Naufrágios na costa brasileira que abrigam tesouros

Navios naufragados na costa brasileira que abrigam tesouros
Esqueça o tesouro de Oak Island, há tesouros perdidos aqui bem perto de você.
Conheça os tesouros que estão sob as águas na costa brasileira.
Naufrágios na costa brasileira que abrigam tesouros

Navio Santa Rosa
O navio Santa Rosa (galeão de guerra da Marinha Portuguesa do século XVIII), sob o comando do capitão Bartolomeu Freire de Araújo, explodiu em 1726 no Nordeste, levava ouro e prata avaliados em milhões de US$.
Em 20 de Março de 1726, uma frota de 18 embarcações partiu de Portugal com destino ao Brasil. Dela faziam parte duas embarcações de guerra, a Nossa Senhora de Nazareth e a Santa Rosa.
A frota chegou a Salvador após dois meses e quatro dias de navegação.
Durante dois meses e meio, foram procedidas as operações de descarga e carga. Nesse ínterim, além das embarcações chegadas do Reino, juntaram-se à frota, para retorno, mais 37 embarcações. O volume de géneros transportados para a Metrópole era considerável: cerca de 27 mil rolos de tabaco, 13 mil caixas de açúcar, além de 20 mil couros, milhares de cocos e, um grande número de arcas e baús de jacarandá e cerca de 10 toneladas de moedas de ouro, além de ouro em pó e em barras, diamantes e pedras semipreciosas. Esta fortuna foi dividida entre as duas embarcações de guerra, cabendo ao Santa Rosa cerca de 6,5 toneladas que faziam parte do Quinto da Coroa Portuguesa.
O Santa Rosa levava um quarto da produção anual de ouro do Brasil para Portugal.
É um dos mais ricos naufrágios do mundo ainda não localizados.
Acredita-se que está em algum lugar no litoral pernambucano.
Leia mais em:

Navio Santa Clara
Levava ouro e prata de Portugal para a Índia, em 1573. Naufragou ao fazer escala no
Brasil.
Estima-se que o mesmo esteja próximo a Arembepe, na Bahia.
A Coroa Portuguesa não informou a quantidade da carga preciosa e por isto não existe valor estimado. Segundo relatos da época, tripulantes
morreram afogados tentando nadar até a praia com os bolsos cheios de ouro.

Navio Rainha dos Anjos
Naufragou em 1722, vindo de Macau. Trazia presentes da corte chinesa para o papa e o
rei de Portugal.
Naufrágios na costa brasileira que abrigam tesouros
A localização é expectável à documentos da época que mencionam que o navio pegou fogo na baía de Guanabara, no Rio de Janeiro dias antes de zarpar para Lisboa.
Documentos antigos de alfândegas relatam haver cerca de 450 mil dólares em peças entre eles 128 vasos de porcelana e 136 raríssimos vasos de vidro de Pequim. Parte dos despojos foi recuperado numa missão de resgate pago pela coroa portuguesa que durou 2 anos, porém estima-se que milhões de dólares em riquezas ainda estejam sobre areia, lama e lixo.

Prince
Navio francês, viajava com destino à Índia. Afundou em 1752.
Acredita-se que esteja naufragado entre Pernambuco e Rio Grande do Norte. Uma segunda versão dá conta de que estaria próximo da ilha da Ascensão, no meio do Atlântico.
A carga em ouro é avaliada em 5 milhões de libras.

Madagascar
Navio inglês, afundou em 1853 quando voltava da Austrália.
Versões da época indicam que possa estar próximo a Bragança, no Pará. Mas alguns estudiosos acreditam que ele possa estar no lado oposto do Brasil, na costa gaúcha.
Acredita-se que o navio transportava 1020 toneladas de ouro.

Príncipe de Astúrias
Naufragado em 1916 em Ilhabela (SP), um ano após o naufrágio mais famoso do mundo (Titanic), o navio estaria carregando ouro, além de 447 passageiros e um número incerto de refugiados alemães da Primeira Guerra.
Naufrágios na costa brasileira que abrigam tesouros
Momento retratado na pintura de Carlos Alfredo Hablitzel (1977),que a embarcação naufraga.
Na busca dessas riquezas, aventureiros usaram explosivos e destruíram parte do navio. Entre as peças da embarcação resgatadas está uma estátua de mulher, de quase dois metros de altura. Ainda existiriam outras 12 estátuas iguais dentro do Príncipe de Astúrias. O objeto foi resgatado pelo empresário grego Jeannis Michail Platon, que o entregou à Marinha.
Veja mais sobre este naufrágio nos links a seguir:

São João Magnanimo
Charrua construída no Arsenal do Pará e lançada ao mar em 1794.
Em uma de suas primeiras viagens, ainda em 1794, quando em rota para Portugal naufragou no Banco da Tijoca (PA).
Transportava toda a prataria que havia na Igreja dos Mercenários.

Quer conhecer outros tesouros perdidos no Brasil?
Clica no link a seguir:

Naufrágios com valor histórico
Navios sem relatos de carregamentos de tesouro mas cujo valor histórico é inestimável e inquestionável devido a objetos, mobília entre outros artigos embarcados. 

Nau de Gonçalo Coelho
Até o momento não foram encontrados documentos que nos informem seu nome.
Seu proprietário era Fernão de Loronha (Fernado de Noronha) e tinha como comandante Gonçalo Coelho.
Era uma embarcação de três mastros, tinha uma capacidade de carga de cerca 300 tonéis (hoje equivalentes a aproximadamente 260 toneladas), com uma tripulação de 240 homens.
Seu naufrágio ocorreu no dia 10 de agosto de 1503, o que a torna o naufrágio mais antigo documentado para as costas do Brasil.
Quase tudo o que se sabe vem da Léttera escrita por Américo Vespúcio, que estava comandando uma das embarcações da frota de 6 navios enviada para explorar as costas do Brasil e nela construir fortalezas.
Seu valor histórico é incalculável pois nela estão depositadas as características não só da construção naval, bem como a dos equipamentos e utensílios utilizados à bordo durante a era dos Descobrimentos.
O ponto mais provável de seu naufrágio: nas proximidades da ilha de Fernando de Noronha.

Embarcações da Batalha do Abrolhos
No dia 11 de setembro de 1631 duas esquadras, uma luso-espanhola (com 19 navios de guerra que comboiavam mais 35 embarcações) e outra holandesa (com 18 embarcações de guerra), combateram a cerca de 80 léguas do arquipélago dos Abrolhos.
A Batalha Naval se iniciou pelas 9 horas da manhã e foi terminar por volta das 4 horas da tarde. Neste duro conflito perderam-se, segundo alguns autores 6 embarcações, segundo outros apenas 4.
Com concordância geral, foram ao fundo as seguintes embarcações:
Frota holandesa:
Prins Wilhelm - nau capitânia (46 canhões, 300 tripulantes) e
Provincie van Utrecht (38 canhões, 262 tripulantes).

Frota luso-espanhola:
San Antonio - nau almiranta (28 canhões, 344 tripulantes) e
N.S. dos Prazeres Menor (18 canhões, 188 tripulantes).

Estas embarcações naufragadas representam valioso patrimônio histórico mas repousam numa profundidade entre 150 e 200 metros e numa localização muito vaga entre as 80 léguas a leste dos Abrolhos.

Nau de Aires da Cunha
Em outubro de 1535 parte de Portugal uma esquadra, comandada por Aires da Cunha, composta por 10 embarcações, com uma tripulação total de 900 homens, fortemente armada, tanto para o mar quanto para terra e com 113 cavalos a bordo. Tinha a missão oficial de tomar posse da capitania do Maranhão em nome de seu donatário, João de Barros.
Em março de 1536, quando a esquadra chegava às costas do Maranhão, fortes chuvas e vento castigavam a região e, provavelmente devido a estas condições climáticas adversas, a nau capitânia desapareceu.
Por ser a mais importante das embarcações e nela estavam os personagens mais influentes, com seus bens, seu valor histórico é bem elevado, bem como existe a possibilidade de que ela estivesse transportando valores.
Além desta, outras embarcações da esquadra naufragaram na ilha do Maranhão.
Possíveis locais: Ilha do Medo e Coroa Grande.

Algumas outras Naus e Galeões naufragados no Brasil:
Naus e Galeões naufragados no Brasil
San Gabriel,1525 - Santa Catarina - não localizado
S. Maria de Begona, 1584 - Santos/SP - não localizado
Hollandia, 1607 - Salvador/BA - localizado
Amsterdam, 1627 - Salvador/BA - não localizado
N. S. do Rosário, 1648 - Salvador/BA - localizado
Huys Nassau, 1648 - Salvador/BA - não localizado
Utrech, 1648 - Salvador/BA - localizado
São Paulo, 1652 - Cabo de Santo Agostinho/PE - localizado
Sacramento, 1668 - Salvador/BA - localizado

Segundo o SINAU (Sistema de Informações de Naufrágios) são pelo menos 88 naufrágios de galeões e naus no litoral do Brasil.

Fontes:

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