Dicas de como encontrar ouro nativo

Como encontrar ouro na natureza
Existem hobbies nos quais você pode se divertir ao ar livre e potencialmente ganhar dinheiro ao mesmo tempo, e garimpar para encontrar ouro é um destes.
pepita de ouro encontrado pelo nosso leitor
Para os interessados em encontrar depósitos de ouro, AQUI estão várias etapas que o ajudarão nesta nova aventura.

Hoje vamos dar algumas dicas não para você encontrar uma pepitinha de ouro ou apenas ouro fino, estas dicas que seguem são para você ir  direto ao filão do ouro.

Dicas para localizar filão de ouro
Localizar um depósito de ouro que ainda não foi descoberto não é uma tarefa fácil, especialmente quando você considera que existem milhares de mecanismos de pesquisa antes de procurar ouro. Para ter sucesso, há várias etapas que você deve seguir para aumentar suas chances de achar o metal dourado.
ouro no quartzo hidrotermal
O interesse na prospecção de ouro é tão forte agora como sempre foi, mas é definitivamente cada vez mais difícil encontrar o metal amarelo hoje em dia. Com o conhecimento e as habilidades corretas, não há dúvida de que você poderá ter muito mais chance de o encontrar, pois como digo:
"conhecimento é tudo...estude, pratique e concretize".

Nós aqui da OFICINA70 já fizemos muitas matérias para você encontrar sua primeira pepita de ouro, e desta vez fizemos este artigo mais completo com poucas imagens mas com mais dicas úteis para você  tentar encontrar não só as pepitas, mas encontrar um filão de ouro.

Para conhecer o que é um filão ou veio de ouro, clica no link a seguir:
https://www.oficina70.com/tipos-de-veios-de-ouro.html

Dicas para encontrar ouro como um profissional
Primeiro, devemos esclarecer o que é um depósito de ouro. Para o propósito deste artigo, não estamos simplesmente falando em encontrar um pouco de ouro de aluvião/placer, o ouro encontrado em rios, mas em encontrar a fonte deste mesmo ouro que vai parar no rio, ou seja, a rocha onde se encontra o ouro que se soltou e foi parar ao rio.

Encontrar a origem de um depósito de ouro não é uma tarefa fácil, mas a recompensa pode ser muito boa. De fato, muitos depósitos Lode tornaram-se enormes minas de ouro no valor de milhões de reais, portanto as recompensas financeiras de encontrá-los podem ser enormes.
veio de ouro na rocha
Para encontrar um depósito de veios de ouro, primeiro você deverá começar pesquisando e estudando o máximo que puder sobre o ouro in natura. Após, deverá sair no terreno e iniciar uma pesquisa de solo, não precisa de capacitação universitário para tal, você irá encontrar muitos recursos e informações que estão na internet, ou então, falando com garimpeiros mais antigos.
O ouro não é distribuído uniformemente por todo o solo. Embora procuremos uma fonte desconhecida de ouro, ainda é fundamental localizarmos as áreas que produziram ouro no passado para que entendamos a geologia do solo que produziu este ouro.

Você provavelmente não encontrará um rico depósito de ouro em áreas que nunca houve relato de ouro e que nesta área se explorem outros minerais, por mais difícil que pareça, porque as condições geológicas por vezes não são adequadas para a produção de ouro. Você deve explorar as áreas que produziram ouro no passado, depois entender por que o ouro se formou onde ocorreu e tentar identificar outras áreas que podem produzir as mesmas condições.

Começando com uma fonte de aluvião
Esta é a maneira mais fácil de você iniciar a sua busca ao veio e ao filão do ouro que foi parar no rio.
Muitos dos depósitos de ouro foram encontrados ao coletar amostras em rios para obter o ouro de placer. Uma vez que o ouro é descoberto, o garimpeiro segue a fonte a montante (para cima do rio) até que o ouro pare ou diminua, indicando que a fonte de ouro está por ai. Este tipo de rastreamento do ouro é a melhor maneira de encontrar as fontes/filões de ouro. No local do rio onde as amostras na bateia pararam de obter ouro e é a partir dai que você deverá procurar nas zonas laterais do rio, e se na zona tiver quartzo leitoso, quartzo hidrotermal ou outros minerais que estão associados ao ouro, então você deverá pesquisar o local com os conhecimentos obtidos aqui na ocifina70 ou em outros sites relacionados.

Obviamente, não haverá nenhum sinal de led piscando que diga onde procurar o filão dourado. Você precisará de algum tipo de amostragem para encontrar a fonte do ouro. Usar uma bateia de ouro e coletar amostras registrando o local exato fazendo um desenho da área e marcando onde encontrou a amostra A, a B a C e outras posições, esta é uma excelente maneira de triangular a origem de um depósito de ouro. Muitas pessoas chamam isso de caça ao bolso, com foco na fonte de ouro. Estes tipos de garimpeiros não estão interessados apenas em algumas pepitas, eles estão focados no filão do ouro e isto é o que poucas pessoas fazem, eles querem bamburrar sem ter que garimpar todos os dias para que isto aconteça.
detector de metal para ouro
Um detector de metais também pode funcionar bem para esse processo de pesquisa e coleta, e pode ser uma ótima maneira de cobrir grandes áreas muito rapidamente. O desafio de usar um detector de metais é que são necessárias grandes peças de ouro para ativá-los ou você arrisca e investe em um detector muito mais caro, o que obviamente eu não recomendo, além de que alguns tipos de solo propícios ao ouro podem ser altamente mineralizados, indicando falsos sinais no detector.

Encontrar a fonte de ouro diretamente na rocha é um verdadeiro desafio, e é definitivamente necessária paciência se você quiser ter sucesso. Porém, se você conseguir localizar uma faixa de ouro, é muito provável que todo este árduo trabalho de paciência pague-se generosamente, portanto, pode valer a pena encontrar o ouro que ainda não foi descoberto.

Dicas de prospecção de ouro

Como encontrar pepitas de ouro
pepita de oro
Procure em lugares onde o ouro foi encontrado antes.
A melhor maneira de começar sua busca por ouro é procurar nas mesmas áreas que os "antigos" já procuraram.
Sim, você pode encontrar ouro em qualquer lugar aleatório que estiver procurando, mas verá que o ouro é muito mais abundante em locais onde já foi encontrado ou há documentação histórica que ocorreu lá.
Os iniciantes geralmente só vão ao rio ou riacho mais próximo de sua casa, fazem uma pequena varredura, não encontram ouro e assumem que não resta ouro para encontrar e muitos acabam por desistir.
A verdade é que ainda existem toneladas de ouro esperando para serem encontradas pelos garimpeiros, mas você precisa saber como encontrá-lo.
Claro que grande empresas mineradoras tem mais recursos de pesquisa que incluem grandes e os mais modernos equipamentos como antenas instaladas em helicópteros, porém o país e enorme e eles não podem cobrir todo o terreno.

Faça uma pesquisa por minas antigas
A pesquisa é a melhor maneira de encontrar lugares onde o ouro foi produzido.
ouro disseminado em quartzo leitoso
Você provavelmente não encontrará um novo garimpo de ouro, mas provavelmente encontrará uma área dentro de uma área que já foi rica em ouro que ainda possa ter algum ouro.
Encontre as antigas minas, rios e córregos onde os primeiros mineiros estavam procurando e é muito mais provável que tenha sucesso.
Encontrar esses lugares pode te levar a ganhar alguma experiência. Alguns indicadores são mais óbvios e outros são um pouco sutis.
Os iniciantes geralmente descartam encontrar locais históricos de mineração, mas garanto que garimpeiros experientes entendem a importância de localizar esses lugares.

Geologia e áreas de contato
Você precisa aprender a geologia da área onde quer minerar. Existem alguns indicadores de ouro natural que podem ser encontrados na maioria das principais áreas produtoras de ouro, mas cada área pode ser diferente. Você deve aprender a detectar os tipos de rocha associados ao ouro em sua área.

É difícil encontrar ouro, mas aprender sobre os tipos de rocha com os quais geralmente está associado (bem como os tipos com os quais não está associado) ajudará você a encontrar as melhores áreas para se concentrar nelas sem perder seu tempo com áreas fracas.

As zonas de contato (também chamadas de diques ou intrusão) são locais onde dois tipos principais de rochas se encontram. Este é um processo geológico natural que ocorreu há milhões de anos atrás. Esses eventos resultariam em aquecimento e resfriamento rápidos, e isso muitas vezes criava as condições necessárias para a formação do ouro.

Aprender a identificar zonas pode ser difícil, mas ficará mais aparente à medida que você aprender a procurá-las. Existem certos tipos de rochas que são melhores do ponto de vista da mineração de ouro.
gold ore, minério de ouro
Três tipos importantes de rochas dignas de nota são granito, xisto e rochas ígneas. Esses três tipos de rochas estão presentes na maioria dos lugares onde poderá encontrar ouro.

Quando essas massas geológicas entram em contato, pressão e altas temperaturas causam fissuras que levam à formação e transporte do ouro. O ouro seria empurrado para a superfície, tornando-o acessível aos garimpeiros, sem a necessidade de escavar um túnel profundo no solo.

É importante identificar a direção geral da geologia na sua área de pesquisa. Procure áreas de contato onde algum outro tipo de rocha esteja tendendo de maneira diferente da massa geológica geral. Muitas das áreas mais ricas em ouro terão intrusões em uma tendência de 90 graus para a geologia predominante.

Potencialmente, pode ser qualquer combinação de rochas, embora elas geralmente constituam pelo menos uma delas em áreas de contato ricas em ouro.

Aprenda a identificar os tipos de solos que contém ouro:
https://www.oficina70.com/que-tipos-de-solo-contem-ouro.html

Aprenda a identificar indicadores naturais de ouro
Encontrar áreas históricas de mineração de ouro é um passo importante para encontrar áreas de prospecção de ouro, mas garimpeiros sérios aprendem a identificar indicadores de ouro natural. Essas são coisas que são comumente associadas ao ouro.

Embora a maioria das áreas ricas em mineração de ouro tenha sido encontrada, certamente ainda existem alguns lugares com bom ouro que outros ignoravam ou que os equipamentos na altura não eram bons o suficiente para detectar o ouro. Se você tiver a sorte de encontrar um desses lugares, provavelmente será recompensado com algumas quantidades de ouro.
gossan com veio de quartzo e ouro
Novamente, a principal conclusão aqui deve ser que você precisa aprender a geologia do seu local de pesquisa minerária. Quando você entender a geologia de lugares onde o ouro já foi encontrado, é mais provável que você localize onde ele pode ocorrer.

Freqüentemente, antigos relatórios geológicos que você usa para pesquisar áreas de prospecção informam sobre os tipos de rochas predominantes encontrados em uma mina específica. Preste atenção nesses detalhes.

Tão importante quanto isso, você deve conhecer os tipos de rochas que provavelmente não estão associadas ao ouro. Não perca tempo procurando em áreas com pouca chance de ouro.

Areias negras, Magnetita e Hematita
Na maioria das vezes, quando você encontra ouro, também encontra algumas areias negras. Essas areias são uma variedade de materiais ricos em ferro, mais comumente hematita e magnetita.

As areias negras não são necessariamente um ótimo indicador de ouro, pois existem abundantes areias negras em locais com pouco ou nenhum ouro. No entanto, em lugares onde o ouro existe, você frequentemente encontrará ouro com essas areias negras.
solo mineralizado e com gossan
Solos muito escuros ou de cor avermelhada costumam ter alto teor de ferro. Esses geralmente são os primeiros lugares que você pode começar a prospectar. Os pisos ricos em ferro podem ser avermelhados ou até roxos, laranja, amarelos e outras cores brilhantes. É necessário um detector de metais de qualidade para lidar com esses solos ricos em ferro.

Aprenda a identificar evidências de mineração artificial
A evidência da atividade de mineração é mais facilmente vista ao encontrar os distúrbios deixados pelos primeiros mineiros.
A pilhas de rejeitos de pedras são um bom caminho para ver que tipo de minério e pedras saiam destas minas antigas.
Os mineiros tiveram que mover grandes pedras para chegar ao leito rochoso e ao ouro. Aprenda a identificar esses sinais reveladores da atividade de mineração.

Mesmo os lugares que antes tinham milhares de homens procurando ouro ainda produzirão ouro hoje. Eles simplesmente não encontraram tudo. Quando o ouro começou a acabar, os mineiros continuavam.

Além disso, a tecnologia moderna, como detectores de metal, pode recuperar o ouro perdido. As sluice-box ou bateias modernas capturam o ouro que foi perdido pelos métodos brutos empregados por esses primeiros mineiros.
Porém, infelizmente, nestas pilhas de rejeitos há toneladas de resíduos de ferro, o que pode dificultar uma pesquisa por detecção de metais.

Use mapas geológicos para orientações
Você deve entender como ler um mapa e como determinar quem a possui antes de começar a explorá-la. Se a terra for privada, você precisará obter uma permissão. Se for terra pública, você precisa garantir que ninguém a reivindicou.

Os mapas detalhados em escala de 1: 24.000 são os melhores e mostrarão os melhores detalhes geológicos ou de recursos minerais, às vezes incluindo minas.
O mapa abaixo é dos recursos minerais do Estado do Rio de Janeiro, onde as letras Au de aurum (ouro em latim), no mapa referem áreas de ouro.
mapa de minas de ouro do rio de janeiro
Este mapa se encontra na página com a seguinte aba: Série Minerais do Brasil, que se encontra no cabeçalho do site.

Outra sugestão de mapas é acessando o link a seguir e ver
os mapas de jazimentos auríferos no Brasil:
https://www.oficina70.com/mapas-do-ouro-no-brasil-estados-e.html

Obtenha permissão dos detentores de reivindicações
Infelizmente, muitas das áreas mais ricas de ouro hoje não são reclamadas.
Em alguns distritos ricos de mineração de ouro, pode ser muito difícil encontrar uma área para prospectar que possua um bom ouro.

Uma maneira de obter acesso é descobrir quem é o proprietário da reivindicação de uma área e simplesmente perguntar se você pode fazer alguma mineração na sua reivindicação. Você pode se surpreender com a frequência com que um detentor de reivindicação concede a você acesso para realizar pesquisas.

Sua única chance de obter acesso a esses lugares é conversar com o proprietário da reivindicação existente e ver se você pode chegar a um acordo ...

Também conheço alguns garimpeiros que fazem negócios com titulares de sinistros, onde concordam em dividir o que encontram. Este é um contrato predeterminado, no qual o mecanismo de pesquisa entrega de 10 a 20% de suas descobertas em ouro ao detentor da reivindicação.

Áreas novas ou sem reinvindicações podem ser legalizadas, consulte um profissional de empresas de Consultorias Minerais.
Saiba mais no link a seguir:
https://www.oficina70.com/como-ser-dono-de-uma-mina-no-brasil.html

Faça caminhadas! Afaste-se das multidões
Afastar-se das multidões pode ser a melhor maneira de encontrar depósitos de ouro novos e não descobertos. Os campos de ouro mais conhecidos foram duramente regarimpados ao longo dos anos e algumas das áreas de mineração mais conhecidas foram esgotadas.
Isso não quer dizer que você ainda não encontre ouro nesses locais de mineração. Pelo contrário, não acho que uma área seja realmente "esgotada", afinal, as chuvas e a erosão podem muitas vezes reabastecerem os depósitos de ouro a cada ano. Mas grandes concentrações de ouro provavelmente não serão mais encontradas nessas áreas.

Pesquisar em locais remotos pode ser a melhor maneira de encontrar depósitos de ouro ricos e não descobertos.

Não saia para pesquisar ou para prospectar sozinho
Prospecção com um ou mais amigos pode ser muito divertido, e também pode ajudá-lo a encontrar mais ouro. Um amigo que goste deste mesmo hobby e que também tenha conhecimentos o ajudará a testar mais terrenos em um curto período de tempo. Uma vez que é encontrada um local rico em ouro, os dois podem concentrar seus esforços neste local e aredores. Isso pode acelerar o processo de encontrar ouro.

Obviamente, o outro benefício da prospecção com um parceiro é a segurança.
O ouro é frequentemente encontrado em lugares que estão longe do caminhos. É inteligente estar com alguém caso algo ruim aconteça. Se forem sair numa área isolada, levem sempre equipamentos de segurança, botas altas, para entrar em rios ou se proteger de cobras, leve água para hidratação quanto for para áreas secas, alimentos à base de proteínas tipo barrinhas de cereais, entre outras coisas.
Se puder, tenha um GPS via satélite para áreas mais remotas, e bússula, mas não vai adiantar nada ter uma se não souber usar, ai vai lembrar do tempo em que fez campo/sobrevivência quanto estava no exército.

Além disso, a prospecção de ouro é mais divertida quando você pode compartilhar suas aventuras com alguém!

BOA SORTE

Distribuição aurífera no Brasil, vale a pena conhecer:
Os 6 principais tipos de depósitos de ouro que são encontrados no Brasil
https://www.oficina70.com/tipos-de-depositos-de-ouro-encontrados.html

Fonte:

Série Minerais do Brasil - Santa Catarina

Principais ocorrências minerais no estado de Santa Catarina
(Série Minerais do Brasil - Santa Catarina)
Série minerais do Brasil - Santa Catarina
No estado de Santa Catarina estão catalogado cerca de 88 minerais e/ou pedras preciosas.

Menções de minerais no estado:
Nas áreas de Criciúma, Urussanga, Tubarão, vários depósitos produzem fluorita em blocos listrados que são cortáveis. As cores amarela e bege predominam, com listras azuis ou verdes.

Mineral local que só existe aqui:
Arupita
Arupita é um produto de intemperismo de um meteorito de ferro rico em níquel.
Descrito como o Meteorito de ferro de Santa Catarina, ele foi encontrado no Morro do Rócio, São Francisco do Sul, Santa Catarina, Brasil
Aprovado no IMA (International Mineralogycal Association) em 1990.
Características da Arupita:
Fórmula: Ni3 (PO4) 2 · 8H2O
Cor: azul para azul claro
Brilho: Maçante, Terroso
Dureza: 1½ - 2
Gravidade específica: 2,85 g/cm3 (medida) | 2,85 g/cm3 (calculada)
Sistema de cristal: Monoclínico
Membro do grupo: Vivianita
Formação e depósitos:
É formado a partir de meteoritos de ferro ricos em níquel a céu aberto. Geralmente é associado a outros minerais, como: reevesita, honessita, acaganeita, hematita, goethita ou magnetita.

Com  apenas 1,12% do território brasileiro, Santa Catarina abriga verdadeiros tesouros. Há minas de ouro em Gaspar e Ilhota e no Litoral Norte, mina de diamante em Lages, de rubi em Barra Velha, mármores e granitos em Jaraguá do Sul, bauxita em Correia Pinto, e muitos outros minerais. Confira lista abaixo.

Minerais e pedras preciosas de Santa Catarina:
Aegirina, Akaganeita, Albita, Série Albita-Anortita, Alabogdanita, Alstonita,
Analcime, Ancylita, Andradita variedade: Melanita, Anquerita,
Antitaenita, Apatita, Apofilita, Arupita (TL),
Astrofilita, Augita, Awaruita, Baddeleyita,
Barringerita, Barita, Bastnäsite, Biotita,
Böhmita, Calcita, Catapleiita, Celadonita, Chabazita,
Calcopirita, Cromita, subgrupo Clinopiroxênio,
Criolita, Diopsídio, Dolomita, Enxofre,
Eudialita, Grupo Eudialita variedade: Eucolite, Fayalita,
Série Fayalita-Forsterita, Fersmita, Fluorapofilita- (K),
Fluorita, Forsterita, Galena, Grupo da Granada,
Gibbsita, Vidro natural, Goethita, Ouro,
Gorceixita, Goyazita, Grafite (meteorito), Halita,
Halloysite, Heazlewoodita, Hematita,
Subgrupo Heulandita, Honessita, Ilmenita,
Ferro variedade: Kamacita, Kaersutite,
Kalsilite, Laumontita, Låvenita, Leucita, Limonita,
Litiophorita, Magnetita variedade: Magnetita Titanífera,
Grupo Melilite, Mesolita, 'Ferro Meteorítico', Grupo da Mica,
Monazita, Monticellite, Montmorillonita, Mordenita,
Murmanita, Natrolita, Nefelina, Neptunita,
Níquelfosfeto, Nordstrandita,
Noseanita, Opala variedade: Opal-AN (amorfo=semelhante ao vidro), Ortoclase,
Subgrupo de Ortopiroxênio, Pargasita,
Parisita- (Ce), Pectolita, Pentlandita, Perovskita,
Flogopita, Pigeonita, Pirita, Pirocloro,
Grupo do Pirocloro, Pirrotita,
Quartzo variedades: Ágata, Ametista e Calcedônias,
Reevesita, Sarcopsida, Schreibersita, Scolecita, Serandita,
subgrupo Serpentino, Siderita, Sodalita, Estellerita,
Stilbite-Ca, subgrupo Stilbite, Synchysite,
Taenita, Tetraferriphlogopita, Tetrataenita, Titanita,
Troilite, Ulvöspinel, Wolframita e Zircão.

NOTA:
Mais informações sobre pedras preciosas, minerais de coleção e ouro no estado de Santa Catarina você encontra no final deste artigo.

Principais recursos minerais explorados econômicamente no estado:
Sob a ótica dos interessados em mineralogia, certas rochas possuem minerais muito importantes. Nas rochas sedimentares antigas (paleozoicas) surgem as camadas de carvão. Essas rochas utilizam, também, materiais fragmentados, como as argilas, empregadas como matéria-prima para a cerâmica.

Na porção meridional do estado, demais minerais são economicamente importantes, como a fluorita, minério de Urussanga e Estação Cocal. O calcário é outro mineral muito importante, porque se utiliza principalmente para fabricar cimento. Aparece sob a forma de sedimento e metamorfose especialmente nos terrenos da encosta litorânea (Camboriu) e no Vale do Itajaí-Mirim. Nessas regiões, o mármore é algo economicamente valioso.

O recurso mineral mais economicamente interessante no estado é o carvão.
Historicamente, o carvão brasileiro foi descoberto em Santa Catarina, no ano de 1827, na localidade de Guatá, município de Lauro Müller. O estado é o segundo maior produtor de carvão mineral com uma cota nacional em torno dos 10,41%.
No entanto, mesmo as rochas comuns como os granitos, os gnaisses, apresentam-se, grandemente, como materiais de construção, calçamentos de ruas, etc.

As argilas, que são minerais fragmentados, pois seus materiais formadores são substâncias de desagregação e alterações químicas, quando possuem grande "plasticidade", denominadas "caolínicas" são muito importantes. Desenvolvem mais de cem olarias e cerâmicas em várias regiões de Santa Catarina.

Pedras Preciosas:
Ametista
geodo de ametista em basalto vesicular, SC
Geodo de Ametista em basalto vesicular, Santa Catarina
É a mais importante das gemas existentes em Santa Catarina, estando presente em 34 %
dos jazimentos cadastrados. Ocorre geralmente associada à ágata. Sua concentração mais importante está no Oeste Catarinense, na região entre Palmitos e Ipuaçu.
Os jazimentos de Santa Catarina costumam ocorrer em um derrame situado muito próximo à superfície. Esse derrame não está bem caracterizado, parecendo ser geralmente
um basalto microvesicular, que os garimpeiros chamam de tijolão.
A ametista é, em geral, de cor mais clara que a do Rio Grande do Sul e nem sempre é passível de transformação em citrino. Tanto ela quanto o cristal-de-rocha podem ser muito límpidos.

Ágata
É a segunda gema mais abundante em Santa Catarina, tendo sido encontrada em 58% dos jazimentos cadastrados. É produzida apenas em três locais, os garimpos de ametista de Entre Rios e Quilombo e em Itapiranga, entre os rios PeperiGuaçu e Macaco Branco. Entretanto, ocorre também na mina subterrânea de ametista de Entre Rios.

Coríndon (rubi e safira)
Rubi e safira ocorrem em rochas de todo o Complexo Granulítico de Santa Catarina, mas concentrações economicamente aproveitáveis são conhecidas nos municípios de Barra Velha e São João do Itaperuí, na margem direita do rio Itapocu.

Quartzo róseo
Há jazimentos relativamente importantes dessa gema em Nova Trento.
No morro da Cruz, junto à cidade, houve extração de quartzo leitoso e róseo nas décadas de 60 e 70, talvez também depois disso. O primeiro era usado em cerâmica, depois de moído.

Fluorita
 A fluorita não costuma ser utilizada como gema por ter baixa dureza, o que dificulta a obtenção de um bom brilho, e pela excelente clivagem cúbica, que dificulta a lapidação.
Entretanto a fluorita de Santa Catarina merece destaque por fornecer também belas peças para coleção, incluindo drusas de
grande tamanho e outras menores, em que aparecem pequenos cristais de pirita.

Cristal-de-rocha
Aparece em toda a área de rochas vulcânicas da Formação Serra Geral, sendo a gema mais abundante em Santa Catarina. Sua presença foi registrada em 72% dos jazimentos de gemas cadastrados. Entretanto, não é aproveitado nem mesmo como peça para coleção, por falta de demanda.

Xilólito
(madeira fossilizada, madeira petrificada)
 Foram cadastrados dois jazimentos de madeira silicificada nos municípios de Lages e Itaiópolis, mas, ela existe também em Taió e Bocaina do Sul. O material procedente de Lages é aparentemente o melhor para lapidação. A madeira silicificada pode ser trabalhada para obtenção de jóias e principalmente objetos decorativos, como cinzeiros, mostradores de relógio, pesos de papel, etc.

Jaspe
Foram cadastrados três jazimentos, em São Carlos, Modelo e Quilombo, todos na região oeste. O de Quilombo é o mais importante, mostrando massas de jaspe verde com até 90 cm de diâmetro pelo menos. Em São Carlos, o jaspe é menos abundante, mas aparece também com cor vermelha, mais valiosa. O jazimento de Modelo só contém jaspe verde e em
quantidade menor que a dos anteriores.

Obsidiana
Cadastrou-se interessante ocorrência em Campos Novos, e encontrou-se um indício em Xaxim, no principal trevo de acesso à cidade. Teste de lapidação encomendado pela equipe do Projeto mostrou que o material tem resistência física suficiente para ser lapidado, mas não adquire bom brilho por ser muito poroso.

Berilo
Foi encontrado, na década de 1970, em um pegmatito, no Parque Estadual da Serra do Tabuleiro. O jazimento fica no município de São Bonifácio, no topo da serra do Tabuleiro, em local de difícil
acesso. Dali foram extraídos minério berilífero, tanto quanto se sabe, sem qualidade gemológica.

Ônix
A calcedônia de cor preta foi encontrada em Anita Garibaldi. Os
geodos são pequenos a médios e em um dos locais mostram-se bem escuros, com aspecto fuliginoso.

Turmalina
Em veios pegmatóides de Itapema, ao norte, na ponta da Ilhota, vêem-se cristais de schorlita (turmalina preta) em quartzo. Os cristais medem até 7 cm pelo menos, mas não têm importância econômica, apenas para coleção.

Quartzo enfumaçado
Esta variedade de quartzo é muito rara na Formação Serra Geral, havendo sido encontrada em um único geodo na serra do Rio do Rastro e ao sul de São Bonifácio, onde uma equipe de mapeamento da CPRM encontrou cristais de quartzo enfumaçado e de ametista espalhados no leito de uma estrada, em solo arenoso. A inexistência de afloramentos próximos impediu que se definisse a origem das gemas, que provêm provavelmente de veios em rochas graníticas. 

Minerais para Coleção:
Zeólitas, Calcita, Opala comum, Anidrita,
 Volframita e Apofilita.

 Outros minerais:
 Malaquita e crisocola também aparecem em diversos locais, mas sem
valor como peça de coleção.
 O quartzo não gemológico exibe alguns hábitos variados, podendo se mostrar, por exemplo, maciço, branco sacaróide; em pequenos geodos elipsoidais muito
alongados; irregular e com cavidades alongadas, em massas semelhantes a couve-flor na forma e leitoso, aparentemente com estrutura radial, revestido por cristal-de-rocha.
 Na região carbonífera do sul do Estado, as camadas de carvão contêm
bastante pirita e marcassita em cristais. Seu aproveitamento como peça
de coleção é prejudicado pela íntima associação com a matéria carbonosa e pelo
pequeno tamanho dos cristais. A oxidação desses minerais ocorre com relativa rapidez (alguns meses quando guardados em caixas), formando, às vezes, delicados agregados de halotriquita, semelhantes a chumaços de algodão. 

Para uma leitura completa sobre as pedras preciosas e os Mapas Gemológicos do estado,
clica no link a seguir:

Ouro
Ocorrência de ouro no estado de Santa Catarina só esta catalogado em Blumenau.
pepita de ouro de aluvião, Rio Itajaí, Blumenau
Pepita de ouro, Rio Itajaí, Blumenau. Da coleção de Joachim Esche via mindat.org
Pepita de ouro de aluvião da foto acima foi encontrado no Rio Itajaí em Blumenau,
sendo assim, requer estudo e garimpagem a montante.

Ocorrências mencionadas para Oficina70 de ouro em SC:
Serra Catarinense, onde o Ouro, depois de analisado, foi associado a minerais de elementos do grupo da platina;
e a nordeste do estado, entre Garuva e Itapoá, onde é relatado ouro em pepita e ouro fino.

Antes de sair para pesquisar ou iniciar uma prospecção, aconselhamos uma breve observação aérea em imagens via satélite do local:

Fontes e fotos deste artigo acesse os links:

Diferenças entre os quilates do ouro e o das pedras preciosas

Entenda as diferenças entre quilates "k" do ouro e "ct" das pedras preciosas
Natural Gold Nuggets & Jewellery
Pingente de ouro feito com pepita de ouro bruto

Pedras preciosas
Quilate = carat = ct
Nesse caso, o quilate é uma medida de peso.

Ouro
Quilate = karat = K
Nesse caso, o quilate é uma medida relativa à pureza do ouro.

No que se refere ao peso
Os quilates são unidades padrão de peso de pedras preciosas, como o diamante, um quilate representa uma massa igual a duzentos miligramas. A unidade de massa foi adotada em 1907 na Quarta Conferência Geral de Pesos e Medidas. O quilate pode ser subdividido ainda em 100 pontos de 2 mg cada.
Anel com diamantes e com pepitas de ouro natural
 Anel com diamantes e pepitas de ouro natural

Esse tipo de medida era utilizado muito antigamente, pois não havia balança, nem qualquer outro instrumento de precisão. Então a pesagem era feita por comparação. Assim, criaram as quantidades de quilates. Uma forma de padronizar o tamanho de uma pedra específica.
Em inglês, o quilate, como unidade de peso, é chamado de carat.
O seu símbolo é o ‘ct’ e é usado para pesar pedras preciosas lapidadas ou não, diamantes e pérolas.
Então um quilate equivale a 200 miligramas ou 0,2 gramas (1ct = 0,2g). Além disso, é importante saber que, no mercado de diamantes, principalmente, o termo “ponto” é muito utilizado. 1 quilate equivale a 100 pontos (1ct = 100 pontos ou 1 ponto = 0,01 ct).

No que se refere a pureza
Aplicado ao ouro, entretanto, o quilate é uma medida de pureza do metal, e não de massa. É a razão entre a massa de ouro puro presente e a massa total da peça, multiplicada por 24, sendo cada unidade de quilate equivalente a 4,1666 % em pontos percentuais de ouro do total.
O termo em inglês para o quilate como medida de pureza é o karat.
O símbolo que representa a medida no ouro é o ‘k’ ou o ‘kt’.
A pureza do ouro é expressa pelo número de partes de ouro que compõem a barra, pepita ou joia. O ouro de um objeto com 16 partes de ouro e 8 de outro metal é de 16 quilates. O ouro puro tem 24k.

Exemplos: Ouro e Quilates (k).
Ouro 24 quilates = ouro puro - como é praticamente impossível o ouro ter uma pureza completa, o teor máximo é de 99,99% e assim chamado de ouro 9999.
pingente de caminhão com pepita de ouro natural
Pingente de ouro de caminhão com pepita de ouro natural
O ouro puro é impróprio para fabricação de joias por ser muito maleável, sendo assim a peça irá deformar. No entanto, pode haver jóias onde pepitas de ouro natural podem estar cravada em peças de ouro com liga.

Ouro 22 quilates = 22/24 = 91,6% de ouro, também chamado de ouro 916.
Ouro 20 quilates = 20/24 = 83,3% de ouro, também chamado de ouro 833.
Ouro 19,2 quilates = 19,2/24 = 80,0% de ouro, também chamado de ouro 800
Ouro 18 quilates = 18/24 = 75% de ouro, também chamado de ouro 750.
Ouro 16 quilates = 16/24 = 66,6% de ouro, também chamado de ouro 666.
Ouro 14 quilates = 14/24 = 58,3% de ouro, também chamado de ouro 583.
Ouro 12 quilates = 12/24 = 50% de ouro, também chamado de ouro 500.
Ouro 10 quilates = 10/24 = 41,6% de ouro, também chamado de ouro 416.
Ouro 1 quilate = 1/24 = 4,1666% de ouro, também chamado de ouro 41.

Desta forma, o ouro 18 quilates tem 75% de ouro, e o restante são ligas metálicas adicionadas fundindo-se o ouro com esses metais num processo conhecido como quintagem, para garantir maior durabilidade e brilho à joia.

Ligas do ouro
Os elementos dessas ligas geralmente adicionados ao ouro podem variar muito em função da cor, ou ponto de fusão desejados e em algumas joalherias, essa fórmula é mantida como segredo industrial. Os metais mais comuns utilizados nessas ligas são o cobre, a prata, o zinco, o níquel, o cádmio, resultando em um ouro com coloração amarela. Existe também o ouro branco, que é feito com ligas utilizando o paládio que tem efeito descoloridor, nesse caso o ouro branco no processo final de acabamento a joia é submetida a um banho de ródio.

Saiba mais sobre as ligas e as diversas cores que se podem dar ao ouro através de ligas clicando no link a seguir: 

Sobre o ouro 10k:

Comprar jóia de ouro com pepita de ouro natural:
Fonte:

Série Minerais do Brasil - Piauí

Principais ocorrências minerais do estado do Piauí
(Série Minerais do Brasil - Piauí)
Série minerais do Brasil - Rio Grande do Norte
No estado do Piauí estão catalogado cerca de 37 minerais e/ou pedras preciosas.

Embora sejam poucos os minerais e pedras preciosas catalogadas no estado do Piauí, alguns são de ótima qualidade gemológica onde algumas só são encontrados aqui.

Ouro
O ouro é encontrado somente no sul do estado, próximo a Cidades de Riacho Frio e Pamagua.

Opala
Opala preciosa, Piauí - mindat.org por Martin Slama
Opala preciosa, Piauí - mindat.org por Martin Slama
Opalas são as pedras preciosas símbolo do estado, cuja produção se encontra sobretudo no município de Pedro II onde se encontram, até agora, as únicas minas de opalas do Brasil.

Pedras preciosas e minerais no Piauí:
ApatitaBarita, Bário,Berilo,
Caulim, Chumbo, Cobre, CrisoberiloCromo,
DiabásioDiamanteDolomito, Epsomota, Fosfato, Ferro,
Galena, Grafita, Gipsita, Goethita, Halotriquita, Manganês, Magnetita, Níquel,
Opala nas variedades Opala Preciosa e Opala NegraOuroPirita, Quartzo e variedades AmetistaCalcedônia, Cirstal de rocha, 
Salitre, Talco, Titânio, Urânio, Vermiculita.

Crisoberilo, Piauí - mindat.org by Martin Slama
Crisoberilo, Piauí - mindat.org por Martin Slama
O crisoberilo é a terceira pedra preciosa mais dura ficando entre o corindon e o topázio na escala de dureza de minerais.
Existem três variedades de crisoberilo: crisoberilo comum, cimófano (olho de gato ou olho de tigre) e a alexandrita.
Alexandrita é uma pedra preciosa muito apreciada e de grande valor.
Muda sua cor de acordo com a luz: à luz natural é geralmente verde-oliva, mas à luz incandescente, de lâmpadas de filamento e fogo, assume cor vermelha. Sua mudança de cor e relativa escassez é devido a uma combinação extremamente rara de minerais, incluindo titânio, ferro e cromo. O crisoberilo algumas vezes pode conter minúsculas inclusões em forma de agulhas, paralelas, que refletem uma luz prateada e ondulante (efeito de acatassolamento), quando lapidada em cabochão.
É uma das pedras preciosas mais caras do mundo.

Mapa dos Recursos Minerais do Estado do Piauí
 clica aqui na imagem para abrir o mapa de recursos minerais do estado do Piauí
(clica no link acima ou na foto para abrir o mapa em alta resolução, dependendo do seu computador isto poderá demorar um pouco mais, após, imprima o mapa dividido em várias folhas de papel A4, una-as com fita transparente e desfrute da dica)

Fósseis:
Além das pedras preciosas e minerais aqui mencionados, o Piauí é famoso pela quantidade de locais com fósseis.
Existem 26 localidades fósseis catalogados no banco de dados PaleoBioDB nessa região.

Imagens das pedras preciosas por: Martin Slama via Mindat.

Fontes:

Pedras preciosas orgânicas

Gemas orgânicas
gemas orgânicas, fotos de geology.com
Gemas orgânicas, foto de geology.com
O que são gemas orgânicas?
As pedras orgânicas são pedras preciosas produzidas por um organismo vivo. Ao contrário de outras pedras preciosas feitas de minerais, as pedras orgânicas são renováveis e, em alguns casos, podem ser cultivadas (como Pérolas).
Embora a maioria das pedras preciosas sejam materiais minerais, vários materiais orgânicos também são considerados pedras preciosas. Os mais comuns são pérola, osso, âmbar, coral, jet e marfim. São materiais produzidos por organismos que são cortados ou facetados como as pedras preciosas, sendo usados como jóias ou em outros objetos ornamentais.
Normalmente, existem quatro classes de pedras orgânicas que são procuradas por seu apelo natural e raridade. Embora não sejam tão resistentes quanto as pedras preciosas feitas de minerais.

Também existem materiais orgânicos que foram mineralizados (substituídos e preenchidos por calcedônia, opala, calcita, aragonita, pirita ou outro material mineral). Embora o material em si não seja orgânico, ele preserva uma estrutura orgânica. Exemplos incluem madeira petrificada, coral fóssil, osso de dinossauro e outros organismos fossilizados ou partes de organismos que são considerados mineralóides.

As quatro classes de pedras orgânicas são:

Âmbar
pedras preciosas orgânicas, âmbar
O âmbar é uma resina fossilizada que foi secretada por plantas antigas. Geralmente tem uma cor marrom amarelada a laranja, mas pode ser branca, esverdeada, azulada ou até preta. É facilmente cortado e polido em gemas brilhantes e leves.
Em Portugal pode ser encontrado em alguns locais em Cascais.
O ambâr mais raro é o Domenicano.
Embora todo o âmbar dominicano seja fluorescente, o âmbar dominicano mais raro é o âmbar azul. Fica azul na luz solar natural e em qualquer outra fonte de luz parcial ou totalmente ultravioleta. Na luz UV de ondas longas, possui um reflexo muito forte, quase branco. Apenas cerca de 100 kg (220 lb) são encontrados por ano, o que o torna valioso e caro.

Coral
coral precioso
A pedra preciosa marinha que é feita de carbonato de cálcio encontrada abaixo dos vastos oceanos. Os corais são animais marinhos muito pequenos que vivem em enormes colônias e extraem carbonato de cálcio do mar. Os corais usam o carbonato de cálcio para construir sua casa, ao redor e acima de si. Quando uma geração de coral morre, morre em sua casa, e depois uma nova geração constrói sobre a antiga e assim por diante. Este processo produz os enormes recifes de coral que você vê um pouco por todo o planeta. Os corais de pedras preciosas parecem semitransparentes a opacos e as cores podem ser encontradas em branco, rosa, laranja, vermelho, violeta e às vezes ouro e preto (substâncias orgânicas excitadas que não são carbonato de cálcio).
pedras preciosas orgânicas, coral vermelho
Raramente é vermelho vivo, a cor mais desejada. As espécimes de coral rosa são de Taiwan. Gemas de coral são usadas para fazer contas, esculturas, camafeus e estatuetas.

Azeviche (Jet)
jet organic gemstone
Azeviche, foto de Rui Nunes via mindat.org
Azeviche é um tipo de carvão, um composto misto de carbono e hidrocarboneto. É formado a partir de madeira em decomposição, sofrendo extrema pressão. Era popular na Inglaterra vitoriana e usada em jóias de luto. Uma das mais famosas localidades produtoras de jets fica perto da comunidade de Whitby, na costa leste da Inglaterra. O azeviche, como forma de carvão, tem uma gravidade específica muito baixa. A gema do jet é geralmente encontrada em duas formas, rígida e macia. O carvão preto verdadeiro brilha muito bem depois de polido e é usado para fazer miçangas, pulseiras e também uma variedade de outros estilos decorativos. Ele também é conhecido como "âmbar negro".
Além da Inglaterra, também existe azeviche em Peniche, Leiria, Cascais, Coimbra e Santarém (Portugal); nas Astúrias (Norte de Espanha) e em alguns outros países do mundo.

Pérolas
pérola de ostra algarvia
A mais famosa "pedra preciosa orgânica" é a pérola e que tem sido usada como jóias há milhares de anos. As pérolas são feitas por animais moluscos (criaturas orgânicas fechadas dentro de uma concha) geralmente amêijoas, mexilhões e ostras. O tecido mole do animal molusco cria um muco chamado nácar que endurece, criando assim uma pérola. Os moluscos portadores de pérolas podem ser encontrados tanto nas águas salgadas quanto nas doces. O molusco de água salgada cria pedras orgânicas de valor muito maior. O molusco de água doce (amêijoas e mexilhões) produz pérolas para jóias e decorações menos desejáveis. A pérola perfeita é redonda, mas pode ter qualquer forma abstrata (geralmente nunca de forma áspera ou com bordas afiadas). A cor de uma pérola varia de branco, creme, rosa claro, rosa creme, preto, cinza, bronze, azul, azul escuro, verde, verde escuro, roxo, amarelo e violeta.

Outras pedras orgânicas:

Ágata de Turritella
"Ágata de turritella" é o nome dado a um material de gema acastanhada que contém conchas de caracóis fósseis espetaculares enterradas em uma ágata semitransparente. Embora milhões de pessoas tenham chamado esse material de "Turritella" por várias décadas, o nome está realmente incorreto*. Foi erroneamente nomeado após um gênero de caracóis fósseis que são muito semelhantes às conchas na ágata. O nome próprio dos caracóis é "Elimia tenera", um membro da família Pleuroceridae. Talvez um nome mais preciso (embora menos elegante) para o material seria "Elimia Agate".

Cerca de 50 milhões de anos atrás, as conchas em forma de espiral se acumularam nos sedimentos de um mar interior raso. Algumas lentes de sedimentos contendo caracóis, foram agatizadas pela deposição de sílica refinada (calcedônia - também conhecida como ágata) nas cavidades das conchas e nos vazios entre elas. Se o sedimento foi completamente agatizado, ele tem potencial lapidário (corte de gemas).

Ammolito
Ammolite é um nome comercial usado para material de casca de amonita iridescente. Produz um flash de cor brilhante que rivaliza com a opala fina e a labradorita. 
É feito de conchas fossilizadas de amonites, que por sua vez são compostas principalmente por aragonita, o mesmo mineral contido no nácar, com uma microestrutura herdada da concha. É uma das poucas pedras biogênicas, as outras são o âmbar e pérola.
Toda a produção mundial vem de uma pequena área em Alberta, Canadá.
Em 1981, o ammolito recebeu o status oficial de pedra preciosa pela Confederação Mundial de Jóias (CIBJO), no mesmo ano em que a mineração comercial de ammolita começou. Foi designada a pedra preciosa oficial da cidade de Lethbridge, Alberta em 2007.

Amonite
As amonites são um grupo extinto de animais invertebrados marinhos que produziram uma concha em câmaras. Suas conchas fossilizadas são frequentemente cortadas e usadas como pedra ornamental ou de joalheria.

  Crinóides
Crinóides são organismos que já viveram no fundo do oceano. Pareciam uma planta com haste, mas na verdade eram um animal invertebrado. Seus fósseis podem ser encontrados em calcário e dolomita, que geralmente podem ser cortados e polidos em gemas interessantes.

  Coral fossilizado e briozoários
Coral e briozoários fossilizados: Coral e briozoários são organismos que vivem em águas marinhas mornas e rasas. Eles são freqüentemente fossilizados por enchimento e substituição com quartzo ou calcita. Estes materiais podem ser polidos em gemas atraentes.

Marfim
O marfim é um material de cor branca a creme, proveniente das presas dos elefantes ou dentes de outros mamíferos grandes, como hipopótamo, morsa e javali, ou as presas fossilizadas de mamutes. É amplamente esculpida e inscrita para uso como objetos ornamentais e menos frequentemente como gemas.
Atualmente, a maioria dos países do mundo proíbe ou regula fortemente a venda e importação de marfim de elefante.

Mary Ellen Jasper
Mary Ellen Jasper é uma rocha encontrada em Minnesota que consiste em jaspe vermelho e hematita de prata. O jaspe é um estromatólito fóssil, uma estrutura em camadas construída por algas que capturam sedimentos. As algas que produziram as estruturas estromatólitas em Mary Ellen viveram na terra cerca de dois bilhões de anos atrás, muito antes das plantas terrestres.

Madrepérola (Nácar)
Madrepérola, também conhecida como "MOP", é a fina camada interna nacarada de uma concha de molusco. Pode ter uma cor base de branco, creme ou cinza, com um belo jogo de cores iridescente. Madrepérola tem sido usada para produzir jóias e botões. Foi utilizado para trabalhos de embutimento sofisticados em instrumentos musicais e móveis. Foi muito mais utilizado antes da fabricação dos plásticos se tornarem comuns.

Madeira Opalizada
 Em vez de ser composta de calcedônia, como a maioria das madeiras petrificadas, é composta de opala comum. É definitivamente madeira opalizada (gravidade específica = 2,106, índice de refração do ponto = 1,48).

Madeira petrificada
A madeira petrificada é um fóssil que se forma quando o material lenhoso é enterrado e os materiais dissolvidos nas águas subterrâneas precipitam para substituir e encher a estrutura da madeira com sílica, opala ou outro material mineral.

Madeira de amendoim
A "madeira de amendoim" é uma madeira flutuante fossilizada que foi intensivamente perfurada por um molusco chato. Todos esses traços mostram poços cheios de sedimentos radiolários brancos em material amadeirado petrificado marrom a preto.
Grande parte da madeira de amendoim vendida hoje, começou sua vida como uma árvore de coníferas em terra na área hoje conhecida como Austrália Ocidental. Quando essas árvores morreram, os rios as levaram a um mar epicontinental raso e salgado que cobria grande parte do que hoje é o continente australiano.

Osso de dinossauro
Osso do dinossauro é freqüentemente petrificado (fossilizado por ser preenchido e substituído por quartzo e outros minerais). O quartzo pode ser muito colorido e devido a isto alguns dos ossos ganham também uma larga variedade de cores. Quando a petrificação é completa, o material geralmente pode ser cortado e polido em gemas atraentes.

Palma petrificada
A palma petrificada, também conhecida como "madeira de palma petrificada", é um material comumente encontrado nos sedimentos da idade do oligoceno. Na verdade, a palma não é uma madeira**, ao contrário, é o parênquima fossilizado, o material fibroso que compõe uma palmeira.

Dólar de areia
Os dólares de areia encontrados na praia hoje são de um grupo antigo de animais que viveu nos oceanos há milhões de anos. Seus corpos são frequentemente agatizados pela natureza e depois encontrados por pessoas que os polem em pedras preciosas. O nome "dólar de areia" (clypeasteroida) se refere somente quando ele esta petrificado/agatizado. Isto é conhecido no Brasil como "bolacha-da-praia".

Imagens das gemas orgânica descritas acima estão no site da Geology.com
que se encontram clicando no link a seguir:
https://geology.com/gemstones/organic-gemstones/

NOTAS:
Para saber mais sobre o erro de nomenclatura Turritella - Elimia, visite a Instituição de Pesquisa Paleontológica - ali você vai encontrar pessoas que sabem do que estão falando quando se trata de fósseis.

**As palmeiras são plantas perenes, arborescentes, NÃO são consideradas árvores, como muitas pessoas pensam, isto porque porque todas as árvores possuem o crescimento do diâmetro do seu caule para a formação do tronco (crescimento secundário), que produz a madeira e tal não acontece com as palmeiras.

Fontes: