Minerais fluorescentes (parte I)

A luz ultravioleta (UV) sobre os minerais (parte I)
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Este é um guia básico mas com muita informação sobre os minerais e as rochas que "brilham" sob a luz ultravioleta.
Até ao final deste guia você vai aprender identificar alguns minerais em que isto ocorre e então poderá até sair à noite para procurar algum destes tipos de minerais usando equipamentos simples e que estão ao seu alcance.
Lembrando apenas que nem em todos minerais isto irá ocorrer, mas mesmo assim esta é uma boa base para você obter mais algum conhecimento sobre pedras preciosas.

O que é um Mineral Fluorescente?
Todos os minerais têm a capacidade de refletir a luz. Isso é o que os torna visíveis para o olho humano. Alguns minerais têm uma propriedade física interessante conhecida como "fluorescência". Esses minerais têm a capacidade de absorver temporariamente uma pequena quantidade de luz e, um instante, liberar uma pequena quantidade de luz de um comprimento de onda diferente. Essa mudança no comprimento de onda causa uma mudança de cor temporária do mineral no olho de um observador humano.

A mudança de cor de minerais fluorescentes é mais espetacular quando são iluminados na escuridão por uma fonte de luz ultravioleta (que não é visível para humanos) e liberam luz visível.

Exemplos de minerais fluorescentes:
Minerais fluorescentes: uma das exposições de museus mais espetaculares é uma sala escura cheia de rochas fluorescentes e minerais iluminados com luz ultravioleta. Eles brilham com uma incrível variedade de cores vibrantes - em contraste com a cor das rochas sob condições de iluminação normal. A luz ultravioleta ativa esses minerais e faz com que ele emita temporariamente luz visível de várias cores. Essa emissão de luz é conhecida como "fluorescência". A maravilhosa fotografia acima mostra uma coleção de minerais fluorescentes.
Foi criado pelo Dr. Hannes Grobe e faz parte da coleção Wikimedia Commons.
A foto é usada aqui sob uma licença Creative Commons.

Nome dos minerais em negativo da foto acima:
Este esboço é a chave para a nomenclatura das rochas e minerais fluorescentes na grande imagem colorida acima. Os minerais fluorescentes em cada espécime são: 1. Cerussite, Barite - Marrocos; 2. Scapolite - Canadá; 3. Hardistonite (azul), Calcite (vermelho), Willemite (verde) - Nova Jersey; 4. Dolomite - Suécia; 5. Adamite - México; 6. Scheelite - localidade desconhecida; 7. Ágata - Utah; 8. Tremolite - Nova York; 9. Willemite - Nova Jersey; 10. Dolomite - Suécia; 11. Fluorite, Calcita - Suíça; 12. Calcite - Romênia; 13. Rhyolite - localidade desconhecida; 14. Dolomite - Suécia; 15. Willemite (verde), Calcita (vermelho), Franklinite, Rhodonite - Nova Jersey; 16. Eucryptite - Zimbabwe; 17. Calcita - Alemanha; 18. Calcita num nódulo do Septar - Utah; 19. Fluorite - Inglaterra; 20. Calcite - Suécia; 21. Calcita, Dolomita - Sardenha; 22. Dripstones - Turquia; 23. Scheelite - localidade desconhecida; 24. Aragonite - Sicília; 25. Benitoite - Califórnia; 26. Quartz Geode - Alemanha; 27. Dolomita, Minério de Ferro - Suécia; 28. Desconhecido; 29. Corundum sintético; 30. Powellite - Índia; 31. Hialite (opala) - Hungria; 32. Vlasovite em Eudyalite - Canadá; 33. Spar Calcite - México; 34. Manganocalcite? - Suécia; 35. Clinohidrite, Hardistonite, Willemite, Calcita - Nova Jersey; 36. Calcita - Suíça; 37. Apatite, Diopside - Estados Unidos; 38. Dolostone - Suécia; 39. Fluorite - Inglaterra; 40. Manganocalcite - Peru; 41. Hemimorfita com esfalerita na ganga - Alemanha; 42. Desconhecido; 43. Desconhecido; 44. Desconhecido; 45. Dolomite - Suécia; 46. ​​Calcedônia - localidade desconhecida; 47 Willemite, Calcite - Nova Jersey.
Esta imagem foi produzida pelo Dr. Hannes Grobe e faz parte da coleção Wikimedia Commons.
É usado aqui sob uma licença Creative Commons.

Fluorescência em mais detalhes
A fluorescência em minerais ocorre quando um espécime é iluminado com comprimentos de onda específicos da luz. A luz ultravioleta (UV), os raios-X e os raios catódicos são os tipos típicos de luz que desencadeiam a fluorescência. Esses tipos de luz têm a capacidade de excitar elétrons suscetíveis dentro da estrutura atômica do mineral. Esses elétrons excitados saltam temporariamente para um orbital mais alto dentro da estrutura atômica do mineral. Quando esses elétrons caem de volta ao seu orbital original, uma pequena quantidade de energia é liberada sob a forma de luz. Esta liberação de luz é conhecida como fluorescência.

O comprimento de onda da luz liberada de um mineral fluorescente é muitas vezes distintamente diferente do comprimento de onda da luz incidente. Isso produz uma mudança visível na cor do mineral. Este "brilho" continua enquanto o mineral estiver iluminado com a luz do comprimento de onda apropriado.

Quantos Minerais Fluorescem na Luz UV?
A maioria dos minerais não tem uma fluorescência notável. Apenas cerca de 15% dos minerais têm uma fluorescência visível para as pessoas, e alguns espécimes desses minerais não serão fluorescentes.  A fluorescência geralmente ocorre quando as impurezas específicas conhecidas como "ativadores" estão presentes no mineral. Esses ativadores são tipicamente catiões de metais, tais como: tungstênio, molibdênio, chumbo, boro, titânio, manganês, urânio e cromo. Elementos de terra rara como o europium, o terbium, o disprósio e o ítrio também são conhecidos por contribuir com o fenômeno de fluorescência. A fluorescência também pode ser causada por defeitos estruturais de cristal ou impurezas orgânicas.

Além das impurezas "ativadoras", algumas impurezas têm um efeito de amortecimento na fluorescência. Se ferro ou cobre estiverem presentes como impurezas, eles podem reduzir ou eliminar a fluorescência. Além disso, se o mineral ativador estiver presente em grandes quantidades, isso pode reduzir o efeito de fluorescência.

A maioria dos minerais fluoresce uma única cor. Outros minerais têm múltiplas cores de fluorescência. Calcite tem sido conhecida por fluorescência de vermelho, azul, branco, rosa, verde e laranja. Alguns minerais são conhecidos por exibir múltiplas cores de fluorescência em um único espécime. Estes podem ser minerais de bandas que exibem vários estágios de crescimento a partir de soluções parentais com composições em mudança. Muitos minerais fluorescem uma cor sob luz UV de ondas curtas e outra cor sob luz ultravioleta de ondas longas.

Exemplos de minerais fluorescentes:
A Calcita costuma ter fluorescência e fosforescência de laranja a rosa:
Calcita em luz natural
Calcita em luz ultravioleta

A Willemita pode mostrar forte fluorescência em cor verde, além de fosforescência e triboluminescência:
Willemita em luz natural
Willemita em luz ultravioleta

A Fluorita, onde se descobriu a fluorescência, mostra-se fortemente fluorescente em azul-violeta e é também termoluminescente:
Placa polida de fluorita em luz natural
A mesma placa em luz ultravioleta

Ver:


Parte II

Fontes:

Como criar seu próprio servidor caseiro

Como criar e ter um servidor em sua casa

Guardar seus arquivos de forma segura nunca foi tão fácil. Quem não gosta de armazenar seus dados com métodos tradicionais (pendrives, CDs, DVDs e HDs portáteis) pode muito bem usufruir de uma enorme variedade de serviços de armazenamento na nuvem como Dropbox, Google Drive e SkyDrive.



Contudo, digamos que você quer mais, muito mais. Não quer depender de servidores terceirizados, que podem muito bem apresentar problemas e sumir com seus documentos confidenciais em questão de pouquíssimos minutos. Embora seja pouco provável que os gigantescos datacenters da Microsoft ou da Google apresentem problemas, os mais neuróticos sempre mantêm essa possibilidade em mente.

Que tal montar seu próprio servidor de arquivos? Além de ser fácil e rápido, o procedimento é bastante barato, visto que você pode usar peças de PCs antigos que você não utilize mais (ou comprá-las em lojas de artigos usados). Além de armazenar de forma mais segura e privada os seus dados importantes, você também pode usar seu servidor para hospedar sites (economizando aquela graninha que você gastava no seu host).
O site Tecmundo ensina fazer tudo isso em apenas sete passos! Confira.

1- Monte o hardware
Caso você não tenha um computador antigo, terá que montar um PC especialmente para o servidor adquirindo algumas peças que podem ser facilmente encontradas em lojas de artigos de informática. Dar uma conferida em e-commerces de usados também é uma boa dica.
Você vai precisar de:
Uma placa-mãe (não precisa ser um modelo muito recente);
Um processador de pelo menos 2 GHz
(opte por um Intel Celeron é mais em conta ou então um Intel Dual Core E3300)
No mínimo 512 MB de memória RAM;


Um disco rígido da quantia que você desejar
(porém um HD Seagate de 1 TB e 7200 RPM seria o ideal).

2- Instale Linux

Não importa se você é um fã da Microsoft e não consegue se desapegar do clássico sistema operacional Windows: é necessário instalar o Linux para fazer seu servidor funcionar corretamente. Recomendamos que opte pelas distribuições Ubuntu ou Xubuntu. Ambas são completamente gratuitas e razoavelmente leves, não ocupando muito espaço em seu precioso disco rígido.


Instale a ISO gravando-a em um CD/DVD ou através de um pendrive bootável – clique aqui para aprender como fazê-lo, caso ainda não saiba. Importante: para os próximos passos deste tutorial, considere que utilizamos o Ubuntu 12.04 (um dos mais populares) para descrever as ações que você fará. Instalamos o SO em português.

3- Limpe o sistema operacional
Qualquer distro Linux vem repleta de softwares adicionais que devem ser desinstalados antes que você prossiga. Utilize o Synaptic (gerenciador de pacotes também incluso nas distribuições) para desinstalar programas como AbiWord, OpenOffice/LibreOffice, Thunderbird, Gaim, GIMP, Firefox, Rhythmbox etc.

Em seguida, cheque se o sistema operacional não possui atualizações disponíveis. Se houver, baixe e instale todas por questões de segurança, garantindo a estabilidade do seu servidor. Por fim, desative o bloqueio de tela (através do menu Configurações do sistema > Brilho e bloqueio).

4- Configure o compartilhamento de arquivos
Tudo pronto, hora de iniciar as configurações e todo o trabalho pesado. Antes de tudo, instale o Samba, o programa que fará seu computador atuar como servidor e permitir o compartilhamento de arquivos em rede. Você pode consegui-lo através do próprio Synaptic (pesquisando novas aplicações e marcando-o para instalação) ou pela Central de Programas do Ubuntu.
O app também está disponível no Baixaki.

Abra o terminal (Painel de controle > Terminal ou hotkey Ctrl+Alt+T) e digite sudo su para entrar no modo root. Será necessário reinserir a sua senha. Entre no diretório de instalação do Samba digitando cd /etc/samba. Escreva nano smb.conf e aperte Enter para iniciar o processo de configuração.

Apague todo o texto do documento (segure as teclas Ctrl+K até deletar tudo) e cole/digite o texto que pode ser encontrado neste link (substituindo “Name” e “Server Name” com o nome de usuário e nome da máquina). Salve o documento (Ctrl+O) e feche-o (Ctrl+X). É necessário especificar uma senha para acessar o Samba; para isto, digite o comando sudo smbpasswd -a. Por fim, reinicie os processos do programa, escrevendo sudo restart smbd e sudo restart nmbd.

5- Adicionando capacidade FTP
Abra o terminal outra vez (novamente: Painel de controle > Terminal ou hotkey Ctrl+Alt+T) e ganhe acesso root de novo (digitando sudo su e inserindo sua senha do SO). Escreva o comando sudo apt-get install proftpd para instalar o software ProFTPD. Quando você for questionado sobre o tipo de servidor que deseja configurar, escolha a opção “Standalone”.

Mude para o diretório de instalação com a mensagem cd /etc/proftpd/. Configure-o digitando o comando sudo nano /etc/proftpd/proftpd.conf. Substitua todo o conteúdo do arquivo que se abre pelo código que pode ser encontrado neste link.

Salve as configurações (Ctrl+O e em seguida Ctrl+X) e reinicie o servidor, inserindo o comando /etc/init.d/proftpd restart.

6- Configure o acesso Shell (SSH)
Ainda no terminal e em modo root, instale o OpenSSH (apt-get install openssh-server) e o VNC Server (sudo apt-get install vnc4server). Configure uma senha para este último aplicativo (digite vncpasswd e insira duas vezes uma senha de 6 caracteres). Crie um comando de login personalizado digitando sudo nano /usr/local/bin/sharex11vnc. Um novo arquivo será aberto e você deve colar/digitar o seguinte conteúdo dentro dele:

#!/bin/sh
x11vnc -nap -bg -many -rfbauth ~/.vnc/passwd -desktop "VNC ${USER}@${HOSTNAME}" \
|grep -Eo "[0-9]{4}">~/.vnc/port

Calma, ainda não acabou!
Defina os direitos do usuário através do comando sudo chmod 755 /usr/local/bin/sharex11vnc. Feche o terminal e permita que o script do VNC Server recém-criado seja iniciado junto ao Linux: percorra o caminho Painel de Controle > Aplicativos de Sessão e clique no botão “Adicionar”.
Escreva sharex11vnc nos dois primeiros campos da janela que se abre e dê um “Ok”.

Por fim, ative o login automático de sua conta no Ubuntu (percorrendo o caminho Aplicações > Configurações > Contas de Usuário e marcando a caixa de seleção “Iniciar sessão automaticamente”).

7- Divirta-se!
Finalmente, seu servidor está pronto, com todos os softwares configurados e login automático ativado! Retire todos os componentes inúteis da máquina (mouse, teclado, monitor e até mesmo o leitor/gravador de CD e DVD) e plugue o cabo de internet (não é recomendado utilizar conexão WiFi).

Para se conectar ao seu servidor, você pode usar diversos programas como o PuTTy ou o FileZilla. Na maioria das vezes, tudo o que você precisa fazer é definir o endereço IP do servidor (você deve conferir essa informação antes a partir do PC com Linux), informar a porta (5900) e o destino (localhost:5900).

Lembre-se também de que você pode instalar complementos à vontade de acordo com sua necessidade, como TorrentFlux, Apache, MySQL e phpMyAdmin

Fonte: