Associação do Gossan ao Ouro

Associação do Gossan ao Ouro
Gossan é também chamado de chapéu de ferro (Francês).
Os chapéus de ferro ou gossan são rochas formadas pela oxidação de sulfetos de ferro que podem formar depósitos minerais.
Gossan con cristales de calcita de la colección de Rob Lavinsky, de Mexico
Gossan com cristais de calcita da coleção de Rob Lavinsky, www.irocks.com
A formação dos chapéus de ferro depende de fatores como o clima, a composição inicial dos sulfetos, o nível freático ou o relevo. Sua presença pode fornecer informações sobre depósitos minerais que podem estar presentes em profundidade, ou constituir depósitos por si mesmos. Eles podem ser fontes de ouro, prata, estanho e outros minerais.
gossan, também chamado de chapéu de ferro
Em alguns casos são chamados de gossans os ironstones derivados do intemperismo sobre carbonatos ricos em ferro como a siderita. Normalmente é a parte superior e exposta de um jazigo ou veio mineral e tudo o que resta são óxidos de ferro e quartzo muitas vezes em blocos com cavidades revestidas de quartzo que mantêm a forma dos minerais já dissolvidos. Noutros casos restam óxidos de ferro e quartzo bem como limonite, goethite e jarosite como pseudomorfos substituindo a pirite e minerais originais. Poucas plantas ou árvores crescem nestes tipo de solo, sendo assim possível identificar a partir de imagens de satélites.
área com gossan
Normalmente o chapéu de ferro caracteriza-se como uma "nódoa" vermelha no solo que contrasta com a rocha e solo devido à abundância de quartzo e óxidos de ferro resistentes à erosão. Devido a essa resistência à erosão os chapéus de ferro apresentam-se como colinas.
Gossan, segundo a definição original é o produto do intemperismo sobre sulfetos maciços de minérios econômicos.
Quase todo o ouro recém-extraído vem da mineração natural de minérios de rocha dura, finos grãos de ouro ou até mesmo partículas microscópicas de gossans.

Os principais minerais de um gossan são a goethita e hematita. Outros hidróxidos de ferro comuns são geralmente agrupados como limonitas. Estes óxidos conferem à rocha a sua característica ferruginosa com cores fortes, ocre vermelho-amareladas. A rocha encontra-se na superfície podendo ou não estar em cima dos sulfetos originais. Gossans podem ser transportados. Neste caso os óxidos migraram e se precipitaram longe dos sulfetos de orígem.
Em geral um gossan é poroso e pulverulento.
gossan com ouro, prata, zinco
Seus minerais são formados pela decomposição dos sulfetos com formação de ácido sulfúrico. O ácido acelera sobremaneira a decomposição dos minerais, lixiviando parcial ou totalmente os elementos solúveis. A lixiviação pode ser tão intensa que os elementos solúveis como zinco ou até mesmo o cobre podem não mais estar presentes no gossan. Portanto a simples avaliação química de um deve levar em conta, também, aqueles elementos traços menos móveis que talvez estejam ainda presentes e que possam caracterizar a rocha como interessante. Esses estudos de fingerprinting são fundamentais quando o assunto é gossan.

No Brasil é clássico o gossan de Igarapé Bahia, que foi lavrado por anos a céu aberto como um minério de ouro apenas...até a descoberta de calcopirita (Depósito Alemão) associada a magnetita, em profundidades de 100m.
Gossan da Amazônia:
http://geologo.com.br/epithermal_tapajos.htm

A importância de um Gossan para um garimpeiro experiente
associação do Gossan e do Ouro
Como um garimpeiro de ouro, você deve notar imediatamente este tipo de depósitos, pois a falta de árvores crescendo nas rochas e solos amarelos, marrons, avermelhados, castanhos e de cor acastanhada, levam a que este tipo de solo sejam conhecidos como gossan. É óbvio que muitos desses gossanos foram extraídos no passado, mas no passado nem todos os gossan expostos foram bem extraídos. É provável que ainda existam vários depósitos de ouro, prata ou cobre ricos nesta áreas.
Antigamente os gossans eram guias importantes para depósitos de minério enterrados usados por garimpeiros em sua busca por minérios de metal.
gossan de ferro e outros minerais
Um explorador experiente poderia ler as pistas na estrutura dos gossans para determinar o tipo de mineralização que provavelmente se encontram abaixo do "chapéu de ferro".

Garimpeiros de ouro gostam de generalizar depósitos de ouro em dois grupos: o ouro de filão (ouro encontrado em afloramentos) e ouro placer (ouro detrítico erodido de um filão próximo e depositado em um córrego). Ambos os depósitos são importantes, mas para o garimpeiro, depósitos de ouro são mais importantes porque muitos podem ser trabalhados com menos recursos e com menor custo que a maioria dos depósitos de ouro. Mas ainda assim, você precisa considerar métodos de prospecção científica para garantir que você tenha um depósito de ouro comercial e que você não cometa erros como os muitos que já vimos no programa de TV Gold Rush.

Quão importantes são os gossans para encontrar ouro?
scheme of formation of auriferous gossan
Ao longo dos anos, várias centenas de anomalias de ouro e vários depósitos de ouro, foram associada a algum tipo de gossan. Então o gossan esta fortemente associado ao ouro, leve isto em consideração, embora o ouro no gossan esteja bem dissiminado devendo-se antes fazer uma análise da porcentagem por toneladas, então a recuperação do ouro do gossan poderá ser rentável se forem muitas toneladas deste material. Além disto os gossan estão associados a outros metais como a prata por exemplo.
scheme of formation of auriferous gossan
Os gossans, algo que todo explorador de ouro precisa saber, são frequentemente guias de ouro, mas eles são constantemente negligenciados por garimpeiros de ouro. Eles são guias para encontrar ouro simplesmente porque, se eles são de ouro, a erosão tenderá a liberar o ouro com o tempo e transportar o metal precioso para um córrego ou rio próximo. Em programas de TV como Gold Rush, um gossan nunca é mencionado por ninguém, nem é explorado.

Agora que aprendeu um pouco mais sobre os gossans, comece a procurar por eles, mas também procure por gossans em sites como o Google Earth eles são bem visíveis nas imagens do satélite e isto pode ser bem aproveitado pelos garimpeiros que fazem o uso das tecnologias.
As cores mais comuns de gossan são os vermelhos ou avermelhados, laranjas de oxidação de ferro, amarelos e até azuis escuros, cinzas ou pretos. Estas últimas três cores podem significar a presença de cobre, prata ou manganês.

Saiba mais como encontrar ouro clicando nos links abaixo:
Que Tipos de Solo Contém Ouro
https://www.oficina70.com/que-tipos-de-solo-contem-ouro.html

Como cupins e formigas podem o ajudar a encontrar ouro:
https://www.oficina70.com/como-cupins-e-formigas-podem-ajudar.html

Fontes:

Acervos e Museus Minerais no Brasil

Para quem gosta de pedras preciosas, minerais ou fósseis
 estes são alguns dos locais que merecem nossas visitas.
Acervos e Museus Minerais no Brasil
Além de serem bons locais para se identificarem pedras e ter uma ajuda ou orientação na identificação de seus minerais e pedras preciosas.

Acervos Públicos:

Amazonas
Museu de Minerais e Rochas Carlos Isotta

Brasília - DF
Museu Nacional das Gemas
https://pt.wikipedia.org/wiki/Museu_das_Gemas
(dispõe dos serviços de análise, identificação e certificação de pedras preciosas)

Minas Gerais
Museu de Minerais & Pedras Preciosas - Gramado-RS
Entre os acervos públicos, sem dúvida merece figurar com muito destaque o Museu de Ciência e Técnica da Universidade Federal de Ouro Preto, com um acervo de minerais e rochas que compreende 23 mil peças, procedentes de todo o mundo. Anteriormente chamado de Museu de Mineralogia, ele ocupa hoje todo o prédio construído em 1741, onde funcionava a Escola de Minas, e a ele se somaram acervos de outros museus. Assim, o museu atual pode ser visto como diversos museus ou então, pelo menos, como um museu multitemático, onde há seções de mineralogia, topografia, mineração, metalurgia, física, astronomia, desenho e biblioteca de obras raras. Há ainda uma sala que reproduz o interior de uma mina de ouro.

Museu das Minas e do Metal,
Museu de Mineralogia Professor Djalma Guimarães

Museu de Minerais e Rochas

Pernambuco
Museu de Minerais e Rochas de Pernambuco
Museu de Minerais e Rochas

Rio de Janeiro
O Museu Nacional foi criado em 1818 e até 1824 chamou-se Museu Real. Nessa data, passou a ser Museu Imperial, até 1889, quando recebeu a atual denominação. Fica no Rio de Janeiro, na Quinta da Boa Vista, onde está desde 1892. Entre as várias coleções importantes que recebeu está a Coleção Werner, com a qual se iniciou o acervo, e a coleção de minerais de José Bonifácio. O Museu Nacional tem importante coleção de meteoritos, entre eles o Bendegó, o maior já encontrado no Brasil (5.360 kg).
NOTA: Devido ao incêndio o museu permanece inacessível ao público.

Outra coleção de minerais encontra-se no Museu da Geodiversidade, situado no Instituto de Geociências, da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

O Museu de Ciências da Terra, também no Rio de Janeiro, antes pertencia ao Departamento Nacional de Produção Mineral - DNPM, passando a ser do Serviço Geológico do Brasil - CPRM em 2013. Ele possui dezenas de milhares de peças, algumas de valor histórico, e foi organizado em 1907 por Orville Derby. Ao contrário do Museu Nacional, tem seu acervo de minerais acessível ao público.
(Para mais informações, visite a página do museu: http://www.cprm.gov.br)

Rio Grande do Sul
Em Porto Alegre (RS), a CPRM mantém o Museu de Geologia. Embora não tenha um acervo grande, ele se destaca por conter rica coleção de gemas brutas (100 tipos) e lapidadas (62 tipos), além de outros minerais, inclusive a rara lulzaquita. Há também rochas e fósseis, com um mesossaurus tenuidens em excelente estado de conservação.
NOTA para colecionadores de minerais:
O museu desenvolve intensa atividade, principalmente junto a escolas, distribuindo gratuitamente grande quantidade de amostras de minerais e rochas a alunos, professores e colecionadores em geral.

Museu de História Natural da Ulbra - Universidade Luterana do Brasil, em Canoas (RS), tem um acervo que também não se destaca pelo tamanho, mas merece ser citado por conter uma valiosa coleção de minerais muito raros. São cerca de 200 peças, procedentes de aproximadamente 15 países, integrantes da Coleção Pércio de Moraes Branco, adquirida por aquele museu em 1996. Várias dessas espécies provavelmente não figuram em nenhum outro museu do país.

Museu de Minerais & Pedras Preciosas - Gramado-RS
Museu de Minerais & Pedras Preciosas (Gramado)

São Paulo
O Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo possui o Museu de Geociências, localizado na Cidade Universitária e aberto ao público. O acervo, um dos mais importantes do Brasil, inclui minerais, rochas, espeleotemas, meteoritos (entre eles o Itapuranga, o terceiro maior do Brasil) e muitos fósseis, distribuídos em 550 m². São quase 50 mil peças, das quais 10% estão em exposição permanente.

Museu Geológico Valdemar Lefebvre, também em São Paulo, com acervo de minerais, rochas e fósseis.

Museu de Mineralogia Aitiara (Botucatu)

Museu de Minerais e Rochas Heinz Ebert (Rio Claro)

Tocantins
Não é um Museu mas é um dos principais locais do Brasil e do mundo com uma diversificada floresta petrificada aberto ao público, vale a pena uma visita.
Monumento Natural das Árvores Fossilizadas do Tocantins


Acervos de colecionadores particulares no Brasil:
Apesar de muito rico em pedras preciosas e da imensa variedade que elas mostram no Brasil, nosso país tem bem poucos colecionadores de minerais, quando comparado com Estados Unidos e Itália, por exemplo. Nos últimos anos, a crescente busca de cristais para fins místicos e terapêuticos (cristaloterapia) aumentou o número dos que se dedicam a esse tipo de colecionismo, mas ainda é difícil encontrar quem faça isso de modo sistemático e permanente.

Entre as coleções particulares atuais que devem ser citadas estão as dos colecionadores abaixo, em ordem alfabética.

Álvaro Lúcio, engenheiro natural de Santa Catarina, diplomado em Ouro Preto (MG), é autor de diversos livros e artigos técnicos. Sua valiosa coleção de minerais tem peças representativas das jazidas mais interessantes entre as descobertas no Brasil nas últimas décadas.

O geólogo Andrea Bartorelli, criador do Museu de Minerais de Paraty, Rio de Janeiro, é autor de três livros e responsável por várias exposições de minerais. Sua coleção conta com cerca de mil peças, na sua grande maioria brasileiras.

Assad Marto é médico, nascido na Jordânia. Começou sua coleção aos 11 anos e é membro de várias associações mineralógicas. Associou-se a proprietários de lavras de gemas em Minas Gerais, o que ajudou a ampliar sua importante coleção, formada principalmente de peças de grades dimensões e diferentes das habitualmente vistas.

Carlos Jesus Cornejo Chacón nasceu em Santiago (Chile) e atua como jornalista, fotógrafo e editor, tendo realizado diversas exposições de minerais. Junto com Andrea Bartorelli é autor da excelente obra "Minerais e Pedras Preciosas do Brasil" (2010), principal fonte de informações sobre minerais brasileiros. Além de uma biblioteca especializada em mineralogia, possui uma coleção com mais de mil peças, muita delas coletadas pessoalmente nas muitas viagens que realizou.

Guido Borgomanero nasceu na Itália e começou a colecionar minerais muito jovem, mas mais intensamente a partir de 1959. Naquela época, com 38 anos, foi nomeado cônsul adjunto em São Paulo. Fez curso de gemologia e visitava garimpos e pedreiras. Aposentado, optou por permanecer no Brasil, onde faleceu em 2005. Sua esposa, Ragnhild Borgomanero, preserva a coleção que ele montou com tanto carinho.

Júlio Landmann, químico diplomado pela Universidade de São Paulo - USP, com MBA nos Estados Unidos, tem destacada atuação no meio cultural. E coleciona minerais desde criança. Sua coleção é, sem dúvida, uma das melhores do Brasil. São cerca de 800 peças de valor estético, 70% delas procedentes do Brasil.

Luiz Alberto Dias Menezes Filho, engenheiro de minas paulista, é colecionador de minerais há 50 anos. Importa e exporta minerais para coleção e participa das principais feiras internacionais do setor.

Paulo Roberto Amorim dos Santos Lima, geólogo diplomado pela UFRJ em 1972, é autor de dois livros de mineralogia: "Minerais em Grãos: Técnicas de Coleta, Preparação e Identificação" e "Guia de Mineralogia". Começou a colecionar minerais em 1969 e possui mais de três mil peças em seu acervo, representando cerca de 650 espécies.

Reinhard Wegner é mineralogista e vulcanólogo, com especialização em pegmatitos graníticos. Leciona diversas disciplinas na Universidade Federal da Paraíba e possui uma vasta coleção de minerais.

Rolando e Bruno Gioia possuem uma coleção sobre a qual não temos dados, mas que, a julgar pelas fotos que se vê na obra "Minerais e Pedras Preciosas do Brasil", deve ser importante.

Duas outras coleções menos importantes que as anteriores podem ser citadas. Uma é a de Daniel Berringer, gemólogo especializado em diamantes, que coleciona minerais e gemas lapidadas desde os oito anos de idade, dedicando-se também às chamadas pedras temáticas, curiosas por suas formas. A outra é de Pércio de Moraes Branco, que coleciona minerais há 43 anos. Das 1.500 peças da sua primeira coleção, 90% foram adquiridas em 1996 pelo Museu de Ciências Naturais da Universidade Luterana do Brasil. Sua coleção atual, objeto de reportagem na revista "Retrô – Antiguidades e Coleções", compreende cerca de mil peças, principalmente gemas brutas (60 tipos) e lapidadas (70 tipos).

Acervos particulares históricos:
Entre as coleções particulares de minerais brasileiros, a primeira de que se tem notícia é a do sertanista português João Coelho de Sousa, que reuniu um acervo de ouro, gemas e outros minerais na segunda metade do século XVI.

O mineralogista francês Jean Louis de Bournon (1751-1825) tinha uma coleção de 22.880 peças, entre as quais minerais do grupo da platina procedentes do Brasil e que lhe foram doados pelo seu amigo Domingos Antônio de Sousa Coutinho. Essa coleção está quase intacta, mas dividida: parte no Museu Nacional de História Natural e parte no Colégio da França, em Paris.

O inglês John Mawe (1766-1829) foi importante comerciante de minerais para coleção e a ele se deve um tratado sobre pedras preciosas que muito ajudou a tornar conhecidas e valorizadas na Europa as gemas brasileiras.

D. João VI, rei de Portugal que transferiu a corte portuguesa para o Brasil, tinha uma rica coleção de gemas, na qual se destacam muitos diamantes de grandes dimensões, em geral com peso acima de 17 quilates, pois diamantes desse porte eram os que a família real costumava escolher dentre todos os produzidos pelas minas do reino. 


Nota:
Caso conheça mais algum que não esteja nesta lista, por favor deixe nos comentários abaixo.

Fontes:

Cianita Azul, pedra preciosa

Cianita Azul
Cianita Azul no Quartzo de Galileia, Vale do Doce, Minas Gerais, Brasil
Cianita Azul no Quartzo de Galileia, Vale do Doce, Minas Gerais, Brasil

Blue Kyanite, stone of year 2019

Sobre a Cianita Azul
Blue Kyanite, stone of year 2019
A cianite ou cianita cujo nome deriva do grego kyanos, que significa azul, é um silicato tipicamente azul, mas que pode ser também incolor, verde, branco, cinza, preto ou castanho.
É geralmente encontrada em pegmatitos metamórficos ou rochas sedimentares ricos em alumínio. É também chamada de distênio (ou distena) , que significa duas forças (do grego sthenos), porque tem durezas bem diferentes conforme a face considerada.
A cianite é um polimorfo da andaluzita e da sillimanita. É um mineral fortemente anisotrópico.

Dureza dos minerais na escala de Mohs
Na escala de Mohs, a dureza da Cianaita varia entre 4,5 e 7,0, dependendo da direção cristalográfica. Dureza variável é uma característica de quase todos os minerais, mas variação tão grande como a da cianita não é comum e considera-se um traço identificativo.

Usos
Cianita azul lapidada
Usa-se principalmente em produtos refractários e cerâmicos, incluindo porcelana. Utiliza-se na fabricação de utensílios de electricidade. A cianite também pode ser usada como pedra preciosa graças a sua cor. É importante também para os coleccionadores de minerais por sua beleza e raridade.

A importância deste mineral é latente, já que inclusive, uma companhia, a Kyanite Mining Corporation dedica-se exclusivamente à sua extracção e beneficiamento.
Cianita Azul da coleção de Rob Lavinsky, Suiça by www.irocks.com
Cianita do Maciço Central de São Gotardo, Leventina, Ticino, Suíça
Foto de Rob Lavinsky da www.irocks.com

É mais encontrada na Suíça, Quênia, Mianmar, Áustria e Brasil.

Cianita Azul no Brasil
Cianitas cortadas e lapidadas de Minas Gerais, Brasil, por Afonso Marques
Cianitas cortadas e lapidadas de Minas Gerais, Brasil, por Afonso Marques
No Brasil as melhores peças de Cianita Azul são encontradas em Galiléia e Coronel Murta em Minas Gerais.
As melhores peças são as mais cristalizadas e de um azul intenso que são lapidadas para serem usadas em jóias.
Cianitas Verde são encontradas em Goiás.

Localidades brasileiras onde é possível encontrar as variedades de Cianita:
Bahia:
Boquira, Brumado (Bom Jesus dos Meiras), Chapada Diamantina, Érico Cardoso e Paramirim.

Goiás:
Estrela do Norte, Mara Rosa, Minaçu e Uruaçu.

Minas Gerais:
Andrelândia, Araçuaí, Coromandel, Coronel Murta, Diamantina, Itabira, Malacacheta, Mariana (Mariana de Itacolumy), Minas Novas, Ouro Preto, São José da Safira,
Três Pontas e Varginha.

Pára:
São Geraldo do Araguaia

Tocantins:
Peixe

Identificação
Cianita Azul encontrada em Barra de Salinas, Coronel Murta, Minas Gerais, Brasil
Barra de Salinas, Coronel Murta, Vale do Jequitinhonha, Minas Gerais, Brasil
Seus cristais laminados longos são normalmente um bom começo para identificar a cianite. Sua cor (quando é azul) a define também perfeitamente. Outra característica é que pode estar misturada com minerais polimórficos ou com estaurolite. No entanto, a característica mais útil para sua identificação é o seu forte anisotropismo.

Cianita Azul de Barra do Salinas, Coronel Murta, Minas Gerais, Brasil
Peça da coleção do Museu de História Natural de Harvard, EUA
Procedência. Barra do Salinas, Coronel Murta, Minas Gerais, Brasil.
Minerais associados

Normalmente, este mineral ocorre associado aos seus polimorfos bem como a outros silicatos, incluindo:
Andaluzite, Sillimanite, Biotita, Quartzo, Moscovita, Pirita, Rutilo,
Talco, Hematita, Estaurolite, Micas, Corídon e Granadas.

Pedra do seu mês de nascimento:

Fontes:

Como identificar madeira petrificada

O que é madeira petrificada/fossilizada?
A madeira petrificada é um fóssil, sendo também conhecida como madeira fossilizada.
madeira petrificada com xilopala
Madeira petrificada com vestigios de opala tal como diz o nome Xilopala.
Ela se forma quando o material vegetal é enterrado pelos sedimentos e protegido da decomposição devido ao oxigênio e aos organismos. Então, a água subterrânea rica em sólidos dissolvidos flui através do sedimento, substituindo o material vegetal original por sílica, calcita, pirita ou outro material inorgânico, como opala. O resultado é um fóssil do material lenhoso original que frequentemente exibe detalhes preservados da casca, madeira e estruturas celulares.

Alguns espécimes de madeira petrificada são preservações tão precisas que as pessoas não percebem que são fósseis até que as apanhem e fiquem chocadas com o peso delas. Esses espécimes com preservação quase perfeita são incomuns; no entanto, espécimes que exibem estruturas de casca e madeira claramente reconhecíveis são muito comuns.

Como identificar madeira petrificada
Identificar madeira petrificada pode ser uma tarefa difícil e às vezes impossível.
tronco de uma árvore petrificada
Alguns pedaços de madeira perdem muito da sua estrutura celular original durante o processo petrificante, sendo impossível recuperar informações suficientes para identificá-las. Alguns tipos de madeira são distintos o suficiente para que os novatos possam reconhecê-los com apenas uma lupa de 10x. Mesmo para os melhores exemplares de algumas espécies de madeira, geólogos precisam de treinamento e equipamentos de alta ampliação para identificar.

Primeiras pistas
A qualidade da madeira determinará se a peça pode ser identificada.
tronco de madeira petrificada
A estrutura celular original é às vezes completamente destruída pelo processo de petrificação. Se você puder ver padrões na madeira, há uma boa chance de a peça poder ser identificada. Saber quais tipos de árvores crescem nas áreas em que a madeira foi encontrada também pode ajudar na identificação de sua peça. Se uma amostra pode ser reduzida a algumas possibilidades, alguns tipos podem ser descartados, porque eles provavelmente não seriam encontrados com espécies conhecidas daquela área. O resto do processo de identificação requer ampliação em microscópios.

Estruturas celulares da madeira
Algumas estruturas celulares são evidentes com ampliação de apenas 10x. Outros podem precisar de ampliação de até 800x. Células (traqueídos) de diferentes classes de madeira são dispostas em diferentes padrões. Por exemplo, quando se olha através da madeira como se veria anéis de crescimento, uma árvore conífera tem pequenas células redondas que formam linhas retas. As angiospérmicas (carvalho, nogueira, plátano) têm vasos em vez de traqueídes, que são semelhantes, mas não formam fileiras nem são sempre redondas. O ginkgo tem ainda uma formação celular diferente, semelhante ao milho. Conhecer a estrutura celular de diferentes formas de madeira é necessário para uma identificação adequada.

Raios e outros recursos distintos
Raios (anéis circulares concêntricos a partir de um corte transversal) são indicadores importantes dos tipos de madeira.
veios em madeira petrificada
Raios são linhas de pequenas células que vão do centro (medula) do círculo até a casca da madeira. Em alguns tipos de madeira, esses raios são finos, às vezes com apenas uma ou duas células de largura, e em outros são mais largos ou de larguras diferentes. As árvores frutíferas têm muitas larguras de raios, enquanto o pinheiro tem raios estreitos e uniformes. Algumas madeiras têm outras características distintas. Pinho, por exemplo, tem "dutos de resina". Esses dutos parecem células, mas são muito maiores. Se eles são encontrados em madeira com pequenas linhas retas de células e raios estreitos, nenhum exame adicional é necessário para saber que a madeira é pinheiro.

Método de examinação
O exame é feito frequentemente fazendo um cubo da madeira para que possa ser visto de diferentes ângulos do eixo. Os cubos de madeira são finamente lixados para remover riscos que podem dificultar a identificação.
Como identificar madeira petrificada
Se forem necessários altos níveis de ampliação, fatias finas de madeira são usadas com apenas alguns centímetros de espessura. O examinador deve conhecer os diferentes aspectos das madeiras, de modo que algum conhecimento em Botânica também vai estar envolvido no processo.
A tecnologia facilita a identificação com software de computador que pode ajudar no processo de identificação. Este software pode ser comprado on-line por qualquer pessoa que deseje buscar o campo da identificação de madeira fossilizada.
O ideal é a peça ser examinada por um Dentrologista, uma vez que a Dendrologia é o ramo da botânica que estuda as plantas lenhosas, principalmente árvores e arbustos, e as suas madeiras. Se não encontrar um especialista acima descrito, então um Petrologista poderá o ajudar e no caso mais singular, procure em última instância um Geólogo.

Madeira Petrificada no Brasil
como identificar madeira petrificada
Madeira petrificada do Jardim Paleobotânico de Mata.
Conforme um mapeamento realizado pelo Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), foram identificadas cerca de 17 afloramentos de árvores petrificadas nos municípios de Santa Maria, Mata e São Pedro do Sul no estado do Rio Grande do Sul, demarcando-as com área de fácil acesso para os turistas e estudiosos interessados.

Como identificar madeira petrificada
MONAF - Município de Filadélfia em Tocantins
Em outros estados como São Paulo, Amazonas e Ceará também foram observadas madeiras petrificadas, mas sem caracterização de floresta como a que ocorre no Rio Grande Do Sul e no Tocantins (Monaf) que é a maior floresta de árvores fossilizadas do hemisfério sul sendo possível visualizar até algumas folhas de árvores fossilizadas.
Segue no link abaixo as localizações das florestas petrificadas do RS:

Madeira petrificada e outros nomes
Uma ampla variedade de nomes é comumente usada para madeira petrificada. "Madeira fossilizada" é um termo geral para madeira que foi petrificado ou preservado por outros métodos de fossilização. "Madeira opalizada" (xilopala) é madeira petrificada que foi substituída por opala, uma forma amorfa de sílica. "Madeira agatizada" é a madeira que foi substituída por ágata, uma forma de calcedônia ou quartzo microcristalino. "Madeira silicificada" é a madeira que foi substituída por qualquer forma de sílica, incluindo opala e ágata.

Madeira opalizada (Xilopala)
Xilopal, image by Petrified Forest National Park
Exemplo de madeira petrificada opalizada com cores espetaculares e petrificação completa é altamente muito valorizada para lapidar. Pode ser polido e usado para fazer joias e muitos outros ofícios.

Xilopala é uma variedade de opala que se forma em cavidades na madeira, em substituição à madeira orgânica, preservando a estrutura original da madeira.
(de xilo + opala)

Nota:
A menos que não tenha a certeza caso se depare com uma peça de madeira petrificada, então, contate o setor de Geologia numa faculdade mais próxima.

Fontes:

Tipos de veios de ouro

Tipos de veios de ouro
gold veins
Veio de ouro é o afloramento de rochas e geralmente contêm muito frequentemente minerais de minério de ouro. Num processo de formação de veios é mais comum os veios de ouro que não são visíveis a olho nu, porque geralmente estão sempre junto com um transportador mineral, como quartzo, sulfetos, calcita, gossans e alguns minerais de argila. E a espessura dos veios varia de poucos centímetros a quatro metros, e o comprimento pode atingir várias centenas de metros e se estender até uma profundidade de mais de 1.500 m. Alguns depósitos de veios de ouro são caracterizados por baixa sulfização e mineralogia constituída por quartzo, pirita, galena, calcopirita e esfalerita são menores. Em alguns lugares, os sulfetos são acompanhados por calcita e alguns minerais de prata. Observou-se que os veios podem estar na transição entre o ouro-quartzo-sulfeto e o ouro-metal-base-carbonato, mas também distinguem-se de cada um, por diferentes mineralogias e geologia ambiental.
quartzo hidrotermal com veio de ouro
        Depósitos de veios formados a partir de fluidos hidrotermais que se elevam através da crosta até a superfície. Este líquido, geralmente é feito pelo magma, movendo-se através da crosta terrestre. Em geologia, um veio é um elemento mineral que foi cristalizado e contido na rocha e a forma da ranhura é diferente da cor da base da pedra. Os veios são formadas quando os elementos minerais trazidos por uma solução aquosa armazenada na massa rochosa através da precipitação e do fluxo hidráulico envolvidos são geralmente devidos à circulação hidrotermal.

veio de ouro em uma mina do quadrilátero ferrífero em MG
       A maioria dos veios são considerados como o resultado do crescimento de cristais em fraturas planares na parede da rocha, com o crescimento de cristais na cavidade da parede, e formam cristais que se projetam para o espaço aberto. Estes são alguns métodos no processo de formação de algumas veias.

Mas a geologia é muito rara para um espaço aberto significativo permanecer aberto no grande volume de pedra, especialmente a poucos quilômetros abaixo da superfície.


Veios de quartzo na aparência da cor é um pouco diferente, principalmente leitoso de cor branca e, por vezes, é muito grande e mais escuro e mostra a inclusão de fluidos ou gases que podem ser derivados de ácido carbônico em abundância nas profundezas da terra.

Estes são alguns exemplos de veios de ouro contidos em uma mina:
veios de ouro
 Claramente visível camada de ouro amarelo junto a fendas entre o osso da cavidade da rocha cinzentas brancas coloridas.

veios de ouro
A direção da linha é de veios de cor dourada para cinza e cunha de cor acastanhada na parede lateral.
veios de ouro
  Este veio contêm elementos minerais de ouro e prata, mas têm poucos depósitos minerais de minério de ouro.
veios de ouro
veios de ouro
Uma cor um pouco enegrecida no lado da parede de rocha na cunha por uma parede de pedra de cor acastanhada tem teor de ouro de minério, mas não é visível quando vista a olho nu. Para poder ver, precisa-se da ajuda de um microscópio ou de uma lupa.

Ouro disseminado em granito
ouro disseminado no granito, Portugal
Ouro disseminado no granito rosa porrinho, Portugal
O ouro ocorre disseminado em pequenas quantidades e muitas vezes aparece em filões relacionados com rochas eruptivas, estando por vezes também estar disseminado no granito como vê-se na foto acima o qual foi encontrado em uma bancada de cozinha em "granito rosa porrinho" do norte de Portugal.

Alguns estudos sobre mineralizações e veios auríferos no Brasil:
veio de ouro no quartzo em uma mina de Apiaí-SP
Formação de veios quartzo auríferos da Mina Morro do Ouro, Apiaí - SP
http://www.teses.usp.br
https://revistas.ufpr.br/geociencias

Caracterização estrutural dos veios auríferos da região de Cuiabá - MT
https://www.researchgate.net/publication

Inclusões Associadas aos Veios de Quartzo Auríferos da Costa Sena e Diamantina - MG
http://horizon.documentation.ird.fr

Mineralização Aurífera de Lages-Antônio Dias, Ouro Preto - MG
http://repositorio.unicamp.br

Filitos Carbonosos do depósito do Morro do Ouro, Paracatu - MG
https://core.ac.uk/download/pdf

Veios de Quartzo e Inclusões Fluidas nos Depósitos de ouro da Faixa Móvel Aguapeí - SP
http://www.ppegeo.igc.usp.br
https://repositorio.unesp.br

Nota da Oficina70:
Nós não temos que ser um geólogo para procurar ouro e há muitas pessoas sortudas por aí que têm colecionado e ganhado a vida com a prospecção de ouro. Isto apenas requer que nos familiarizemos com certos elementos que estão associados ao ouro, por exemplo, a rocha que contém depósitos de ouro.

Abaixo está uma coleção de fotos de vários sites para mostrar um exemplo de rochas potenciais contendo depósitos ou veios de ouro.

Para estudar mais profundamente os detalhes científicos da geologia do ouro e suas rochas, há uma abundância de informações on-line para fornecer a idéia básica sobre a formação do elemento ouro e suas associações.

Abaixo estão algumas amostras de pepitas de ouro que são encontradas em áreas como principalmente rios, leitos secos de rios, areias pretas de rios ou de praias, cavernas, etc.
exemplos de pepitas de ouro nativas

Isto é só uma idéia para não esquecer se é ouro ou outra coisa quando tropeçar em cima de algo parecido com eles.

Hoje eu trouxe uma importante informação de que a formação de ouro ocorre também em veios de grandes rochas ou pedras e não só na forma de pepitas. No entanto, nem todas as rochas costumam ter depósitos de ouro, e apenas certas rochas do tipo a possuem sendo o caso mais comum a ocorrência de veios de ouro no quartzo. Este é um senso comum e básico para se familiarizar com os tipos de rochas que normalmente possuem depósitos de ouro.

Se você esta atrás de suas primeiras gramas de ouro, nos aqui queremos te ajudar a ter êxito e por isto dispomos de vários assuntos sobre o ouro sua formação e tipos de solo e minerais que estão associados ao ouro.
native gold
Para ter acesso a muito mais informações sobre o ouro nativo, no início do site dispomos de cabeçalho com vários assuntos, escolha neste caso, a do "ouro nativo" e clica no artigo que quer estudar.

Fonte: