Série Minerais do Brasil, Paraná

Paraná, principais ocorrências minerais
(Série minerais do Brasil-Paraná)
No estado estão catalogados 86 espécies minerais sendo 56 minerais válidos e 1 (TL) mineral que só ocorre aqui.
Minerais e pedras preciosas que ocorrem no estado do Paraná
Os diamantes da região diamantífera na Bacia do Tibagi o ouro na Bacia de Castro, Vale do Ribeira e região serrana de Morretes, além do cobre nativo no Ribeirão do Perau em Adrianópolis, são alguns dos minérios e locais mais conhecidos pelos pequenos garimpeiros paranaenses.
O Paraná é a segunda unidade federativa do Brasil que mais produz talco, que extrai-se no município de Ponta Grossa. É a quinta e última unidade federativa do Brasil que mais produz prata.

Minerais e pedras preciosas que ocorrem no estado do Paraná:

Minerais metálicos
O mais importante minério de chumbo que encontra-se no Paraná é galena argentífera. A mais importantes jazidas localizam-se nos municípios de Adrianópolis, Cerro Azul e Bocaiúva do Sul. Quem faz o tratamento fabril da galena para extrair o chumbo são os funcionários da Plumbum S.A. empresa localizada na beira do rio Ribeira, em Adrianópolis.

O Paraná tem relevantes reservas de minério de ferro, que concentram-se numa grande quantidade de municípios das porções oriental e norte-oriental do estado. A mais extensas jazidas de hematita são encontradas nos municípios de Antonina, Colombo, Almirante Tamandaré, Cerro Azul, Bocaiúva do Sul, Rio Branco do Sul, Castro e São José dos Pinhais. Demais minerais como limonita e magnetita, apesar de serem poucos, igualmente encontram-se na mesma região.

Na época da Segunda Guerra Mundial extraiu-se o cobre em pequena quantidade, no Paraná, na região da Serra do Cadeado. Jazidas de cobre ocorrem nos arredores de Cerro Azul, Bocaiúva do Sul e Adrianópolis. Pesquisas mais novas revelaram restos do minério em Maringá, Guarapuava e em grande parte do sudoeste do Paraná.

A grande maioria do ouro e da prata é extraída da galena argentífera, como um produto subordinado à mesma. O Paraná produz muita prata, que extrai-se em Adrianópolis.

As jazidas de urânio no Paraná são encontradas em um cinturão que localiza-se de Teixeira Soares até Figueira.

Ouro nativo no Paraná
ouro das medalhas olímpicas

Municípios possuidores de jazidas de ouro:
Campo Largo (Tabiporã), Bocaiúva do Sul, Morretes, Cerro Azul, Adrianópolis e Castro.
Estudos novos, realizados na porção centro-oriental paranaense mostraram que existem demais minérios de metal como zircônio e nióbio.
O ouro das medalhas olímpicas Rio-2016 sairam de uma mina da região de Campo Largo.
Ouro no Paraná também é encontrado nas serras da divisa do estado com Santa Catarina.

Filão de ouro Passa Três
O depósito de ouro em Passa Três é um exemplo de mineralização controlada estruturalmente formada durante a transição magmático-hidrotérmica e hospedada em granito sendo uma intrusão de forma alongada NNE-SSW. O granito Passa Três e sua mineralização de ouro parecem representar um exemplo único de um sistema de ouro relacionado à intrusão, no qual a mineralização se concentra no núcleo da intrusão magmática na forma de veias em escala de metro fortemente controladas por tectônicas.

Mapa de jazimentos auríferos de Morretes, Serra do Mar e região
se encontram no final deste artigo.

Pedras preciosas e semi-preciosas do Paraná
crisocola
O diamante e as ágatas encontram-se no rio Tibaji e seus afluentes, nos rios das Cinzas e do Peixe (Norte Pioneiro).
Opalas, malaquitas e azuritas (semi-preciosas) são encontradas em Cerro Azul. No município de Guarapuava, nas porções ocidental e sul-ocidental do Paraná, estão presentes ametistas.

Principal localização mineral no Paraná
Partes dos principais minerais metálicos e não-metálicos de valor estão numa faixa de apenas 3,1 quilômetros quadrados junto à confluência dos Ribeirões Grande e Perau, a 30 quilômetros sudeste do município de Adrianópolis. A litologia é dada por quartzitos, rochas carbonáticas, fititos, xistos e anfibolio-xistos, do Grupo Açunguí, sendo essas rochas consideradas pertencentes à Formação Setuva. A região situa-se em zona de transição entre as fácies de xistos verdes e anfibolito. Os minerais primários são constituídos por pirita, calcopirita, tennantita, quartzo, rara galena e barita; os secundários são: calcocita, covelita, bornita, cuprita, cobre nativo, prata nativa, crisocola, azurita, malaquita; ocorrendo como minerais metamórficos: turmalina, granada, tremolita, magnetita, hematita, calcita e dolomita.
rara galena e barita

Fotos comparativas de alguns minerais encontrados no Paraná:
Ágata
Ágata
Mineral, variedade de quartzo criptocristalino com bandas coloridas.
Região noroeste do Paraná, município de Paranapoema.

Ametista
Ametista
Mineral, variedade de quartzo de coloração violeta devido à presença do ferro-férrico. Município de Chopinzinho, sudoeste do Paraná.

Calcita
Calcita
Mineral composto por carbonato de cálcio - CaCO3 .
Município de Adrianópolis, nordeste do Estado do Paraná.

Fluorita
Fluorita
Mineral composto por fluoreto de cálcio. Utilizado na indústria química, siderurgia e vidros. Município de Cerro Azul, nordeste do Paraná.

Galena
Galena
Mineral sulfeto de chumbo (PbS). É um mineral/minério de chumbo.
Município de Adrianópolis na região nordeste do Estado.

Barita
Barita
Mineral sulfato de bário (BaSO4), é o mais comum dos minerais de bário.
Município de Adrianópolis na região nordeste do Paraná.

Talco
Talco (mineral)
Mineral filossilicato de magnésio com oxidrila: Mg6(Si8O20)(OH)4.
Município de Castro, Estado do Paraná.

Arenito
Arenito
Rocha sedimentar clástica cujas partículas são dominantemente do tamanho de areia, 0,62 a 2,00 mm de diâmetro.
Município de Ribeirão Claro na região nordeste do Estado.

Basalto
Basalto
Rocha vulcânica escura de grão fino, frequentemente afanítica, composta essencialmente por plagioclásio básico (An>50%) e piroxênio.
Município de Foz do Jordão, na região central do Estado.

Calcário
Calcário

Calcário metamorficamente recristalizado que tem como constituinte importante, carbonato calcítico ou dolomítico.
Município de Rio Branco do Sul na Região Metropolitana de Curitiba.

Carvão Mineral
Carvão Mineral
Rocha sedimentar organógena escura fácilmente combustível, composta essencialmente por carvão mineral, um agregado de componentes orgânicos.
Município de Figueira, Estado do Paraná.

Filito
Filito
Rocha metamórfica intermediária entre ardósia e xisto.
Município de Rio Branco do Sul e Região Metropolitana de Curitiba.

Folhelho
Folhelho
Rocha sedimentar clástica muito fina, argilosa a síltico-argilosa com ótima estratificação, finamente laminada. É por vezes confundida com o xisto. Podem ser riscados ou cortados com um canivete. Quando bafejados, dão um cheiro a barro mais ou menos intenso.
Folhelho pirobetuminoso do município de São Mateus do Sul, região sul do Estado.

Gnaisse
Gnaisse
Rocha metamórfica essencialmente quartzo-feldspática, granulação frequentemente média a grossa; a estrutura é muito variável desde maciça, granitóide, com foliação dada pelo achatamento dos grãos, até bandada.
Município de Mandirituba, Paraná.

Quartzito
Quartzito
Rocha metamórfica cujo componente principal é o quartzo.
Município de Itaperuçu, Paraná.

Sienito
Sienito
Rocha ígnea plutônica saturada, sem quartzo ou subordinado, com feldspato potássico, plagioclásio, e minerais ferromagnesianos: biotita, hornblenda, arfvedsonita geralmente importantes.
Município de Tunas, Paraná.

Lista de minerais do Paraná
(estão excluidos minerais usados na construção como areia ou argila e combustíveis como carvão ou petróleo extraído do xisto)
Egirina, Enigmatita, Albita, 'Série Albite-Anorthite', Anortita, 'Apatita', Arfonedsonite,
Astrofilita, Augita, Azurita, Barita, Bornita, Britolita- (Ce), Calcita, Celadonita,
Cerussita, Calcopirita, 'Chevkinite Grupo', 'Clorite Grupo',
Cromita variedade: Cromita Aluminiana, CrisocolaSubgrupo Clinopiroxênio
Cobre, Covellite, Cuprita, Diopside
'Faialita-Forsterita Series', Fluorita, Forsterita, Galena, 'Vidro natural',
Goetita, Hematita, 'Subgrupo Heulandite', 'Iddingsite', Ilmenita,
Ferro variedade: Kamacite, Caulinita, 'Lantanita', Lantanita- (La), Lantanita - (Nd)(TL),
'Limonita', Magnetita, Malaquita, 'Maskelynite', Microclina, 'Monazita', Mordenita,
Muscovita var: llite, Nacareniobsite- (Ce), Narsarsukite, Nefelina, Neptunita,
Opala, 'Subgrupo de ortopiroxênio', Pentlandita'Plessite',
Pentlandita
Pseudobrookite, 'Psilomelane', Pirita, Piromorfito, Pirrotita,
Quartzo variedades: ágata, Ametista, Cornalina e Calcedônia,
Prata, Smithsonita, Esfalerita, Taenita, Tetrataenite, Tremolita,
Troilite, Turkestanita, 'Zeólito Grupo' e Zircão.

Mapa de Jazimento Aurífero de Morretes e região
cedido pelo PNPO - Programa Nacional de Prospecção de Ouro
via CPRM.
Mapa de Jazimento Aurífero Curitiba e Morretes

Mais informações sobre minerais no Paraná estão no link a seguir:

Fontes de informações:

A Febre do ouro no Brasil

A Febre do ouro
Febre do ouro no Brasil
Toda a verdade sobre esta outra qualidade distinta do ouro digna de menção.

Em sua forma natural, o ouro é uma substância muito bonita de se olhar.
Na verdade, isso é tão verdadeiro que há um "jargão" entre os mineiros experientes e aqueles indivíduos que lidam com grande parte do metal amarelo, que não é uma boa idéia olhar para qualquer quantidade substancial de ouro bruto por muito tempo a qualquer momento. Isto é porque tem uma tendência a trazer uma condição referida como "febre do ouro". E isto é verdade!

A tal febre do ouro é mesmo uma doença compulsiva?
Febre do ouro no Brasil
A "Febre do ouro" afeta pessoas diferentes de maneiras diferentes.
Embora possa fazer uma pessoa querer comprar o ouro a quase qualquer preço, poderia facilmente fazer outro querer roubá-lo a qualquer preço. No entanto, a “febre” tende a fazer sempre com que uma pessoa queira ter o ouro para si mesma, e mais, se possível, com o meio de obtê-la dependendo do caráter do indivíduo. Esta condição, (febre do ouro) é algo a ser observado para quem está planejando se envolver com mineração ou lidar com o ouro. Isso não é nada para rir, pois tem sido a causa de muitas mortes, fracassos, guerras, escravizações e perda de amizades. Alterou o curso de uma quantidade significativa de histórias muito do que é pior para os envolvidos. É verdade que, para muitos, o ouro é a coisa de que os sonhos são feitos. Portanto, o ouro tem uma tendência a atacar abaixo do comportamento social de uma pessoa e trazer para fora algumas das paixões mais fortes que estão por baixo. É bom ter isso em mente em quem você está pensando que deve ter como parceiro (ou como funcionário) em um empreendimento de mineração ou garimpo de ouro de qualquer tamanho.

Você sabia que a febre do ouro mais antiga do mundo aconteceu no Brasil?

Uma característica comum de uma pessoa que foi tocada apenas levemente com um caso de febre do ouro é que ele ou ela tende a lançar um bom senso de negócios ao vento e mergulhar de cabeça para baixo, tanto quanto uma criança pequena poderia fazer se ele encontrasse uma banheira cheia de seu doce favorito ou sorvete. É esse mesmo fator que o homem consome e joga fora. E se você acha que não há casos com alguns experientes no campo de mineração de ouro, pense novamente. A maioria dos fracassos em empreendimentos de mineração de ouro é o resultado dessa mesma perda de bom senso que às vezes ocorre quando se lida com este metal valioso.

Talvez a precaução mais bem sucedida contra ser atingido em qualquer grau prejudicial com a “febre” seja honestamente assumir o ponto de vista de que “qualquer coisa que valha a pena vale muito tempo e esforço”. São as pessoas que pretendem ficar ricas rapidamente sem muita produção de sua parte, que na maioria das vezes falham no negócio do ouro. Se, ao examinar suas próprias intenções, você descobre que está interessado em ficar rico rapidamente, sem ter que trabalhar para isso, é quase certo que você pegou pelo menos um toque da febre. Por outro lado, se você está interessado em sair para o país de Deus para ver se você pode encontrar parte do metal amarelo como uma aventura, e/ou talvez para ver se isso pode ser feito como um negócio viável, você provavelmente esta no caminho certo e vai ter mais chances de ter sucesso. Lembrando que o febre do ouro não acontece só na mineração de ouro nativo mas também na recuperação de ouro de sucata eletrônica. Vai levar um bom tempo e muito trabalho para você se tornar consistentemente bom nisso.

Assuma isso e você terá menos problemas e consequentemente menos perdas.

Febres do ouro um aspecto da cultura popular do século XIX
Se por um lado, a febre do ouro trouxe para as cidades próximas um maior desenvolvimento econômico, por outro trouxe também muita violência.

Zonas em que ocorreram as principais febres do ouro no mundo:
  • Sul dos Montes Apalaches, nos Estados Unidos, a norte de Atlanta e a oeste de Charlotte; na Geórgia em finais dos anos 30 do século XIX e na Carolina do Norte por volta de 1848.
  • Febre do ouro da Califórnia (em Dezembro de 1848 foi anunciada; mas a grande corrida se deu em 1849).
  • Colorado até final da década de 1850.
  • Austrália (1851).
  • Febre do ouro do Fraser (1858)
  • Norte de Nevada desde 1850.
  • Otago, Nova Zelândia desde 1861.
  • Este de Oregon anos 60 e 70 do século XIX.
  • Montana desde 1863.
  • Terra do Fogo, Argentina e Chile (1883)
  • Transvaal (África do Sul), em 1886. A chegada de mineiros foi um dos factores que alimentaram a Guerra dos Boers.
  • Klondike no Yukón, Canadá (1896).
  • Alaska (1898).
Febre do ouro no Brasil:
O ouro e a febre do ouro
  • Minas Gerais no fim do século XVII e no século XVIII. (é considerada a mais antiga corrida ao ouro no mundo, datando de 1695)
  • Serra Pelada, Pará (descoberto em 1979, mas a febre iniciou em 1980 até 1983, onde depois se viveu o declínio). Cabe ressaltar que o ano de 1983 o garimpo de Serra Pelada alcançou uma produção estimada de mais de 17 toneladas de ouro, um recorde absoluto.
  • Amazônia Gold Rush, região amazônica (1980).
  • Apuí, Amazonas (2006); acredita-se que aproximadamente 500.000 garimpeiros trabalharam nas minas de ouro da Amazônia.
  • Pontes e Lacerda, Mato Grosso (2015). (Em apenas um ano, 2014/2015 o município de Pontes e Lacerda passou da posição de 25º para 12ª cidade mais populosa no estado, apenas com a quantidade de garimpeiros amadores instalados no local).
  • Aruanã, Mato Grosso (2018).
Fato:
Curiosamente, poucos garimpeiros ficaram ricos, enquanto que os fornecedores dos mesmos e outros comerciantes encontraram a fortuna graças a estas febres do ouro.

Como e onde encontrar ouro no Brasil:

Conheça algumas das mais notáveis corridas ao ouro no mundo clicando no link a seguir:

Fontes: