Pedras preciosas de Portugal

Pedras preciosas encontradas em Portugal
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Esta Base de Dados apresenta a caracterização ilustrada de algumas amostras selecionadas do vasto acervo de rochas, minerais e fósseis do Museu Geológico e de outras fontes como o GeoPortal-LNEG, Mindat ou da Wikipédia.

Devido à grande ocorrência de minerais em Portugal, este artigo contém apenas algumas informações das pedras preciosas e semi preciosas como as suas principais características ou locais de ocorrências, por exemplo.

Embora não seja um dos principais destinos para a mineração de gemas, Portugal tem algumas pedras preciosas em muitos locais ao Norte e alguns ao Sul.
Buscar pedras preciosas e ouro requer alguns conhecimentos Geológicos.

A pedra preciosa de maior valor encontrada em Portugal é o Topázio, porém só alcançam valores de tabela se os espécimes forem bem cristalinos e com qualidade gemológica.
Não há diamantes em solo português.

Portugal tem algumas áreas onde é possível encontrar algumas das melhores preciosas em solo lusitano como ametistas, água-marinhas e topázios. Um destes locais para recolha de ametistas é a região de Trás-os-Montes em especial a zona de Marialva.
Para encontrar água-marinha a região ideal é a região da Guarda, na zona de Belmonte.
Viseu também é mencionado por encontrarem-se muitas das variedades de quartzos.

As imagens das amostras são das Coleções de Rochas, Minerais e Fósseis do Museu Geológico - GEOBASES via GeoPortal Ineg e do Mindat.org

Pedras Preciosas de Portugal:

Âmbar
âmbar - Pedras preciosas de Portugal
Amostra de Âmbar
Estrada do Algueirão, lugar de Morés - Sintra

Dureza: 2 a 2,5
Cor: Amarelo-mel; Laranja; Branco amarelado a Vermelho jacinto
Risca: Branco
Transparência: Transparente a translúcido
Brilho: Resinoso
Densidade: 1 a 1,1
Ocorrência: Abundante (localmente)
Génese: Corresponde a uma resina petrificada de coníferas mesozóicas e cenozóicas
Paragénese:
Caract.Particulares: Funde-se facilmente na chama de uma vela, libertando um odor adocicado característico; Por vezes apresenta inclusões de H2S, sendo também frequente encontrarem-se fósseis de insectos aprisionados no seu interior; Se for friccionado atrai algodão ou outras substâncias leves, devido à electricidade estática acumulada
Aplicações: Pedra preciosa; Fabrico de objectos de arte; Jóias facetadas
(âmbar é considerada uma das pedras orgânicas)

Andaluzite
andaluzite - Pedras preciosas de Portugal
Amostra de Andaluzite (Quiastolite)
Caminha - Caminha

Dureza: 6,5 a 7,5
Cor: Cinzento; Castanho; Verde escuro; Rosado
Risca: Branco
Transparência: Transparente a translúcido
Brilho: Vítreo; Baço
Densidade: 3,1 a 3,2
Ocorrência: Abundante, especialmente em gneisses, xistos micáceos e em alguns pegmatitos
Génese: Metamórfica (frequentemente associada a metamorfismo de contacto, em especial nas auréolas metamórficas que fazem o contacto entre intrusões igneas e rochas pelíticas)
Paragénese: Rútilo; Quartzo; Turmalina; Granadas; Corindo; Topázio; Cordierite; Silimanite;
Caract.Particulares: A variedade quiastolite apresenta uma tonalidade escura, que resulta do facto deste mineral conter inclusões carbonáceas, dispostas regularmente, em forma de cruz
Aplicações: Porcelanas com elevado índice refractário; Os exemplares transparentes podem ser utilizados como gemas.

Apatite
apatite - Pedras preciosas de Portugal
Amostra de Apatite
Mina da Panasqueira - Fundão

Dureza: 5
Cor: Branco; Amarelo; Verde; Azul; Violeta; Vermelho; Castanho
Risca: Branco
Transparência: Transparente a translúcido
Brilho: Vítreo; Resinoso; Gorduroso
Densidade: 3,16 a 3,22
Ocorrência: Abundante
Génese: Magmática; Pegmatítico-Pneumatolítica; Hidrotermal; Sedimentar; Metamórfica
Paragénese: Fluorite; Arsenopirite; Cassiterite; Topázio; Quartzo; Actinolite; Clorite; Ortose; Nefelina; Clinocloro; Epídoto;
Caract.Particulares: Este mineral é facilmente dissolvido em ácido clorídrico
Aplicações: Adubos artificiais; Indústria química; As variedades transparentes por vezes são utilizadas como gemas.

Azurite
azurite - Pedras preciosas de Portugal
Amostra de Azurite
Mina de Minancos - Barrancos

Dureza: 3,5 a 4
Cor: Azul
Risca: Azul claro
Transparência: Transparente a translúcido
Brilho: Vítreo
Densidade: 3,7 a 3,9
Ocorrência: Muito abundante
Génese: É um mineral secundário que ocorre nas zonas oxidadas dos depósitos de cobre
Paragénese: Calcosite; Cuprite; Malaquite; Limonite; Calcopirite; Gesso; Cerussite; Dolomite; Quartzo; Barite;
Caract.Particulares: Faz efervescência com o ácido clorídrico
Aplicações: Minério de cobre (importância secundária); Corantes; Por vezes como pedras preciosas.

Berilo
berilo - Pedras preciosas de Portugal
Amostra de Berilo
Mangualde - Mangualde

Dureza: 7,5 a 8
Cor: Incolor; Branco; Amarelado; Amarelo esverdeado; Verde; Rosa; Azulado; Azul esverdeado; Vermelho; Amarelo dourado
Risca: Branco
Transparência: Transparente a translúcido
Brilho: Vítreo; Baço
Densidade: 2,63 a 2,80
Ocorrência: Rara
Génese: Pegmatítico-pneumatolítica; Hidrotermal; Metamórfica
Paragénese: Ortose; Quartzo; Cassiterite; Turmalina; Topázio; Albite; Lepidolite;
Caract.Particulares: Uma curiosidade interessante diz respeito ao facto do berilo ser incolor. Assim as cores que dão grande valor económico às variedades deste mineral, sendo mesmo consideradas como gemas e pedras precisosas (e.g. esmeralda, água marinha), resultam de pequenos defeitos existentes na rede cristalina deste mineral. No caso da esmeralda a sua cor resulta da presença de crómio, enquanto que no caso da água-marinha resulta da existência de ferro
Aplicações: Indústria aeronáutica e espacial (ligas leves); Algumas variedades são lapidadas e utilizadas como pedras preciosas (e.g. esmeralda, água-marinha).
Berilo na variedade água-marinha são encontradas em Montalegre em Vila Real, além de Viseu, Portalegre e Guarda.
Berilo na variedade Esmeralda (qualidade NÃO gemológica) pode ser encontrado em Ponte de Lima, Viana do Castelo.
Berilo na variedade Goshenite pode ser encontrado em Mangualde, Viseu.
Berilo na variedade Heliodoro são encontrados em Sátão, Viseu.

Calcite
calcite - Pedras preciosas de Portugal
Amostra de Calcita
Serra do Monsanto - Lisboa

Dureza: 3
Cor: Incolor; Branco; Amarelo; Castanho; Avermelhado; Azulado a negro
Risca: Branco
Transparência: Transparente a translúcido
Brilho: Vítreo a nacarado
Densidade: 2,6 a 2,8
Ocorrência: Muito abundante
Génese: Hidrotermal; Sedimentar; Metamórfica; Magmática
Paragénese: Dolomite; Quartzo; Argilas; Galena; Esfalerite (Blenda); Fluorite; Barite; Celestite; Enxofre; Ouro; Cobre; Esmeralda; Apatite; Biotite; Zeólitos; Calcopirite; Siderite; Pirite; Dióptase;
Caract.Particulares: A dureza da calcite é variável, dependendo do plano onde é observada, assim ao longo dos planos de clivagem é 3, sendo 2,5 na base do mineral; Faz efervescência quando em contacto com ácido clorídrico; Quando um cristal transparente é colocado sobre uma linha simples, através deste é possível observarem-se duas linhas. Este fenómeno é denominado por "Efeito da dupla refracção"
Aplicações: Óptica; Fabrico de cimento; Construção cívil; Metalúrgia; Vidraria; Material de decoração; Objectos de arte; Se for lapidada pode ser usada como pedra preciosa.

Cassiterite
cassiterite - Pedras preciosas de Portugal
Amostra de Cassiterite
Mina do Massueime, Cótimos - Trancoso

Dureza: 6 a 7
Cor: Castanho; Negro; Amarelo; Cinzento
Risca: Branco; Castanho claro
Transparência: Translúcido; Raramente transparente
Brilho: Adamantino; Sub-metálico
Densidade: 6,8 a 7
Ocorrência: Frequente
Génese: Pegmatítica; Hidrotermal; Secundária nas aluviões
Paragénese: Volframite; Arsenopirite; Apatite; Fluorite; Scheelite; Topázio; Albite; Quartzo; Berilo; Moscovite; Ortose;
Caract.Particulares: Este mineral é facilmente identificado pois apresenta uma densidade elevada
Aplicações: Minério de estanho; Quando lapidado pode ser utilizado como gema.

Celestite
celestite -  Pedras preciosas de Portugal
Amostra de Celestite
Túnel de Lisboa - Poço da Legoa da Povoa - Lisboa

Dureza: 3 a 3,5
Cor: Incolor; Branco; Cinzento; Azul; Amarelo; Vermelho
Risca: Branco
Transparência: Transparente a translúcido
Brilho: Vítreo; Nacarado
Densidade: 3,9 a 4
Ocorrência: Abundante
Génese: Sedimentar (existe especialmente em calcários e arenitos)
Paragénese: Enxofre; Calcite; Aragonite; Dolomite; Gesso; Halite (Salgema); Fluorite; Minerais de chumbo; Marcassite; Barite;
Caract.Particulares: Corresponde ao mineral de estrôncio mais comum na natureza
Aplicações: Fabrico de nitrato de estrôncio; Gema lapidada (muito raramente), pois como geralmente esta como geodo, muito raramente há algum cristal grande e mais resistente para lapidar.

Cianite (distena)
cianite -  Pedras preciosas de Portugal
Amostra de Distena
Serra da Freita - Arouca

Dureza: 4 a 4,5 / 6 a 7
Cor: Branco; Azul; Cinzento; Esverdeado; Amarelado
Risca: Branco
Transparência: Transparente a translúcido
Brilho: Vítreo; Nacarado
Densidade: 3,6 a 3,7
Ocorrência: Abundante
Génese: Metamórfica; Pegmatítica
Paragénese: Silimanite; Andaluzite; Almandina; Estaurolite; Corindo; Quartzo; Cloritóide;
Caract.Particulares: Num mesmo cristal, o valor da dureza é variável consoante esta é observada nas superfícies prismáticas ou nas secções. Assim nas superfícies prismáticas a dureza varia entre 4 e 4.5, enquanto que nas secções apresenta valores que variam entre 6 e 7.
Aplicações: Material incombustível e resistente aos ácidos; Porcelanas com elevado índice refractário; Os cristais transparentes são utilizados como gemas.

Dolomite
dolomite -  Pedras preciosas de Portugal
Amostra de Dolomite
Mina do Braçal - Albergaria-a-Velha

Dureza: 3,5 a 4
Cor: Branco; Cinzento; Avermelhado; Azulado
Risca: Branco
Transparência: Transparente a translúcido
Brilho: Vítreo; Nacarado
Densidade: 2,85 a 2,95
Ocorrência: Muito abundante
Génese: Hidrotermal; Sedimentar; Metamórfica
Paragénese: Galena; Esfalerite (Blenda); Calcite; Pirite; Quartzo; Malaquite; Barite; Fluorite; Cinábrio; Realgar;
Caract.Particulares: Faz efervescência com o ácido clorídrico aquecido.
Aplicações: Construção cívil; Adubos; Materiais incombústiveis; As variedades incolores quando lapidadas podem ser utilizadas como gemas.

Epídoto
epídoto -  Pedras preciosas de Portugal
Amostra de Epídoto
Monforte - Monforte

Dureza: 6 a 7
Cor: Verde escuro a Amarelo esverdeado; Negro; Amarelo; Cinzento
Risca: Branco acinzentado
Transparência: Transparente a translúcido
Brilho: Vítreo
Densidade: 3,25 a 3,45
Ocorrência: Frequente
Génese: Metamórfica (metamorfismo de contacto); Hidrotermal
Paragénese: Actinolite; Albite; Vesuvianite (Idiocrase); Grossulária; Quartzo; Apatite; Magnetite; Pirite; Prenite; Augite; Tremolite;
Aplicações: Por vezes é utilizado como gema.

Esfalerite (BLENDA)
esfalerite -  Pedras preciosas de Portugal
Amostra de Blenda, Anquerite e Quartzo
Mina do Pinheiro, Aldeia de João Pires - Penamacor

Dureza: 3,5 a 4
Cor: Castanho claro a castanho escuro; Amarelo; Vermelho; Cinzento; Verde; Amarelo esverdeado; Branco; Negro, marrom-esverdeada, marrom-amarelada ou marrom-avermelhada.
Risca: Branco quando apresenta cor clara; Castanho claro quando apresenta uma tonalidade mais escura, 
Transparência: Transparente a translúcido
Brilho: Resinoso; Adamantino nos planos de clivagem; Vítreo nas faces cristalinas; Gorduroso; Baço
Densidade: 3,9 a 4,2
Ocorrência: Abundante
Génese: Magmática; Pegmatítico- pneumatolítica; Hidrotermal; Sedimentar
Paragénese: Galena; Calcopirite; Tetraedrite; Pirite; Calcite; Quartzo; Pirrotite; Magnetite; Marcassite; Dolomite; Fluorite; Arsenopirite; Barite; Siderite;
Caract.Particulares: Dissolve-se com ácido clorídrico, produzindo um odor a ovos-podres
Caract. Particulares da amostra acima: Esta amostra corresponde a um nódulo, cujo núcleo é constituído por blenda, ao qual se segue uma orla anqueritica, sendo a periferia constituída por quartzo.
Aplicações: Principal minério de zinco; Indústria eléctrica; Tinturaria; Medicina; Os exemplares de cor clara podem ser lapidados e posteriormente utilizados como gemas.

Granada
granada -  Pedras preciosas de Portugal
Amostra de Granadas
Serra de Sintra - Sintra

Dureza: 6,5 a 7,5
Cor: Incolor; Branco; Róseo; Verde claro; Vermelho jacinto; Vermelho violeta; Vermelho escuro; Verde escuro a Verde esmeralda; Castanho; Castanho amarelado; Castanho avermelhado; Negro
Risca: Branco ou tons coloridos claros
Transparência: Transparente a translúcido
Brilho: Vítreo; Gorduroso; Acetinado; Resinoso
Densidade: 3,5 a 4,3

granada -  Pedras preciosas de Portugal
Amostra de Granadas
Monforte - Monforte

Ocorrência: Abundante
Génese: Magmática; Metamórfica; Sedimentar
Paragénese: Clorites; Biotite; Feldspatos; Quartzo; Turmalina; Calcite; Dravite;
Caract.Particulares: A fórmula química deste grupo de minerais é variável, no entanto de uma forma geral corresponde a
X3Y2(SiO4)3, em que:
- na posição X pode encontrar-se Ca, Mg, Fe ou Mn;
- na posição Y encontra-se Al, Fe e Cr;
As granadas hidratadas por vezes chegam a conter cerca de 8,5% de água. Assim a água forma grupos (OH)4-4, que substituem nos tetraedros de SiO4 a posição do Si+4 por 4H+
Aplicações: Abrasivos; Instrumentos de corte, de polimento e de perfuração; Por vezes quando são lapidadas utilizam-se como gemas.

granadas rubras - monte suímo, Belas - SINTRA
Amostras de Granadas rubras de Monte Suímo - Belas - Sintra

O Monte Suímo, em Belas, é explorado há pelo menos dois milénios em busca de granadas.
Veja mais em:

Hematite
hematite -  Pedras preciosas de Portugal
Amostra de Hematite
Alvito - Alvito

Dureza: 6,5
Cor: Castanho avermelhado; Cinzento escuro; Negro
Risca: Vermelho claro a vermelho escuro
Transparência: Translúcido; Opaco
Brilho: Metálico (nos cristais); Baço (nas variedades terrosas)
Densidade: 5,2 a 5,3
Ocorrência: Abundante
Génese: Magmática; Hidrotermal; Metamórfica; Sedimentar
Paragénese: Siderite; Limonite; Magnetite; Pirite; Quartzo; Quartzo fumado; Cuprite; Topázio; Rútilo; Clorite; Calcite; Fluorite;
Caract.Particulares: Torna-se fortemente magnético quando aquecido
Aplicações: Importante minério de ferro; Pó abrasivo; Corante; Os cristais mais escuros podem ser talhados e usados como gemas.

Libethenite
libethenite -  Pedras preciosas de Portugal
Amostra de Libethenite
Vila Viçosa - Évora

Dureza: 4
Cor: Verde-claro a verde-escuro, verde-escuro, verde-oliva
Risca: verde claro
Transparência: Transparente a translúcido
Brilho: Vítreo; gorduroso
Densidade: 3,6 a 4, média = 3,8
Ocorrência: Raro
Génese: zona oxidada
Paragénese: a partir do intemperismo de rochas de fosfato,apatita , monazita e xenotime.
Caract.Particulares: Solúvel em ácidos e amônia.
Aplicações: Quando cristalino e grande é usada como pedra preciosa.
Libetenita é encontrada na zona oxidada de depósitos de minério de cobre e é encontrado associado a outros minerais como: piromorfita, pseudomalaquita, malaquita, limonite, azurita, atacamita, crisocola e óxidos de ferro.

Malaquite
malaquite -  Pedras preciosas de Portugal
Amostra de Malaquita
Mina de S. João do Deserto - Aljustrel

Dureza: 3,5 a 4
Cor: Verde
Risca: Verde claro
Transparência: Translúcido
Brilho: Adamantino a vítreo nos cristais; Sedoso nas variedades fibrosas; Baço nos exemplares terrosos.
Densidade: 3,9 a 4,03
Ocorrência: Abundante
Génese: É um mineral secundário que ocorre nas zonas oxidadas dos depósitos de cobre.
Paragénese: Cobre; Calcopirite; Cuprite; Azurite; Cerussite; Calcite; Quartzo; Barite; Dolomite;
Caract.Particulares: Faz efervescência quando em contacto com ácido clorídrico
Aplicações: É usado essencialmente como gema quando o espécime é mais cristalino.

Olivina
olivina -  Pedras preciosas de Portugal
Amostra de Olivina
Camadas terciárias da Margueira, corte 26a. - Almada

Dureza: 6,5 a 7
Cor: Verde; Negro esverdeado; Castanho avermelhado
Risca: Branco
Transparência: Transparente a translúcido
Brilho: Vítreo
Densidade: 3,27 a 4,37
Ocorrência: Abundante
Génese: Magmática (pegmatitos básicos); Metamórfica; Aluviões; Meteoritos
Paragénese: Flogopite; Magnetite; Apatite; Diópsido; Piroxena; Plagioclase; Corindo; Cromite; Serpentina;
Caract.Particulares: É solúvel em ácido clorídrico.
Caract. da Amostra: Massa constituída por cristais de dimensões pequenas
Aplicações: Gema; Vidro técnico

No arquipelago dos Açores podemos encontrar o Peridoto, uma das varieades de Olivina. Encontra-se essencialmente em volta do cone vulcanico na Ponta da Ferraria, na Ilha de São Miguel, e em todas as Ilhas é possivel encontrar os finos grãos  de olivina nas areia das praias.

Quartzo
(em Portugal se conhecem 14 variedades de quartzo das quais algumas mostraremos a seguir)
ametista -  Pedras preciosas de Portugal
Amostra de Quartzo (Ametista)
Monchique - Monchique

Dureza: 7
Cor: Branco; Cinzento; Castanho; Negro; Violeta; Esverdeado; Azulado; Amarelo; Rosa; Incolor
Risca: Branco
Transparência: Transparente a translúcido
Brilho: Vítreo; Gorduroso
Densidade: 2,65

quartzo fumado - Pedras preciosas de Portugal
Amostra de Quartzo (Quartzo fumado)
Serra de Gerês - Montalegre

quartzo com inclusão - Pedras preciosas de Portugal
Amostra de Quartzo, Volframite e Apatite
Mina da Panasqueira - Fundão

Caract. da Amostra acima (Fundão): Os cristais de quartzo apresentam-se localmente hialinos, sendo possivel observar inúmeras inclusões de minerais negros com dimensões milimétricas. Observa-se ainda, a presença de cristais centimétricos de apatite e volframite, sendo ainda possível encontrar cristais milimétricos de pirite.

ágata - Pedras preciosas de Portugal
Amostra de Quartzo (Ágata)
Amadora - Lisboa

Caract. da Amostra acima: Amostra cuja superfície se apresenta cortada e polida.

Ocorrência: Muito abundante
Génese: Magmática; Pegmatítica; Hidrotermal; Metamórfica; Sedimentar (crostas de alteração)
Paragénese: Feldspatos; Micas; Anfibolas; Piroxenas; Fluorite; Hematite; Esfalerite (Blenda); Dolomite; Calcite; Galena; Rodocrosite; Calcopirite; Pirite; Tetraedrite;
Caract.Particulares: Com base na cor, textura e forma cristalográfica este mineral pode ser dividido em 2 grupos principais:
- Variedades fanerocristalinas (e.g. ametista, quartzo róseo, quartzo leitoso, quartzo fumado)
- Variedades criptocristalinas (e.g. calcedónia)
Aplicações: Cerâmica; Vidraria; Construção; Metalurgia; Electrotecnia; Óptica; Gemas

Siderite
siderite - Pedras preciosas de Portugal
Amostra de Siderite
Mina da Panasqueira - Fundão

Dureza: 3,5 a 4
Cor: Amarelo; Castanho; Cinzento
Risca: Branco; Amarelado
Transparência: Transparente a translúcido
Brilho: Vítreo
Densidade: 3,7 a 3,9
Ocorrência: Abundante
Génese: Hidrotermal; Metamórfica; Pegmatítico-pneumatolitica; Sedimentar
Paragénese: Calcopirite; Tetraedrite; Calcite; Anquerite; Barite; Pirite; Quartzo; Galena; Arsenopirite; Moscovite; Esfalerite (Blenda); Fluorite;
Caract.Particulares: Quando aquecido torna-se fortemente magnético; Faz efervescência com o ácido clorídrico aquecido
Aplicações: Importante minério de ferro; Por vezes é usada como pedra preciosa.

Topázio
topázio, serra da freita, arouca via mindat.org
Amostra de Topázio
Serra da Freita, Arouca (via mindat.org)

Dureza: 8
Cor: Incolor; Amarelo; Amarelo dourado; Rosa; Vermelho; Azulado; Violeta; Castanho
Risca: Branco
Transparência: Transparente; Translúcido
Brilho: Vítreo
Densidade: 3,4 a 3,6
Ocorrência: Rara
Génese: Magmática; Hidrotermal
Paragénese: Fluorite; Quartzo; Cassiterite; Turmalina; Apatite; Berilo; Lepidolite; Feldspatos; Elbaíte; Microclina; Opala; Quartzo fumado; Albite; Montmorilonite;
Caract.Particulares: É classificado como pedra preciosa.
Aplicações: Pedra preciosa.

Topázio é a pedra preciosa de maior valor encontrada em Portugal.
O Topázio em Portugal é encontrado em:
Braga
Vieira do Minho:
Anjos e Vilar do Chão

Castelo Branco
Covilhã:
Aldeia de São Francisco de Assis
Idanha-a-Nova:
União de Freg de Segura e Zebreira

Guarda
Almeida:
Malpartida e Vale de Coelha
Guarda:
Gonçalo e Vela

Vila Real
Montalegre:
Cabril
Sabrosa:
Souto Maior

Viseu
Vila Nova de Paiva:
Queiriga e Lagares do Estanho
Viseu:
Repeses e São Salvador

Saiba mais em:

Turquesa
turquesa - Pedras preciosas de Portugal
Amostra de Turquesas
Serra da Argemela - Covilhã e Fundão

Dureza: 5 a 6
Cor: Turquesa, azul, azul esverdeado, verde ou variável quanto as outras propriedades do mineral, variando de branco a azul-claro, azul-celeste e de azul-esverdeado a verde-amarelado.
Risca: Branco azulado
Transparência: opaco
Brilho: Ceroso a subvítreo
Densidade: 2,6 a 2,9
Ocorrência: Rara
Génese: deposição hidrotermal
Paragénese: feldspato, apatita, crisocola...
Caract.Particulares: É classificado como pedra preciosa. Alguns materiais naturais de azul a azul esverdeado, como a crisocola botrioidal com quartzo druso, howlita e a magnesita tingidas são ocasionalmente confundidos ou usados ​​para imitar a turquesa. A turquesa é insolúvel em todos os ácidos, exceto no ácido clorídrico aquecido.
Caract. Excepcionais: A turquesa também pode ser salpicada com manchas de pirita ou intercalada com veios escuros de limonita.
Aplicações: Pedra preciosa.

Turmalina
turmalina (schorl) - Pedras preciosas de Portugal
Amostra de Turmalina (schorl)
Nelas - Nelas

Dureza: 7 a 7,5
Cor: Negro (variedade escorlite); Castanho a castanho esverdeado (variedades dravite ou uvite ); Rosa a Vermelho (variedade indicolite); Verde (variedade verdelite); Incolor (variedade acroíte).
Risca: Branco
Transparência: Transparente; Translúcido; Opaco
Brilho: Vítreo; Resinoso
Densidade: 3,0 a 3,25
Ocorrência: Abundantes
Génese: Magmática; Metamórfica; Hidrotermal
Paragénese: Apatite; Ortose; Quartzo; Berilo; Topázio; Granadas;
Caract.Particulares: Quando observadas em secção apresentam uma forma triangular esférica; É fortemente piezoeléctrico.
Caract. da amostra acima: Os cristais encontram-se dispersos na superfície de um cristal de quartzo.
Aplicações: Electrotecnia; As variedades coloridas são trabalhadas como pedras preciosas.

Vesuvianite (IDIOCRASE)
vesuvianite - Pedras preciosas de Portugal
Amostra de Vesuvianite
1300m N60º da Igreja de Barbacena, Elvas - Elvas

Dureza: 6,5
Cor: Castanho; Verde; Azul (variedade ciprina); Amarelo; Avermelhado
Risca: Branco
Transparência: Sub-transparente a translúcido
Brilho: Vítreo; Resinoso; Gorduroso
Densidade: 3,35 a 3,45
Ocorrência: Muito rara
Génese: Metamórfica
Paragénese: Clorite; Diópsido; Granada; Epídoto;
Aplicações: As variedades transparentes podem ser lapidadas e utilizadas como gemas.

Zircão
zircão - Pedras preciosas de Portugal
Amostra de Zircão
Alter Pedroso - Alter do Chão

Dureza: 7,5
Cor: Incolor; Amarelo (variedade jargonite); Avermelhado a vermelho alaranjado (variedade jacinto); Esverdeado e azulado (variedade estarlite); Castanho.
Risca: Branco
Transparência: Transparente a translúcido
Brilho: Vítreo; Gorduroso; Adamantino
Densidade: 4,0 a 4,7
Ocorrência: Abundante
Génese: Magmática; Metamórfica; Sedimentar
Paragénese: Biotite; Tremolite; Quartzo; Granadas; Pirite; Calcopirite; Anatase; Ilmenite; Pirrotite;
Caract.Particulares: Este mineral por vezes apresenta alguma radioactividade, pois pode conter elementos radiactivos na sua estrutura.
Aplicações: Fonte de zircónio; Quando transparente é usada como pedra preciosa.


Outras pedras semi preciosas encontradas em Portugal:
(em actualização)

Albite,
Anatase,
Diásporo,
Hematite,
Jaspe,
Lepidolite,
Obsidiana (Açores),
Opala - (Morais, Macedo de Cavaleiros - Bragança);
Ortoclásio,
Pirite,
Purpurite...


Observação:
Nem todas a pedras preciosas ou semi preciosas encontradas em Portugal e listadas acima são cristalinas ou tem qualidade gemológica, servindo apenas de referência para colecionadores e entusiastas.


As Pedras Preciosas de Lisboa (Belas) na História
(livro histórico sobre as pedras preciosas do aro de Lisboa)

Pedras preciosas e minerais dos Açores:

O ouro em Portugal:


Fontes:

Técnicas de prospecção e garimpo de ouro

Técnicas de prospecção e equipamentos para garimpo de ouro
Existem muitos mais métodos para encontrar ouro, mas vamos discutir alguns dos métodos mais comuns usados pelo garimpeiro de pequena escala.
Para achar ouro você deverá além da vontade, estudar a área onde deseja fazer a prospecção e encontrar a técnica que melhor se adapta ao seu orçamento e ao local de garimpo.
Técnicas de prospecção de ouro
A maioria das técnicas aqui mostradas são para o ouro aluvionar (de rios) e para leitos secos.

Garimpo por bateia
Garimpo de bateia é o método mais comum e barato para a prospecção de ouro. É muito simples e com um pouco de prática, você vai aprender os fundamentos do garimpo de ouro. Você simplesmente coloca uma pá cheia de cascalhos na bateia e move de um lado para o outro debaixo d'água para separar o ouro dos cascalhos. Como o ouro é o elemento mais pesado do fluxo, o ouro ficará no fundo e, inclinando a panela em um pequeno ângulo, os cascalhos e outros materiais mais leves serão varridos para fora da bateia.
ouro na bateia
Eventualmente, tudo o que restará na bateia é o ouro (espero) e as pesadas areias negras. As bateias são ótimas por sua portabilidade e capacidade de tirar amostras em diferentes áreas rapidamente. Eles são limitados na quantidade de material que podem processar, pois levará vários minutos para processar uma pequena quantidade de cascalhos.
A areia preta é separada com um imã.
Caso você não tenha orçamento para comprar uma bateia, pode sempre optar por fazer uma bateia caseira com madeira, chapa ou prato de antena de satélite. Há muitos vídeos no YouTube que explicam como fazer uma Bateia caseira.

Melhores bateias para garimpar ouro:

Como encontrar ouro usando uma bateia:

Caixa de eclusa (sluice box)
sluice box for gold
Uma caixa de eclusa é uma ferramenta muito simples e eficaz projetada para encontrar ouro de aluvião em um rio ou córrego. É uma calha longa e estreita com "rifles" nas quais você joga cascalho para processar. A caixa de eclusa é colocada paralelamente ao fluxo da corrente para que a água de fluxo rápido lave o cascalho. Ele usa a ação natural da água para separar o ouro mais pesado dos cascalhos mais leves.
O ouro ficará preso nas corredeiras da eclusa, enquanto os cascalhos mais leves serão lavados a jusante com a corrente. As caixas de eclusas são usadas há centenas de anos e são uma maneira simples de processar muito mais material do que apenas usar uma panela de ouro.
O ângulo da eclusa vai depender da força e velocidade da corrente de água e do tipo de "rifles" que usa na eclusa. Além disto você deverá "ancorar" a eclusa, seja ela de aço ou de plástico reforçado como as de fibra (FRP).
Tenha atenção à velocidade do fluxo da água pois se for muito forte você provavelmente vai perder ouro.
Basicamente uma boa calha para ouro com mais de um tipo de malha (riffles), irá apanhar o ouro fino, o chamado ouro fugitivo.

A eclusa nada mais é do que uma lavadora de ouro, mas em pequena escala e manual, já uma bacia concentradora de ouro pode ser mais rápido.
Se não tiver oçamento para obter uma calha concentradora de ouro, então você pode fazer uma caseira com madeira, aço ou tubo de eletrecidade corrugado, poderá usar um rifle feito com alcatifa ou carpete.
Calha concentradora de ouro caseira com tubo corrugado
Também há muitos videos no YouTube de como fazer uma calha sluice box concentradora caseira.

Tipos e variedades de eclusas para ouro:

Como fazer uma bacia ciclone concentradora para ouro:
bacia concentradora ciclone para ouro
Bacia concentradora ciclone para ouro.


Lavadoras a seco
Em vez de usar a turbulência da água para separar o ouro pesado dos cascalhos, uma lavadora a seco usa ar e vibração. O material deve estar completamente seco para que uma lavadora a seco funcione com eficiência. Eles são normalmente usados ​​em áreas onde a água não está disponível, principalmente em desertos áridos longe de córregos e rios.
find gold in the image
No Brasil este método é pouco usado devido a não escasez de água.
Já nos EUA, eles são usados ​​extensivamente nos estados do sudoeste, como Nevada, Califórnia e Arizona onde estas áreas são geralmente secas.

Dragas de sucção
Uma draga é essencialmente um aspirador de pó subaquático. Ele suga o material do leito do rio usando uma mangueira de sucção movida a gasolina. Os cascalhos são puxados pela mangueira e passam por uma caixa de eclusa.
mini draga de sucção de ouro
Mini draga de sucção de ouro com eclusa.

Os cascalhos são processados ​​da mesma forma descrita com a caixa de eclusa. O maior benefício de usar uma draga de sucção é a bomba a gás, que literalmente suga o material para a superfície, em vez de ter que colocar manualmente os cascalhos na eclusa com uma pá e um balde.

Uma draga experiente pode processar muito material, o que resultará em uma recuperação de ouro muito maior do que os outros métodos de pequena escala listadas acima.
Já as dragas de sucção de grande porte como a da imagem abaixo, são em geral para grandes rios e requerem um mergulhador profissional para manusear a "boca" no leito destes rios sendo um trabalho muito perigoso mas bem remunerado.
draga de ouro

Quer saber mais sobre como funcionam as minis dragas de sucção?
Clica AQUI


Detectores de metais
Um detector de metais é um dispositivo eletrônico projetado para encontrar metais enterrados no solo. O detector tem um longo eixo com uma bobina de busca que você paira logo acima da superfície do solo, e quando ele passar por cima de um pedaço de metal você terá um som audível.
Gold Detector Minelab GPX5000
Gold Detector Minelab GPX5000

Embora os detectores de metal sejam extremamente eficazes para encontrar ouro, eles também têm uma curva de aprendizado muito íngreme. Para ter sucesso, é importante investir em um detector de metais de qualidade projetado especificamente para encontrar ouro. Há literalmente TONELADAS de metal no chão; velhos pregos enferrujados, latas, tachas, balas de chumbo, cápsulas de latão, etc. E um garimpeiro tem que ser capaz de distinguir o som de uma pepita de ouro dos milhares de pedaços de alvos de “lixo” por aí.

Mesmo um operador de detector de metais altamente qualificado gastará muito tempo cavando lixo. Ao contrário de outros métodos, um detector de metais perderá muito ouro pequeno porque requer um pedaço de ouro grande o suficiente para obter um tom audível, mas se você estiver realmente interessado em encontrar pepitas grandes, um detector de metais pode ser sua melhor opção.

Veja AQUI todas as informações sobre detectores de metais e suas eficiências.


Detectores Iônico, Radiestesia
Mineoro ionização eletrostática
MINEORO ionização eletrostática.

Métodos poucos utilizados pela maioria dos pequenos garimpeiros, pois requer muito estudo e técnicas de manuseio, mas uma vez superado isto é igualmente capaz de serem encontrados ouro com eles e não só.

 Frequencializadores por vibração
(ver modelo F.A.R.O.)
No caso das antenas frenquencializadoras por vibração, qualquer minério e mineral pode ser encontrado com a ajuda destes por meio das vibrações e por isto no Brasil só há uns 20 em operação e com muito boa reputação nos achados.
F.A.R.O. é uma nova antena com uma nova tecnologia por vibração.


Como funciona um detector Iônico:

Detecção de ouro por Radiestesia:

Radiestesia com hastes de ouro:
detectar ouro com hastes de ouro



Fontes:

The Most Rare Geological Phenomenon In The World

The most rare geological phenomenon in the World
Rock that gives birth, know as "Pedra Parideira".
rare geological phenomenon in the World

How does the phenomenon of Calving Stones occur?
The growth of calving stones is due to thermal oscillations and the action of erosion on biotitic nodules. They eventually break free from the parent rock and accumulate in the soil, leaving a cavity in the granite lined with a biotitic layer.
Portugal, calving stones and your nodules.
Portugal, calving stones and your nodules.

This geological process takes a long time, so it can take about 300 million years for the nodules to be released. These have dimensions that vary between 1 and 12 centimeters in diameter and have a core with quartz and feldspar minerals.

In popular parlance, this phenomenon came to be called Calving Stones (pedra parideira), for it refers to a stone that “calving”, from giving birth, bearing small children.

I believe that because it is a rock, the most correct term to use is "calving stone" and not "birthing stone", although both terms are acceptable.

Where can you see Calving Stones?
The Calving Stones can be seen in only two places in the world:
in the city of Saint Petersburg, Russia and in Arouca, Portugal.
So having a Calving Stone nodule in your collection will be even rarer.
rareste geological phenomenon
An inhabitant of the region with several nodules of the Calving Stone.

In Portugal, the Calving Stones are located in the village of Castanheira, in the heart of the Serra da Freita plateau, divided between the municipality of Arouca and Vale de Cambra. Amidst this idyllic landscape, divided by grazing activities, lies this famous natural and geological heritage, which extends over an area of ​​about 1 km².

The first account described
dicionário geográfico das aldeias de Portugal
First Geographic Dictionary of villages in Portugal

In 1751, this phenomenon is described for the first time in the "Geographic Dictionary" (TOMO II: page 505), by Fr. Luiz Cardoso, who describes it based on the reports of the inhabitants:
"Cliffs that the natives call the Stones that stop, deducing the name that these stones throw other small pebbles in certain months of the year, leaving the pits after throwing them."

In Portugal they are known as Pedra Parideira and are a rare geological phenomenon.
The nodules assume discoid and biconvex shapes and are composed of the same mineralogical elements as granite, the outer layer is composed of biotite and the inner layer has a quartz and potassium feldspar core. These nodules, when descaling from the bedrock cores by thermoclast/cryoclast, leave an outer layer in low relief in the bedrock cores and spread around it.
nódulo de pedra parideira
Calving stone nodule.

The Parideiras Stones symbolize fertility in the ancestral tradition of the region, this tradition is still present in the local populations. Sleeping with a birthing stone under your pillow is believed to increase fertility.

They are a rare phenomenon on Planet Earth, which is why visitors to these places are asked not to collect stones for personal use.

Due to erosion, some nodules are released from the "mother stone" and accumulate in the soil, leaving a cavity in the granite. That's why the inhabitants of the village of Castanheira called this rock "Pedra Parideira", for being "the stone that looks like stone".

It was here that the Arouca Geopark, a geosite of extreme international relevance, was installed but little known, even within the country. The objective of this private law association is to conserve, promote and enhance its cultural, natural and geological heritage.

How does the release of the nodules from the mother rock happen?
The explanation for this phenomenon according to José Lobo and Bruno Novo, from Visionarium, thermoclasty is a type of weathering agent, caused by the variability of temperature on the surface of rocky materials, causing a variation in volume.

Envelopes swell as a reaction to elevated temperatures and contract as a reaction to cooling. As rocks are generally polymineralic aggregates, and due to the fact that each mineral presents different values ​​of expansion coefficient, different expansion and contraction speeds arise. The outermost parts of the rocks, subject to strong diurnal thermal amplitudes, fracture.

Disaggregation by gelation is one of the most effective in terms of fracturing, although it is a seasonal mechanism that occurs predominantly in high mountain areas. This agent actively contributes to the “birth” of the biotite nodule. The water contained in the fractures, when the temperature is lower than 0ºC, starts to freeze in the most superficial part. As the outside temperature drops, ice wedges grow inside the fractures. When water freezes, it increases in volume (about 10%), consequently exerting great pressure inside these fractures, causing them to widen and extend. Therefore, it promotes the disaggregation of the rocks, and the consequent “birth” of the biotitic enclave.

The Parideiras Stones gradually emerge on the surface of the rock, come off and accumulate on the ground. For this reason, the peasants of the region call the rock “the stone that stops stone”, that is, the rock that produces another rock.


The assertion of the existence of Birthing stone in other latitudes is not proven.


See more images on Wikimedia Commons
or in Mindat.org


Sources:

Mineral do Ano

Mineral do Ano
Mineral Of The Year

Em 2014, o IMA (Associação Mineralógica Internacional) apresentou sua iniciativa “Mineral do Ano”, com o objetivo de reconhecer as descobertas minerais mais inspiradoras e emocionantes publicadas em um determinado ano civil.
Com esta iniciativa, o IMA gostaria também de agradecer à Comissão sobre Novos Minerais, Nomenclatura e Classificação (CNMNC) pelo seu trabalho incansável.
A iniciativa " Mineral of the Year ", é destinada a Geólogos e aficionados a reconhecer as descobertas minerais mais inspiradoras e emocionantes publicadas em um determinado ano civil, e reconhecer o trabalho da Comissão de Novos Minerais, Nomenclatura e Classificação (CNMNC).
Mais de 100 novas espécies minerais são aprovadas pela Comissão todos os anos a partir de um número ainda maior de propostas enviadas de todo o mundo. Escolher o vencedor nunca é fácil e é sempre um trabalho extra para o painel de especialistas da CNMNC.
Nunca é fácil escolher o vencedor no meio de uma lista de nomeados, mas aqui estão os minerais do ano.


Seaborgite
Mineral do ano 2021
Seaborgite - Mineral do ano 2021
O mineral do ano de 2021 foi encontrado e totalmente caracterizado por uma equipe de pesquisa liderada por Anthony R. Kampf, do Departamento de Ciências Minerais do Museu de História Natural de Los Angeles County, Los Angeles, CA 90007, EUA.
Seaborgite foi encontrado no subsolo na mina Blue Lizard, Red Canyon, White Canyon District, San Juan Co., Utah, EUA, onde ocorre em uma crosta espessa de gesso sobrepondo uma matriz composta principalmente de cristais de quartzo. Minerais associados são copiapite, ferrinatrite, ivsite, metavoltine, römerita e outros minerais atualmente desconhecidos.
Seaborgite ocorre como prismas achatados longos (ou lâminas), de cor amarelo-claro e até 0,2 mm de diâmetro. comprimento. Os cristais geralmente ocorrem em sprays radiantes e parecem muito bons.
A fórmula química ideal da seaborgita é LiNa6K2(UO2)(SO4)5(SO3OH)(H2O), portanto é um uranilo mineral sulfato. Seaborgite é a única espécie mineral conhecida contendo lítio e urânio como elementos formadores de espécies, e também é um dos poucos minerais contendo três metais.
O mineral recebeu o nome de Glenn Seaborg (1912-1999), um químico americano que esteve envolvido na síntese, descoberta e investigação de 10 elementos transurânicos, incluindo o seaborgium.

Bojarite
Mineral do Ano 2020
Bojarite - Mineral do Ano 2020
Para 2020, o prêmio de "Mineral do Ano" foi atribuído ao bojarito, encontrado e caracterizado por uma equipe de pesquisa liderada por Nikita Chukanov (Academia Russa de Ciências, Moscou).
O bojarito foi descoberto em um depósito de guano na encosta norte da montanha Pabellón de Pica, 1,5 km ao sul da vila de Chanabaya, Iquique Province, Tarapacá Region, Chile. O mineral ocorre como agregados porosos de grão fino azul com alguns mm de largura. Minerais associados são salamoníacos, halite, chanabayaite, nitratine e belloite. Sua fórmula química ideal é Cu3 (N3C2H2) 3 (OH) [Cl2 (H2O) 4] · 2H2O, portanto a bojarita é um mineral de triazolato de cobre.
A bojarita é um mineral supergênico formado como resultado da alteração da chanabayaita na zona de contato entre um depósito de guano de ave profundamente alterado e gabro anfibólio com calcopirita. Bojaíta é o nono novo mineral encontrado no depósito de guano em Pabellón de Pica. Vale a pena notar que outro mineral da mesma ocorrência, chanabayaite, foi eleito como o "Mineral do Ano ”em 2015.

Tewite
Mineral do Ano 2019
Tewite - Mineral do Ano 2019
Em 2019, o prestigioso título foi para “Tewite” que foi descoberto nas proximidades da aldeia de Nanyang, Condado de Huaping, localizado no sul da região de Panzhihua – Xichang, sudoeste da China.
Ocorre no Neoproterozóico Siniano biotita-quartzo monzonita meteorizada pela luz, perto da zona de contato com gabro.
Os minerais associados são feldspato alcalino, biotita, clinoanfibole, ilmenita, zircão, zoisita, turmalina, monazita- (Ce), alanita- (Ce), escelita, telurita e um novo mineral Wumuite (KAl0.33W2.67O9, IMA2017-067a), além de um mineral potencialmente novo não identificado correspondente a WO3.

Carmeltazita
Mineral do Ano 2018
Carmeltazita - Mineral do Ano 2018
Carmeltazita, um novo complexo óxido (ZrAl 2 Ti 4 O 11), forma inclusões pretas em cristais de corindo azul (“Carmel SapphireTM”) de rochas piroclásticas cretáceas e depósitos aluviais associados em Kishon Mid-Reach, no norte de Israel. Seu nome alude à localidade tipo no Monte Carmelo e aos três principais metais em sua fórmula (Ti, Al e Zr). A Carmeltazita foi descoberta por William L. Griffin (Universidade Macquarie, Austrália), Sarah EM Gain (Universidade da Austrália Ocidental), Luca Bindi (Università degli Studi di Firenze, Itália), Vered Toledo (Shefa Gems Ltd., Israel), Fernando Cámara (Università degli Studi di Milano, Itália), Martin Saunders (Universidade da Austrália Ocidental) e Suzanne Y. O'Reilly (Universidade Macquarie).
Desde que sua descrição foi publicada em Minerais(Griffin et al., 2018), o mineral ganhou muita publicidade online como “a mais nova pedra preciosa do mundo” (EraGem, 2019), e até mesmo um “mineral extraterrestre mais duro que diamantes” (Flatley, 2019). Embora de origem perfeitamente terrestre e não particularmente gema, o Mineral do Ano 2018 contém Ti3+, completamente raro no ambiente geológico, e possui uma estrutura cristalina peculiar, que está remotamente relacionada ao arranjo compacto do espinélio. Como pode ser visto em sua fórmula, a estrutura da carmeltazita é deficiente em cátions e ânions em relação aos espinélios, enquanto sua simetria é reduzida a ortorrômbica. Talvez ainda mais notável do que sua imagem pública ou estrutura seja a associação da Carmeltazita com outros minerais Ti3+ e carbonetos.

Rowleyita
Mineral do Ano 2017
Rowleyite - Mineral do Ano 2017
Rowleyita são cristais cuboctaédricos pretos salpicando mottramite verde encontrado em um túnel subterrâneo na mina Rowley abandonada no Arizona, e nomeado para a localidade tipo. A fórmula química dessa nova espécie é tão complexa quanto sua estrutura cristalina, e ambas são um testemunho das capacidades da ciência moderna e da singularidade das condições geológicas que levaram à cristalização da Rowleyita. Embora compostos estruturalmente relacionados sejam conhecidos na ciência dos materiais como “sólidos mesoporosos com modelagem de sal” e “polioxometalatos”, é difícil identificar sucintamente algo que tenha a fórmula [Na(NH 4 ,K) 9 Cl 4][V 2 5+ ,4+ (P,As)O 8 ]6.n [H2O, Na,NH4 ,K,Cl]. Rowleyite pode ser descrita como um fosfovanadato com uma estrutura porosa semelhante a zeólita, na qual pequenas gaiolas hospedam os aglomerados [(NH 4 ,K) 9 Cl 4 ] 5+ formando uma “rede de sal” e grandes gaiolas acomodam H 2 O, NH4 , Na, K e Cl. Este modelo de complexidade mineralógica foi descoberto e publicado no American Mineralogist (volume 102, páginas 1037-1044) por Anthony R. Kampf (Museu de História Natural do Condado de Los Angeles, EUA), Mark A. Cooper (Universidade de Manitoba, Canadá), Barbara P. Nash e Thure E. Cerling(Universidade de Utah, EUA), Joe Marty (Salt Lake City, Utah), Daniel R. Hummer (Southern Illinois University, EUA), Aaron J. Celestian (Museu de História Natural do Condado de Los Angeles), Timothy P. Rose (Lawrence Livermore National Laboratory, EUA) e Thomas J. Trebisky (Universidade do Arizona, EUA).
Parabéns à equipe vencedora por esta descoberta emocionante!

Merelaniita
Mineral do Ano 2016
Merelaniita - Mineral do Ano 2016
Este mineral foi descoberto em espécimes de colecionadores da região de Merelani, no nordeste da Tanzânia, e investigado por  John A. Jaszczak (Michigan Technological University, Houghton, EUA), Michael S. Rumsey (Natural History Museum, Londres, Reino Unido), Luca Bindi (Università di Firenze, Florença, Itália), Stephen A. Hackney (MTU), Michael A. Wise (National Museu de História Natural, Washington, EUA), Chris J. Stanley (NHM) e John Spratt (NHM). A Merelaniita, cujos incomuns cristais semelhantes a bigodes foram inicialmente confundidos com Molibdenita, é na verdade um novo membro do grupo das cilindritas (Jaszczak et al. 2016). A nova espécie é notável não apenas por sua morfologia, que lembra “rolos” microscópicos delgados parcialmente desenrolados, ou pela estrutura composta por alternância de pseudo-tetragonal (tipo PbS) e pseudo-hexagonal (MoS 2-type), mas também pelo facto de ser proveniente da famosa zona mineira que produz há 50 anos a pedra preciosa Tanzanite (zoisite azul com vanádio). Outros minerais incomuns encontrados em associação com a melaniita são wurtzita e alabandita bem cristalizadas, que representam apenas um estágio evolutivo na complexa história metamórfica dos depósitos de Merelani. Gostaríamos de parabenizar John Jaszczak e seus coautores por este prêmio e encorajar os leitores a aprender mais sobre a melaniita em seu artigo de acesso aberto em Minerais (www.mdpi.com/2075-163X/6/4/115) .

Chanabayaita
Mineral do Ano 2015
Chanabayaita - Mineral do Ano 2015
Este mineral foi descoberto e estudado por Nikita V. Chukanov da Academia Russa de Ciências (Chernogolovka, Região de Moscou) em colaboração com Natalia V. Zubkova (Universidade Estatal de Moscou, MSU), Gerhard Möhn (Niedernhausen, Alemanha), Igor V. Pekov (MSU), Dmitry Yu. Pushcharovsky (MSU) e Aleksandr E. Zadov (NPP Teplokhim, Moscou).
Chanabayaite, Cu 2 (N 3 C 2 H 2 )Cl(NH 3 ,Cl,H 2 O,[]) 4, é uma nova espécie mineral do Monte Pabellón de Pica perto da aldeia de Chanabaya na região de Tarapacá do Chile (Chukanov et al. 2015). Este mineral organometálico incomum não possui apenas uma estrutura cristalina única que apresenta o ânion 1,2,4-triazolato (N 3 C 2 H 2)-, mas também atua como uma “ponte” entre a geosfera e a biosfera, pois seus cristais de um azul profundo se formaram onde depósitos de guano (fonte de C e N) entraram em contato com um gabro contendo calcopirita (que forneceu o Cu ). Chanabayaite formada pela lixiviação de Na e Cl e pela desidratação de outro composto natural contendo triazolato e potencialmente outro novo mineral – NaCu 2 Cl 3 [N 3 C 2 H 2 ] 2 [NH 3 ] 2 ·4H 2 O (Zubkova et al. 2016).
O Prof. Chukanov é conhecido internacionalmente tanto por suas fascinantes descobertas minerais (chanabayaite é apenas uma das 190 novas espécies sob o cinturão de Chukanov) quanto por suas contribuições proeminentes para a espectroscopia mineral [mais recentemente, Chukanov (2014) e Chukanov e Chervonnyi (2016)].
Chanabayaite é o primeiro mineral triazolato reconhecido. É também um dos poucos minerais atualmente conhecidos que contêm grupos ammina, incluindo também ammineita, joanneumita e shilovita.

Ophirite (Ofirita)
Mineral do Ano 2014
Ophirite - (Ofirita) Mineral do Ano 2014
Ophirite, Ca 2 Mg 4 [Zn 2 Mn 2 3+(H 2 O) 2 (Fe3+W 9 O 34 ) 2 ]·46H 2O, é uma nova espécie mineral da mina Ophir Hill Consolidated, distrito de Ophir, Oquirrh Mountains, Tooele County, Utah, EUA, e foi descrita por Anthony R. Kampf do Museu de História Natural do condado de Los Angeles e co-autores: John M. Hughes (Universidade de Vermont), Barbara P. Nash (Universidade de Utah), Stephen E. Wright (Universidade de Miami), George R. Rossman (Caltech) e Joe Marty (Utah) (Kampf et al., 2014). Ophirite forma belos cristais castanho-alaranjados em forma de comprimido de até 1 mm de comprimento e é o primeiro mineral conhecido a conter um defeito lacunar derivado do ânion Keggin, ou seja, um heteropoliânion faltando alguns de seus segmentos octaédricos (Keggin, 1934). As fases com o ânion Keggin são importantes na química do estado sólido como catalisador.
Gostaríamos de parabenizar os autores pela descoberta da Ofirita e encorajar todos os leitores a lerem sobre esta fantástica descoberta no artigo da American Mineralogista .



Fontes: