Série Minerais do Brasil - Ceará

Principais ocorrências minerais no estado do Ceará
(Série Minerais do Brasil - Ceará)
Série minerais do Brasil - Santa Catarina

Lista de minerais do Ceará:
Actinolita, Aegirina, Aegirina-augita, Albita, séries Albite-Anorthite, Almandina,
séries Almandine-Spessartine, Ambligonita, Analcite, Anatase, Anquerita,
Apatita, Augite variedade: Soda-Augita, Avaruita, Barita,
Berilo variedades: Agua-marinha e Esmeralda,
Bismuto, Calcita, Cassiterita, 'Grupo Clorita', Cromita,
subgrupo Clinopiroxênio, Coffinita, Columbita (Fe), Columbita-Tantalita, Cobre,
Corindo variedade: Safira, Diatomita, Diopsídio, Elbaita, Epídoto,
série Fayalite-Forsterite, Ferro-kaersutite, Fosfato, grupo das Granada, Gilalita, Gipisita,
Grafita, Heulandita, Hornblenda, Ilmenita, Ferro variedade Kamacita,
Kaersutita, Magnetita, Maskelinita, Merrillite, Molibddenita,
Moscovita, Nefelina, subgrupo Ortopiroxênio, Pentlandita,
Flogopita, Quartzo variedades: Ágata e Ametista, Rutilo variedade: Ilmenorutilo,
Sanidina, Escapolita, Escelita, Sodalita, Spessartina, Spodumene,
subgrupo de Estilbitas, Taenita, Talco, Tapiolita, Tetrataenita, Titanita,
Turmalina, Tremolita, Troilita, Vermiculita e Zircão.

Pedras preciosas e cristais do Ceará:
turmalina elbaita do Ceará, da coleção de Sergio Varvello
Turmalina Elbaita, da coleção de Sergio Varvello via Mindat.org
Os minerais-gemas existentes no Estado do Ceará estão relacionados a dois
tipos de depósitos: veios quartzo-ametista e intrusões pegmatíticas. Os veios de
quartzo-ametista são muito disseminados nas rochas cristalinas. Esses veios se
formam por intrusões silicosas em zonas fissuradas das rochas preexistentes.
Quando ocorrem cavidades maiores nas zonas fissuradas, podem desenvolver-se
cristais que se agrupam em forma de drusas, caso contrário a mineralização
se dá de forma disseminada.
A mineralização de ametista no Estado do Ceará é de importância expressiva
uma vez que a qualidade dessas gemas compete com as melhores do País,
no que diz respeito à coloração.
Ainda no estado são encontradas algumas variedades de turmalina como a Elbaita, Safira, quartzo gilalita, granada espessartita, etc.
safira do Ceará, da coleção de Brazilian Rockhounds
Safira, da coleção de Brazilian Rockhounds
Elas ocorrem nos municípios de:
Acopiara (Trussu, Sítio TatuPeba e Fazenda Santa Cruz); Alto Santo
(Fazenda Jardim), Catarina (Sítio Bonito), Arneiroz (Sítio Várzea Grande),
Canindé (Targinos – São Luiz), Crateús (Fazenda Castanho e Sucesso),
Independência (Sítio Araújo), Jaguaretama (Bom Lugar), Jaguaribe (Mulungu), Morada Nova (Patos e Pacova), Novo Oriente (Sítio Bom Sucesso e Mina Salão), Parambu (Cachoeira do Calixto, e Olho d’água da Gameleira), Piquet Carneiro (Fazenda São Luís), Solonópole (Sítio Fonseca), Santa Quitéria (Fazenda Batoque e Lambedor), Milhã e Quixeramobim (Fonseca), Tamboril (Sucesso) e Tauá (Serrote Quinamuiú e Barra Nova).

No DNPM-CE são cadastradas ocorrências, jazidas e/ou minas nos municípios de:
Tauá (Serrote Quinamuiu), Novo Oriente (Mina Salão), Santa Quitéria (Mina
Lambedor e Batoque), Acopiara (Sítio Jati), Morada Nova (Pacova) e Piquet Carneiro.
Destas se destacam, além da jazida de:
Santa Quitéria, as ocorrências dos municípios de Novo Oriente e Piquet Carneiro,
ambos com grande produtividade. No município de Beberibe uma ocorrência de ametista de excelente qualidade (veludo). 
A principal jazida de ametista do Ceará está localizada no município de
Santa Quitéria. A mineralização de ametista, nesse local, está associada a veios pegmatóides encaixados em fraturas de granitóide. A ametista ocorre disseminada
dentro do corpo pegmatóide e no contato com a encaixante,
em cristais bem formados, de tamanhos variados, muitas vezes formando drusas.
Sua cor apresenta tonalidades variadas dentro de matizes do roxo.
esmeralda-Ceará, da coleção de  Paulo Neves via Mindat
Esmeralda, da coleção de  Paulo Neves via Mindat.org
Nos municípios de Quixeramobim, Piquet Craneiro e Tamboril, existem ocorrências de quartzo-verde (praziolita). No município de Icó existem ocorrências de
água-marinha de excelente qualidade, topázio e amazonita, e no município de
Parambu as ocorrências de rubelita (turmalina vermelha).

Faixa Noroeste do Ceará
É a principal província mineral do estado, também chamada de Faixa Médio Coreaú, está localizada no extremo noroeste da Província Borborema e a sudeste do Cráton de São Luís.

Província pegmatítica de Cristais:
Inclui as áreas dos municípios de Aracoiaba, Cascavel, Russas e Morada Nova onde
se concentram os pegmatitos lítio-berilotantalíferos da região.

Pegmatito Jucá
É constituído de quartzo leitoso, microclina, clevelandita, moscovita, lepidolita, quartzo criptocristalino, ambligonita, berilo, turmalinas (verde, róseo e preta), quartzo hialino
e cassiterita.

Pegmatito Jucazinho
Os minerais identificados foram: quartzo, microclina, albita, moscovita, turmalina (verde, azul, e preta), berilo e columbita.

Pegmatito Caboquinho
Os minerais existentes são: quartzo, clevelandita, moscovita,
afrisita, lepidolita, berilo, espodumênio, turmalina azul, crisoberilo, cassiterita
e columbita.

Pegmatito Jordão
Os minerais identificados são: quartzo, microclina, albita, moscovita
e berilo (água-marinha).

Província Pegmatítica de Solonópole.
É constituída, essencialmente, por pegmatitos lítio-berilo-tantalíferos e pegmatitos estaníferos, distribuídos por áreas dos municípios de Quixadá, Quixeramobim,
quartzo gilalita, da coleção de Rob Lavinsky & irocks.com
Quartzo Gilalita, da coleção de Rob Lavinsky via irocks.com
Solonópole e Jaguaribe.
Os principais minerais de valor encontrados nesta província são:
berilo, cassiterita, ambligonita, tantalita-columbita, lepidolita, quartzo, afrisita,
rubelita, turmalina verde, granada, água-marinha e fluorita.
Estes minerais encontram-se distribuídos em 20 pegmatitos:
(Várzea do Serrote; Balinha I; Balinha II; Juazeiro; Berilândia I;
Poço dos Cavalos; Morro Comprido; Morro do Peba; Nilo Castelo; Encanto Seguro;
Bezerrinha II; Auriverde; Auriverde I; Bom Jesus I; Bom Jesus II; Bom Jesus do
Carneiro; Martinópole; Nóbrega IV; Belém e Carnaúba IV).

No município de Quixeramobim, mais precisamente nas localidades de Malacacheta e Poço Cavalo, existem produção considerável de granada utilizada como gema.

Novos Mapas Geológico e de Recursos Minerais do Ceará / 2020

Ouro e pedras preciosas no Ceará
A avaliação do Potencial Mineral do Noroeste do Ceará
se encontra a partir da pág. 73 clicando AQUI
(documento em pdf)
Ouro e pedras preciosas no Ceará
mapa do ouro e pedras preciosas no Ceará

Distribuição espacial do ouro em concentrados de minerais pesados.
ouro na região noroeste do estado do ceará
Lista de metais preciosos e pedras preciosas mais procuradas e que são encontrados no estado do Ceará:
Abra o link a seguir para visualizar o documento,
http://rigeo.cprm.gov.br/jspui/handle/doc/21399

Arquivo: irm_arim_noroeste_ceara.pdf
Descrição: Informe de recursos minerais
(abrir documento em PDF/user)

Ouro e Pirita pág. 73 e 75,
Apatita e Zircão pág. 76,
Topázio e Granada pág. 77,
Turmalina e Cianita pág. 78,
Malaquita e Granada Kimberlítica pág. 81.

Diferença entre Sárdio, Sardónica e Cornalina

Sárdio, Sardónica e Cornalina
Ambas são variedades de calcedónia que é uma forma de quartzo microcristalino, e isto é o que os une, além é claro, a cor, que podem ser vermelha, um vermelho-acastanhado escurecendo para um tom marrom ou laranja.
O Sárdio que é uma variedade vermelho-acastanhado é muito semelhante a ágata.
A Sardónica é uma mistura de Sárdio e Ónix, onde ela tem as bandas (linhas) retas do Ónix e a cor vermelho acastanhado do Sárdio. Muitas das vezes dois ou mais variedades destas podem estar em uma única pedra de calcedônia, como mostra a foto a seguir.
calcedônia, foto de DuncanHill via WikipédiaCommons
Calcedônia, foto de DuncanHill via WikipédiaCommons
Sardo, Sardónica e Cornalina são pedras preciosas que frequentemente são confundidas como poderá ver no artigo, sendo muitas vezes temas de aciradas discusões gemológicas.

Quais são as diferenças?
Sárdio e Sardónica
Em primeiro lugar, Sárdio e Sardónica, embora pareçam muito semelhantes, na verdade se referem a variedades separadas de quartzo microcristalino. O Sardo é facilmente identificável como uma pedra de cor única, enquanto o Sardónica possui faixas brancas e marrons.
Podem ser encontrados por vezes uma calcedônia isolada mas com faixas de sardônica.
Também muitas vezes as duas pedras, sárdio e sardónica estão em uma única pedra, onde as bandas brancas e vermelho-acastanhadas da Sardónica são bem definidas e onde a área sem estas bandas e com uma cor única vermelho-acastanhado é o Sárdio. 

Cornalina e Sardônica
A Cornalina tem um cor mais vermelho acastanhado. A sardônica é semelhante à cornalina, mas é mais difícil de se encontrar e mais escura (a diferença não é rigidamente definida e os dois nomes são usados de forma intercambiável). Tanto a cornalina quanto a sardônica são variedades da calcedônia colorida por impurezas de óxido de ferro. A cor pode variar muito, desde laranja pálida a uma intensa coloração quase preta que passa para outra variedade, o Sardo.

Cornalina e Sárdio
Como mencionado acima, Cornalina e Sardo são ambas formas de quartzo microcristalino (calcedónia). A única diferença entre eles é a cor. Não existe uma definição clara de qualquer laboratório de gemas sobre quando uma variedade para e a outra começa, mas podemos tentar definir a diferença. A cornalina é uma pedra alaranjada em tons médios. Quanto mais escuro fica, mais marrom começa a parecer e, eventualmente, será chamado de Sardo. A origem da cor marrom vem das impurezas de ferro com muito mais teor, que a deixa com a cor mais escura.

Sárdio, Cornalina e Sardónica
Sárdio, Cornalina e Sardónica
Ónix
Vamos falar um pouco do Ónix que é da mesma variedade destas 3 acima, porém, embora semelhante a ágata, mas tem bandas (linhas) retas em vez de curvas, onde estas bandas podem alternar entre as cores castanhas, brancas e pretas.
Ónix com Opala Branca é uma pedra com bandas retas, características do ónix mas com linhas de cores castanhas e brancas.

Locais de mineração Sardo, Sardônica e Cornalina
Sardo e Sardónica podem ser extraídas no Brasil, Alemanha, EUA, Rússia e as melhores pedras vindas da Índia. As pedras Sardo foram extraídas e usadas pelos homens desde a Idade do Bronze e recebeu o nome da antiga cidade turca Sardis. As cores podem variar de preto, branco, cinza, roxo, marrom, vermelho, amarelo, verde e azul.
Já a Cornalina é muito comum no Brasil, Índia, Rússia (Sibéria) e Alemanha.

Cuidado com as imitações ou falsificações:
O Sárdio (mais caro) pode ser falsificado saturando uma calcedônia (mais barato) com uma solução de ferro.
Sárdio de baixa qualidade (mais barato) pode ser usado para produzir cornalinas (mais caras), por meio de tratamento térmico.
Grande parte da Cornalina vendida no mercado é calcedônia tingida.
O Ónix, muitas das vezes são tingidos para melhorar ou mudar a cor, uma vez que é uma pedra mais cara, o ónix é produzido por imbibição de uma ágata numa solução açucarada que posteriormente é aquecida em ácido sulfúrico para carbonizar as partículas de açúcar.

Por culpa destas falsificações, procure sempre peças direto de garimpo, pois além de mais baratas são verdadeiras obras primas da natureza.

Clica no link a seguir para conhecer outras variedades de calcedônias:
https://www.oficina70.com/calcedonia-variedades.html

Fontes: