antônio do Bonito, Coromandel - MG

21- Sem nome formal - 1984 (260,0 cts)
Local desconhecido, Coromandel - MG

22- Estrela do Sul - 1853 (254,5 cts)
Rio Bagagem, Estrela do Sul -MG

23- Carmo do Paranaíba - 1937 (245,0 cts)
Rio Bebedouro, Quintinos/Carmo do Paranaíba - MG

24- Abaeté - 1926 (238,0 cts)
Rio Abaeté, Tiros - MG

25- Coromandel III - 1936 (228,0 cts)
Rio Santo Inácio, Coromandel - MG

26- Mato Grosso - 1963 (227,0 cts)
Local desconhecido - MT

27- João Neto - 1947 (201,0 cts)
Rio Paranaíba, Catalão - GO

28- Tiros II - 1936 (198,0 cts)
Rio Abaeté, Tiros - MG

29- Sem nome formal - 1925 (195,0 cts)
Local desconhecido, Abadia dos Dourados - MG



30- Tiros III - 1936-37 (182,0 cts)
Rio Abaeté, Tiros -MG

31- Coromandel I - 1934 (180,0 cts)
Rio Preto, Abadia dos Dourados - MG

32- Coromandel IV - 1940 (180,0 cts)
Local desconhecido, Coromandel - MG

33- Estrêla de Minas - 1909 (179,5 cts)
Mina Água Suja, Romaria - MG

34- Sem nome formal - 1941 (176,0 cts)
Rio Paranaíba, Catalão - GO

35- Brasília - 1947 (176,0 cts)
Rio Preto, Abadia dos Dourados - MG

36- Juscelino Kubitschek - 1954 (174,5 cts)
Rio Bagagem, Estrela do Sul - MG

37- Tiros IV - 1938 (172,9 cts)
Rio Abaeté, Tiros - MG

38- Minas Gerais - 1937 (171,3 cts)
Rio Santo Antônio do Bonito, Coromandel - MG

39- Sem nome formal - 1944 (170,0 cts)
Rio Bagagem, Estrela do Sul - MG



40- Sem nome formal - 1997 (164,1 cts)
Rio São Bento, Quintinos/Carmo do Paranaíba - MG

41- Coromandel V - 1953 (141,0 cts)
Local desconhecido, Coromandel - MG




Fonte:
http://recursomineralmg.codemge.com.br/substancias-minerais/diamante/

16 Psique, o Asteróide de Ouro

 Um Asteróide cheio de Ouro
Com a possível chegada do homem à Marte seria possível explorar um asteróide cheio de ouro.
A mineração espacial é uma nova corrida do ouro e esta corrida já começou a anos com alguns dos países a considerar a sua exploração.
Estados Unidos da América, China, Rússia, Índia e ESA (Agência Espacial Européia) estão à frente nesta corrida mineral espacial. No entanto outros países estão nesta corrida aos minerais raros do espaço entre eles Austrália, Reino Unido, Japão, Canadá, Itália, Emirados Árabes Unidos e até mesmo a Ucrânia estava nesta corrida antes da invasão de seu território.
16 Psique, o Asteróide de Ouro
16 Psique, o Asteróide de Ouro

Mas o que é o asteróide que esta dando o que falar?
16 Psique é um asteroide situado na cintura de asteroides entre Marte e Júpiter.
O seu diâmetro tem mais de 250 km, e a sua massa é quase 1% de toda a massa existente na cintura de asteroides. É o de maior massa de todos os asteroides metálicos do tipo M e consiste em grande parte em ferro.

Descoberta e nomeação
Psique foi o 16º objeto descoberto no cinturão de asteroides, por Annibale de Gasparis a 17 de Março de 1852 em Nápoles e foi nomeado em honra de Psiquê, a bela mortal por quem Eros se apaixonou.

Exploração
A NASA anunciou em 2017 a seleção oficial da missão como parte do programa Discovery da agência, que desenvolve missões de exploração robótica de baixo custo.
De acordo com o plano, a sonda "Psyche" será lançada em outubro de 2023 e chegará ao asteroide metálico em 2030. A nave espacial passará cerca de 20 meses estudando o objeto em órbita, usando uma variedade de instrumentos para investigar a composição do objeto, ambiente magnético, campo gravitacional e outras características.
16 Psyche vs. Bitcoin
Space mining: 16 Psyche vs. Bitcoin

Asteroide gigante tem ouro no valor de US$ 700 quintilhões
Mas isso não vai nos tornar mais ricos.

O asteroide 16 Psyche tem ouro suficiente para dar a todos na Terra US$ 93 bilhões.
Contudo, este metal não permanecerá o mais precioso se chegar aos mercados em grandes quantidades.

OK, agora as más notícias: isso não vai acontecer.
Sim, 16 Psyche e outros asteróides com riquezas minerais provavelmente serão extraídos de seus metais naquela corrida a que se chamam de "corrida mineral espacial".
Mas uma vez que esses metais começam a chegar ao mercado em grandes quantidades, é improvável que sejam preciosos por muito mais tempo. Como qualquer estudante introdutório de economia sabe, o preço é uma função da escassez relativa, encha o mercado com ouro e ele deixará de ser uma raridade para se tornar uma decoração comum. A oferta aumenta, e o preço diminui.

Mas, na verdade, há uma razão mais fundamental pela qual um asteróide dourado gigante não tornaria o mundo fabulosamente rico. É porque a riqueza não vem principalmente de grandes pedaços de metal. Vem da capacidade de criar coisas que satisfaçam os desejos humanos.

Uma siderúrgica representa uma riqueza real, porque você pode usá-la para fabricar peças para carros, prédios e assim por diante. Uma casa também, porque você pode morar nela ou alugá-la. As habilidades e conhecimentos em sua cabeça também são uma forma de riqueza, embora não sejam contabilizados nas estatísticas oficiais.
a gold asteroid
O asteróide cheio de ouro e outros metais raros

Mas um asteróide gigante cheio de ouro apenas acrescenta um pouco à riqueza real.
O metal teria várias aplicações industriais e faria belas joias e obturações dentárias, mas não provocaria uma nova revolução industrial, nem reduziria drasticamente o custo de bens e serviços, nem, em geral, tornaria a vida humana muito melhor ou mais confortável. O ouro não comanda preços altos apenas porque é raro,  muitas coisas raras têm pouco ou nenhum valor de mercado. É porque é raro em relação à demanda das pessoas por ele. E como um asteróide dourado não aumentaria a demanda mundial total por ouro, não há como criar quatrilhões de dólares de nova riqueza real.

Portanto, um asteróide gigante não nos tornaria todos bilionários. Mas qualquer empresa de mineração espacial que conseguisse reivindicar a rocha espacial provavelmente ainda seria capaz de fazer uma fortuna substancial para si mesma. Teria que seguir o manual da empresa de diamantes De Beers.

Monopólio dos Diamantes, um exemplo a seguir ou não?
Os diamantes costumavam ser extremamente raros, até que grandes depósitos foram descobertos em 1800 na África do Sul. O empresário britânico e funcionário do governo colonial Cecil Rhodes consolidou toda a mineração de diamantes sul-africana sob a empresa De Beers, um monopólio efetivo que mais tarde foi controlado pela família Oppenheimer. Ao longo dos anos, a De Beers conseguiu defender esse monopólio contra os desafios de várias empresas iniciantes, acumulando diamantes quando os preços estavam baixos e inundando o mercado para destruir os concorrentes.

Um monopólio permite que uma empresa limite a oferta para manter os preços altos. Mas a De Beers precisava de mais do que isso para evitar que os diamantes acabassem se tornando comoditizados, e então voltou-se para o marketing, lançando uma das campanhas publicitárias mais eficazes de todos os tempos com o slogan "Um diamante é para sempre". Isso convenceu os casais de todo o mundo de que os anéis de noivado de diamante eram um símbolo indispensável do compromisso conjugal. Esse simbolismo representa valor real.

Os proprietários de um asteróide dourado poderiam tentar usar um truque semelhante, lançando campanhas publicitárias para fazer as pessoas começarem a usar o ouro para mais coisas, materiais de construção, talvez, ou roupas. Mas parece improvável que eles pudessem persuadir o mundo a pagar um prêmio pelo grande volume de ouro vindo de um asteroide como o 16 Psyche, especialmente se uma empresa rival aparecesse com outra rocha espacial dourada.

A impossibilidade de extrair riquezas incalculáveis ​​de 16 Psyche ensina duas lições importantes sobre como a riqueza realmente funciona.
Primeiro, mostra que muita riqueza existe apenas no papel, quando você tenta vender seus ativos, o preço cai. A liquidez que é a capacidade de vender um ativo por dinheiro, é um fator importante que tende a ser esquecido ao calcular o patrimônio líquido.
Em segundo lugar, este exemplo mostra que a verdadeira riqueza não vem de tesouros de ouro. Vem das atividades produtivas dos seres humanos criando coisas que outros seres humanos desejam. As fabulosas fortunas de De Beers não vieram de seu controle sobre um certo tipo de rocha deslumbrante, mas de sua capacidade de convencer o mundo de que esta rocha poderia ser usada para comunicar amor e devoção.

Se você quer ficar rico, não pense em como aproveitar recursos escassos. Pense em como usar os recursos de maneira inovadora para fazer algo que as pessoas realmente desejam ou precisam.


NASA Gold rush

A missão Asteroid Psyche da NASA para um asteroide rico em metal foi finalmente autorizada.
Aqui está o que a agência espacial esta a planear:
missão Asteroid Psyche da NASA
Space mining a new gold rush

Em uma reviravolta dramática, a NASA finalmente deu o aval para o lançamento da Missão Psyche para o asteróide rico em metal. No início deste ano, a agência espacial perdeu a janela de lançamento de 2022 para a missão, citando o atraso na entrega do software da espaçonave e do equipamento de teste. Segundo a NASA, a agência não teve tempo suficiente para realizar os testes dos equipamentos, o que fez com que a NASA perdesse a janela de lançamento da missão, que terminou em 11 de outubro. Agora, a NASA ressuscitou a missão com uma janela de lançamento prevista para os próximos anos.

A Psyche 16 está programada para ser lançada em 10 de outubro de 2023, e a inserção da sonda na órbita do asteroide está prevista para ocorrer entre Agosto de 2029 e início de 2030, se tudo correr bem.

Missão Psyche da NASA
Um dos maiores asteroides do nosso Sistema Solar , o asteroide 16 Psyche é formado por depósitos de ouro , níquel e ferro e supostamente vale mais do que a economia da Terra. O asteroide vale quase US$ 10.000 quatrilhões. A NASA revelou uma nova espaçonave para esta missão chamada "Psyche" para alcançar o asteróide localizado entre Marte e Júpiter com a ajuda do foguete SpaceX Falcon 9. A missão do asteróide 16 Psyche faz parte das missões Discovery da NASA.

De acordo com a NASA, a espaçonave orbitará o asteroide por 21 meses para mapear o asteroide e obter informações sobre a composição do asteroide, além de aprender como os asteroides e planetas com núcleo de metal são formados. Este será um passo importante para estudar a formação da própria Terra também.

Os objetivos da missão incluem determinar a idade das regiões do asteróide, estudar sua formação, caracterizar sua topografia e estudar mergulhos na gravidade do asteróide usando vários instrumentos científicos, como gerador de imagens multiespectrais, magnetômetro, raio gama e medidor de nêutrons e muito mais.

A Missão 16 Psyche também testará uma nova tecnologia de comunicação a laser chamada Deep Space Optical Communication (DSOC). Essa tecnologia codifica dados em fótons em comprimentos de onda infravermelhos para comunicação no espaço profundo. Baseada no Laboratório de Propulsão a Jato, essa tecnologia poderia reduzir o tempo de comunicação entre a Terra e o espaço profundo, permitindo o envio de mais dados.


Fontes:

Províncias diamantíferas em Minas Gerais

O estado de Minas Gerais é particularmente rico em diamantes
Diamond provinces in Brazil, Minas Gerais

Em Minas Gerais, no Brasil, existem algumas áreas conhecidas por sua produção de diamantes.
Embora a mineração de diamantes em Minas Gerais não seja tão proeminente como em outros estados brasileiros, como Mato Grosso e Goiás, ainda há algumas regiões onde ocorre a extração de diamantes.
conglomerados diamantíferos
Conglomerado diamantífero de Minas Gerais

Províncias diamantíferas em Minas Gerais
Curiosidades sobre algumas províncias diamantíferas em Minas Gerais

Região do Alto Jequitinhonha:
Essa região abrange municípios como Diamantina, Minas Novas e Couto de Magalhães de Minas.
Foi na cidade de Diamantina que ocorreu o primeiro grande ciclo de exploração diamantífera no Brasil, durante o século XVIII.

Região do Médio Jequitinhonha:
Compreende municípios como Serro, Santo Antônio do Itambé e Datas.
A presença de diamantes nessa região foi descoberta no século XVIII e estimulou a colonização e a atividade mineradora na área.

Região do Alto São Francisco:
Inclui cidades como Presidente Kubitschek, Buenópolis e Corinto.
Nessa região, os diamantes foram descobertos no final do século XVIII.

Região do Alto Paranaíba:
Compreende municípios como Patos de Minas, Presidente Olegário e Lagoa Formosa.
Embora a mineração de diamantes não seja tão intensa nessa região, já foram encontrados diamantes de boa qualidade.

Os depósitos desse bem mineral são conhecidos em todas as regiões do estado, mas as principais agrupam-se em quatro maiores que são designadas como “províncias diamantíferas”, sendo elas:
Serra do Espinhaço,
Oeste São Francisco,
Alto Paranaíba e
Serra da Canastra.

Entretanto, além dessas grandes regiões, existem ainda diversas ocorrências pontuais espalhadas por todo o estado.

Lista das províncias diamantíferas de Minas Gerais
Províncias diamantíferas em Minas Gerais
Mapa das Províncias diamantíferas em Minas Gerais

1- Padre Carvalho;
2- Botumirim;
3- Grão Mogol;
4- Jequitaí;
5- Bocaiúva;
6- Itacambira;
7- Minas Novas;
8- Serra do Cabral;
9- Curimataí;
10- Carbonita;
11- Corinto;
12- Diamantina;
13- Rio Vermelho;
14- Presidente Kubitschek;

15- Serro;
16- Baldim;
17- Conceição do Mato Dentro;
18- Santa Fé de Minas;
19- Canabrava;
20- Serra do Jatobá;
21- João Pinheiro;
22- Rio do Sono;
23- Chapadão dos Gerais;
24- Presidente Olegário;
25- Serra das Almas;
26- Três Marias;
27- Carmo do Paranaíba;
28- Serra Selada;
29- São Gotardo;
30- Dores do Indaiá;
31- Luz;

32- Guarda Mor;
33- Catalão;
34- Coromandel;
35- Lagamar;
36- Estrela do Sul;
37- Monte Carmelo;
38- Patos de Minas;
39- Nova Ponte;
40- Perdizes;
41- Ibiá;
42- Uberaba;
43- Sacramento;
44- Desemboque;
45- Delfinópolis;
46- Vargem Bonita e
47- Franca.


Os diamantes em Minas Gerais na maior parte são lavrados a partir de depósitos secundários.
Algumas centenas de kimberlitos ou rochas parentais, de idade cretácica, são conhecidos principalmente nas províncias Alto Paranaíba e Serra da Canastra, embora os reais potenciais diamantíferos de tais rochas ainda sejam objeto de controvérsias.

O maior diamante brasileiro, designado “Presidente Vargas” com 726 ct, foi extraído em 1938 do rio Santo Antônio do Bonito, em Coromandel, Província Alto Paranaíba.

Os dados sobre os depósitos de diamantes de Minas Gerais foram tabulados, agrupados especificamente de acordo com suas respectivas províncias diamantíferas, ou como ocorrências isoladas.


NOTAS:
Vale ressaltar que a atividade diamantífera em Minas Gerais tem uma história marcada por períodos de intensa exploração e momentos de declínio.

A mineração LEGAL de diamantes requer uma licença e regulamentação adequadas por parte das autoridades competentes.
A extração ilegal de diamantes é uma prática proibida e prejudicial, pois pode causar danos ambientais e sociais. Portanto, é fundamental seguir as leis e regulamentos estabelecidos para a atividade de mineração.



Informações e testes caseiros para diamantes

As 2 principais fontes de diamantes
Kimberlito e Lamproito

Conglomerados diamantíferos no Brasil

Principais Gemas de Minas Gerais

O Ouro em Minas Gerais




Fontes:

Plantas indicadoras de diamantes no Brasil

Plantas indicadores de diamantes no Brasil
Indicator Plants of Diamond Gems in Brazil

As plantas indicadoras são espécies adaptadas a determinados ambientes que podem ser utilizadas pelas populações humanas para a classificação destas paisagens de acordo com as suas caraterísticas ou potenciais usos. Entre estas plantas, algumas são utilizadas como indicadoras geobotânicas de minerais por estarem relacionadas à presença de determinados minerais ou propriedades do solo.
Este trabalho faz um levantamento de espécies consideradas indicadores de diamantes no Brasil.
A partir de ampla revisão de literatura foram identificadas cinco espécies vegetais relacionadas com a ocorrência de diamantes no país:
Babarcenia sp.,
Vellozia sp.,
Lageonocarpus adamantinus,
Schwartzia adamantium e
Norante guianensis.
Destas, três foram analisadas quanto as suas distribuições e comparadas com os locais com registro de ocorrência de diamantes no país.
Existe uma sobreposição entre as áreas onde estas plantas ocorrem e locais diamantíferos.
Assim é provável que as espécies de ocorrência mais restrita (L. adamantinus e S. adamantium) são melhores indicadoras ambientais para a ocorrência de diamantes.

Entretanto, com os dados obtidos neste trabalho de pesquisas, apenas a ocorrência destas plantas não é suficiente como indicador da presença de diamantes e são necessários outros estudos para a prospecção geológica de corpos kimberlíticos e de gemas de diamantes em fontes secundárias onde estas espécies ocorrem para confirmar esta correlação.
No Brasil além de corpos kimberlíticos o lamproíto é a principal fonte possível para o diamante aluvionar.

Conhece alguma destas plantas a seguir?
Fique atento a alguma delas quando for fazer uma sondagem mineral ou para diamantes.
Lagenocarpus Nees
Lagenocarpus Nees (Cyperaceae)

Schwartzia adamantium, planta indicadora de diamantes no brasil
Schwartzia adamantium (Marcgraviaceae)

Norantea guianensis Aubl., planta indicadora de diamante no brasil
Norantea guianensis Aubl. (Marcgraviaceae)

Saiba o nome popular delas logo mais abaixo neste artigo.

Evolução e adaptabilidade das plantas
As espécies vegetais evoluíram nos mais diversos tipos de ambiente, adaptando-se às características locais. Altitude, características do solo (como textura, disponibilidade hídrica, nutrientes e pH), atmosfera, pluviosidade, umidade relativa do ar, temperatura, polinizadores, dispersores, luminosidade e fotoperíodo podem ser alguns dos fatores limitantes ao desenvolvimento dos vegetais nestes diferentes ambientes. Modelos biogeográficos tentam explicar a distribuição de cada espécie em função destas diversas variáveis. Desta forma, a ocorrência de determinadas espécies pode estar associada a algumas destas características limitantes, fazendo destas plantas potenciais indicadoras da paisagem. Cabe, entretanto, ao ser humano aprender a observar e identificar tais espécies bioindicadoras de acordo com suas necessidades e especificidades.

Indicadores geobotânicos são plantas com ocorrência limitada, associada ou com diagnose foliar visual de toxidez ou deficiência de nutrientes, relacionadas a condições específicas das propriedades geológicas dos ecossistemas, como a presença e acúmulo de determinados elementos no solo, distribuição de rochas no terreno, profundidade e perfil do solo, presença de corpos de água subterrâneos, áreas halófitas, depósitos minerais, entre outros. Desde o século XVII, a espécie Silene suecica (Caryophyllaceae), conhecida como planta-pirita, é associada à ocorrência de minas de cobre na Escandinávia, o que atualmente compreende-se que ocorre devido a sua tolerância a níveis tóxicos neste minério. Na África, Ocimum centraliafricanum, conhecida localmente como copper plant, também é associada a áreas com cobre. Foram listadas cerca de 122 espécies indicadoras de reservas de minério (indicadoras geobotânicas) em todo o mundo e analisadas 85 espécies plantas consideradas indicadoras de diversos minerais (Al, Co, Cu, Au, Fe, Mg, Ni, Bo, Se, Ag, U, Zn), observa-se que, entre elas, as famílias Caryophyllaceae, Fabaceae e Lamiaceae são as mais frequentes.
No Brasil, é comum o uso de plantas ruderais como indicadoras da fertilidade do solo por agricultores. Entre os povos indígenas, os Kayapó classificam os diferentes tipos de ambientes que ocupam a partir da ocorrência de diferentes espécies de plantas indicadoras de paisagens. Recentemente, (2015) comprovou-se que a espécie Pandanus candelabrum (Pandanaceae) ocorre exclusivamente em áreas com afloramento de diamantes na África Ocidental (Libéria), conforme o conhecimento tradicional previa. Descobriu-se que sua ocorrência é restrita às localidades com afloramento de chaminés de kimberlito, uma formação geológica proveniente de rochas magmáticas sob alta temperatura e pressão e que ocasionalmente forma diamantes. Estes kimberlitos podem ser ricos em diferentes minerais, como mica, calcita, diopsídio e apatita, o que pode gerar um solo de composição e fertilidade especifica contribuindo para o estabelecimento de uma vegetação adaptada a estas condições ambientais. A associação entre P. candelabrum e as chaminés de kimberlito foi relacionada da seguinte forma: devido às formações tubulares encontradas no kimberlito ocorre um aumento da capacidade de retenção d’água, tornando-o mais argiloso do que os horizontes adjacentes; as raízes de P. candelabrum penetram nessas chaminés para se fixar; durante o crescimento de P. candelabrum as raízes absorvem seletivamente íons de Mg, K, P e diminuem a concentração de Fe; e durante o crescimento das raízes desta espécie ocorre a elevação de rochas ígneas (e.g. ilmenita: mineral de magnetismo fraco [FetiO3]) e eventualmente pequenos diamantes. Esta associação está auxiliando os governos dos países da África Ocidental na localização de depósitos de diamantes.
No Brasil, país com áreas de exploração de diamante conhecidas desde o século XVIII associado a uma atividade de mineração artesanal, tem-se registrado relatos sobre espécies vegetais relacionadas à ocorrência desta pedra preciosa. Entretanto, a falta de um levantamento sistemático das espécies vegetais relacionadas à ocorrência de diamantes no Brasil dificulta a produção de estudos que procurem confirmar esta correlação. Desta forma, este trabalho tem como objetivo realizar um levantamento das espécies de plantas relatadas como indicadoras de diamantes no Brasil a fim de fornecer subsídios para futuros estudos que relacionem as possíveis espécies candidatas com variáveis geológicas.

Material e métodos
As espécies vegetais indicadoras de diamantes no Brasil foram levantadas a partir de extensa revisão de literatura em livros, periódicos e teses. Foram utilizadas as seguintes bases de dados de literatura científica: Scopus (https://www.scopus.com), Google Scholar (http://scholar.google.com.br), Scielo: (http://www.scielo.org), Periódicos da capes (http://www.periodicos.capes.gov.br) para a combinação das palavras “diamantes”, “Brasil”, “plantas bioindicadoras”, “plantas geobotânica” e “plantas indicadoras”.
As espécies identificadas tiveram o seu nome atualizado de acordo com a APG IV na Flora do Brasil 2020 (2020) e trópicos (2019) e foram realizadas buscas especificas nas bases de dados já citadas com o nome válido e sinônimos para identificação de outros usos e descrição morfológica.

A distribuição e áreas de ocorrência destas espécies foram conferidas a partir das bases de dados do Herbário Virtual (INCT, 2020), CNCFlora (2018, 2020), trópicos (2019) e Flora do Brasil 2020 (2020) e comparado com regiões de ocorrência de diamantes no Brasil, a partir dos mapas e documentos elaborados pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM) e de outras fontes consultadas.

O resultado das pesquisas:
Ocorrência de diamantes no Brasil
O Brasil possui registros da exploração de diamantes desde o início do século XVIII, quando foram descobertos depósitos na região de Diamantina no estado de Minas Gerais. Até o século XIX o país figurava entre os maiores produtores mundiais, quando foram descobertas jazidas na África do Sul.
Ao longo dos séculos foram encontrados depósitos de diamante em diversas regiões do Brasil, desde o Sul do país na região do Rio Tibaji, no estado do Paraná; Itararé e Patrocínio Paulista em São Paulo; Alto Parnaíba e região Central de Minas Gerais; Aragarças e Piranhas em Goiás; Barra dos Garças, Chapada dos Guimarães, Aripuanã e Juína no Mato Grosso; Coxim no Mato Grosso do Sul; Chapada Diamantina na Bahia; Gilbués no Piauí; Imperatriz no Maranhão; Marabá no Pará; Oeste de Rondônia, além de localidades menores no Amapá e Roraima; com destaque para os estados de Minas Gerais, com 71% das reservas oficiais Brasileiras, e Mato Grosso com 85% da produção nacional.
O projeto Diamantes do Brasil, do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), concluído em 2017, mapeou 804 ocorrências de diamantes, 142 garimpos, 42 campos e 1.344 corpos kimberlíticos no país.

Indicadores geobotânicos de diamantes no Brasil
Espécies vegetais indicadores de diamante no Brasil Segundo a literatura consultada, foram identificadas cinco espécies vegetais relacionadas pelas populações locais com áreas de ocorrência de diamantes no Brasil, duas pertencentes à família Velloziaceae (Babarcenia Vand. e Vellozia Vand.), uma pertencente à família Cyperaceae (Lagenocarpus adamantinus) e duas à família Marcgraviaceae (Schwartzia adamantium e Norantea guianensis).
As duas espécies de Velloziaceae, foram mencionadas por Spix e Martius (1824) e não foram analisadas quanto a sua distribuição, já que os autores não determinaram as espécies e há pelo menos 89 espécies destes gêneros que ocorrem na região de Diamantina descrita pelos autores.


Lagenocarpus adamantinus Nees
(Cyperaceae)
plantas indicadoras de diamantes no brasil
Lagenocarpus adamantinus Nees (Cyperaceae) no Brasil

Nome popular: capim-dos-diamantes, brilhante, capim-brilhante, capim-diamante, tiririca-dos-diamantes. Descrição e ocorrência: Erva terrícola ou rupícola, perene, de 70 cm a 1,1 m de altura, formando pequenas touceiras laxas, endêmica de campos rupestres do Cerrado no estado de Minas Gerais, com ocorrências registradas apenas na região de Diamantina e na Serra do Cipó.
Ocorre sobre afloramentos quártzicos como colonizadora primária.
local de ocorrência de diamantes em Minas Gerais
Lagenocarpus adamantinus Nees (Cyperaceae) em Minas Gerais

Por ocupar uma área restrita, é classificada como uma planta Vulnerável (VU).
É crença popular que vegeta de preferência nos terrenos diamantíferos do estado de Minas Gerais na região de Diamantina.

Schwartzia adamantium
(Marcgraviaceae)
Schwartzia adamantium (Cambess.) Bedell ex Gir.-Cañas (Marcgraviaceae) no Brasil
Schwartzia adamantium (Marcgraviaceae) no Brasil

Nome local: agarra-pé, mel-de-arara, pau-de-papagaio.
Descrição e ocorrência: É um arbusto ou pequena árvore de até quatro metros de altura, caule tortuoso, geralmente com raízes adventícias, subcaducifólia ou caducifólia, terrícola, folhas simples, alterno-espiraladas, subsésseis e glabras, nativa do Brasil e endêmica do Cerrado, com ocorrência em vegetação de campos rupestres, cerrado e florestas ciliares em terrenos rochosos a mais de 900 metros de altitude. Possui 212 registros de coletas no Brasil. Foi relatado que esta é uma espécie considerada indicadora de áreas com diamante na Chapada dos Veadeiros. Através de sua dispersão, é possível observar que ela ocorre em municípios da região da Chapada Diamantina, no estado da Bahia, Cristalina, Pirenópolis e Alto Paraíso, em Goiás e Diamantina em Minas Gerais, locais onde historicamente já foi realizada exploração de diamantes e cristais.

Norantea guianensis Aubl.
(Marcgraviaceae)
plantas indicadoras de diamantes no Brasil
Norantea guianensis Aubl. (Marcgraviaceae) no Brasil

Nome local: flor-de-papagaio, planta-dos-diamantes, parreira-da-pedra, rabo-de-arara.
Descrição e ocorrência: Arbustiva volúvel com ramos horizontais a decumbentes, emitindo raízes avermelhadas ao longo do caule, hemiepífita, folhas obovais com base cuneada e ápice retuso, inflorescência em racemos terminais multiflorais com ocorrência desde o Suriname até o Brasil Central e Bolívia, com maior frequência na região amazônica, além de Caatinga e Cerrado em vegetação de campos rupestres, floresta ciliar, floresta de terra firme, savana amazônica e áreas de canga aberta (afloramento ferrífero).
É uma espécie com ampla distribuição no Brasil e 446 coletas registradas. Dizem que ela vegeta em terras áridas, às vezes diamantíferas, e por isso, o povo considera-a indicadora, sobretudo na Chapada dos Veadeiros. Entretanto, observamos que sua distribuição é muito mais ampla do que as áreas diamantíferas, ao comparar com as áreas com registro de ocorrência de diamantes no Brasil.



Discussão:
Nenhumas das três espécies estudadas haviam sido citadas nos trabalhos mais completos relacionados anteriormente e tampouco pertencem às famílias mais frequentes (Lamiaceae, Fabaceae, Caryophyllaceae) apontadas por Brooks (1979) como geoindicadoras. As Velloziaceae (Barbacenia sp. e Vellozia sp.) relatadas por Spix e Martius (1824) também não haviam sido consideradas nestes trabalhos. Os nomes científicos (válidos e sinônimos) das espécies podem carregar diversos significados atribuídos por seus autores.
L. adamantinus e S. adamantium têm epíteto específico referente a diamante, que poderia ser relacionado tanto a região onde são encontradas (Diamantina na Serra do Espinhaço, estado de Minas Gerais) ou a sua relação com a ocorrência de diamante.
Em pesquisa na Flora do Brasil 2020 (2020), é possível encontrar outras espécies vegetais nativas do Brasil com epíteto semelhante (Camponanesia adamantium, Croton adamantinus, Hyptis adamantium, Koanophyllon adamantium, Lavoisiera adamantium, Lepidaploa adamantium e Senecio adamantinus), todas com coletas significativas na região de Diamantina, sendo que destas C. adamantinus e S. adamantinus possuem apenas um registro de coleta cada, ambos na região de Diamantina. Enquanto L. adamantinus tem distribuição mais restrita, ocorrendo apenas em uma pequena extensão de área onda há registro de ocorrência de diamantes, S. adamantium tem distribuição mais ampla, mas também sobreposta a regiões diamantíferas. Norantea guianesnsis, entretanto, tem a distribuição mais ampla, com registros em outras regiões do país não diamantíferas.
A distribuição mais restrita de algumas espécies pode ser um bom indicativo daquelas com maior potencial de indicador geobotânico, uma vez que essa distribuição restrita pode estar relacionada com variáveis geológicas locais.

Morfologicamente, nenhuma das três espécies possui raízes escoras ou superficiais como P. candelabrum, que Haggerty (2015) relaciona com o soerguimento de gemas de diamante da superfície do solo. Além dos fatores ambientais e ecológicos, outras questões podem estar envolvidas com a distribuição destas plantas, como o seu manejo e outras atividades antrópicas conforme sugerem Levis et al. (2017) para espécies arbóreas hiperdominantes na região amazônica, e Baléé (1989, 2013) para formações florestais amazônicas. Entretanto, não foram encontrados registros de uso por populações humanas para as três espécies estudadas nas referências consultadas, ainda que as plantas da família Marckgravariaceae (N. guianensis e S. adamatinum) tenham grande potencial ornamental, podendo, por isso, eventualmente ser cultivadas ou manejadas de alguma forma.
É interessante observar que no Brasil a exploração de diamantes foi feita historicamente de forma artesanal em fontes secundárias, na superfície do solo ou em aluvião (mineração em rios), de modo que a maior parte das pedras garimpadas é proveniente de rochas desgastadas e podem ter sido arrastadas por longa distância da rocha matriz e, desta forma, o relato de garimpo de diamantes em determinada região no Brasil pode não ser necessariamente um indicativo da existência de chaminés de kimberlito e outros minerais associados na área.
É possível que outros indicadores geológicos sejam utilizados por garimpeiros para a identificação de áreas com diamantes como a ocorrência de cascalhos diamantíferos. Esta hipótese pode ser válida e deve ser testada em outros estudos, pois no garimpo se dedica a maior parte do tempo analisando justamente as rochas.
Diferentes tipos de cascalho são associados à presença de gemas, usualmente com nomes relacionados a sua forma, como feijão, figo/fígado-de-galinha, chiclete mascado e amendoim, ou a sua composição como quartzo, ferragem, cristal e hematita. A etnopedologia, área das etnociências que estuda a relação entre sociedades e solos, pode contribuir com este trabalho a partir da identificação dos diferentes tipos de solo e rochas e seus potenciais de uso pelas populações locais.

 Uma comparação realizada entre as áreas de ocorrência das plantas estudadas na áfrica e das áreas com registro de diamantes no Brasil, este estudo possui limitações quanto à precisão dos dados geográficos utilizados. O garimpo de diamantes ocorre em locais restritos e não em toda a extensão dos municípios listados pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM), e pela escala do mapa disponibilizado e utilizado é impossível precisar os pontos exatos onde foram realizados estes registros de diamantes para aproximar dos locais onde as plantas foram coletadas, sendo que as chaminés de kimberlito possuem no máximo poucas centenas de largura. Ao mesmo tempo não são todas as plantas coletadas, registradas e utilizadas neste trabalho que possuem localização precisa de sua ocorrência, podendo ter sua localização ajustada para a sede do município na ausência desta informação, dificultando a elaboração de mapas mais precisos. Também é necessário reconhecer que o mapa do CPRM utilizado indica apenas os locais onde já há a ocorrência de diamantes confirmada e não outros locais onde também poderiam ocorrer. Para o aprimoramento da discussão deste trabalho seria interessante entrevistar garimpeiros na região de ocorrência destas plantas e em locais tradicionais de garimpo. Entretanto, tanto a caracterização da atividade do garimpo artesanal como ilegal quanto à discrição do garimpeiro com o local do garimpo ou das técnicas desenvolvidas para evitar possíveis concorrentes, dificultariam esta abordagem.


Conclusões:
Foram encontradas cinco espécies vegetais nativas do Brasil relacionadas à ocorrência de diamantes no país nas referências consultadas, das quais apenas três foram identificadas até espécie. Apesar da distribuição destas três plantas sobreporem áreas diamantíferas, não é possível afirmar que apenas sua ocorrência é suficiente como indicadora de áreas diamantíferas e seriam necessários estudos de campo para confirmar esta correlação. É provável que as espécies de distribuição mais restrita sejam melhores indicadoras geobotânicas do que aquelas de ampla distribuição. Trabalhos de biogeografia a partir de um maior número de amostras coletadas, mais variáveis ambientais analisadas, associada a estudos de prospecção de minerais no Brasil devem contribuir no futuro para esta discussão.


Outras fontes:
Pandanus candelabrum a planta que ajuda a encontrar Diamantes

Plantas indicadoras de Ouro:

Como cupins e formigas ajudam a encontrar ouro:

Plantas, animais e insetos indicadores de ouro:


Fonte e autor:

Autores:
Bernardo TOMCHINSKY, Felipe Fernando da Silva SIQUEIRA

Link para o artigo:


Projeto Diamante Brasil:


PALAVRAS-CHAVE:
etnoecologia, etnopedologia, indicador geobotânico, conhecimento tradicional

10 diamantes que foram notícia em 2022

Os maiores diamantes que abalaram 2022
Esses 10 diamantes do tamanho de monstros foram as maiores pedras brutas e polidas a chegar ao feed de notícias do RAPAPORT este ano, sejam por terem sidos encontrados em bruto ou pela exposição na mídia pelos valores astronômicos alcançados em leilões.

1- Enigma
(The Enigma)
enigma, o maior diamante de 2022
A Sotheby's vendeu este diamante negro de 555,55 quilates para o empresário de criptomoedas por US$ 4,3 milhões em fevereiro em uma venda única.
A pedra, que se acredita ter origem no espaço sideral, possui 55 facetas.

2- O Canário de Ouro
(The Golden Canary)
Este diamante, lapidado em forma de pêra, de 303,10 quilates, amarelo-acastanhado-escuro foi arrematado por US$ 12,4 milhões no leilão da Sotheby's New York Magnificent Jewels em 7 de dezembro.
A casa de leilões esperava arrecadar mais de US$ 15 milhões.

3- A Rocha
(The Rock)
Outro diamante lapidado em forma de pêra, com 228,31 quilates, cor G, claridade VS1 estreou na Christie's Magnificent Jewels em Genebra em 11 de maio.

4- A Cruz Vermelha
(The Red Cross)
Este diamante em forma de almofada, de 205,07 quilates, amarelo intenso também fez parte da venda de joias magníficas em 11 de maio que a Christie's realizou em Genebra.
Parte da receita do leilão do diamante, que arrecadou US$ 14,3 milhões, foi doada ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha.

5- Lucapa’s 204
Lucapa Diamond Company recuperou um diamante bruto de alta qualidade de 204 quilates de sua mina de Mothae em Lesoto em maio. Ela vendeu uma pedra para o Safdico, subsidiria da Graff, por meio de um contrato de fornecimento.

6- Lulo Rosa
(The Lulo Rose)
Lulo Rose from Angola mine
Diamante Lulo rosa de Angola

Lucapa descobriu este bruto rosado tipo IIa com 170 quilates, chamado Lulo Rose, em julho, em Lulo, em Angola.
O minerador afirma que a pedra é o “maior diamante rosa recuperado nos últimos 300 anos”.

7- Lucapa’s 160
Mais um especial do Lulo, Angola
Em setembro, a Lucapa desenterrou o terceiro bruto da lista: um diamante de alta qualidade do tipo IIa, de 160 quilates, do Lulo.
A pedra foi classificada como a sexta maior proveniente da mina angolana.

8- Gahcho Kué Mountain Province
A companhia Mountain Province Diamonds, minerou este amarelo de 151,60 quilates, e vendeu em seu leilão na Antuérpia-Belgica em setembro. A pedra, que a mineradora extraiu de seu depósito de Gahcho Kué, no Canadá, é um octaedro com “clareza excepcional”.

9- Lucapa’s 131
Lucapa estava em alta em 2022, com sua quarta entrada no top 10: um diamante de alta qualidade, tipo IIa, de 131 quilates, que recuperou da mina do Lulo em Angola.
O bruto é a 29ª pedra com mais de 100 quilates que a empresa desenterra deste local.

10- Letšeng 129 Gem Diamonds
Letšeng rough diamond
Diamante bruto da mina Letšeng, Lesoto

Um diamante de 129 quilates, foi o que a Gem Diamonds encontrou em maio em sua mina Letšeng no Lesoto, foi o primeiro com mais de 100 quilates para a empresa em 2022.


Fontes:

Cristais de laboratórios e imitação de gemas

Cristais de laboratórios, simuladores e imitação de gemas
A indústria joalheira usa o termo “simulante” para se referir a materiais, como a Zircônia Cúbica, que se parecem com outra gema e são usados ​​como seu substituto, mas possuem composição química, estrutura cristalina e propriedades ópticas e físicas muito diferentes.
Esses simulantes, também conhecidos como imitações ou substitutos, podem ser naturais ou artificiais.
cristais criados em laboratórios e simulantes de gemas
Cristais criados em laboratórios e simulantes de gemas

Não é preciso dizer que a gema natural mais simulada é o Diamante.
Somente equipamentos gemológicos de alta tecnologia e profissionais qualificados é que poderão claramente distinguir e atestar se a gema que comprou é verdadeira ou um simulante.

SIMULADORES FEITOS PELO HOMEM

Zircônia cúbica sintética (CZ)
Numerosas pedras preciosas foram usadas como imitações de diamantes ao longo da história, mas a Zircônia Cúbica (CZ) sintética superou todas elas em popularidade.
Zircônia cúbica roxa com corte xadrez
Zircônia cúbica (CZ) roxa com corte xadrez

Introduzido no final dos anos 1970, a Zircônia Cúbica (CZ) é feito colocando-se óxido de zircônio em pó dentro de uma câmara de metal e aquecendo-o até seu ponto de fusão. O fundido é então movido lentamente para longe de sua fonte de calor, de modo que os cristais cresçam no fundo do fundido até que todo o fundido esteja solidificado.

Zircônia Cúbica (CZ) tem uma dureza de Mohs de 8,5. Isso significa que é uma gema dura e durável, embora não tão dura quanto o diamante. A maioria das Zircônias Cúbicas pode ser descrita como incolor, e a maioria tem alta clareza com imperfeições mínimas, se houver. Zircônia Cúbica (CZ), no entanto, ficará amarelo com o tempo além de ter um pouco mais de fogo, mas menos brilho do que o diamante.

A zircônia cúbica (CZ) pode ser produzida em quase todas as cores. A isto se chama de "doping". Por causa da capacidade isomórfica da zircônia cúbica, ela pode ser dopada com vários elementos para mudar a cor do cristal. Uma lista de dopantes e cores específicos produzidos por sua adição pode ser vista abaixo.
as várias cores da Zircônia Cúbica (CZ)
As várias cores da Zircônia Cúbica (CZ)
 
 Exemplo de dopantes e as cores que a Zircônia cúbica (CZ) assume:
Nome do dopante (símbolo): Cores

Cério (Ce): amarelo, laranja, vermelho
Cromo (Cr): verde
Cobalto (Co): lilás-violeta-azul
Cobre (Cu): amarelo-aqua
Érbio (Er): rosa
Európio (Eu): rosa
Ferro (Fe): amarelo
Hólmio (Ho): champanhe
Manganês (Mn): marrom-violeta
Neodímio(Nd): roxo
Níquel (Ni): amarelo-marrom
Praseodímio (Pr): âmbar
Túlio (Tm): amarelo-marrom
Titânio (Ti): marrom dourado
Vanádio (V): verde

Prevalência no mercado: comum

Moissanita sintética
A moissanita sintética incolor tornou-se popular como uma imitação de diamante no final dos anos 90 e tornou-se uma pedra de anel de noivado muito popular devido ao seu brilho, fogo intenso e durabilidade.

Moissonita natural é um mineral muitíssimo raro e difícil de ser encontrado na natureza, sendo composto por carboneto de silício (SiC), é também conhecido pelos nomes de moissanita ou carborundum.

Moissanite pode ser incolor a quase incolor. Seu valor geralmente depende de seu grau de incolor. Moissanite tende a ter algumas inclusões a mais do que a Zircônia Cúbica (CZ), com clareza que pode ser descrita como tendo imperfeições menores, se houver. Tem uma dureza de 9,25 na escala de Mohs, o que o torna muito duro e durável, embora não tão duro quanto o diamante.

A moissanita tem mais que o dobro do fogo do diamante e um pouco mais de brilho. Em tamanhos grandes, de um quilate ou mais, seu fogo intenso pode denunciá-la como uma gema sem diamantes. Em tamanhos muito grandes, sua exibição de fogo extremo é às vezes chamada de efeito “bola de discoteca”.

Também é diferente do diamante visualmente, pois é duplamente refrativo, de modo que os espectadores verão uma imagem dupla de suas facetas posteriores. Isso significa que o interior do moissanite pode parecer embaçado. Alguns moissanites parecem ligeiramente amarelos ou cinza quando vistos de certos ângulos.

Moissanite pode vir em cores como amarelo, preto e azul e pode ser usado como substitutos de diamantes coloridos.

Prevalência no mercado: cada vez mais comum


Dúvidas sobre Diamantes, Moissonita e Zircônia cúbica (CZ):

Espinélio sintético
O espinélio sintético é frequentemente usado como simulante porque pode imitar a aparência de muitas gemas naturais diferentes (como safira, zircônio, água-marinha e peridoto), dependendo de sua cor. Sua reprodução precisa de uma ampla variedade de cores tornando-a em uma escolha comum para joias de imitação de pedra de nascimento.

Prevalência no mercado: comum

Rutilo sintético
O rutilo sintético foi introduzido no final da década de 1940 e usado como um simulador de diamante. Feito pelo método de fusão por chama, é quase incolor com um leve tom amarelado, mas pode ser feito em uma variedade de cores por dopagem (adição de produtos químicos durante o processo de crescimento).

Prevalência no mercado: raro

Titanato de estrôncio
Este material incolor feito pelo homem tornou-se um simulador de diamante popular na década de 1950. No entanto, sua dispersão (a propriedade óptica que cria fogo em uma pedra facetada) é mais de quatro vezes maior que o diamante. O titanato de estrôncio é mais frequentemente produzido pelo método de fusão por chama e pode ser feito em cores, como vermelho escuro e marrom, adicionando certos produtos químicos durante o processo de crescimento.

Prevalência: raro

YAG e GGG
YAG e GGG gemas criados em laboratórios
YAG e GGG gemas criados em laboratórios.

Vários materiais artificiais foram usados ​​como simuladores de diamante ao longo dos anos. Na década de 1960, a granada de ítrio-alumínio (YAG) e seu “primo” gadolínio-gálio-granada (GGG) juntaram-se a simuladores clássicos como vidro, zircônio natural e espinélio sintético incolor. YAG e GGG também estão disponíveis em uma variedade de cores.

Prevalência: rara

Quartzo craquelado
O quartzo incolor natural pode, às vezes, ser submetido a choque térmico, conhecido como “quench crackling”.
quartzo craquelado e tingido de azul
Quartzo craquelado e tingido de azul.

O material incolor é primeiro aquecido e depois submetido a têmpera em uma solução líquida e fria, como a água. A contração repentina faz com que o material desenvolva uma série de rachaduras que se irradiam por toda parte. Como essas fraturas atingem a superfície, o quartzo pode ser submetido a uma imersão adicional em uma solução de corante, permitindo que as fraturas sejam preenchidas com líquido colorido. Isso cria um simulador convincente de gemas naturais como esmeralda, rubi e safira, embora a aparência fraturada e tingida possa ser vista rapidamente ao microscópio.

Prevalência: ocasional

Vidro
O vidro manufaturado é uma imitação de gema antiga que ainda é usada hoje.
Como o vidro pode ser fabricado em praticamente qualquer cor, isso o torna um substituto popular para muitas pedras preciosas. Embora seja menos brilhante, o vidro é usado para imitar pedras como ametista, água-marinha e peridoto. Também pode ser feito para se parecer com gemas naturais, como olho de tigre e opala, e camadas fundidas de vidro podem imitar a aparência de ágata, malaquita, etc.

Prevalência: muito comum

Veja também o que é o Mar de Vidro (sea glass):


Plástico
O plástico é frequentemente usado para imitar pedras preciosas em joias de moda baratas. No entanto, esta substância moderna feita pelo homem também foi manipulada em imitações convincentes de gemas orgânicas como âmbar, pérola e coral, ou materiais agregados como jade, turquesa e lápis-lazúli. O plástico não é uma imitação durável, portanto, deve-se tomar cuidado especial para evitar danos.

Prevalência: muito comum

Epoxi
Recentemente o epoxi, uma resina transparente vem sendo usado para produzir muitas imitações de gemas. Manipulado por um profissional o epoxi pode ter uma variedade de cores e até imitar minerais com inclusão inclusive Enhydros. Porém quem entende de gemas vai identificar logo um simulante produzido com este material.

Prevalência: raro mas com ascensão

Contas de cerâmica
Você provavelmente já ouviu o termo “cerâmica” aplicado à cerâmica de barro. Em geral, uma cerâmica pode ser qualquer produto feito de um material não metálico por queima em alta temperatura. Duas gemas não facetadas populares, a imitação de turquesa e a imitação de lápis-lazúli, são produzidas por processos cerâmicos. Durante este processo, um pó finamente moído é aquecido e às vezes colocado sob pressão para recristalizar e endurecer para produzir um material sólido de grão fino.
(veja mais informação abaixo)

Prevalência: ocasional

Imitação de turquesa
Os azuis e verdes frios da turquesa atraem as pessoas há séculos. Mais de 5.000 anos atrás, os faraós egípcios se adornaram pela primeira vez com turquesa. A joia familiar é um agregado microcristalino que geralmente apresenta inclusões atraentes semelhantes a veios de rocha hospedeira conhecida como matriz. No início dos anos 1970, Gilson introduziu uma imitação de turquesa, bem como uma imitação de lápis-lazúli.

Prevalência: ocasional

Imitação de lápis-lazúli
O lápis-lazúli azul-escuro, apreciado por civilizações antigas, foi extraído no Afeganistão por mais de 6.000 anos. A gema é um agregado de vários minerais diferentes. Às vezes contém manchas douradas de pirita que podem aumentar seu apelo. O lápis-lazúli de Gilson é considerado com mais precisão uma imitação porque possui alguns ingredientes e propriedades físicas diferentes do lápis-lazúli natural.

Prevalência: rara


PEDRAS MONTADAS ou COMPOSTAS
Quando os fabricantes colam ou fundem duas ou mais peças separadas de material na forma de uma pedra preciosa facetada, o resultado é chamado de pedra montada ou composta. As peças separadas podem ser naturais ou artificiais. As superfícies planas que são coladas são paralelas à faceta grande da gema, de modo a conferir uma cor de face para cima mais uniforme.

Doublet - um doublet consiste em dois segmentos unidos.

Prevalência: comum

Triplet – um triplet tem três segmentos, ou dois segmentos separados por uma camada de cimento colorido.

Prevalência: comum

Embora os duplos (doublets) e triplos (triplets) sejam usados ​​para imitar as gemas naturais, as pedras montadas nem sempre são imitações. É o caso da opala natural, que às vezes ocorre em camadas tão finas que precisam de reforço para serem resistentes o suficiente para o uso em joias. O ônix preto, o plástico ou a matriz natural serviram como as camadas inferiores dos cabochons duplos ou triplos de opala. Os trigêmeos de opala são encimados por uma cúpula transparente feita de cristal de rocha, plástico, vidro ou corindo sintético.




Fontes: