Estudo sobre os Depósitos Auríferos

Estudo completo sobre os Depósitos Auríferos
Estudo completo sobre os Depósitos Auríferos
O ouro é conhecido desde a Antiguidade, sendo certamente um dos primeiros metais trabalhados pelo homem, conhecido na antiguidade desde, aproximadamente, 2600 a. C. descrito como metal, que é referido em várias passagens no antigo testamento. É considerado como um dos metais mais preciosos, tendo o seu valor sido empregue como padrão para muitas moedas ao longo da história. Apresenta diversas aplicações devido suas características de condutividade e resistência a oxidação.
Ouro é produzido no mundo como subproduto de diversos tipos de depósitos, como sulfetos maciços vulcanogênicos, depósitos de níquel-cobre, depósitos pórfiro, depósitos de Fe, entre outros. A principal fonte desse metal é de depósitos tido como gold-only, que incluem os placers e os lode-gold. Incluem os depósitos: epitermais, orogenéticos de veios sulfetados quartzo-carbonático, stratabound em formações ferríferas bandadas e disseminados e de substituição.

FORMAÇÃO DOS DEPÓSITOS
Conforme o conhecimento prévio, uma jazida é um depósito mineral economicamente aproveitável e como tal, todas as suas características geológicas como forma, dimensões, disposição e orientação, comportamento e relações com as rochas encaixantes devem ser bem conhecidas antes mesmo daquelas relativas ao seu valor econômico.

O conhecimento dessas características geológicas está baseado no estudo detalhado de afloramentos, capeamento, forma, zona de enriquecimento, rochas encaixantes, rocha hospedeira, capa e lapa, contatos, ramificações, potência, direção e mergulho, extensão e profundidade, declividade da jazida, que são elementos imprescindíveis na escolha e definição do tipo e métodos de lavra a serem empregados.

Para o levantamento e determinação dessas características devem ser realizados trabalhos de gabinete, em duas etapas, uma antes e outra após a etapa dos trabalhos de campo.

DEPÓSITO EPITERMAL
filão hidrotermal de ouro
Muitos dos depósitos de ouro do mundo relacionados a condições quase subaéreas comumente envolvem rochas vulcânicas de composição intermediária a félsica. São geralmente associados a processos vulcânicos e a colocação, resfriamento e consolidação dessas rochas vulcânicas.
Depósitos minerais epitermais são o produto de grandes sistemas hidrotermais convectivos, movimentados por calor magmático nos primeiros quilômetros da crosta, relacionados com rochas vulcânicas. Esses sistemas, enquanto ativos, descarregam na superfície fluidos quentes como hot springs ou fumarolas.
São definidos como depósitos epigenéticos, formados em níveis rasos dentro da crosta. 
Os de veios e substituição (300-400oC) são formados em ± 1,5 km
Os depósitos formados a 100-200 m são chamados tipo hot-spring (~ 100oC).
A mineralização ocorre em veios silicáticos discretos, em fissuras irregulares em várias direções, stockworks, brechas, preenchimento vesicular e também em forma disseminada em encaixante mineralizada, ou ainda em corpos de substituição associados a zonas de silicificação. Em alguns casos, depósitos maciços são distribuídos nos níveis rasos, vulcânicos, dos arcos principais e dentro das porções mais superiores dos sistemas intrusivos subjacentes.
Alguns depósitos epitermais são diretamente relacionados a corpos intrusivos profundos, mas essa relação só é demonstrável se a erosão permitir. Texturas de preenchimento e substituição são comuns. Cavidades drúsicas (tipo geodo), estruturas em pente, encrustações, bandamento simétrico, texturas coloformes e do tipo ágata são típicas e circulação livre de soluções hidrotermais. As fissuras têm ligação direta com a superfície, permitindo que os fluidos mineralizantes percolem com facilidade.

TIPOS DE DEPÓSITOS HIDROTERMAIS
Minério de Ouro, quartzo hidrotermal
Há três tipos principais de depósitos epitermais , dois dos quais em sistemas de arcos principais, sendo as diferenças entre depósitos visualmente relacionadas à profundidade relativa das intrusões.
A divisão em tipos de baixo e alto enxofre é baseada na alteração hidrotermal e na composição mineralógica.
O tipo mais comum é caracterizado por um ambiente de deposição de baixo enxofre (low sulfidation type), associação de alteração com quartzo-adulária-carbonato-sericita. Têm alta razão Au e quantidade menor de metais básicos como Pb, Zn e Cu. Um outro tipo é a classe chamada de alto enxofre, sendo caracterizada por um ambiente de deposição de enxofre de estado de sulfidação alta (high sulfidation;). Produz quantidades menores de Cu (contêm mais As) e alguma Ag, contendo quartzo, alunita, pirita e sulfetos de Cu, como enargita.
As maiores concentrações mundiais de ouro nativo e ligas Au-Ag são depositadas em condições epitermais, tendo-se como exemplos os depósitos de Goldfields, Nevada; Cripple Creek, Colorado e Hauraki, Nova Zelândia. Minerais como quartzo e carbonatos podem se estender em profundidade, mas os valores do minério diminuem muito, o que pode estar relacionado à ausência de ebulição. Em alguns depósitos, entretanto, sulfetos como galena, esfalerita, calcopirita e outros aparecem mais no fundo, caracterizando condições mesotermais. Essa interdigitação de condições foi chamada de leptotermal para descrever a transição entre condições de temperaturas moderadas a baixas.

DEPÓSITOS DE OURO PALEOPLACER
depósitos de ouro de placer
Depósitos paleoplacer de ouro-urânio piritosos são a maior fonte de ouro do mundo no Supergrupo Witwatersrand da África do Sul, com depósitos de urânio similares no Supergrupo Huronian do Canadá. Tais concentrações são encontradas na maioria dos crátons precambrianos do mundo, ocorrendo em camadas de conglomerados piritosos com seixos de quartzo, aos quais se associam quartzo arenitos, sendo os mais importantes encontrados no arqueano e proterozóico inferior.
Os paleoplacers piríticos e muitos hematíticos ocorrem em espessas seqüências de rochas sedimentares clásticas. Muitas porções dessas seqüências, que incluem conglomerados piríticos (ou hematíticos) muito grossos, têm sido interpretadas como tendo formado em condições fluviais, em sistemas de riachos entrelaçados em extensos vales e, mais importante ainda, sobre enormes leques aluviais.

 QUADRILÁTERO FERRÍFERO
Na Formação Moeda, Supergrupo Minas, no Quadrilátero Ferrífero, ocorrem depósitos placer em vários pontos dos metaconglomerados, merecendo destaque as áreas da Serra das Gaivotas e Serra do Gandarela.
A mineralização urano-aurífera se associa aos metaconglomerados* oligomíticos na base da Formação Moeda, com seixos de quartzo cinzentos que apresentam uma auréola de crescimento. A matriz é quartzosa, sericítica, piritosa e com finos filmes carbonosos. Tanto o ouro, quanto o urânio, guardam certa relação com a presença de pirita e de matéria carbonosa. A pirita é o mais abundante mineral opaco ocorrendo sob a forma nodular e idiomórfica.

JACOBINA
Importantes depósitos auríferos estão associados aos conglomerados da Formação Serra do Córrego, que foram depositados em um sistema de drenagem fluvial, anastomosada*, que fluía de leste para oeste.
Sob o ponto de vista estrutural o Grupo Jacobina é descrito como um homoclinal, mergulhando forte para leste. Está dividido em blocos, separados por falhas originadas, principalmente, por esforços compressivos provenientes do sudeste. Diques básicos ocupam geralmente, os planos de falha e em seus afloramentos são caracterizados por um relevo negativo, entre as cristas de quartzitos e conglomerados.

CARACTERÍSTICAS RESSALTADAS DOS DEPÓSITOS PLACERS
garimpo de pepitas de ouro
A composição mineralógica dos depósitos inclui pirita como diversos tipos de grãos em matrizes dos conglomerados, junto com quartzo, feldspato e moscovita. Outros minerais pesados são uraninita, granada, cromita, titanita, rutilo, monazita, xenotima, apatita, turmalina, ilmenita, columbita, córindum, cassiterita, osmiridium e diamante.
Ouro é concentrado junto com uraninita detrítica, mas as menores razões U/Au ocorrem nas faixas de seixos mais grossos, sugerindo que o ouro originalmente depositou-se junto com os sedimentos mais grossos e que uraninita foi carregada rio abaixo (downstream)* por maiores distâncias, fruto da diferença de densidade desses dois minerais.
Alguns autores sugerem que o Au tenha sido introduzido na Bacia de Witwatesrand por fluidos hidrotermais logo após seu soterramento.
Seriam fluidos do tipo metamórfico, com alteração associada a um fluido redutor, de baixa salinidade, similares aos dos greenstone belts. Os fluidos teriam sido canalizados ao longo de estruturas, superfícies de discordância e acamamento, tendo a precipitação do ouro sido dominada por reações com rochas carbonosas ou ricas em ferro. Essas rochas acham-se concentradas imediatamente acima das superfícies de discordância. Nesse modelo, as rochas crustais máficas, abaixo da bacia Witwatersrand, teriam sido a fonte do ouro.

DEPÓSITOS DE OURO DISSEMINADOS EM ROCHAS CARBONÁTICAS
Ouro disseminado em rochas sedimentares, do tipo Carlin, constitui depósitos de pirita rica em arsenopirita aurífera, epigenéticos, disseminados, caracterizados por dissolução de carbonatos, alteração argílica, sulfetação e silicificação em rochas sedimentares calcáreas. Ouro e pirita precipitam-se juntamente com fluidos ricos em H2S pela sulfetação de minerais de ferro das rochas encaixantes.
Os depósitos são associados com falhas normais de alto ângulo e horizontes permeáveis de sucessões sedimentares. Formaram-se quando fluidos hidrotermais, fluindo ao longo de falhas, encontravam zonas de brecha e/ou horizontes permeáveis. Os fluidos então reagiram com as rochas encaixantes, produzindo sua alteração e depositando ouro. O processo é essencialmente de substituição seletiva de rocha carbonosa por sílica, pirita e ouro. Os depósitos formam-se a 1,5-4 km, com T de 225ºC.

GEOLOGIA LOCAL
Trata-se de estudos geológicos detalhados da área alvo de pesquisa mineral, abordando suas caracterizações, litoestratigráficas, topográficas, petrológicas e petrográficas, estruturais (falhamentos e dobramentos, estruturas lineares etc.), geomorfologia, drenagem e ainda hidrografia.

JAZIMENTO
depósito de ouro epitermal
Deve-se fazer uma descrição detalhada do depósito mineral de acordo com a sistemática a seguir, bem como descrever todos os seus elementos característicos mencionados anteriormente:
Tipo de rochas: hospedeiras, encaixantes, intrusivas;
Estruturas: cisalhamento, falhas, dobras, etc. em relação ao minério;
Mineralogia das hospedeiras: descrição dos litotipos mineralizados;
Ambiência tectônica: tectônica antes, durante e após a formação das hospedeiras e do depósito;
Idade das hospedeiras: idades e métodos de detecção;
Mineralogia do minério: minerais opacos e translúcidos por modo de ocorrência;
Mineralogia secundária, acessória e de alteração: associações por zonas de alteração, metamorfismo e retrometamorfismo;
Controles da mineralização: controles litoestratigráficos, estruturais etc.;
Estruturas e texturas do minério: bandado, filonar, de substituição, exosolução etc.;
Assinatura geoquímica: anomalias positivas e negativas na área do depósito;
Fluidos mineralizadores: tipos de fluidos e suas composições químicas;
Assinatura isotópica: composição isotópica das rochas, minerais e fluidos;
Alteração supergênica: mineralogia, estruturas e texturas da alteração meteórica;
Produção passada: indicar a produção e os períodos de produção;
Reserva estimada: quantidades por tipos de reserva (medida, indicada e inferida), teores e ano;
Depósitos associados: outros depósitos na mesma área ou região ou unidade geológica;
Outros depósitos similares: outros depósitos do mesmo tipo no Brasil e no mundo.

Mapas de jazimentos auríferos no Brasil:

TRABALHOS DE PESQUISA MINERAL
Os trabalhos de pesquisa mineral necessários à definição de uma jazida mineral, sua avaliação e a determinação da exeqüibilidade de seu aproveitamento econômico, como preceituado no § 1° do Código de Mineração, e também na efetivação dos estudos de geociências anteriormente mencionados são apresentados a seguir.

É conveniente ressaltar que esses trabalhos preceituados no CM são os mínimos solicitados e que alguns deles podem ser realizados e/ou adaptados ao projeto de pesquisa em função da substância mineral a ser pesquisada em como das hospedeiras e encaixantes dos mesmos.

LEVANTAMENTOS GEOFÍSICOS
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Podem ser realizados tanto em solo (levantamentos terrestres), como por ar (aéreos), quanto em água (aquáticos) e baseiam-se nas propriedades físicas manifestadas pelas diferentes rochas. Por exemplo: densidade, magnetismo, sísmicas etc. Estes métodos de levantamento são empregado para mineralizações em profundidade.

LEVANTAMENTOS GEOQUÍMICOS
São utilizados para detectar a existência ou não de mineralizações em uma área através da geoquímica da água, sedimento, solo ou rocha. Tal levantamento é realizado conforme as propriedades químicas, físicas e físico-químicas da substância pesquisada.

MAPEAMENTO GEOLÓGICO DE DETALHE
Consiste na caracterização de todas as litologias, dobras, falhas e qualquer outra feição geológica de interesse que se encontram na área pesquisada, através da delimitação dos corpos geológicos e seus contatos. Após esse trabalho, deve-se apresentar um mapa geológico em escala de detalhe.

LEVANTAMENTOS TOPOGRÁFICOS
Consiste em efetua-se o levantamento planialtimétrico de toda a área pesquisada, em escala de detalhe, geralmente 1:2.000 com curvas de nível de 5 em 5 metros.
Todas as seções de amostragem sistemática devem ser também levantadas, inclusive as escavações executadas.

ESTUDO DE AFLORAMENTOS
Faz-se a descrição mineralógica, petrográfica e estrutural da rocha; as medições de estruturas planares e lineares; as descrições das evidências de topo e base da camada; as descrições e classificações das dobras e falhas observadas. Nas áreas mineralizadas, faz-se a descrição dos gossans e das zonas de lixiviação, de enriquecimento supergênico, e de alteração indicando a paragênses mineral de cada zona e dos elementos característicos da do corpo.

AMOSTRAGEM SISTEMÁTICA DE AFLORAMENTOS
Nos afloramentos das zonas mineralizadas, faz-se uma amostragem de canal ao longo de todo afloramento. As seções de amostragem são espaçadas no máximo de 2 em 2 metros uma da outra, localizadas perpendicularmente aos contados aos contatos da jazida e devem cobrir toda sua espessura aparente.
Depois da retirada das amostras, cada uma delas é devidamente embalada, identificada e enviada para análise química e/ou petrográfica microscópica.

ABERTURA DE ESCAVAÇÕES
Nos locais de contatos invisíveis onde a identificação é muito importante, são abertos poços e/ou trincheiras visando à medição desses contatos.
A localização de um poço ou trincheira depende da conveniência de cada local, mas no geral, pode ser de perpendicular a paralelo à direção esperada do corpo neste local.

EXECUÇÃO DE SONDAGEM NO CORPO DE MINÉRIO
Com base no conhecimento dos afloramentos das zonas mineralizadas e nos elementos estruturais característicos do corpo geológico, faz-se a locação dos furos de sonda nos vértices de uma malha, visando interceptar tal corpo, em profundidade. A metragem total a ser perfurada e o conseqüente número de furos está limitado ao orçamento do projeto elaborado no Plano de Pesquisa apresentando ao DNPM no ato do Requerimento da Autorização de Pesquisa.

A sondagem se dá por sonda rotativa, percussiva ou rotopercussiva, em função do tipo de material que se tem na área (rocha sã, alterada, solo, sedimentos).

Os testemunhos ou materiais recuperados são acondicionados em recipientes adequados a cada tipo e num outro momento, descritos estrutural e petrograficamente e em muito casos, metade desses é submetida a algum outro tipo de ensaio e/ou análise.

ANÁLISES FÍSICAS DE AMOSTRAS
Sem atribuição especifica às jazidas metálicas e não-metálicas, as análises físicas realizadas mais comuns são a petrografia do minério, a determinação da densidade, testes de pureza, coesão, abrasão, impermeabilidade, absorção de água, porosidade, brilho, permeabilidade, ataque químico etc.

As seções polidas e lâminas delgadas são preparadas são encaminhadas a laboratório de análises químicas para determinações por meio de métodos analíticos não-destrutivos.

ANÁLISES QUÍMICAS DE AMOSTRAS
Nas amostras de água, as determinações de cátions podem ser feitas por espectrometria de absorção atômica ou de emissão, com fonte de plasma e, as de ânions, por cromatografia iônica.

Nas amostras de sedimentos, solo, produtos de alteração, rocha e minério, as determinações podem ser feitas por espectrofotometria de absorção atômica, espectrometria de fluorescência de raios-x, espectrometria de plasma induzido dentre outros.

Pelos métodos analíticos não-destrutivos, as determinações podem ser feitas por microscopia eletrônica de varredura (MEV) e espectrometria de reflectância.

ENSAIOS DE BENEFICIAMENTO DO MINÉRIO
São realizados com o objetivo de conceituar produtos que caracterizar a exeqüibilidade técnica do aproveitamento industrial da substância mineral útil da pesquisa mineral. Comprovada a existência de tecnologia no mercado para a obtenção dos produtos minerais através da realização desses ensaios de beneficiamento do minério, o jazimento passa de depósito para jazida mineral.

Dessa forma, casa substância mineral das jazidas de minérios metálicos requer a sua tecnologia própria; e os respectivos ensaios de beneficiamento e metalurgia do minério. Os mais comuns são os teste de britagem, classificação, moagem, concentração, lixiviação, filtragem, lixiviação, fundição, purificação e/ou tratamento de rejeito.

Nas jazidas não-metálicas, que abrangem o betume, carvão-de-pedra, materiais cerâmicos, materiais para construção civil, revestimento, cimento, adubos, evaporitos, pedras preciosas e semipreciosas etc., destacam-se as rochas ornamentais cujos ensaios mais comuns são os de desdobramento de blocos, abertura, polimento e/ou retificação.

ESTUDOS DE VIABILIDADE ECONÔMICA
pepitas de ouro de rios
Um projeto de mineração pode ser desenvolvido em três fases distintas, classificados segundo a época em que esta fase ocorre e o grau de precisão.

PROJETO (OU ESTUDO) DE VIABILIDADE
Compreende os primeiros estudos realizados sobre uma determinada ocorrência, com finalidade de demonstrar a viabilidade de sua lavra sob os pontos de vista técnico e econômico.

Os estudos preliminares sobre o jazimento e sua área de influência têm unicamente que convergir sobre a conveniência de se desenvolver mais trabalhos detalhados sobre o referido jazimento.

ANTE PROJETO
Trata-se de uma fase que se realiza após o estudo de viabilidade. Nesta fase usam-se dados mais precisos sobre o jazimento. E com a base nos resultados do anteprojeto é possível iniciar negociações para o financiamento do empreendimento. Resumindo, o ante-projeto é uma ferramenta de decisão sobre o que, como e quando realizar ações para o levantamento de imprecisões que ainda persistem.

PROJETO DETALHADO
Corresponde a fase final de um projeto de mineração e sua precisão deve ser suficiente para permitir a implantação do empreendimento.

Diante do que foi exposto até agora, o projeto final de mineração é o resultado do somatório de vários projetos que buscam reduzir o erro do dimensionamento do empreendimento e busca garantir-lhe o sucesso.

Para elaborar um projeto básico de lavra é necessário:
O conhecimento da jazida;
Análise do relatório de pesquisa;
Localização da jazida;
Determinação da escala de produção;
Pesquisa tecnológica;
Classificação dos recursos minerais:
Reserva medida, Reserva indicada, Reserva inferida;
Tipo de lavra;
Plano de exaustão ou fechamento de mina.

Inicialmente é necessário conhecer a jazida nos aspectos relativos a quantidade e qualidade das reservas dos bens minerais.

Para cada tipo de jazimento existe um método de pesquisa que é mais apropriado para a determinação de seus volumes e características. O método deve ser seguro, rápido e econômico, a um custo mínimo e que se determine com segurança as características principais do jazimento.

Um bom resultado de análise da pesquisa deve ter um número de informações sem exagero, culminando com dados suficientes sobre a substância útil. Pesquisa bem como aquelas que afetam negativamente a qualidade da substância útil. Outro aspecto é a confiabilidade das informações. Alguns cuidados podem ser tomados, como enviar amostras para laboratórios diferentes e de competência comprovada; cuidados com erros sistemáticos, porventura cometidos em determinações químicas levam a uma má caracterização da substancia útil.

LOCALIZAÇÃO DA JAZIDA
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A viabilidade do empreendimento não se promete apenas a partir da existência de reserva técnica e economicamente viável. É necessário uma análise cuidadosa da revê viária da jazida, bem como rede viária nacional. A disponibilidade de energia (solar, petróleo, elétrica, carvão etc.). Disponibilidade de infra-estrutura como hospitais, escolas, redes de abastecimento, moradias, transporte. Outro aspecto é a disponibilidade de mão-de-obra na região.

CLASSIFICAÇÃO DOS RECURSOS MINERAIS
Tipos de Reservas
Qualquer minério revelado está sempre sujeito a um maior ou menor grau de incerteza e de imprecisão. Visando uniformizar as diversas especificações o DNPM instituiu três tipos de reserva: Reserva Medida, Reserva Indicada e Reserva Inferida.

Reserva Medida: é a parcela economicamente lavrável do recurso mineral medido, incluindo perdas (e diluição) com a lavra e o beneficiamento, para a qual a viabilidade técnica e econômica encontra-se tão bem estabelecida que há alto grau de confiabilidade nas conclusões. Os estudos abrangem análises dos diversos elementos modificadores (tais como lavra, metalurgia, economia e mercado, fatores legais, ambientais e sociais) e demonstram que, na época em que se reportaram as reservas, sua extração era claramente justificável, bem como adequadas as hipóteses adotadas para investimentos.

Reserva Indicada: é a parcela economicamente lavrável do recurso mineral indicado e, mais raramente, do Recurso Mineral Medido, para a qual a viabilidade técnica e econômica foi demonstrada; inclui perdas (e diluição) com a lavra e o beneficiamento. Avaliações apropriadas, além da viabilidade técnica e econômica, são efetuadas compreendendo elementos modificadores, tais como fatores legais, ambientais e sociais. As avaliações são demonstradas para a época em que se reportam as reservas e razoavelmente justificadas.

Reserva Inferida: é a parcela do recurso mineral inferida pela apenas por considerações feitas a partir de trends dos corpos geológicos regionais, com pouco conhecimento oi precisão.

DETERMINAÇÃO DA ESCALA DE PRODUÇÃO
É sabido que a vida útil de uma mina é função da quantidade e qualidade do material útil. São, porém condições necessárias, mas não suficientes. Muitos outros fatores exercerão influência ponderável: todos os lucros possíveis tais como custos da lavra e de processamento, preços de venda, transportes, mercados acessíveis, custos de capital etc.
São considerados componentes da exeqüibilidade:

Mercado: é o produto vendável e em que quantidade?
Reservas Minerais: o valor do minério recuperável é suficiente para justificar o investimento?
Lavra: pode o minérios ser lavrado a custo suficientemente baixo?
Processamento: pode o produto final ser recuperado por métodos conhecidos, em pureza vendável e a custo suficientemente baixo?
Custo do Capital: podem as instalações serem construídas para um nível de capital que justifique o empreendimento?

RISCOS
A duração das atividades de lavra depende da quantidade de minério contida e da quantidade anualmente extraída. Sob o ponto de vista econômico, a máxima rapidez de extração seria desejável, por baratear os custos de produção e de amortização dos investimentos. Mas sob aspecto financeiro seriam exigidos grandes investimentos iniciais, nem sempre disponíveis ou possíveis de serem obtidos a taxas convenientes.

TIPOS DE LAVRA
Para o estude de viabilidade de um empreendimento mineiro, a determinação do tipo lavra a ser aplicado tem suma importância no cálculo de custos.

Mina a Céu Aberto:
Método de lavra de encostas;
Método de lavras em cavas;
Método "do Funil"

Mina Subterrânea:
Método Cut and Fill;
Método Shrinkage;
Método Open Stop;
Método da Câmara de Pilares;
Método de Rise;
Método Top-Slicing.
7 de Setembro, Dia do Ouro

Autores e fonte:
Wanderson Leal e Farley Figueiredo

(Graduados em Engenharia de Minas)

O ouro de Jaraguá e de Perus, São Paulo

O ouro de Jaraguá e de Perus, São Paulo
Ouro, locais com história - São Paulo
Pico da Jaraguá, São Paulo
O estado de São Paulo tem 137 minerais válidos e catalogados nos bancos de dados.
Só na região de Perus há 25 minerais válidos, um "prato cheio" para coletores e colecionadores e que podem ser encontrados em minas e em pedreiras.

Segue a lista de minerais presentes na região de Perus:
lista de minerais presentes na região de Perus
Albita, 'Apatita', Autunita, Bassetite, BeriloCalcitaChernikovite, Fluorita,
'Granada Grupo', OuroGesso variedade: Selenito, Haiweeite, Lepidolita,
Meta-autunita, Metatorbernite, Metauranocircite-I, Microclina, Moscovita,
OpalaFosfuranilite, Phurcalite, QuartzoRhodochrosite, Saponita,
TorbernitaTurmalinaUranofane, Uranofane-β e Weeksita.

Os minerais de maior interesse são a Turmalina a Opala e o Ouro.
ouro de Perus e Jaraguá, São Paulo
O ouro na região esta fortemente associado ao Quartzo
Ainda há vestígios de ouro remanescentes nesta região, mas que segundo geólogos, ali já não existe mais ouro, apenas “pegadas da extração”.
Na teoria, os métodos de extração de ouro antigamente tenham deixado para trás algum deste metal precioso e que por métodos de extração e garimpo atuais podem ser facilmente recuperados.

Exploração do ouro do Jaraguá
As primeira notícias que se têm do local é que, nele, estava estabelecido o português Afonso Sardinha, bandeirante, caçador de índios, traficante, que descobriu vestígios de ouro no ribeirão Itaí, no pico, por volta de 1580. No entanto, como os índios dominavam a região, travaram-se numerosas guerras contra os nativos da terra. A mineração do ouro, portanto, só teve início dez anos depois. O ouro do Jaraguá foi explorado até o esgotamento, no século XIX. Os garimpeiros deixaram visíveis escavações nas rochas do pico e marcas de sulcos a que se chamam "cavas".

Cavas de ouro do Jaraguá
As Cavas de Ouro do Jaraguá trata-se de quatro antigas escavações de mineração, que constituem um verdadeiro sítio arqueológico.
As Cavas de Ouro têm grande relevância histórica. Elas representam estruturas de mineração de um dos primeiros ciclos do ouro no Brasil, já que foi na região do Jaraguá que esse metal precioso se tornou num dos primeiros lugares no Brasil onde se encontrou ouro. Foi durante a primeira metade do século XVII que grandes quantidades de ouro foram produzidas a partir dai.
No entanto a verdadeira corrida ao ouro nesta região se deu somente no início dos anos 1800 e estendeu-se por mais de 1 século.

As primeiras explorações de ouro no Brasil, propiciando notícias de descobertas foram em Apiaí (alto Vale do Ribeira), Paranaguá e outros pontos do sul da colônia entre 1561 e 1592. O ouro que era levado da Vila de Santos por corsários ingleses em 1588 e 1591 é uma segura confirmação do sucesso dessas explorações. Porém, de maior monta foi o ouro encontrado em 1590 no Pico do Jaraguá e no Córrego Santa Fé, cujas nascentes situam-se na encosta da montanha.

Localização das 4 cavas de ouro do Jaraguá no Google Earth:
Cava I-Faldas do Morro do Quebra-Pé
Cava I-Faldas do Morro do Quebra-Pé

Cava II-Jardim Britânia
Cava II-Jardim Britânia

Cava III-Morro Doce
 Cava III-Morro Doce

Cava IV-Parque Anhangüera
Cava IV-Parque Anhangüera

Aspecto geral da Cava II-Jardim Britânia no ano de 2004
com entulho e vegetação tapando a entrada.
Cava II-Jardim Britânia

Imagens de pepitas de ouro do Pico do Jaraguá
que sobreviveram e estão nas mãos de colecionados.

As fotos das pepitas de ouro que se seguem são da coleção de

As amostras forão encontradas, no início dos anos 20 do século passado, no que era uma área rural, na época, na periferia de São Paulo, área que foi posteriormente absorvida e construída quando do rápido crescimento da cidade. São obviamente uma raridade, muito difícil de se obter hoje.
Local: Perus, São Paulo, São Paulo, Brasil.
Ano: ± 1920

O ouro de Jaraguá e de Perus, São Paulo
Crescimento musgoso e dendrítico na matriz de quartzo. 

O ouro de Jaraguá e de Perus, São Paulo
Crescimento cristalino dendrítico na matriz de quartzo.

O ouro de Jaraguá e de Perus, São Paulo
Crescimento musgoso e dendrítico na matriz de quartzo.

O ouro de Jaraguá e de Perus, São Paulo
Crescimento cristalino dendrítico na matriz de quartzo.

O ouro de Jaraguá e de Perus, São Paulo
Crescimento musgoso e dendrítico na matriz de quartzo.

Lista de locais com ocorrência de ouro no estado de São Paulo:

Fontes:

Fotos Google Earth:

Legislazione italiana del metal detector

Legge legislazione metal detector
detector de ouro
NORMATIVA SULL’USO DEL METAL DETECTOR IN ITALIA
In Italia l’uso e la vendita del metal detector è libero, lo si può utilizzare tanto per lavoro, per uso professionale, quanto per hobby.

“COSA FARE” e “COSA NON FARE con il Metal Detector
Comprendere il valore storico e archeologico dei nostri ritrovamenti arricchisce la ricerca di un valore speciale e aumenta la consapevolezza delle nostre azioni per poi da onesti cittadini denunciare alle autorità competenti le nostre scoperte.

RICORDIAMO CHE IN ITALIA IL METALDETECTOR E’ UNO STRUMENTO DI LIBERA VENDITA E LIBERO UTILIZZO NEI TERMINI CONSENTITI DALLA LEGGE , MA NON E’ AMMESSA LA RICERCA ARCHEOLOGICA NON AUTORIZZATA IN QUALSIASI SUA FORMA PERCIO’ E’ GIUSTO E DOVEROSO PRECISARE CHE TUTTO CIO’ CHE VIENE RITROVATO SOTTO TERRA APPARTIENE DI DIRITTO ALLO STATO.

QUALSIASI OGGETTO ANCHE SE PRIVO DI QUALSIASI VALORE ECONOMICO IN AMBITO STORICO ACQUISTA PREGIO E SIGNIFICATO IN QUANTO DIVENTA UN TASSELLO UTILE PER ARRICCHIRE LA NOSTRA IDENTITA’ E IL NOSTRO SVILUPPO SOCIALE.

PERTANTO OLTRE AD UN RISPETTO ASSOLUTO DELLE AREE PROTETTE A LIVELLO STORICO (SITI ARCHEOLOGICI) E PAESAGGISTICO (PARCHI) LA NORMATIVA PREVEDE LA DENUNCIA ALLE AUTORITA’ COMPETENTI DEI PROPRI RITROVAMENTI.

Dove posso cercare con il metal detector ?
Legislazione italiana del metal detector
la ricerca archeologica è vietata sia all’interno che all’esterno delle zone a vincolo. Chiunque venga trovato all’interno di zone a vincolo archeologico anche se non ha trovato nulla incorre allo stesso modo in un reato. Nelle zone in cui non c’è vincolo si incorre in reato solo se si ricercano oggetti antichi più di 50 anni. Tutti gli oggetti antichi più di 50 anni ritrovati devono esser consegnati alle autorità  con conseguente denuncia del ritrovamento. Le forze dell’ordine possono accertarsi se sono stati ritrovati reperti attraverso perquisizione in loco e a domicilio ,previa denuncia da parte di terzi , oppure accusando il fatto di possedere il piccone o la zappetta quale arma impropria e quindi per questo autorizzati alla perquisizione.

PERCIO' EVITARE DI CERCARE E EVITARE DI ANDARE IN ZONE ARCHELOGICHE COL METAL DETECTOR E O ATTREZZI DA SCAVO.

Catasti comunali,provinciali o regionali. (è SUFFICENTE GUARDARE NEL PIANO REGOLATORE NEL SITO DEL PROPRIO COMUNE ....)
Sopraintendenza dei beni archeologici.( QUI LA COSA POTREBBE RISULTARE PIù COMPLESSA IN QUANTO A MENO DI AVER CONOSCENZE DIRETTE SPESSO SARESTE VISTI SOTTO UNA CATTIVA LUCE E NEL MIGLIORE DEI CASI RIMANDATI AL “PUNTO” PRECEDENTE)
Tutti i parchi regionali o nazionali rientrano nelle zone off-limits poiché in molte aree non si può rovinare la flora del sottobosco e in questo caso quindi nemmeno far piccoli buchi. ( E PER QUESTO SAREBBE SUFFICENTE IL BUON SENSO PER CAPIRLO)
INOLTRE è OPPORTUNO E DOVEROSO EVIDENZIARE CHE Chiunque esegue ricerche archeologiche senza concessione, ovvero non osserva le prescrizioni date dall’amministrazione, è punito con l’arresto fino ad un anno e l’ammenda da euro 310 a euro 3.099. (possibile che la pena aumenti con le nuove legislazioni).

MONETE Non è necessario denunciare la possessione di "monete antiche e moderne di modesto valore o ripetitive, o conosciute in molti esemplari o non considerate rarissime, ovvero di cui esiste un notevole numero di esemplari tutti uguali “(L’art.2-decies n°109 Vs D.L. n.164 del 25/6/2005), ma questo non vale per monete trovate che invece devono essere sempre e comunque denunciate in quanto non ci è dato sapere se hanno o meno uan rilevanza storica per il contesto specifico nel quale le abbiamo rinvenute.
Legislazione italiana del metal detector
SPIAGGIA La ricerca in spiaggia è consentita sicuramente fino a 6 metri dalla battigia in quanto il terreno per legge è di proprietà dello stato e non è in gestione di alcuno. (SALVO LEGGI LOCALI E O AGGIORNAMENTI DELLE STESSE) Nello stabilimento balneare purtroppo non è chiaro se la ricerca è libera in quanto la spiaggia è data in gestione. Il gestore potrebbe essere contrario alla ricerca,quindi è sempre consigliato chiedere il permesso.La gestione delle spiagge però non dura solitamente oltre la stagione balneare (fino al 15 settembre),quindi dopo questa data indicativa la ricerca è assolutamente consentita.

E’ COMUNQUE SEMPRE NECESSARIO ESSERE CONSAPEVOLI DI CIO’ CHE SI TROVA , NEL CASO DI ARMI ... ANCORA DI PIU’ 

NON POTREBBERO ESSERE ALTAMENTE PERICOLOSE PER LA PROPIA INCOLUMITA' E DEGLI ALTRI. 

CHIAMARE GLI ARTIFICIERI 

CHI VIENE TROVATO CON ARMI, ESPLOSIVI, CARTUCCIE NON REGOLARI, VIENE PERSEGUITO PENALMENTE   

Il Codice di Comportamento di Boston, accettato dal Comitato Mondiale per il Metal Detecting è un codice etico il al cui rispetto è tenuto qualsiasi cercatore.
Legislazione italiana del metal detector
Non intridursi mai in terreni privati, senza aver prima ottenuto il permesso del proprietario.
Rispettate sempre la campagna: non lasciate mai canceili aperti, non danneggiare i raccolti e le colture in atto.
Portate sempre ogni oggetto archeologico trovato al più vicino Ufficio di Sovrintendenza alle Antichità . Non interferite con il lavoro degli archeologi.

Evitate ogni zona a vincolo da parte delle Sovrintendenza ai Beni Archeologi, a meno che non si ha il permesso scritto.
Ricoprite sempre i fori d'estrazine.
Non gettate mai in terra oggetti mettalici già trovati come: tappi, chiodi, ecc. al contrario raccoglieteli e gettateli nei contenitori appositi, aiutando così a mantenere pulita la campagna.
Prestate molta attenzione a tutto ciò che ha l'aria di essere un residuo bellico. Nel caso troviate tali oggetti, NON toccateli ed avvisate subito le autorità competenti.
Ricordate che chiunque esce con un metal detector è un ambasciatore dell'hobby. Non fate niente che possa gettare discredito su questo hobby e su chi lo pratica.

Fonti di informazione:

Série Minerais do Brasil, Paraná

Paraná, principais ocorrências minerais
(Série minerais do Brasil-Paraná)
No estado estão catalogados 86 espécies minerais sendo 56 minerais válidos e 1 (TL) mineral que só ocorre aqui.
Minerais e pedras preciosas que ocorrem no estado do Paraná
Os diamantes da região diamantífera na Bacia do Tibagi o ouro na Bacia de Castro, Vale do Ribeira e região serrana de Morretes, além do cobre nativo no Ribeirão do Perau em Adrianópolis, são alguns dos minérios e locais mais conhecidos pelos pequenos garimpeiros paranaenses.
O Paraná é a segunda unidade federativa do Brasil que mais produz talco, que extrai-se no município de Ponta Grossa. É a quinta e última unidade federativa do Brasil que mais produz prata.

Minerais e pedras preciosas que ocorrem no estado do Paraná:

Minerais metálicos
O mais importante minério de chumbo que encontra-se no Paraná é galena argentífera. A mais importantes jazidas localizam-se nos municípios de Adrianópolis, Cerro Azul e Bocaiúva do Sul. Quem faz o tratamento fabril da galena para extrair o chumbo são os funcionários da Plumbum S.A. empresa localizada na beira do rio Ribeira, em Adrianópolis.

O Paraná tem relevantes reservas de minério de ferro, que concentram-se numa grande quantidade de municípios das porções oriental e norte-oriental do estado. A mais extensas jazidas de hematita são encontradas nos municípios de Antonina, Colombo, Almirante Tamandaré, Cerro Azul, Bocaiúva do Sul, Rio Branco do Sul, Castro e São José dos Pinhais. Demais minerais como limonita e magnetita, apesar de serem poucos, igualmente encontram-se na mesma região.

Na época da Segunda Guerra Mundial extraiu-se o cobre em pequena quantidade, no Paraná, na região da Serra do Cadeado. Jazidas de cobre ocorrem nos arredores de Cerro Azul, Bocaiúva do Sul e Adrianópolis. Pesquisas mais novas revelaram restos do minério em Maringá, Guarapuava e em grande parte do sudoeste do Paraná.

A grande maioria do ouro e da prata é extraída da galena argentífera, como um produto subordinado à mesma. O Paraná produz muita prata, que extrai-se em Adrianópolis.

As jazidas de urânio no Paraná são encontradas em um cinturão que localiza-se de Teixeira Soares até Figueira.

Ouro nativo no Paraná
ouro das medalhas olímpicas

Municípios possuidores de jazidas de ouro:
Campo Largo (Tabiporã), Bocaiúva do Sul, Morretes, Cerro Azul, Adrianópolis e Castro.
Estudos novos, realizados na porção centro-oriental paranaense mostraram que existem demais minérios de metal como zircônio e nióbio.
O ouro das medalhas olímpicas Rio-2016 sairam de uma mina da região de Campo Largo.
Ouro no Paraná também é encontrado nas serras da divisa do estado com Santa Catarina.

Filão de ouro Passa Três
O depósito de ouro em Passa Três é um exemplo de mineralização controlada estruturalmente formada durante a transição magmático-hidrotérmica e hospedada em granito sendo uma intrusão de forma alongada NNE-SSW. O granito Passa Três e sua mineralização de ouro parecem representar um exemplo único de um sistema de ouro relacionado à intrusão, no qual a mineralização se concentra no núcleo da intrusão magmática na forma de veias em escala de metro fortemente controladas por tectônicas.

Mapa de jazimentos auríferos de Morretes, Serra do Mar e região
se encontram no final deste artigo.

Pedras preciosas e semi-preciosas do Paraná
crisocola
O diamante e as ágatas encontram-se no rio Tibaji e seus afluentes, nos rios das Cinzas e do Peixe (Norte Pioneiro).
Opalas, malaquitas e azuritas (semi-preciosas) são encontradas em Cerro Azul. No município de Guarapuava, nas porções ocidental e sul-ocidental do Paraná, estão presentes ametistas.

Principal localização mineral no Paraná
Partes dos principais minerais metálicos e não-metálicos de valor estão numa faixa de apenas 3,1 quilômetros quadrados junto à confluência dos Ribeirões Grande e Perau, a 30 quilômetros sudeste do município de Adrianópolis. A litologia é dada por quartzitos, rochas carbonáticas, fititos, xistos e anfibolio-xistos, do Grupo Açunguí, sendo essas rochas consideradas pertencentes à Formação Setuva. A região situa-se em zona de transição entre as fácies de xistos verdes e anfibolito. Os minerais primários são constituídos por pirita, calcopirita, tennantita, quartzo, rara galena e barita; os secundários são: calcocita, covelita, bornita, cuprita, cobre nativo, prata nativa, crisocola, azurita, malaquita; ocorrendo como minerais metamórficos: turmalina, granada, tremolita, magnetita, hematita, calcita e dolomita.
rara galena e barita

Fotos comparativas de alguns minerais encontrados no Paraná:
Ágata
Ágata
Mineral, variedade de quartzo criptocristalino com bandas coloridas.
Região noroeste do Paraná, município de Paranapoema.

Ametista
Ametista
Mineral, variedade de quartzo de coloração violeta devido à presença do ferro-férrico. Município de Chopinzinho, sudoeste do Paraná.

Calcita
Calcita
Mineral composto por carbonato de cálcio - CaCO3 .
Município de Adrianópolis, nordeste do Estado do Paraná.

Fluorita
Fluorita
Mineral composto por fluoreto de cálcio. Utilizado na indústria química, siderurgia e vidros. Município de Cerro Azul, nordeste do Paraná.

Galena
Galena
Mineral sulfeto de chumbo (PbS). É um mineral/minério de chumbo.
Município de Adrianópolis na região nordeste do Estado.

Barita
Barita
Mineral sulfato de bário (BaSO4), é o mais comum dos minerais de bário.
Município de Adrianópolis na região nordeste do Paraná.

Talco
Talco (mineral)
Mineral filossilicato de magnésio com oxidrila: Mg6(Si8O20)(OH)4.
Município de Castro, Estado do Paraná.

Arenito
Arenito
Rocha sedimentar clástica cujas partículas são dominantemente do tamanho de areia, 0,62 a 2,00 mm de diâmetro.
Município de Ribeirão Claro na região nordeste do Estado.

Basalto
Basalto
Rocha vulcânica escura de grão fino, frequentemente afanítica, composta essencialmente por plagioclásio básico (An>50%) e piroxênio.
Município de Foz do Jordão, na região central do Estado.

Calcário
Calcário

Calcário metamorficamente recristalizado que tem como constituinte importante, carbonato calcítico ou dolomítico.
Município de Rio Branco do Sul na Região Metropolitana de Curitiba.

Carvão Mineral
Carvão Mineral
Rocha sedimentar organógena escura fácilmente combustível, composta essencialmente por carvão mineral, um agregado de componentes orgânicos.
Município de Figueira, Estado do Paraná.

Filito
Filito
Rocha metamórfica intermediária entre ardósia e xisto.
Município de Rio Branco do Sul e Região Metropolitana de Curitiba.

Folhelho
Folhelho
Rocha sedimentar clástica muito fina, argilosa a síltico-argilosa com ótima estratificação, finamente laminada. É por vezes confundida com o xisto. Podem ser riscados ou cortados com um canivete. Quando bafejados, dão um cheiro a barro mais ou menos intenso.
Folhelho pirobetuminoso do município de São Mateus do Sul, região sul do Estado.

Gnaisse
Gnaisse
Rocha metamórfica essencialmente quartzo-feldspática, granulação frequentemente média a grossa; a estrutura é muito variável desde maciça, granitóide, com foliação dada pelo achatamento dos grãos, até bandada.
Município de Mandirituba, Paraná.

Quartzito
Quartzito
Rocha metamórfica cujo componente principal é o quartzo.
Município de Itaperuçu, Paraná.

Sienito
Sienito
Rocha ígnea plutônica saturada, sem quartzo ou subordinado, com feldspato potássico, plagioclásio, e minerais ferromagnesianos: biotita, hornblenda, arfvedsonita geralmente importantes.
Município de Tunas, Paraná.

Lista de minerais do Paraná
(estão excluidos minerais usados na construção como areia ou argila e combustíveis como carvão ou petróleo extraído do xisto)
Egirina, Enigmatita, Albita, 'Série Albite-Anorthite', Anortita, 'Apatita', Arfonedsonite,
Astrofilita, Augita, Azurita, Barita, Bornita, Britolita- (Ce), Calcita, Celadonita,
Cerussita, Calcopirita, 'Chevkinite Grupo', 'Clorite Grupo',
Cromita variedade: Cromita Aluminiana, CrisocolaSubgrupo Clinopiroxênio
Cobre, Covellite, Cuprita, Diopside
'Faialita-Forsterita Series', Fluorita, Forsterita, Galena, 'Vidro natural',
Goetita, Hematita, 'Subgrupo Heulandite', 'Iddingsite', Ilmenita,
Ferro variedade: Kamacite, Caulinita, 'Lantanita', Lantanita- (La), Lantanita - (Nd)(TL),
'Limonita', Magnetita, Malaquita, 'Maskelynite', Microclina, 'Monazita', Mordenita,
Muscovita var: llite, Nacareniobsite- (Ce), Narsarsukite, Nefelina, Neptunita,
Opala, 'Subgrupo de ortopiroxênio', Pentlandita'Plessite',
Pentlandita
Pseudobrookite, 'Psilomelane', Pirita, Piromorfito, Pirrotita,
Quartzo variedades: ágata, Ametista, Cornalina e Calcedônia,
Prata, Smithsonita, Esfalerita, Taenita, Tetrataenite, Tremolita,
Troilite, Turkestanita, 'Zeólito Grupo' e Zircão.

Mapa de Jazimento Aurífero de Morretes e região
cedido pelo PNPO - Programa Nacional de Prospecção de Ouro
via CPRM.
Mapa de Jazimento Aurífero Curitiba e Morretes

Mais informações sobre minerais no Paraná estão no link a seguir:

Fontes de informações: