Diferença entre Sárdio, Sardónica e Cornalina

Sárdio, Sardónica e Cornalina
Ambas são variedades de calcedónia que é uma forma de quartzo microcristalino, e isto é o que os une, além é claro, a cor, que podem ser vermelha, um vermelho-acastanhado escurecendo para um tom marrom ou laranja.
O Sárdio que é uma variedade vermelho-acastanhado é muito semelhante a ágata.
A Sardónica é uma mistura de Sárdio e Ónix, onde ela tem as bandas (linhas) retas do Ónix e a cor vermelho acastanhado do Sárdio. Muitas das vezes dois ou mais variedades destas podem estar em uma única pedra de calcedônia, como mostra a foto a seguir.
calcedônia, foto de DuncanHill via WikipédiaCommons
Calcedônia, foto de DuncanHill via WikipédiaCommons
Sardo, Sardónica e Cornalina são pedras preciosas que frequentemente são confundidas como poderá ver no artigo, sendo muitas vezes temas de aciradas discusões gemológicas.

Quais são as diferenças?
Sárdio e Sardónica
Em primeiro lugar, Sárdio e Sardónica, embora pareçam muito semelhantes, na verdade se referem a variedades separadas de quartzo microcristalino. O Sardo é facilmente identificável como uma pedra de cor única, enquanto o Sardónica possui faixas brancas e marrons.
Podem ser encontrados por vezes uma calcedônia isolada mas com faixas de sardônica.
Também muitas vezes as duas pedras, sárdio e sardónica estão em uma única pedra, onde as bandas brancas e vermelho-acastanhadas da Sardónica são bem definidas e onde a área sem estas bandas e com uma cor única vermelho-acastanhado é o Sárdio. 

Cornalina e Sardônica
A Cornalina tem um cor mais vermelho acastanhado. A sardônica é semelhante à cornalina, mas é mais difícil de se encontrar e mais escura (a diferença não é rigidamente definida e os dois nomes são usados de forma intercambiável). Tanto a cornalina quanto a sardônica são variedades da calcedônia colorida por impurezas de óxido de ferro. A cor pode variar muito, desde laranja pálida a uma intensa coloração quase preta que passa para outra variedade, o Sardo.

Cornalina e Sárdio
Como mencionado acima, Cornalina e Sardo são ambas formas de quartzo microcristalino (calcedónia). A única diferença entre eles é a cor. Não existe uma definição clara de qualquer laboratório de gemas sobre quando uma variedade para e a outra começa, mas podemos tentar definir a diferença. A cornalina é uma pedra alaranjada em tons médios. Quanto mais escuro fica, mais marrom começa a parecer e, eventualmente, será chamado de Sardo. A origem da cor marrom vem das impurezas de ferro com muito mais teor, que a deixa com a cor mais escura.

Sárdio, Cornalina e Sardónica
Sárdio, Cornalina e Sardónica
Ónix
Vamos falar um pouco do Ónix que é da mesma variedade destas 3 acima, porém, embora semelhante a ágata, mas tem bandas (linhas) retas em vez de curvas, onde estas bandas podem alternar entre as cores castanhas, brancas e pretas.
Ónix com Opala Branca é uma pedra com bandas retas, características do ónix mas com linhas de cores castanhas e brancas.

Locais de mineração Sardo, Sardônica e Cornalina
Sardo e Sardónica podem ser extraídas no Brasil, Alemanha, EUA, Rússia e as melhores pedras vindas da Índia. As pedras Sardo foram extraídas e usadas pelos homens desde a Idade do Bronze e recebeu o nome da antiga cidade turca Sardis. As cores podem variar de preto, branco, cinza, roxo, marrom, vermelho, amarelo, verde e azul.
Já a Cornalina é muito comum no Brasil, Índia, Rússia (Sibéria) e Alemanha.

Cuidado com as imitações ou falsificações:
O Sárdio (mais caro) pode ser falsificado saturando uma calcedônia (mais barato) com uma solução de ferro.
Sárdio de baixa qualidade (mais barato) pode ser usado para produzir cornalinas (mais caras), por meio de tratamento térmico.
Grande parte da Cornalina vendida no mercado é calcedônia tingida.
O Ónix, muitas das vezes são tingidos para melhorar ou mudar a cor, uma vez que é uma pedra mais cara, o ónix é produzido por imbibição de uma ágata numa solução açucarada que posteriormente é aquecida em ácido sulfúrico para carbonizar as partículas de açúcar.

Por culpa destas falsificações, procure sempre peças direto de garimpo, pois além de mais baratas são verdadeiras obras primas da natureza.

Clica no link a seguir para conhecer outras variedades de calcedônias:
https://www.oficina70.com/calcedonia-variedades.html

Fontes:

Série Minerais do Brasil - Sergipe

Principais ocorrências minerais do estado de Sergipe
(Série Minerais do Brasil - Sergipe)
Principais ocorrências minerais do estado de Sergipe

Principais recursos minerais do estado do Sergipe:
Anidrita, Calcita, Carnallita, Halita, Ilmenita, Monazita
Salitre, Silvinita, Silvita, Taquidrato e Zircão.
silvita da mina taquari-vassouras SE
Fluorita:
A fluorita, de cor lilás, associa-se a calcita, enquanto calcopirita, pirita, bornita são comuns nas bordas dos veios. Galena restringe-se aos trechos onde ocorre calcita. Minerais secundários de cobre (malaquita e azurita) são derivados da oxidação de calcopirita e bornita.

Enxofre:
Concentrações maiores de enxofre estão em locais que sofreram recristalização ou preenchendo pequenas cavidades e fraturas, na forma de cristais amarelo-ouro, incrustados em calcita ou em quartzo leitoso.

Veja mais AQUI

Metálicos:
Chumbo (Pb), cobre (Cu), ferro (Fe), manganês (Mn), níquel (Ni), ouro (Au), pirita (pi), titânio (Ti), tório/terras-raras (Th), zinco (Zn) e zircônio (Zr).

Não-Metálicos:
Água mineral (agm), amianto
(am), areia (ar), argila (ag), enxofre (S), filito (fi),
flúor (F), fósforo (P), gabro (gb), gnaisse (gn), granito (gr), metarenito (ma),
metassiltito (ms), quartzito (qt), quartzo (qz) e saibro (sa).

Calcários:
Calcário (ca), calcário calcítico (cc),
calcário dolomítico (cd), dolomito (dl) e mármore (mm).

Energéticas e Sais Solúveis:
Gás (gs), petróleo
(pe) e turfa (tf); sais de magnésio (Mg), potássio (K)
e sódio (Na).

Mapa dos recursos minerais do Sergipe AQUI

O ouro nativo no estado do Sergipe
ouro nativo no estado do Sergipe
Ouro nativo (Au) no Sergipe é encontrado sobretudo na região da Serra de Itabaiana, uma região protegida no Parque Nacional.

Estão cadastradas três pequenas ocorrências de ouro,
 todas do tipo plácer fluvial, relacionadas às aluviões
do Rio das Pedras e dos Córregos da Ribeira e Córrego do Boqueirão.
Hipoteticamente admite-se que o ouro desses pláceres atuais possam
provir de paleoconcentrações relacionadas à Formação Itabaiana, a qual apresenta, na base, lentes de conglomerado que afloram a montante das
ocorrências relatadas.
garimpo de ouro no Sergipe
O potencial aurífero da região está ainda por ser
avaliado, incluindo-se o estudo das suas concentrações “primárias”. O aludido potencial será sobrelevado, se comprovada a relação dessas mineralizações com zonas de cisalhamento que afetam litótipos da citada formação.

Relíquias de povos antigos
nas margens do Rio São Francisco, ainda podem ser encontradas belas peças arqueológicas dos sertões.

Fontes: