Como um jovem conseguiu se livrar do Serviço Militar?
A seguir esta a carta que ele enviou ao Ministério da Defesa:
Cuparaque, 25 de Agosto de 1991.
Para:
Gabinete do Ministro (GM)
Esplanada dos Ministérios Bl. Q - Ed. Sede - 6º andar
Brasília - DF
CEP: 70.049-900
Exmº Sr. Ministro da Defesa.
Venho através desta explicar minha situação à qual é o motivo de não poder me alistar para servir em nenhuma das Forças Armadas.
Vossa Exª,
Meu nome é Jacinto Felicidade dos Santos, moro em Cuparaque, um pequeno município do interior de Minas Gerais, tenho 18 anos, e fui chamado esta semana para me alistar. E o motivo pelo qual não vou é porque sou casado com uma viúva de 42 anos, mãe de uma jovem de 25, da qual sou padrasto. O meu pai, por seu lado, coincidentemente casou-se com essa jovem em questão.
Neste momento, o meu pai passou a ser meu genro, uma vez que se casou com a minha filha.
Deste modo, a minha filha, ou chamemos-lhe, enteada, passou a ser minha madrasta, uma vez que é casada com meu pai.
A minha esposa e eu tivemos um filho no mês passado.
Esse meu filho tornou-se o irmão da mulher do meu pai, portanto o cunhado do meu pai.
A mulher do meu pai teve no Natal um menino, que é ao mesmo tempo o meu irmão, uma vez que ele é filho do meu pai, mas o meu neto por ser o filho da minha enteada, filha da minha esposa.
Desta maneira sou o irmão do meu neto!
E como o marido da mãe de uma pessoa é o pai da mesma, verifiquei que sou o pai da minha esposa, e o irmão do meu filho.
Resumindo: sou o meu avô!
Deste modo, Sr. Ministro, peço-lhe que estude o meu caso, porque a lei não permite que o pai, o filho, e o neto sejam chamados para servir as forças armadas na mesma altura.
Agradeço-lhe desde já a sua atenção e mando os meus melhores cumprimentos.