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Fontes de minérios de ouro

Minérios que contém ouro
Os metais de ouro e prata são obtidos a partir de uma variedade de diferentes tipos de minérios de rocha. A maioria das pessoas pensa que as pepitas de ouro constituem a principal fonte do ouro. Mas a realidade é que muito pouco do ouro é derivado das pepitas, tornando assim as pepitas super valorizadas. Quase todo o ouro recém-extraído vem de minérios de mineração natural de rocha dura, finos grãos de ouro ou até mesmo partículas microscópicas de gossans.
gold in hessit

O ouro é amplamente encontrado na natureza, embora ele seja um dos metais raros. Muitas vezes acontece que o ouro conhecido como o metal é nativo encapsulado dentro de um mineral como o quartzo. E, historicamente, o ouro, o mais produtivo, ocorre nos depósitos dos veios hidrotermais de quartzo. Atualmente, esses depósitos generalizados fornecem grande parte do minério de ouro do mundo.

O elemento minério de ouro na natureza ocorre até mesmo principalmente na forma de ouro nativo. Em vários minérios de ouro, o conteúdo mineral de ouro original geralmente ocorre em partículas minerais muito finas e pequenas contidas dentro de minerais de sulfeto como a pirita.

As pirites de ferro são um mineral muito comum associado ao ouro, mas também servem como agente redutor. Portanto, se o ouro é encontrado em pirita, é sempre ouro livre e não como algum tipo de sulfeto de ouro. O ouro também esta presente às vezes em calcopirita, galena e arsenopirita e estibina, mas não como é encontrado em quantidades que podem ser encontradas em pirita. Outros minerais, como esfalerita, pirhotita, magnetita e hematita, também carregam pequenas quantidades de ouro.

Veja lista de outros minerais que estão associados ao ouro:

O ouro também vem como Telureto de ouro em Calaverita. Ganga comum em minérios de ouro inclui quartzo, fluorita, calcita e pirita, mas muitos outros podem ser encontrados em quantidades menores.

Outro Telureto de ouro e prata é a Silvanita, também conhecido como “ouro gráfico” ou “telúrio gráfico” e é o mais comum telureto de ouro. A relação ouro/prata varia desde 3:1 até 1:1. É um mineral metálico cuja cor varia desde um cinza até quase branco. Encontra-se largamente associado a calaverita.

Minérios de Ouro:
O mais proeminente é ouro puro, sendo que o mais comum do ouro nativo contém uma pequena quantidade de prata, cobre, platina, ou outro metal precioso.

Os minerais de telureto são os minerais mais comuns e significativo na composição do ouro.
Esses incluem:
Petzita (Ag3AuTe2)
Petzit (Ag3AuTe2)

Hessita (Ag2Te)
Hessit (Ag2Te)

Silvanita (Au, Ag)Te2
Silvanit (Au, Ag)Te2

Calaverita (Au, Ag) Te2
Calaverit (Au, Ag) Te2

Krennerita (AuTe2 to Au3AgTe8)
Krennerit (AuTe2 to Au3AgTe8)

Nagyagita (Au2, Pbi4, Sb 3, TE7, S7)
Nagyagit (Au2, Pbi4, Sb 3, TE7, S7)

Os sulfuretos e teluretos contendo ouro são a formação primária do minério de ouro, embora a calcopirita aurífera possa ser formada por um processo de enriquecimento secundário.

Ouro nativo pode ocorrer no primário, enriquecimento secundário ou zonas oxidadas. Os teluretos, geralmente associados à pirita, são amplamente utilizados, embora não com muita frequência, mas nem sempre reconhecidos, na verdade, alguns dos minérios são confundidos com sulfetos.

Os depósitos de ouro são geralmente classificados de acordo com sua associação:
1. Destes podem ser catalogados como quartzoso
Isto significa que o mineral de ganga é ácido, isto é, quartzo e fluorite, que podem ser muito abundantes ou os outros minerais de ganga do grupo do solo alcalino. Não raro, parece variar da pirita e quantidades limitadas de calcopirita e galena dentro de quantidades de quartzo. Estes são minérios de moagem livre.

2. Minérios de cobre contendo minério de ouro
Nos Estados Unidos grande parte da calcopirita é de ouro. Os minérios de cobre auríferos são particularmente abundantes no Colorado, Utah, Montana e British Columbia. Eles também estão em Gold Hill, Carolina do Norte e no Canadá em Newfoundland.

3. A classe do minério de chumbo aurífero
A proporção de chumbo nestas rochas é grande e o teor de ouro é frequentemente baixo. Eles são minérios refratários, como o minério de cobre. O minério refratário requer torrefação antes do processamento de extração. Os sulfetos pesados ​​como cobre, chumbo e antimônio requerem este método de tratamento, ou seja, a condição do ouro no mineral não permitirá sua captura imediata com a maioria dos sistemas de recuperação.

4. O minério de ouro é constituído pelo grupo do telureto de ouro
Os minérios de telureto de ouro ocorrem acompanhados por outros teluretos com prata, chumbo e antimônio ou como ouro nativo acompanhado por outros teluretos. Estes minérios são frequentemente enviados diretamente para o tratamento de fundições.

5. Tipo de minério disseminado
Eles são frequentemente de baixa qualidade, mas presentes em números muito grandes. Eles preenchem grandes fraturas e zonas de falha ou substituem certos horizontes geológicos. Eles são o resultado da circulação de grandes quantidades de água aquecida no subsolo conhecidos como hidrotermais.

Assista ao vídeo do IPMI (em inglês)

Saiba como encontrar ouro na natureza clicando no link abaixo:

Fontes:

Estudo sobre os Depósitos Auríferos

Estudo completo sobre os Depósitos Auríferos
Estudo completo sobre os Depósitos Auríferos
O ouro é conhecido desde a Antiguidade, sendo certamente um dos primeiros metais trabalhados pelo homem, conhecido na antiguidade desde, aproximadamente, 2600 a. C. descrito como metal, que é referido em várias passagens no antigo testamento. É considerado como um dos metais mais preciosos, tendo o seu valor sido empregue como padrão para muitas moedas ao longo da história. Apresenta diversas aplicações devido suas características de condutividade e resistência a oxidação.
Ouro é produzido no mundo como subproduto de diversos tipos de depósitos, como sulfetos maciços vulcanogênicos, depósitos de níquel-cobre, depósitos pórfiro, depósitos de Fe, entre outros. A principal fonte desse metal é de depósitos tido como gold-only, que incluem os placers e os lode-gold. Incluem os depósitos: epitermais, orogenéticos de veios sulfetados quartzo-carbonático, stratabound em formações ferríferas bandadas e disseminados e de substituição.

FORMAÇÃO DOS DEPÓSITOS
Conforme o conhecimento prévio, uma jazida é um depósito mineral economicamente aproveitável e como tal, todas as suas características geológicas como forma, dimensões, disposição e orientação, comportamento e relações com as rochas encaixantes devem ser bem conhecidas antes mesmo daquelas relativas ao seu valor econômico.

O conhecimento dessas características geológicas está baseado no estudo detalhado de afloramentos, capeamento, forma, zona de enriquecimento, rochas encaixantes, rocha hospedeira, capa e lapa, contatos, ramificações, potência, direção e mergulho, extensão e profundidade, declividade da jazida, que são elementos imprescindíveis na escolha e definição do tipo e métodos de lavra a serem empregados.

Para o levantamento e determinação dessas características devem ser realizados trabalhos de gabinete, em duas etapas, uma antes e outra após a etapa dos trabalhos de campo.

DEPÓSITO EPITERMAL
filão hidrotermal de ouro
Muitos dos depósitos de ouro do mundo relacionados a condições quase subaéreas comumente envolvem rochas vulcânicas de composição intermediária a félsica. São geralmente associados a processos vulcânicos e a colocação, resfriamento e consolidação dessas rochas vulcânicas.
Depósitos minerais epitermais são o produto de grandes sistemas hidrotermais convectivos, movimentados por calor magmático nos primeiros quilômetros da crosta, relacionados com rochas vulcânicas. Esses sistemas, enquanto ativos, descarregam na superfície fluidos quentes como hot springs ou fumarolas.
São definidos como depósitos epigenéticos, formados em níveis rasos dentro da crosta. 
Os de veios e substituição (300-400oC) são formados em ± 1,5 km
Os depósitos formados a 100-200 m são chamados tipo hot-spring (~ 100oC).
A mineralização ocorre em veios silicáticos discretos, em fissuras irregulares em várias direções, stockworks, brechas, preenchimento vesicular e também em forma disseminada em encaixante mineralizada, ou ainda em corpos de substituição associados a zonas de silicificação. Em alguns casos, depósitos maciços são distribuídos nos níveis rasos, vulcânicos, dos arcos principais e dentro das porções mais superiores dos sistemas intrusivos subjacentes.
Alguns depósitos epitermais são diretamente relacionados a corpos intrusivos profundos, mas essa relação só é demonstrável se a erosão permitir. Texturas de preenchimento e substituição são comuns. Cavidades drúsicas (tipo geodo), estruturas em pente, encrustações, bandamento simétrico, texturas coloformes e do tipo ágata são típicas e circulação livre de soluções hidrotermais. As fissuras têm ligação direta com a superfície, permitindo que os fluidos mineralizantes percolem com facilidade.

TIPOS DE DEPÓSITOS HIDROTERMAIS
Minério de Ouro, quartzo hidrotermal
Há três tipos principais de depósitos epitermais , dois dos quais em sistemas de arcos principais, sendo as diferenças entre depósitos visualmente relacionadas à profundidade relativa das intrusões.
A divisão em tipos de baixo e alto enxofre é baseada na alteração hidrotermal e na composição mineralógica.
O tipo mais comum é caracterizado por um ambiente de deposição de baixo enxofre (low sulfidation type), associação de alteração com quartzo-adulária-carbonato-sericita. Têm alta razão Au e quantidade menor de metais básicos como Pb, Zn e Cu. Um outro tipo é a classe chamada de alto enxofre, sendo caracterizada por um ambiente de deposição de enxofre de estado de sulfidação alta (high sulfidation;). Produz quantidades menores de Cu (contêm mais As) e alguma Ag, contendo quartzo, alunita, pirita e sulfetos de Cu, como enargita.
As maiores concentrações mundiais de ouro nativo e ligas Au-Ag são depositadas em condições epitermais, tendo-se como exemplos os depósitos de Goldfields, Nevada; Cripple Creek, Colorado e Hauraki, Nova Zelândia. Minerais como quartzo e carbonatos podem se estender em profundidade, mas os valores do minério diminuem muito, o que pode estar relacionado à ausência de ebulição. Em alguns depósitos, entretanto, sulfetos como galena, esfalerita, calcopirita e outros aparecem mais no fundo, caracterizando condições mesotermais. Essa interdigitação de condições foi chamada de leptotermal para descrever a transição entre condições de temperaturas moderadas a baixas.

DEPÓSITOS DE OURO PALEOPLACER
depósitos de ouro de placer
Depósitos paleoplacer de ouro-urânio piritosos são a maior fonte de ouro do mundo no Supergrupo Witwatersrand da África do Sul, com depósitos de urânio similares no Supergrupo Huronian do Canadá. Tais concentrações são encontradas na maioria dos crátons precambrianos do mundo, ocorrendo em camadas de conglomerados piritosos com seixos de quartzo, aos quais se associam quartzo arenitos, sendo os mais importantes encontrados no arqueano e proterozóico inferior.
Os paleoplacers piríticos e muitos hematíticos ocorrem em espessas seqüências de rochas sedimentares clásticas. Muitas porções dessas seqüências, que incluem conglomerados piríticos (ou hematíticos) muito grossos, têm sido interpretadas como tendo formado em condições fluviais, em sistemas de riachos entrelaçados em extensos vales e, mais importante ainda, sobre enormes leques aluviais.

 QUADRILÁTERO FERRÍFERO
Na Formação Moeda, Supergrupo Minas, no Quadrilátero Ferrífero, ocorrem depósitos placer em vários pontos dos metaconglomerados, merecendo destaque as áreas da Serra das Gaivotas e Serra do Gandarela.
A mineralização urano-aurífera se associa aos metaconglomerados* oligomíticos na base da Formação Moeda, com seixos de quartzo cinzentos que apresentam uma auréola de crescimento. A matriz é quartzosa, sericítica, piritosa e com finos filmes carbonosos. Tanto o ouro, quanto o urânio, guardam certa relação com a presença de pirita e de matéria carbonosa. A pirita é o mais abundante mineral opaco ocorrendo sob a forma nodular e idiomórfica.

JACOBINA
Importantes depósitos auríferos estão associados aos conglomerados da Formação Serra do Córrego, que foram depositados em um sistema de drenagem fluvial, anastomosada*, que fluía de leste para oeste.
Sob o ponto de vista estrutural o Grupo Jacobina é descrito como um homoclinal, mergulhando forte para leste. Está dividido em blocos, separados por falhas originadas, principalmente, por esforços compressivos provenientes do sudeste. Diques básicos ocupam geralmente, os planos de falha e em seus afloramentos são caracterizados por um relevo negativo, entre as cristas de quartzitos e conglomerados.

CARACTERÍSTICAS RESSALTADAS DOS DEPÓSITOS PLACERS
garimpo de pepitas de ouro
A composição mineralógica dos depósitos inclui pirita como diversos tipos de grãos em matrizes dos conglomerados, junto com quartzo, feldspato e moscovita. Outros minerais pesados são uraninita, granada, cromita, titanita, rutilo, monazita, xenotima, apatita, turmalina, ilmenita, columbita, córindum, cassiterita, osmiridium e diamante.
Ouro é concentrado junto com uraninita detrítica, mas as menores razões U/Au ocorrem nas faixas de seixos mais grossos, sugerindo que o ouro originalmente depositou-se junto com os sedimentos mais grossos e que uraninita foi carregada rio abaixo (downstream)* por maiores distâncias, fruto da diferença de densidade desses dois minerais.
Alguns autores sugerem que o Au tenha sido introduzido na Bacia de Witwatesrand por fluidos hidrotermais logo após seu soterramento.
Seriam fluidos do tipo metamórfico, com alteração associada a um fluido redutor, de baixa salinidade, similares aos dos greenstone belts. Os fluidos teriam sido canalizados ao longo de estruturas, superfícies de discordância e acamamento, tendo a precipitação do ouro sido dominada por reações com rochas carbonosas ou ricas em ferro. Essas rochas acham-se concentradas imediatamente acima das superfícies de discordância. Nesse modelo, as rochas crustais máficas, abaixo da bacia Witwatersrand, teriam sido a fonte do ouro.

DEPÓSITOS DE OURO DISSEMINADOS EM ROCHAS CARBONÁTICAS
Ouro disseminado em rochas sedimentares, do tipo Carlin, constitui depósitos de pirita rica em arsenopirita aurífera, epigenéticos, disseminados, caracterizados por dissolução de carbonatos, alteração argílica, sulfetação e silicificação em rochas sedimentares calcáreas. Ouro e pirita precipitam-se juntamente com fluidos ricos em H2S pela sulfetação de minerais de ferro das rochas encaixantes.
Os depósitos são associados com falhas normais de alto ângulo e horizontes permeáveis de sucessões sedimentares. Formaram-se quando fluidos hidrotermais, fluindo ao longo de falhas, encontravam zonas de brecha e/ou horizontes permeáveis. Os fluidos então reagiram com as rochas encaixantes, produzindo sua alteração e depositando ouro. O processo é essencialmente de substituição seletiva de rocha carbonosa por sílica, pirita e ouro. Os depósitos formam-se a 1,5-4 km, com T de 225ºC.

GEOLOGIA LOCAL
Trata-se de estudos geológicos detalhados da área alvo de pesquisa mineral, abordando suas caracterizações, litoestratigráficas, topográficas, petrológicas e petrográficas, estruturais (falhamentos e dobramentos, estruturas lineares etc.), geomorfologia, drenagem e ainda hidrografia.

JAZIMENTO
depósito de ouro epitermal
Deve-se fazer uma descrição detalhada do depósito mineral de acordo com a sistemática a seguir, bem como descrever todos os seus elementos característicos mencionados anteriormente:
Tipo de rochas: hospedeiras, encaixantes, intrusivas;
Estruturas: cisalhamento, falhas, dobras, etc. em relação ao minério;
Mineralogia das hospedeiras: descrição dos litotipos mineralizados;
Ambiência tectônica: tectônica antes, durante e após a formação das hospedeiras e do depósito;
Idade das hospedeiras: idades e métodos de detecção;
Mineralogia do minério: minerais opacos e translúcidos por modo de ocorrência;
Mineralogia secundária, acessória e de alteração: associações por zonas de alteração, metamorfismo e retrometamorfismo;
Controles da mineralização: controles litoestratigráficos, estruturais etc.;
Estruturas e texturas do minério: bandado, filonar, de substituição, exosolução etc.;
Assinatura geoquímica: anomalias positivas e negativas na área do depósito;
Fluidos mineralizadores: tipos de fluidos e suas composições químicas;
Assinatura isotópica: composição isotópica das rochas, minerais e fluidos;
Alteração supergênica: mineralogia, estruturas e texturas da alteração meteórica;
Produção passada: indicar a produção e os períodos de produção;
Reserva estimada: quantidades por tipos de reserva (medida, indicada e inferida), teores e ano;
Depósitos associados: outros depósitos na mesma área ou região ou unidade geológica;
Outros depósitos similares: outros depósitos do mesmo tipo no Brasil e no mundo.

Mapas de jazimentos auríferos no Brasil:

TRABALHOS DE PESQUISA MINERAL
Os trabalhos de pesquisa mineral necessários à definição de uma jazida mineral, sua avaliação e a determinação da exeqüibilidade de seu aproveitamento econômico, como preceituado no § 1° do Código de Mineração, e também na efetivação dos estudos de geociências anteriormente mencionados são apresentados a seguir.

É conveniente ressaltar que esses trabalhos preceituados no CM são os mínimos solicitados e que alguns deles podem ser realizados e/ou adaptados ao projeto de pesquisa em função da substância mineral a ser pesquisada em como das hospedeiras e encaixantes dos mesmos.

LEVANTAMENTOS GEOFÍSICOS
Estudo completo sobre os Depósitos Auríferos
Podem ser realizados tanto em solo (levantamentos terrestres), como por ar (aéreos), quanto em água (aquáticos) e baseiam-se nas propriedades físicas manifestadas pelas diferentes rochas. Por exemplo: densidade, magnetismo, sísmicas etc. Estes métodos de levantamento são empregado para mineralizações em profundidade.

LEVANTAMENTOS GEOQUÍMICOS
São utilizados para detectar a existência ou não de mineralizações em uma área através da geoquímica da água, sedimento, solo ou rocha. Tal levantamento é realizado conforme as propriedades químicas, físicas e físico-químicas da substância pesquisada.

MAPEAMENTO GEOLÓGICO DE DETALHE
Consiste na caracterização de todas as litologias, dobras, falhas e qualquer outra feição geológica de interesse que se encontram na área pesquisada, através da delimitação dos corpos geológicos e seus contatos. Após esse trabalho, deve-se apresentar um mapa geológico em escala de detalhe.

LEVANTAMENTOS TOPOGRÁFICOS
Consiste em efetua-se o levantamento planialtimétrico de toda a área pesquisada, em escala de detalhe, geralmente 1:2.000 com curvas de nível de 5 em 5 metros.
Todas as seções de amostragem sistemática devem ser também levantadas, inclusive as escavações executadas.

ESTUDO DE AFLORAMENTOS
Faz-se a descrição mineralógica, petrográfica e estrutural da rocha; as medições de estruturas planares e lineares; as descrições das evidências de topo e base da camada; as descrições e classificações das dobras e falhas observadas. Nas áreas mineralizadas, faz-se a descrição dos gossans e das zonas de lixiviação, de enriquecimento supergênico, e de alteração indicando a paragênses mineral de cada zona e dos elementos característicos da do corpo.

AMOSTRAGEM SISTEMÁTICA DE AFLORAMENTOS
Nos afloramentos das zonas mineralizadas, faz-se uma amostragem de canal ao longo de todo afloramento. As seções de amostragem são espaçadas no máximo de 2 em 2 metros uma da outra, localizadas perpendicularmente aos contados aos contatos da jazida e devem cobrir toda sua espessura aparente.
Depois da retirada das amostras, cada uma delas é devidamente embalada, identificada e enviada para análise química e/ou petrográfica microscópica.

ABERTURA DE ESCAVAÇÕES
Nos locais de contatos invisíveis onde a identificação é muito importante, são abertos poços e/ou trincheiras visando à medição desses contatos.
A localização de um poço ou trincheira depende da conveniência de cada local, mas no geral, pode ser de perpendicular a paralelo à direção esperada do corpo neste local.

EXECUÇÃO DE SONDAGEM NO CORPO DE MINÉRIO
Com base no conhecimento dos afloramentos das zonas mineralizadas e nos elementos estruturais característicos do corpo geológico, faz-se a locação dos furos de sonda nos vértices de uma malha, visando interceptar tal corpo, em profundidade. A metragem total a ser perfurada e o conseqüente número de furos está limitado ao orçamento do projeto elaborado no Plano de Pesquisa apresentando ao DNPM no ato do Requerimento da Autorização de Pesquisa.

A sondagem se dá por sonda rotativa, percussiva ou rotopercussiva, em função do tipo de material que se tem na área (rocha sã, alterada, solo, sedimentos).

Os testemunhos ou materiais recuperados são acondicionados em recipientes adequados a cada tipo e num outro momento, descritos estrutural e petrograficamente e em muito casos, metade desses é submetida a algum outro tipo de ensaio e/ou análise.

ANÁLISES FÍSICAS DE AMOSTRAS
Sem atribuição especifica às jazidas metálicas e não-metálicas, as análises físicas realizadas mais comuns são a petrografia do minério, a determinação da densidade, testes de pureza, coesão, abrasão, impermeabilidade, absorção de água, porosidade, brilho, permeabilidade, ataque químico etc.

As seções polidas e lâminas delgadas são preparadas são encaminhadas a laboratório de análises químicas para determinações por meio de métodos analíticos não-destrutivos.

ANÁLISES QUÍMICAS DE AMOSTRAS
Nas amostras de água, as determinações de cátions podem ser feitas por espectrometria de absorção atômica ou de emissão, com fonte de plasma e, as de ânions, por cromatografia iônica.

Nas amostras de sedimentos, solo, produtos de alteração, rocha e minério, as determinações podem ser feitas por espectrofotometria de absorção atômica, espectrometria de fluorescência de raios-x, espectrometria de plasma induzido dentre outros.

Pelos métodos analíticos não-destrutivos, as determinações podem ser feitas por microscopia eletrônica de varredura (MEV) e espectrometria de reflectância.

ENSAIOS DE BENEFICIAMENTO DO MINÉRIO
São realizados com o objetivo de conceituar produtos que caracterizar a exeqüibilidade técnica do aproveitamento industrial da substância mineral útil da pesquisa mineral. Comprovada a existência de tecnologia no mercado para a obtenção dos produtos minerais através da realização desses ensaios de beneficiamento do minério, o jazimento passa de depósito para jazida mineral.

Dessa forma, casa substância mineral das jazidas de minérios metálicos requer a sua tecnologia própria; e os respectivos ensaios de beneficiamento e metalurgia do minério. Os mais comuns são os teste de britagem, classificação, moagem, concentração, lixiviação, filtragem, lixiviação, fundição, purificação e/ou tratamento de rejeito.

Nas jazidas não-metálicas, que abrangem o betume, carvão-de-pedra, materiais cerâmicos, materiais para construção civil, revestimento, cimento, adubos, evaporitos, pedras preciosas e semipreciosas etc., destacam-se as rochas ornamentais cujos ensaios mais comuns são os de desdobramento de blocos, abertura, polimento e/ou retificação.

ESTUDOS DE VIABILIDADE ECONÔMICA
pepitas de ouro de rios
Um projeto de mineração pode ser desenvolvido em três fases distintas, classificados segundo a época em que esta fase ocorre e o grau de precisão.

PROJETO (OU ESTUDO) DE VIABILIDADE
Compreende os primeiros estudos realizados sobre uma determinada ocorrência, com finalidade de demonstrar a viabilidade de sua lavra sob os pontos de vista técnico e econômico.

Os estudos preliminares sobre o jazimento e sua área de influência têm unicamente que convergir sobre a conveniência de se desenvolver mais trabalhos detalhados sobre o referido jazimento.

ANTE PROJETO
Trata-se de uma fase que se realiza após o estudo de viabilidade. Nesta fase usam-se dados mais precisos sobre o jazimento. E com a base nos resultados do anteprojeto é possível iniciar negociações para o financiamento do empreendimento. Resumindo, o ante-projeto é uma ferramenta de decisão sobre o que, como e quando realizar ações para o levantamento de imprecisões que ainda persistem.

PROJETO DETALHADO
Corresponde a fase final de um projeto de mineração e sua precisão deve ser suficiente para permitir a implantação do empreendimento.

Diante do que foi exposto até agora, o projeto final de mineração é o resultado do somatório de vários projetos que buscam reduzir o erro do dimensionamento do empreendimento e busca garantir-lhe o sucesso.

Para elaborar um projeto básico de lavra é necessário:
O conhecimento da jazida;
Análise do relatório de pesquisa;
Localização da jazida;
Determinação da escala de produção;
Pesquisa tecnológica;
Classificação dos recursos minerais:
Reserva medida, Reserva indicada, Reserva inferida;
Tipo de lavra;
Plano de exaustão ou fechamento de mina.

Inicialmente é necessário conhecer a jazida nos aspectos relativos a quantidade e qualidade das reservas dos bens minerais.

Para cada tipo de jazimento existe um método de pesquisa que é mais apropriado para a determinação de seus volumes e características. O método deve ser seguro, rápido e econômico, a um custo mínimo e que se determine com segurança as características principais do jazimento.

Um bom resultado de análise da pesquisa deve ter um número de informações sem exagero, culminando com dados suficientes sobre a substância útil. Pesquisa bem como aquelas que afetam negativamente a qualidade da substância útil. Outro aspecto é a confiabilidade das informações. Alguns cuidados podem ser tomados, como enviar amostras para laboratórios diferentes e de competência comprovada; cuidados com erros sistemáticos, porventura cometidos em determinações químicas levam a uma má caracterização da substancia útil.

LOCALIZAÇÃO DA JAZIDA
Estudo completo sobre os Depósitos Auríferos
A viabilidade do empreendimento não se promete apenas a partir da existência de reserva técnica e economicamente viável. É necessário uma análise cuidadosa da revê viária da jazida, bem como rede viária nacional. A disponibilidade de energia (solar, petróleo, elétrica, carvão etc.). Disponibilidade de infra-estrutura como hospitais, escolas, redes de abastecimento, moradias, transporte. Outro aspecto é a disponibilidade de mão-de-obra na região.

CLASSIFICAÇÃO DOS RECURSOS MINERAIS
Tipos de Reservas
Qualquer minério revelado está sempre sujeito a um maior ou menor grau de incerteza e de imprecisão. Visando uniformizar as diversas especificações o DNPM instituiu três tipos de reserva: Reserva Medida, Reserva Indicada e Reserva Inferida.

Reserva Medida: é a parcela economicamente lavrável do recurso mineral medido, incluindo perdas (e diluição) com a lavra e o beneficiamento, para a qual a viabilidade técnica e econômica encontra-se tão bem estabelecida que há alto grau de confiabilidade nas conclusões. Os estudos abrangem análises dos diversos elementos modificadores (tais como lavra, metalurgia, economia e mercado, fatores legais, ambientais e sociais) e demonstram que, na época em que se reportaram as reservas, sua extração era claramente justificável, bem como adequadas as hipóteses adotadas para investimentos.

Reserva Indicada: é a parcela economicamente lavrável do recurso mineral indicado e, mais raramente, do Recurso Mineral Medido, para a qual a viabilidade técnica e econômica foi demonstrada; inclui perdas (e diluição) com a lavra e o beneficiamento. Avaliações apropriadas, além da viabilidade técnica e econômica, são efetuadas compreendendo elementos modificadores, tais como fatores legais, ambientais e sociais. As avaliações são demonstradas para a época em que se reportam as reservas e razoavelmente justificadas.

Reserva Inferida: é a parcela do recurso mineral inferida pela apenas por considerações feitas a partir de trends dos corpos geológicos regionais, com pouco conhecimento oi precisão.

DETERMINAÇÃO DA ESCALA DE PRODUÇÃO
É sabido que a vida útil de uma mina é função da quantidade e qualidade do material útil. São, porém condições necessárias, mas não suficientes. Muitos outros fatores exercerão influência ponderável: todos os lucros possíveis tais como custos da lavra e de processamento, preços de venda, transportes, mercados acessíveis, custos de capital etc.
São considerados componentes da exeqüibilidade:

Mercado: é o produto vendável e em que quantidade?
Reservas Minerais: o valor do minério recuperável é suficiente para justificar o investimento?
Lavra: pode o minérios ser lavrado a custo suficientemente baixo?
Processamento: pode o produto final ser recuperado por métodos conhecidos, em pureza vendável e a custo suficientemente baixo?
Custo do Capital: podem as instalações serem construídas para um nível de capital que justifique o empreendimento?

RISCOS
A duração das atividades de lavra depende da quantidade de minério contida e da quantidade anualmente extraída. Sob o ponto de vista econômico, a máxima rapidez de extração seria desejável, por baratear os custos de produção e de amortização dos investimentos. Mas sob aspecto financeiro seriam exigidos grandes investimentos iniciais, nem sempre disponíveis ou possíveis de serem obtidos a taxas convenientes.

TIPOS DE LAVRA
Para o estude de viabilidade de um empreendimento mineiro, a determinação do tipo lavra a ser aplicado tem suma importância no cálculo de custos.

Mina a Céu Aberto:
Método de lavra de encostas;
Método de lavras em cavas;
Método "do Funil"

Mina Subterrânea:
Método Cut and Fill;
Método Shrinkage;
Método Open Stop;
Método da Câmara de Pilares;
Método de Rise;
Método Top-Slicing.
7 de Setembro, Dia do Ouro

Autores e fonte:
Wanderson Leal e Farley Figueiredo

(Graduados em Engenharia de Minas)

A Febre do ouro no Brasil

A Febre do ouro
Febre do ouro no Brasil
Toda a verdade sobre esta outra qualidade distinta do ouro digna de menção.

Em sua forma natural, o ouro é uma substância muito bonita de se olhar.
Na verdade, isso é tão verdadeiro que há um "jargão" entre os mineiros experientes e aqueles indivíduos que lidam com grande parte do metal amarelo, que não é uma boa idéia olhar para qualquer quantidade substancial de ouro bruto por muito tempo a qualquer momento. Isto é porque tem uma tendência a trazer uma condição referida como "febre do ouro". E isto é verdade!

A tal febre do ouro é mesmo uma doença compulsiva?
Febre do ouro no Brasil
A "Febre do ouro" afeta pessoas diferentes de maneiras diferentes.
Embora possa fazer uma pessoa querer comprar o ouro a quase qualquer preço, poderia facilmente fazer outro querer roubá-lo a qualquer preço. No entanto, a “febre” tende a fazer sempre com que uma pessoa queira ter o ouro para si mesma, e mais, se possível, com o meio de obtê-la dependendo do caráter do indivíduo. Esta condição, (febre do ouro) é algo a ser observado para quem está planejando se envolver com mineração ou lidar com o ouro. Isso não é nada para rir, pois tem sido a causa de muitas mortes, fracassos, guerras, escravizações e perda de amizades. Alterou o curso de uma quantidade significativa de histórias muito do que é pior para os envolvidos. É verdade que, para muitos, o ouro é a coisa de que os sonhos são feitos. Portanto, o ouro tem uma tendência a atacar abaixo do comportamento social de uma pessoa e trazer para fora algumas das paixões mais fortes que estão por baixo. É bom ter isso em mente em quem você está pensando que deve ter como parceiro (ou como funcionário) em um empreendimento de mineração ou garimpo de ouro de qualquer tamanho.

Você sabia que a febre do ouro mais antiga do mundo aconteceu no Brasil?

Uma característica comum de uma pessoa que foi tocada apenas levemente com um caso de febre do ouro é que ele ou ela tende a lançar um bom senso de negócios ao vento e mergulhar de cabeça para baixo, tanto quanto uma criança pequena poderia fazer se ele encontrasse uma banheira cheia de seu doce favorito ou sorvete. É esse mesmo fator que o homem consome e joga fora. E se você acha que não há casos com alguns experientes no campo de mineração de ouro, pense novamente. A maioria dos fracassos em empreendimentos de mineração de ouro é o resultado dessa mesma perda de bom senso que às vezes ocorre quando se lida com este metal valioso.

Talvez a precaução mais bem sucedida contra ser atingido em qualquer grau prejudicial com a “febre” seja honestamente assumir o ponto de vista de que “qualquer coisa que valha a pena vale muito tempo e esforço”. São as pessoas que pretendem ficar ricas rapidamente sem muita produção de sua parte, que na maioria das vezes falham no negócio do ouro. Se, ao examinar suas próprias intenções, você descobre que está interessado em ficar rico rapidamente, sem ter que trabalhar para isso, é quase certo que você pegou pelo menos um toque da febre. Por outro lado, se você está interessado em sair para o país de Deus para ver se você pode encontrar parte do metal amarelo como uma aventura, e/ou talvez para ver se isso pode ser feito como um negócio viável, você provavelmente esta no caminho certo e vai ter mais chances de ter sucesso. Lembrando que o febre do ouro não acontece só na mineração de ouro nativo mas também na recuperação de ouro de sucata eletrônica. Vai levar um bom tempo e muito trabalho para você se tornar consistentemente bom nisso.

Assuma isso e você terá menos problemas e consequentemente menos perdas.

Febres do ouro um aspecto da cultura popular do século XIX
Se por um lado, a febre do ouro trouxe para as cidades próximas um maior desenvolvimento econômico, por outro trouxe também muita violência.

Zonas em que ocorreram as principais febres do ouro no mundo:
  • Sul dos Montes Apalaches, nos Estados Unidos, a norte de Atlanta e a oeste de Charlotte; na Geórgia em finais dos anos 30 do século XIX e na Carolina do Norte por volta de 1848.
  • Febre do ouro da Califórnia (em Dezembro de 1848 foi anunciada; mas a grande corrida se deu em 1849).
  • Colorado até final da década de 1850.
  • Austrália (1851).
  • Febre do ouro do Fraser (1858)
  • Norte de Nevada desde 1850.
  • Otago, Nova Zelândia desde 1861.
  • Este de Oregon anos 60 e 70 do século XIX.
  • Montana desde 1863.
  • Terra do Fogo, Argentina e Chile (1883)
  • Transvaal (África do Sul), em 1886. A chegada de mineiros foi um dos factores que alimentaram a Guerra dos Boers.
  • Klondike no Yukón, Canadá (1896).
  • Alaska (1898).
Febre do ouro no Brasil:
O ouro e a febre do ouro
  • Minas Gerais no fim do século XVII e no século XVIII. (é considerada a mais antiga corrida ao ouro no mundo, datando de 1695)
  • Serra Pelada, Pará (descoberto em 1979, mas a febre iniciou em 1980 até 1983, onde depois se viveu o declínio). Cabe ressaltar que o ano de 1983 o garimpo de Serra Pelada alcançou uma produção estimada de mais de 17 toneladas de ouro, um recorde absoluto.
  • Amazônia Gold Rush, região amazônica (1980).
  • Apuí, Amazonas (2006); acredita-se que aproximadamente 500.000 garimpeiros trabalharam nas minas de ouro da Amazônia.
  • Pontes e Lacerda, Mato Grosso (2015). (Em apenas um ano, 2014/2015 o município de Pontes e Lacerda passou da posição de 25º para 12ª cidade mais populosa no estado, apenas com a quantidade de garimpeiros amadores instalados no local).
  • Aruanã, Mato Grosso (2018).
Fato:
Curiosamente, poucos garimpeiros ficaram ricos, enquanto que os fornecedores dos mesmos e outros comerciantes encontraram a fortuna graças a estas febres do ouro.

Como e onde encontrar ouro no Brasil:

Conheça algumas das mais notáveis corridas ao ouro no mundo clicando no link a seguir:

Fontes:

O ouro e as suas características

Aprendendo mais sobre o OURO
O ouro e a febre do ouro
O ouro é extremamente valioso e provavelmente o mais procurado de todos os metais encontrados na terra.
Todas as coisas do universo físico que podem ser sentidas pelo homem são constituídas por um ou mais elementos químicos. Um “elemento” é uma substância simples básica que não pode ser mais discriminada por meios químicos. Elementos são os blocos básicos de construção do universo material em que vivemos. Os cientistas descobriram mais de 100 elementos básicos e os colocaram em ordem de acordo com suas estruturas atômicas na “tabela periódica de elementos”.
O ouro e a febre do ouro
O ouro é um dos 92 elementos naturais encontrados na Terra.
Não existe substância natural conhecida que possa destruir o ouro.
Pode ser dissolvido por meios químicos (água régia), mas, mesmo assim, permanece como ouro apenas num estado mais amplamente disperso.

Origem do ouro e a transmutação de metais nobres
O ouro e a febre do ouro
Por eras, o homem tem se debruçado sobre de onde o ouro poderia originalmente ter vindo, isto é, sua fonte nativa. Os cientistas descobriram recentemente que o ouro pode ser produzido artificialmente pelo bombardeamento atômico do chumbo, que é outro elemento básico. Desde os primórdios que os alquimistas tentavam fazer a transmutação de metais inferiores em ouro e agora a ciência conseguiu. No entanto, o processo é muito caro, mais do que o valor monetário do ouro resultante. Por este motivo, o ouro (ainda) não é produzido artificialmente em escala comercial. No entanto, esta descoberta trouxe a teoria de que o ouro encontrado em nossa terra poderia originalmente ter sido fabricado nos fornos nucleares de estrelas que há muito tempo desapareceram, nosso planeta sendo parte dos restos remanescentes.

O símbolo científico do ouro é o Au (aurum). É o número 79 da tabela periódica de elementos, (79 prótons e 79 eléctrons) e está situado no grupo 11 (IB) da tabela periódica, e de massa atómica 197 u.
O ouro e a febre do ouro
O ouro não é magnético, mas é um excelente condutor de eletricidade. Seu ponto de fusão é de  1.064 °C (1945°F). O ouro não é corroído ou manchado pela umidade, ou oxidado (ferrugem) pelos efeitos do oxigênio e da água, ou afetado por ácidos comuns, como a maioria dos outros metais, mas é sensível ao cloro e ao bromo. Depósitos de ouro que tenham ficado no interior de uma montanha ou sob um leito fluvial ou mesmo no fundo do oceano permanecerão lá e não serão afetados até serem movidos pelas forças naturais da terra ou tomadas pelo homem.
É um metal de transição brilhante, amarelo, denso, maleável, dúctil (trivalente e univalente).

O ouro é maleável
O ouro é um metal muito macio, sendo 2. 3 em uma escala de dureza de 10, que é um dos fatores que dão ao ouro sua tremenda maleabilidade, o que significa que ele pode ser triturado, torcido, enrolado e/ou espremido em todos os tipos de formas diferentes sem se separar. De fato, o metal amarelo pode ser esmagado tão fino que é translúcido e, no entanto, ainda permanece intacto como uma folha sólida de ouro. Tem sido dito que essas folhas de ouro podem ser produzidas tão finas que seriam necessários um quarto de milhão deles empilhados um em cima do outro para fazer uma pilha de apenas uma polegada de altura! Folhas finas de ouro como essas têm a qualidade distintiva de permitir a passagem da luz do sol, mas refletem uma grande parte dos raios infravermelhos (calor) do sol. Por esta razão, finas camadas de ouro estão sendo usadas agora no vidro de janela encontrado em muitos dos modernos arranha-céus atuais para ajudar a economizar nos tremendos custos de energia necessários para manter o interior de tais edifícios frescos durante os meses quentes de verão. Filmes semelhantes de ouro também foram usados ​​nos escudos faciais de capacetes usados ​​por astronautas para refletir grande parte do aumento do bombardeio de raios infravermelhos que ocorre no espaço.

O ouro é altamente deformável
O ouro é extremamente dúctil, o que significa que ele pode ser puxado para fora em formas de arame ou linhas sem se tornar frágil e quebrar. Com apenas um grama de ouro, é possível obter um fio de 3 quilômetros de extensão e 0,005 milímetros de diâmetro, ou uma lâmina quadrada de 70 centímetros de largura e espessura de 0,1 micrômetro. Isso é muito fino, mas é exatamente o que é necessário na atual indústria de eletrônicos, onde circuitos inteiros estão sendo colocados em chips do tamanho de uma cabeça de alfinete. Devido à sua alta condutividade elétrica, sua extraordinária resistência à deterioração e suas qualidades dúcteis, o ouro é muito procurado pela indústria eletrônica. Por isso, não é incomum encontrar ouro sendo usado nos circuitos de muitos dispositivos eletrônicos comuns do dia a dia, como TVs, computadores ou telefones, sem mencionar em alguns dos eletrônicos mais sofisticados do mundo atual.
O ouro e a febre do ouro
O ouro também é comumente usado por dentistas e é amplamente usado para fazer jóias.
O ouro puro é demasiadamente mole para ser utilizado. Por essa razão, geralmente é endurecido formando ligas metálicas com prata, cobre e diversos outros metais. O ouro e as suas diversas ligas metálicas são muito empregados em joalherias, fabricação de moedas e como padrão monetário em muitos países. Devido à sua boa condutividade elétrica, resistência à corrosão e uma boa combinação de propriedades físicas e químicas, apresenta diversas aplicações industriais.

Ouro é pesado
O ouro tem outra qualidade distinta, que é talvez mais importante para o garimpeiro (além do seu valor) e esse é o seu peso. O ouro é extremamente denso, um dos mais pesados ​​de todos os metais. A gravidade específica do ouro é 19,6, o que significa que ele pesa 19,6 vezes mais do que um volume igual ou massa de água pura. O irídio (um dos metais do grupo da platina) é um dos poucos metais com maior gravidade específica que o ouro, sendo 22,6. O ouro é cerca de 8 vezes mais pesado do que a rocha de quartzo a qual é comumente associada quando o ouro é encontrado na forma de um hardrock.

O ouro é o metal mais valioso?
Não, mas é o mais cobiçado.
O ouro e a febre do ouro
O ouro não é o metal mais valioso, mas é extremamente valioso e provavelmente o mais procurado de todos os metais encontrados na Terra. O ouro é valioso, muito valioso mesmo; e não é preciso muito para acumular uma quantidade considerável de riqueza.

Outras utilizações do ouro que você pode desconhecer:
O ouro exerce funções críticas em computadores, comunicações, naves espaciais, motores de reação na aviação, e em diversos outros produtos.
A sua elevada condutividade elétrica e resistência à oxidação têm permitido um amplo uso em eletrodeposição, ou seja, cobrir com uma camada de ouro por meio eletrolítico as superfícies de conexões elétricas, para assegurar uma conexão de baixa resistência elétrica e livre do ataque químico do meio. O mesmo processo pode ser utilizado para o douramento das peças, aumentando a sua beleza e valor.
Como a prata, o ouro pode formar amálgamas com o mercúrio que, algumas vezes, é empregado em restaurações dentárias.
O ouro coloidal (nanopartículas de ouro) é uma solução intensamente colorida que está sendo pesquisada para fins médicos e biológicos. Esta forma coloidal também é empregada para criar pinturas douradas em cerâmicas.
O ácido cloroáurico é empregado em fotografias.
O isótopo de ouro 198Au, com meia-vida de 2,7 dias, é usado em alguns tratamentos de câncer e em outras enfermidades.
É empregado para o recobrimento de materiais biológicos, permitindo a visualização através do microscópio eletrônico de varredura (SEM).
Utilizado como cobertura protetora em muitos satélites porque é um bom refletor de luz infravermelha.

Fontes: