Densidade e Gravidade Específica de Meteoritos

Densidade de meteoritos
Densidade é o termo que define o peso de um objeto para seu tamanho. A densidade é geralmente expressa em unidades como gramas por centímetro cúbico (g/cc ou g/cm3), quilogramas por metro cúbico, libras por polegada cúbica, etc.
Densidade e Gravidade Específica de Meteoritos
Neste artigo todas as densidades estão medidas em gramas por centímetro cúbico (g/cm3).

As rochas variam consideravelmente em densidade, então a densidade de uma rocha é frequentemente uma boa ferramenta de identificação e útil para distinguir rochas terrestres (Terra) de meteoritos. Os meteoritos de ferro são muito densos, 7-8 g/cm3. A maioria dos meteoritos são condritos comuns, e os condritos comuns têm a metade dessa densidade. A maioria dos condritos comuns está na faixa de 3,0 a 3,7 g/cm3, que é mais denso do que a maioria das rochas terrestres.
Por exemplo, calcário (2,6 g/cm3 ou menos), quartzito (2,7 g/cm3) e granito (2,7-2,8 g/cm3) são todas rochas comuns de baixa densidade.
Alguns meteoritos têm baixas densidades (<3,0 g/cm3), mas esses meteoritos são raros entre os meteoritos. A densidade do basalto, um dos tipos mais comuns de rochas vulcânicas terrestres e geralmente confundidos como meteoritos, pode chegar a 3,0 g/cm3.
Acondrito, consiste em material semelhante a basaltos terrestres ou rochas plutônicas e foi diferenciado e reprocessado em um grau maior ou menor devido ao derretimento e recristalização sobre ou dentro dos corpos-mãe do meteorito. Como resultado, os acondritos têm texturas e mineralogias distintas indicativas de processos ígneos.

Tabela comparativa entre densidade de Meteoritos e de Rochas terrestres
Tabela comparativa entre densidade de Meteoritos e de Rochas
Gráfico adaptado do livro:
Field Guide to Meteors and Meteorites
Autores: Norton, O. Richard, Chitwood, Lawrence (2008)

Os únicos tipos de rochas terrestres mais densas que os meteoritos são os minérios - óxidos e sulfetos de metais como ferro, zinco e chumbo. Por exemplo, rochas compostas de hematita ou magnetita (óxidos de ferro) são frequentemente confundidas com meteoritos (ver concreções, "em breve"). Essas rochas têm altas densidades, 4,5-5 g/cm3, que são maiores do que qualquer tipo de meteorito rochoso.

Meteoritos rochosos
São cerca de 95% dos meteoritos recuperados na Terra.
Eles pertencem a dois grupos diferentes: condritos, que contêm esférulas de tamanho milimétricos, chamadas côndrulos, e acondritos, que não contêm essas esférulas.

Densidades de meteoritos por classificação
A densidade de um meteorito pode nos dizer muito sobre um determinado espécime. Como muitos tipos de meteoritos contêm um alto nível de metal, por exemplo, ferro e níquel, eles geralmente são significativamente mais pesados ​​do que as rochas terrestres comuns.
Abaixo está uma lista de densidades de meteoritos para uma série de várias classificações. Em alguns casos em que não foi possível determinar a porosidade de um meteorito, a densidade média de grãos dos minerais dos meteoritos é usada em vez da densidade total geral.
NOTA para as densidades de grãos que são um pouco maiores do que as densidades aparentes, pois não levam em consideração a porosidade das amostras.

Condritos comuns (Ordinário)
LL: 3.21 (± 0,22) - (Méd) 3.21, (Mín) 2.38, (Máx) 3.49.
L: 3.35 (± 0,16) - (Méd) 3.35, (Mín) 2.50 , (Máx) 3.96.
H: 3.40 (± 0,18) - (Méd) 3.40, (Mín) 2.80, (Máx) 3.80.
Entende-se na tabela, as médias de densidade devido a porosidade:
Média (Méd), Mínimo-alta porosidade (Mín) e Máximo (Máx)

Condritos Enstatitas
E: ?
EL: 3.55 (± 0.1)
EH: 3.72 (± 0.02)

Condritos Carbonáceos
CI: 2.11
CM: 2.12 (± 0.26)
CR: 3.1
CO: 2.95 (± 0.11)
CV: 2.95 (± 0.26)
CH: 3.44
CK: 3.47 (± 0.02) *
(* indica uma medição de densidade de grão).

Acondritos
Acondrito é o nome atribuído a qualquer meteorito lítico sem côndrulos.
Aubrites: 3.12 (± 0.15)
Diogenitos: 3.26 (± 0.17)
Eucrites: 2.86 (± 0.07)
Howardites: 3.02 (± 0.19)
Ureilites: 3.05 (± 0.22)
Shergotitos: 3.10 (± 0.04)
Chassignitos: 3.32 *
Nakhlites: 3.15 (± 0.07)
(* indica uma medição de densidade de grão).

Pedregoso/Ferro
Mesosideritas: 4.25 (± 0.02)
Palasitas: 4.76 (± 0.10)

Lunar
2.7 a 3.8**
(**Estimativa. Os meteoritos feldspáticos terão densidade mais baixa, enquanto os meteoritos basálticos terão maior densidade).

Ferro
Os meteoritos de ferro são compostos principalmente por uma mistura de Ferro/Níquel que frequentemente terá uma densidade de aproximadamente 7g/cm3 a 8g/cm3.
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Gravidade Específica
local da queda do meteorito de Pernambuco
Para medir a densidade, é necessário medir o volume de uma rocha. Isso é difícil de fazer com precisão. Tão útil quanto a densidade, entretanto, é a gravidade específica sendo esta mais fácil de se executar.
meteorito de Pernambuco
A gravidade específica é a relação entre a massa (peso) de uma rocha e a massa do mesmo volume de água. A água tem densidade de 1,0 g/cm3, então o valor numérico da gravidade específica para uma rocha é o mesmo que para a densidade. Como a gravidade específica é uma proporção, ela não tem unidade.
meteorito de Pernambuco
A gravidade específica é mais fácil de medir do que a densidade. Para medir a gravidade específica, você precisa de uma balança ou escala com um gancho na parte inferior. A técnica é descrita na maioria dos livros de física do ensino médio e a maioria das escolas de ensino médio (ciências gerais e laboratórios de física) teria um equilíbrio de feixe único ou triplo que poderia ser usado para medir a gravidade específica. Pode ser difícil obter uma medida precisa para uma pequena rocha, por exemplo, <10 gramas.

Saiba como tirar a gravidade de sua pedra com a ajuda do site:
Meteoritos Brasileiros
abrindo o link a seguir:

Conclusão
Se você tiver uma rocha que não seja metálica e tenha uma gravidade específica maior que 4,0, não é um meteorito.

Se você tiver uma rocha com gravidade específica na faixa de 3,0 a 4,0, pode ser um meteorito. Essa é a boa notícia. A má notícia é que se você coletar 1000 rochas com gravidades específicas nessa faixa, provavelmente serão todas rochas da Terra, porque alguns tipos de rochas terrestres estão na faixa de 3 a 4.

Se você tem uma rocha com gravidade específica inferior a 3,0, é quase certo que não seja um meteorito. A maioria das rochas terrestres tem gravidades específicas de menos de 3,0.

Quais meteoritos são mais comuns na Terra?
Em % de todos os meteoritos com base de dados de abundância relativa até 2000.
Rochoso 95,6%
Condritos 67,5%
Comuns 63,4%
Ferrosos 3,84%
Acondritos 2,71%
Carbonáceo 2,49%
Ferro rochosos 0,1%
Enstatite 0,89%

Fontes:

Mais informações sobre Meteoritos, classificações e testes caseiros em:

Maiores pepitas de ouro do Brasil

Lista das maiores pepitas de ouro encontradas no Brasil
(1 menção)

Pepita é o nome dado a um metal nativo, em especial ao ouro, quando ocorre como grãos ou palhetas.
Pepitas de ouro são raras e, consequentemente, mesmo uma pequena pepita vale uma vez e meia a duas vezes o preço de cotação do ouro.

Três das maiores pepitas de ouro do mundo foram encontradas no Brasil, no garimpo de Serra Pelada (Pará) em meados dos anos 80 durante a corrida do ouro e estão expostas, em estado natural, no Museu de Valores do Banco Central do Brasil, em Brasília juntamente com as suas contrapartes:
As imagens das pepitas de ouro Canaã, são Cortesia de Banco Central do Brasil

Pepita Canaã
canaã gold nugget
Canaã, a maior pepita de ouro nativo sobrevivente do planeta.
A maior pepita do Brasil com um peso bruto de 60,820 gramas, (desse total, são 52,3 kg de ouro contido) foi descoberta em 13/09/1983 por Júlio de Deus Filho.
Composição química:
90,01% de ouro (Au)
8,65% de paládio (Pd)
1,34% de Ag, Fe, Cu, S, Si, Mn e Te

Canaã 2
Com um peso bruto de 42,7 kg, esta pepita foi descoberta em junho de 1983 por Albino Lienkim no garimpo de Serra Pelada.
Canaã 2 (40,5kg)
Canaã 2

Canaã 3
A terceira, com peso bruto de 39,5 kg, foi descoberta em 4/09/1983, por José R. de Oliveira.
cannaã 3 gold nugget
Canaã 3 é notável por seu distinto tom vermelho ferroso.

Canaã 4
Foi encontrada em Serra Pelada, em 14/06/1983 por Amadeu A. Rodrigues e pesava 36,2 kg.
gold nugget canaã, brazil

Canaã 5
Descoberta também em Serra Pelada em 03/03/1983 e pesava 35,5 kg.
canaã large gold nuggts


6ª.
Mais uma vez Serra Pelada nos daria outra grande no mesmo dia da da 5ª posição e pesava 26,5 kg.

7ª.
Batizada de Democracia, esta pepita pesava 19,5 kg e também saiu do garimpo de Serra Pelada.

8ª.
Batizada de Zé Arara, esta é a única pepita de ouro entre as maiores que NÃO saiu do garimpo de Serra Pelada, foi encontrada em Itaituba - PA e foi encontrada por José Cândido Araújo.


NOTAS:
A pepita Canaã é a maior pepita de ouro nativo em exposição no mundo, ela não foi fundida, enquanto outras similares pelo mundo foram. A pepita Canaã é apenas parte de uma pepita bem maior, de 150 kg, que se quebrou quando garimpeiros retiravam-na do solo.
Repare que da lista acima, apenas uma pepita não foi encontrada no Garimpo de Serra Pelada.
Calcula-se que foram extraídos cerca de 45 toneladas de ouro desde sua inauguração até o fechamento oficial em 1992.

Das 15 maiores Pepitas de Ouro já descoberta no mundo, 8 foram descobertas no Brasil.

Menção honrosa para a pepita:
TORRÃO DE ÁGUA QUENTE
Em plena corrido do ouro, nos sertões da província de Goiás, o tesouro mais querido do Rei de Portugal, Dom João VI, seria encontrado nas lavras de ouro da Colônia.
Uma PEPITA de ouro de 20 kg.
Assim que foi encontrada, foi levada aos cofres portugueses, do outro lado do Atlântico, para fazer parte do Tesouro da Coroa Portuguesa.
Ela foi batizada de “TORRÃO DE ÁGUA QUENTE”.
Só que, em 1807, durante a invasão de Portugal pelas tropas de Napoleão, o General Francês Margaron, foi responsável de encontrar e se apoderar de itens valiosos do tesouro da Coroa Portuguesa, incluindo, o “Torrão de Água Quente Goiano”.
Ao chegar à Lisboa, Margaron obrigou o Barão Eschwege, renomado geólogo, contratado pela Coroa Portuguesa para cuidar do Gabinete de Mineralogia do Império, a entregar a PEPITA.
Margaron e Eschewege foram surpreendidos pelo diretor da repartição, o professor Demenico Vandeli, de que a pedra não estava mais por lá, e sim, no Brasil, milhares de quilômetros longe dali. 
Dois anos depois, já no Brasil, o Barão Eschewege, encarregado de aprofundar os estudos sobre mineração, além de catalogar e guardar tesouros minerais, perguntou ao Rei Dom João VI, onde poderia estar a PEPITA. 
Dom João teria dito: “Nada sei disto.”
Aí começa o mistério, pois a pedra sumiu!
Não estava em Portugal...
Não estava com os franceses!
E não estava no Brasil...
Onde estaria? 
Em 1826, quando Dom João VI morreu, durante seu minucioso inventário, entre seus pertences pessoais, lá estava o “TORRÃO DE ÁGUA QUENTE”.
Ele mentiu ao seu assessor sobre seu próprio tesouro. 
Logo que encontrada, a pedra foi novamente trancafiada, e durante 55 anos, ficou longe dos olhos de quem quer que fosse.
Por volta de 1881, o Rei Dom Luís I, bisneto de Dom João, em uma inspeção do tesouro real, reencontrou o “TORRÃO” no Forte das Necessidades. 
Porém, mais uma vez, agora Dom Luís I, escondeu a pepita, que só seria mostrada menos que uma dezena de vezes em 115 anos.
Em 1991, ela foi exposta ao público, em Lisboa e Bruxelas, para nuca mais ver a luz. 
Porém, o presidente brasileiro, José Sarney, tenha sido o único brasileiro, em mais de 100 anos, a por os olhos no “TORRÃO DE ÁGUA QUENTE” extraído em terras goianas, no ano de 1986, na ocasião de sua visita à Portugal.
Qual o motivo de Dom João VI ter tanto apego à pedra, depois de sua morte, ser escondida, daí, seu bisneto, Dom Luís I, também, se apegar ao objeto e escondê-lo dos olhos até da corte. 
Mesmo hoje, o TORRÃO DE ÁGUA QUENTE é encoberto de mistério, muito ciúme e proteção por parte de Portugal.

Fonte do Torrão de Água Quente:
Boa Ventura! A Corrida do Ouro no Brasil – 1697 a 1810
Livro:
“Boa Ventura! A Corrida do Ouro no Brasil (1697-1810)” FIGUEIREDO, Lucas.

Maiores pepitas de ouro do Mundo

Será você a encontrar a próxima pepita de ouro?

Fontes: