Como são recicladas as placas de circuito impresso

Uma placa de circuito gera mais de 17 metais na sua reciclagem
Sendo assim, como as grandes empresas recuperam estes metais?

As placas de circuito impresso (PCI) estão presentes em praticamente todos os equipamentos da indústria de eletroeletrônicos. O material que compõe a base, chamada laminado, de uma placa de circuito impresso, pode ter diferentes composições, alguns exemplos são: fenolite (papelão impregnado com uma resina fenólica), fibra de vidro, composite (mistura de resina fenólica com a fibra de vidro) e cerâmicos. O laminado é recoberto por uma fina camada de cobre, sobre a qual são montados os componentes eletrônicos. As conexões entre os componentes ocorrem do lado recoberto com cobre através de caminhos condutores.

Os equipamentos eletrônicos contêm várias frações de materiais valiosos sendo que a maioria destas substâncias está nas placas de circuito impresso. As quantidades de metais valiosos são significativas considerando-se, por exemplo, que a concentração de ouro existente na PCI é superior à encontrada no minério de ouro bruto.

O tratamento de uma placa de circuito impresso (PCI) é complexo, assim, várias tecnologias têm sido desenvolvidas ou aprimoradas para a reciclagem deste componente. Os processos para reciclagem de uma PCI podem ser mecânicos, químicos ou térmicos. Os principais processos são os mecânicos (cominuição, classificação e separação), pirometalúrgicos, hidrometalúrgicos, eletrometalúrgcos e biometalúrgicos. Dentre os tratamentos possíveis, o tratamento mecânico é o menos agressivo ao meio ambiente e aos seres humanos por gerar menos resíduos contaminantes.

As diferenças na gestão do lixo eletrônico entre os países desenvolvidos e os emergentes são visíveis. Países da África, Ásia e América Central e do Sul não possuem estratégias e tecnologias para o recolhimento e tratamento do lixo eletrônico. No Brasil são poucas as empresas especializadas na reciclagem de equipamentos eletrônicos e a completa reciclagem do lixo eletrônico ainda não ocorre no país. As placas de circuito impresso são trituradas e exportadas para outros países, tais como Canadá, Bélgica e Cingapura. O refino dos metais não é feito no Brasil, pois necessita alto investimento financeiro e uma grande quantidade de sucata para se tornar economicamente viável. Dos diversos processos e tecnologias utilizadas no tratamento do lixo de informática, a parte mais complexa e cara é a recuperação dos metais presentes nas placas de circuito impresso, pois envolve processos metalúrgicos que demandam uma elevada quantidade de energia. Portanto, os processos mecânicos, que são mais baratos que os processos metalúrgicos, utilizam equipamentos mais simples e de mais fácil operação, são os realizados no Brasil. Através do processamento mecânico pode-se obter um concentrado de metais que ultrapassa os teores de metais presentes nos respectivos minérios. Por exemplo, após as etapas de cominuição e classificação granulométrica das PCIs obtém-se uma fração de concentrado com cerca de 24% de cobre, enquanto que no minério o valor varia de 1 a 3% de cobre. Obtido o concentrado de metais este pode, então, ser vendido para uma metalúrgica para o devido refino.


O Brasil tem avançado na área de reciclagem de eletroeletrônicos, mas uma parte dos materiais ainda não pode ser recuperada no País: as placas de circuito. Placas mãe e placas de vídeo, no caso dos computadores, assim como os componentes que controlam televisões, monitores e impressoras têm uma série de metais em sua estrutura, e a reciclagem desses itens exige, pois, a separação de cada um, para posterior reaproveitamento.

Há ao menos 17 metais nessas placas, entre pesados, preciosos e de base. Alguns deles até têm tecnologia no país para reciclagem, mas quando todos estão juntos, a recuperação só é feita por cinco empresas no mundo. Uma delas é a Umicore, com sede na Bélgica, que processa 350 mil toneladas de materiais por ano.
As placas brasileiras provêm, principalmente, de equipamentos de informática como computadores, periféricos e acessórios, e o restante vem de celulares, televisões e sistemas de áudio.

Processo de separação
O processo de reciclagem começa com a etapa de amostragem. O material recebido é triturado, formando uma mistura homogênea, de onde se retira uma amostra. No laboratório, são identificados os metais contidos no lote de lixo eletrônico, o que determina quanto as empresas que entregaram a sucata vão receber pelo material. Além disso, os números servem para saber a quantidade de recursos naturais que se está economizando, ao recuperar o que já foi extraído e colocar os componentes de volta no ciclo de produção. 

Então vem a etapa de refino, ou seja, de separação de cada um dos metais. O primeiro passo é fazer lotes maiores, o que significa juntar a massa homogênea de placas de circuito, por exemplo, com outros tipos de lixo, não necessariamente eletrônico, que também têm metais em sua composição: subprodutos de processos químicos, catalizadores automotivos e resíduos da indústria petroquímica, por exemplo.

Esses lotes maiores passam então por três linhas de processo, onde há os chamados metais coletores. Eles recebem esse nome porque funcionam como espécies de imãs, atraindo outros metais. O cobre, por exemplo, atrai ouro, paládio e selênio, entre outros, então nesta etapa do processo esses metais vão formar uma liga. O que "sobrou" segue para a próxima linha, de chumbo, em que metais como prata, estanho e bismuto vão formar outra liga. E da mesma forma, o restante do material vai para a terceira linha, onde o níquel vai atrair platina e ródio, por exemplo.

A fase seguinte ocorre em três diferentes espaços, onde cada uma das três ligas formadas vai ser separada. Cada material tem características químicas que o diferem dos outros, o que possibilita que eles sejam, um a um, destacados do restante da liga.

O que difere a tecnologia da Umicore de outras presentes no mundo é justamente a unificação das três linhas, com os três metais coletores, na mesma planta de reciclagem. "Se você tivesse o cobre, por exemplo, como principal coletor, seria possível recuperar alguns metais, mas os outros não".

Ao final do processo de reciclagem, os metais estão como novos, e podem ser usados pelas mesmas indústrias que utilizam o material recém-extraído. Com isso, economiza-se a natureza de quatro formas diferentes, entre elas evitando que novos materiais sejam retirados da natureza, e impedindo que metais pesados sejam jogados em aterros sanitários sem tratamento e acabem contaminando o meio ambiente.

A indústria de reciclagem tem também uma preocupação com a sua própria emissão de poluentes. Os materiais que serão reciclados são sempre analisados previamente.

Além disso, as partes que não são recicláveis acabam usadas em outros processos. O plástico contido nas placas de circuito, por exemplo, é queimado para gerar energia para outras etapas da reciclagem. Tudo com controle de emissões de gases e de poluentes. Em outra frente, a planta tem sistema de recolhimento de água da chuva e lavagem dos solos, que passa por tratamento e é usada novamente para molhar as pilhas de materiais e resfriar o maquinário da unidade. O processo é certificado por órgãos ambientais europeus.

Depois da reciclagem
Os materiais reciclados em alguns casos voltam para suas indústrias de origem. É o que em geral acontece com platina, paládio e ródio, por exemplo, reciclados de catalizadores e que depois podem ser usados para a fabricação de novos catalizadores. Os produtos utilizados em baterias também são reaproveitados pela mesma indústria. 

No caso da Umicore, que possui, além das usinas de reaproveitamento, indústrias de baterias, catalisadores e materiais de construção, uma parte do material é consumida pela própria empresa. Quando há excedente, ou quando o produto fruto da reciclagem não faz parte da cadeia produtiva da empresa, os materiais são vendidos para outras indústrias. Os setores de eletroeletrônica, de pigmentos, de fertilizantes e de automotores são os principais clientes da Umicore. Fabricantes de bateria também compram os componentes reciclados.

Preços
Quanto aos preços, há metais preciosos que são cotados pela bolsa, então o valor dos materiais recém-extraídos ou reciclados é o mesmo do dia da cotação. Os custos do processo são pagos em parte pelas empresas que recolhem o material e em parte pelas que reciclam. "A companhia paga para a Umicore reciclar, mas depois de ver quanto vale o material, ela recebe o valor descontado o custo". Se, por exemplo, a manufatura reversa custou R$ 20 mil, e os produtos finais valem R$ 100 mil, a empresa que recolheu o material recebe R$ 80 mil.

(placa de circuito impresso flexível)

Se você tem muita sucata eletrônica (ton.) deixe isto para uma empresa que tenha know-how recuperar os vários metais preciosos contidos nelas. Segue lista das
Empresas que recuperam metais preciosos de lixo eletrônico no Brasil e em Portugal:
http://www.oficina70.com/empresas-que-recuperam-metais-preciosos.html

Fonte:

Como fundir metal usando o microondas

É importante salientar que você não deve tentar fazer isso em casa, ­pois além de danificar o aparelho, podem ocorrer acidentes graves.
Todo microondas traz um aviso em letras garrafais alertando as pessoas a não colocar utensílios feitos de metal (e plástico comum) dentro do eletrodoméstico, pois isso pode trazer sérios riscos.

O cientista Theodore Gray conseguiu provar que isso não é bem verdade. Com alguns materiais extras, é possível transformar seu micro-ondas em um forno de fundição.
Theodore colocou tijolos refratários (normalmente usados em lareiras e churrasqueiras) e carbeto de silício dentro de um micro-ondas e derreteu diversos tipos de metais, sem qualquer problema de explosões ou faíscas.

Quando você coloca algo de metal dentro do micro-ondas, em vez de absorver as ondas emitidas pelo forno (como a comida e alguns plásticos fazem), o material as reflete, gerando faíscas e danificando tanto o aparelho quanto o utensílio colocado lá dentro.
O tijolo refratário e o carbeto de silício são ótimos em absorver as micro-ondas, transformando-as em calor, além de trabalharem muito bem com altas temperaturas. Assim, as ondas emitidas pelo forno não chegam a entrar em contato com o metal, mas os materiais usados como isolantes aquecem o suficiente para fazer com que o metal derreta.

Alguns vídeos na internet mostram pessoas tentando repetir em casa a mesma experiência de Theodore.

CUIDADO:
Vale lembrar que reproduzir a ideia do cientista pode ser muito perigosa.
Por isso, não tente criar um forno de fundição por conta própria.
Não tente fazer isto dentro de casa.


A fundição em um microondas não é uma má idéia, mas requer algumas precauções para ser mais seguro.

Fundir ouro no microondas:
Tente fundir o ouro em um forno de micro-ondas de 1200 watts.
ATENÇÃO que você deverá usar um forno que tenha o magnétron na lateral ou na parte traseiramas não no topo.
É possível comprar um kit de fundição de ouro específico para fornos de micro-ondas. Basta colocar os utensílios na prateleira do forno de micro-ondas. O cadinho conterá o ouro enquanto ele aquece dentro do utensílio tapado.

Não use mais o forno de micro-ondas para aquecer alimentos depois de usá-lo para fundir metais.

Segue o video:
No YouYube deverá encontrar muitos mais videos sobre este assunto, basta procurar por:

Podera ver todo o projeto e todo o material necessário para este experimento no link a seguir:

Nota:
Oficina70 divulga o experimento com o intuito de mostrar apenas que é possível sim fundir metais num microondas doméstico.


Fontes:

Como derreter ouro em casa

Métodos caseiros para fundir ouro
Você possui joias de ouro que deseja derreter?
É um artista ou projetista de joias que precisa criar um novo projeto derretendo ouro? 
Ou então é um recuperador de ouro de sucata eletrônica?
Há várias formas de derreter ouro em casa, mas é necessário tomar muito cuidado sempre para estar seguro ao fundir esse metal, pois o processo exige calor extremo.

Materiais que serão necessários:
Ouro para recuperar;
Maçarico de oxiacetileno ou propano;
Pinças refratárias;
Cadinho;
Fundente de bórax.

Cadinho:
Compre um cadinho para comportar o ouro enquanto ele derrete. É necessário usar o equipamento correto para fundir o metal, e um cadinho é um recipiente projetado especificamente para conter ouro durante o derretimento, pois pode suportar temperaturas extremas.
Os cadinhos geralmente são feitos de grafite ou argila. O ponto de fusão do ouro é aproximadamente 1.064 °C, o que significa que serão necessárias temperaturas dessa ordem para derretê-lo. Portanto, é muito importante que você não escolha um recipiente aleatório.
Além do cadinho, você precisará de uma pinça para movê-lo e segurá-lo. Ela precisa ser feita de um material resistente ao calor.
Caso você não disponha de um cadinho, existe um método caseiro que usa uma batata no lugar desse recipiente para fundir o ouro. Para empregá-lo, faça um buraco na batata e coloque o ouro no interior dele.
Veja como fundir ouro com uma batata no video a seguir:

Bórax
Use um fundente para remover impurezas do ouro. O fundente é uma substância misturada com o ouro antes de derretê-lo. Geralmente é uma mistura de bórax e carbonato de sódio.
Será necessário mais fundente se o ouro for impuro. É possível utilizar diversas fórmulas diferentes para misturas de fundentes. Um método consiste em misturar bórax e carbonato de sódio (como mencionado anteriormente). Adicione duas pitadas do fundente para cada 30 g de sucatas de joias limpas e mais para sucatas sujas. Use o bicarbonato de sódio comum encontrado nos mercados e farmácias. Ao aquecê-lo, ele formará o carbonato de sódio.
O fundente ajuda a manter as finas partículas de ouro unidas, além de ajudar a remover impurezas do ouro conforme ele aquece. Ao usar o método da batata, adicione uma pitada de bórax ao furo antes de derreter o ouro.

ATENÇÃO:
Seja bastante cuidadoso em todos os momentos. Pode ser perigoso derreter ouro por conta do calor extremo necessário para tal.
Fale com um profissional caso não tenha muita experiência em derreter ouro. Além disso, encontre um lugar em sua casa seguro para derreter o metal, como em uma garagem ou cômodo vazio. Será necessária uma bancada de trabalho para comportar os materiais.
Não se esqueça de usar óculos de segurança e uma máscara facial para proteger o rosto. Além disso, use luvas resistentes ao calor e vista um avental espesso.
Nunca derreta ouro perto de alguma coisa inflamável, pode ser muito perigoso, pois o risco de incêndio é incrivelmente alto.
Nunca deixe fontes de calor desacompanhadas ou ao alcance de crianças.

Forno elétrico para fundição:
Compre um forno de fundição elétrico usado para derreter ouro. Trata-se de um forno pequeno, mas de alta potência, projetado especificamente para derreter metais preciosos, incluindo ouro e prata. É possível comprá-lo pela internet.
Alguns desses fornos elétricos são consideravelmente baratos. Eles também possibilitam misturar metais (como ouro, prata, cobre, alumínio e afins) para derretê-los em casa. Para usá-los, o mesmo equipamento será necessário, incluindo um cadinho e fundentes.
Caso a peça de ouro também contenha pequenas porcentagens de prata, cobre ou zinco, o ponto de fusão será menor.

Fundir ouro no microondas:
Tente fundir o ouro em um forno de micro-ondas de 1200 watts.
No entanto, você deverá usar um forno que tenha o magnétron na lateral ou na parte traseira, mas não no topo.
É possível comprar um kit de fundição de ouro específico para fornos de micro-ondas. Basta colocar os utensílios em uma prateleira do forno de micro-ondas. O cadinho conterá o ouro enquanto ele aquece dentro do utensílio tapado.
Nota:
Não use mais o forno de micro-ondas para esquentar alimentos depois de usá-lo para fundir ouro.
É importante salientar que você não deve tentar fazer isso em casa, ­pois além de danificar o aparelho, podem ocorrer acidentes graves.

http://www.oficina70.com/2017/11/como-fundir-metal-usando-o-microondas.html

Fundir ouro com maçarico:
Experimente usar um maçarico de propano para fundir ouro. Como mencionado anteriormente, é necessário ser extremamente cuidadoso com a segurança ao usar fontes de calor elevado. Contudo, um maçarico derreterá o ouro dentro de alguns minutos.
O ouro deverá ser colocado dentro de um cadinho. Em seguida, o cadinho deverá ser colocado sobre uma superfície refratária e o maçarico apontado diretamente para o metal. Caso adicione o bórax ao ouro antes, será possível derreter o ouro a temperaturas mais baixas, o que pode ser necessário considerando o uso de um maçarico.
Tome o cuidado de aproximar a chama lentamente se houver pó de ouro fino no cadinho, porque ele pode ser facilmente lançado para fora. Aquecer o recipiente rápido demais também poderá rachá-lo. A intenção é aquecê-lo completa e lentamente. Um maçarico de oxiacetileno derreterá o ouro mais rápido do que o propano.
Fundir pó ou flocos de ouro
Dê um pré-aquecimento muito rápido e adicione bóraxx ao cadinho para vidrar.
Adicione os flocos ou o pó de ouro.
Com o maçarico, segure a chama bem acima do pó de ouro e mova-a lentamente em movimentos circulares. Quando o pó começar a esquentar e ficar vermelho, você poderá começar a aproximar a chama lentamente até o pó estar reduzido a uma pepita.
Se for necessário vá adicionando bórax.

Moldar o ouro:
Decida o que você fará com o ouro derretido. Talvez queira vendê-lo com uma nova forma ou produzir um lingote ou barra de ouro.
Você pode fazer um molde em casa, basta dar forma a um isopôr (esferovite) na forma que desejar ou fazer uma barra, depois unte com vasilina ou manteiga e coloque num recipiente de plástico também untado, encha o recipiente com cimento refratário, se for possível, e depois de totalmente seco retire o molde do recipiente plástico e o seu molde.


Despeje o ouro derretido na forma do lingote ou outro molde antes dele endurecer. Em seguida, deixe o metal esfriar.
A forma deverá ser feita de material similar ao do cadinho (refratário), e não esqueça de usar sempre um fundente como o bórax ou correrá o risco de perder seu ouro.

Fonte: