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Como identificar um mineral por gravidade específica

Como identificar minerais pelo teste da Gravidade Específica,
 também chamada de Peso Específico ou Densidade Relativa de Minerais

O melhor método para identificar um mineral pelo seu "peso".
A gravidade específica é uma forma de expressar a densidade relativa de uma pedra preciosa. É medido como a proporção da densidade da pedra preciosa para a densidade da água.

Como fazer o teste de densidade de minerais
gravity silver coin
Para esta etapa você precisará:
· Balança digital de precisão
· Copo de plástico cheio de água
· Clipe de papel
· Lápis
· Papel
A gravidade específica (SG) de um mineral refere-se diretamente à sua densidade (massa em relação ao volume).
Ela indica quantas vezes mais o mineral pesa em comparação com uma quantidade igual de água (SG 1).

Como identificar um mineral pelo seu peso:
Densidade relativa de minerais
Siga as instruções do video para determinar a gravidade específica do seu mineral:

1. Pressione o botão "Ligar" na escala digital. A escala deve ler 0.00 (duas casas decimais) com nada sobre isso.
2. Coloque o seu mineral seco na balança e escreva o seu peso em um papel.
3. Remova o mineral.
4. Coloque um recipiente cheio de água na balança e pressione o botão "tara" para "zero". O recipiente não deve ultrapassar as bordas da balança.
5. Desenrole o clipe de papel e envolva-o ao redor do mineral, deixando o suficiente para agarrar com os dois dedos, ou utilize um fio fino mas forte para amarrar o mineral.
6. Submergir o mineral na água, mas não deixá-lo tocar o fundo ou nos lado do recipiente (importante: certifique-se de que seus dedos não estão tocando na água com sua amostra mineral).
7. Escreva o peso do mineral submerso na água.
8. Tome o peso original do mineral e divida-o pelo peso do mineral submerso na água.

O processo utiliza-se aplicando a seguinte fórmula:
onde é o peso do mineral fora da água;  a referência inicial da balança ou calibragem em zero; e o peso do mineral dentro da água. Assim, por exemplo, se um mineral tem peso específico 3,02 determinada pelo processo descrito, tal significa que ele pesa três vezes mais que igual volume de água.

O quociente (resposta) dos dois pesos é a gravidade específica de um mineral.

Tabela de densidade relativa de minerais:
https://www.oficina70.com/tabela-de-densidade-relativa-de-minerais.html


Alguns exemplos de gravidade relativa em gemas encontradas no Brasil:
Rubi: gravidade específica entre 3,97 a 4,05;
Safira: 3,99 a 4,00;
Crisoberilo: 3,70 a 3,72;
Topázio: 3,52 a 3,56;
Diamante: 3,47 a 3,55;
Esmeralda: 2,67 a 2,78;
Água marinha: 2,67 a 2,71;
Berilo: 2,65 a 2,75;
Berilo dourado: 2,65 a 2,75.

Outros exemplos:
Ouro tem uma gravidade relativa de 19.3.
A urina normalmente tem uma gravidade específica entre 1.003 e 1.035.
O sangue normalmente tem uma gravidade específica de ~ 1.060.
A Vodka 80 tem uma gravidade específica de 0.9498
(as amostras podem variar, e esses valores são aproximados).

Balança profissional para gravidade relativa de pedras preciosas:
(para comprar, clica na foto)
método mais fácil de identificar minerais
Método mais fácil para identificar minerais

 Métodos de calcular a 
Densidade de pedras preciosas:
(com tabela intermediária do peso específico de alguns minerais)

Compare o seu teste com a
lista de gravidade específica de minerais clicando no link abaixo:
https://www.gemselect.com/gem-info/specific-gravity

Lista completa de gravidade específica de minerais:
http://rruff.info

Escala de Mohs a dureza dos minerais

A dureza é uma propriedade mecânica da matéria sólida que determina sua resistência ao risco.

A dureza revelada apenas pela ação de riscar não é unicamente a exteriorização da coerência, pois entra com diversos fatores, mas com alguma prática permite uma comparação cómoda entre os minerais e, em consequência, estabelece a sua diferenciação dando um rumo para uma possível identificação.

Quando é utilizada a ação de riscar, está a prescindir-se das diferenças que existem segundo, por exemplo, a variação das direções que é muito pequena. Obtém-se o valor da dureza média expressa em números relativos.

Então para quantificar a dureza de um mineral no campo da Minerologia utiliza-se a Escala de Mohs. Essa escala foi desenvolvida pelo mineralogista alemão Friedrich Mohs no ano de 1812 e é formada por 10 minerais de diferentes durezas existentes na crosta terrestre.

Observe que pela Escala de Mohs, qualquer mineral riscara o anterior e é riscado pelo próximo. O talco é o mineral de menor dureza da escala, por isso, pode ser riscado por qualquer um dos demais. Já o diamante, é o mais duro, sendo assim, risca todos os outros minerais e não pode ser riscado por nenhum deles, apenas por outro diamante.

Para determinar a dureza de um mineral através da Escala de Mohs é necessário riscar o mineral padrão (da escala) com o mineral que se deseja classificar e verificar qual deles apresentou o risco em sua superfície. A unha, por exemplo, risca o talco e o gesso, mas é riscada pela calcita e, desta forma, apresenta uma dureza de 2,5. A ardósia, utilizada na fabricação do quadro negro, pode riscar o topázio, mas não o coríndon, e, por isso, encontra-se no nível 8,5 da escala.
A tabela de minerais intermediários se encontra no final deste artigo.

Escala de Mohs (dureza dos minerais):

Escala de Mohs para testes práticos
Teste da dureza dos minerais:
1. Talco (pode ser arranhado facilmente com a unha);
2. Gipsita (ou gesso) (pode ser arranhado com unha com um pouco mais de dificuldade);
3. Calcita (pode ser arranhado com uma moeda de cobre);
4. Fluorita (pode ser arranhada com uma faca de cozinha);
5. Apatita (pode ser arranhada dificilmente com uma faca de cozinha);
6. Feldspato / ortoclásio (pode ser arranhado com uma lima de aço);
7. Quartzo (capaz de arranhar o vidro. Ex.: ametista);
8. Topázio (capaz de arranhar o quartzo);
9. Corindon (capaz de arranhar o topázio. Exs.: safira e rubi);
10. Diamante (mineral mais duro que existe, pode arranhar qualquer outro e é arranhado apenas por outro diamante).

Tome em atenção que essa escala não corresponde a real dureza do mineral. 
Isso quer dizer que não é possível, a partir da escala, afirmar que o mineral de número 10 é dez vezes mais duro do que o mineral de número 1, visto que a dureza entre os materiais não ocorre de maneira tão uniforme. Entre os níveis 9 e 10, essa diferença se acentua ainda mais, uma vez que o diamante é cerca de 7 vezes mais duro que o seu antecessor, o coríndon. Apenas pode-se estabelecer uma classificação qualitativa entre os mesmos.
Sendo que os minerais de dureza 1 e 2, são os denominados moles, os que estão entre 3 e 6, semiduros, e a partir de 6 são duros.

Identificação prática de dureza de minerais:
https://www.oficina70.com/escala-de-dureza-de-minerais.html

Canetas de teste de dureza:
kit de caneta para testes de dureza de minerais
Kit de canetas com pontas metálicas de diferentes durezas para fazer teste de dureza de minerais.

Caso não possua todos estes minerais poderá eventualmente comprar um kit para testar a dureza dos minerais que você achou.
Comprar este kit de dureza de minerais, link no final deste artigo
Tabela intermediária de dureza de minerais
0.2–0.3 césio, rubídio
0.5–0.6 lítio, sódio, potássio
1. talco
1.5 gálio, estrôncio, índio, estanho, bário, tálio, chumbo, grafite, gelo
2. gesso, hexagonal nitreto de boro, cálcio, selênio, cádmio, enxofre, telúrio, bismuto
2.5–3 ouro, prata, alumínio, zinco, lantânio, cério, azeviche
3. calcita, cobre, arsénico, antimônio, tório, dentina
3.5 platina
4. fluorita, ferro, níquel
4–4.5 aço
5. apatita (esmalte dentário), zircônio, paládio, obsidiana (vidro vulcânico)
5.5 berílio, molibdénio, háfnio, vidro, cobalto
6. ortoclase, titânio, manganês, germânio, columbita (nióbio), ródio, urânio
6–7 quartzo fundido, pirita, silício, rutênio, irídio, tântalo, Opala, peridoto, tanzanite
7. quartzo, ósmio,  rênio, Vanádio
7.5–8 esmeralda, aço temperado, tungstênio, espinela
8. topázio, zircônia cúbica
8.5 Crisoberilo, Crômio, Nitreto de silício, carbeto de tântalo
9. coríndon, carbeto de tungstênio
9–9.5 carboneto de silício (carborundum), carboneto de titânio
9.5–10 boro, nitreto de boro, Rhenium diboride, stishovite, diboreto de titânio
10. diamante, carbonado
>10. diamante nanocristalino (hyperdiamond, ultrahard fullerite).

Outro teste mais certo para identificar a sua pedra é o da
Densidade relativa dos minerais:
https://www.oficina70.com/densidade-relativa-de-pedras-preciosas.html

COMPRAR Kit para comparar a dureza de minerais (escala de Mohs):

Oficineiros, o que são?

logotipo oficial da oficina 70
...muito mais que conhecimentos,
indo além fronteiras...

Segundo dicionário, Oficineiro é:
1. Pessoa que trabalha numa oficina.
2. Pessoa que participa em/ou ministra aula ou curso prático sobre uma actividade ou um assunto específico.


Tipos de Oficinas
Existem varios tipos de oficina para vários tipos de atividades.
Oficina de Música;
Oficina de Jóia e joalheria;
Oficina de Automóveis;
Oficinas de Ciências;
Oficinas de Consertos e arranjos;
Oficina Metalúrgica;
Oficina Gráfica e Gravura;
Oficina de Artes;
Oficina Tipográfica;
etc, etc....


Oficineiro
O oficineiro é um profissional que ministra oficinas, desempenhando um papel que não se limita a uma efetividade na resolução de problemas, mas que também envolve a capacidade de fazer surgir questões emergentes.

Ao ministrar uma oficina, o oficineiro é quem apoia a reflexão sobre a problemática apresentada e mede a produção de conhecimento coletivo dos envolvidos.
Ele é componente de uma rede contínua pautada pelo diálogo entre todos os que participam do processo, em uma teia sob a qual se desenham possibilidades de relação e identificação.

Essa dinâmica dialoga com o pensamento do filósofo chileno Francisco Varela sobre o processo de cognição: “…o ato de comunicar não se limita a uma transferência de informação de um remetente a um destinatário, mas pela modelagem mútua de um mundo comum por meio de uma ação conjugada”.

A atividade cognitiva, da qual o oficineiro é um possível condutor, se dá por meio de vivências e experimentações e é, portanto, construtiva uma vez que os caminhos aparecem conforme se percorrem os processos de aprendizagem, considerando como fundamental a troca de saberes e a construção coletiva.

A partir de uma dinâmica lúdica e informal, as oficinas e os oficineiros permitem uma participação pautada, sobretudo, no desejo de experimentar e vivenciar, o que pode diferenciar o processo de ensino e aprendizagem e somar a métodos formais de educação.

O número 70 (setenta).


Já o número 70, de oficina70 surgiu da década que nasci e do homônimo de "tentar", "você tenta, cê tenta...
... e do "sentar", você senta, cê senta.

Na prática e literalmente falando, 70 ou 60, ou seja:
"você tenta ou você senta".


Desde 2014 a nossa oficina ajudou e orientou...
1 milhão de visitas em 19 de Setembro (2014/2017);

2 milhões de visitas em 10 de Junho de 2019;

3 milhões de visitas em Setembro de 2021.


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Obrigado a todos e SUCESSO
J. Charles Silva


Fontes:

Identificação de pedras preciosas

Muitas vezes, as pessoas nos enviam fotos de pedras e nos pedem ajuda para as identificar.
Tentamos ser úteis e responder a todos, mas mesmo o melhor gemólogo do mundo não pode identificar adequadamente uma pedra preciosa apenas por uma fotografia.
Mesmo uma inspeção visual detalhada da pedra preciosa em mãos raramente é suficiente para a identificação de pedras preciosas.

Outros de nossos leitores procuram compradores para seus "diamantes" identificados com testadores de diamantes como o DIAMOND TESTER II, III, IV etc,etc, equipamentos baratos com precisão nada fiáveis, mporém nem sempre a culpa é do testador de diamantes, sendo uma das causa o não seguir coretamente as instruções dos testadores o que podem causar distúrbios na leitura fazendo-o induzi-lo ao erro dizendo que são diamantes quando na verdade não são.

Então vamos explicar quais são os melhores equipamentos para testar a sua pedra:

Microscópio digital para pedras preciosas
O estudo sistemático de pedras preciosas percorreu um longo caminho desde os dias em que qualquer pedra vermelha atraente era chamada de rubi. Hoje, os gemólogos devem ser capazes de identificar mais de 200 variedades diferentes de pedras preciosas, além de detectar uma lista cada vez maior de pedras oriundas de tratamentos sintéticos.
O que uma vez foi uma arte tornou-se uma ciência, e a identificação das gemas sem medição cuidadosa é apenas uma adivinhação.
OFICINA70.COM apenas pode sugerir e dar alguns conselhos de como proceder para que possa identificar a suas pedras. Por isto, não damos nenhuma certeza sobre a variedade ou tipo de sua pedra se não tivermos ela em mãos.

Polariscope para teste de pedras preciosas
Todo tipo de pedra preciosa possui um conjunto único de propriedades físicas e ópticas. Estes incluem não apenas cor e brilho, mas também dureza, gravidade específica (também chamada de densidade) e índice de refração. Embora vários tipos de pedras preciosas possam ter aproximadamente a mesma gravidade específica ou o mesmo índice de refração particular, cada tipo de gema tem um perfil único que é uma combinação dos resultados de todos os testes básicos. Não é recomendado usar apenas um teste para identificar uma gema, a menos que uma pedra preciosa possua um traço muito singular que possa ser determinado por um único teste e isto raramente ocorre.

Índice de Refração Líquido
As ferramentas gemológicas básicas não são difíceis de se aprender a usar. Eles incluem desde uma lupa simples de 10x (uma ferramenta poderosa nas mãos de um especialista), o refractômetro (para medir o índice de refração), o polariscope (para identificar gemas isoladamente e duplamente refractivas) até uma escala precisa de 1/100 de quilate (para medir a gravidade específica).
Também não são todas as joalherias que possuem estes tipos de equipamentos para efetuar testes nas suas pedras, pelo que deverá se dirigir às grandes joalherias de renome e de sua confiança. Também há ourives ou gemólogos e lojas que vendem cristais que tem e podem efetuar estes tipos de testes mais sofisticados cobrando um determinado valor pelos serviços, sendo que para certificação da pedra cobram outro valor, sendo que dependendo do tipo de gema que encontrou os valores pagos podem valer a pena na hora de vender a sua pedra preciosa.

Espectroscópio para teste de pedras preciosas
O microscópio binocular é uma ferramenta extremamente importante. Ele pode ser usado para detectar de forma confiável sinais de tratamento térmico ou enchimento de fratura, por exemplo, embora seja necessária muita habilidade e experiência. Algumas formas de tratamento só podem ser detectadas por equipamentos especializados e caros. Detectar o tratamento de radiação requer o uso de espectroscopia de raios gama e o tratamento com berílio de safira é detectado de forma mais confiável com um procedimento conhecido como LIBS (Espectroscopia de avaria induzida por laser). É improvável que você encontre essas ferramentas em seu laboratório de gemologia local.

Gemstone Tester
Identificador de pedras preciosas
Um gemólogo bem treinado com vasta experiência em um tipo especial de gema geralmente pode fornecer informações muito detalhadas sobre uma pedra preciosa, incluindo informações sobre sua origem. Este tipo de julgamento informado sobre a origem, precisa ser distinguido dos testes quantitativos que dão conclusões definitivas sobre o tipo de pedra preciosa. Isso geralmente se reflete na redação dos certificados emitidos pelos laboratórios de gemologia. Enquanto o laboratório pode identificar de forma conclusiva o material como rubi (corindo); só pode dizer que as características observadas são consistentes com o material extraído em Madagascar, por exemplo.

A gemologia tornou-se numa ciência, mas ainda há alguma arte nela.

Se quiser se dedicar mais a isto ou apenas fazer um curso nesta área da gemologia, procure se informar se há algum na sua região.

Seja apenas para testar uma pedra preciosa ou para entrar no mercado de testadores de pedras preciosas, estes são os equipamentos que poderão dar mais precisão na análise de pedras.

Fontes:

Como saber se uma ametista é verdadeira

Se você tiver uma ametista e quiser saber se ela é falsa, experimente as dicas abaixo para testá-la.
Geralmente, as ametistas não são falsificações até porque são baratas, mas ainda existe o perigo de uma peça falsa aparecer.

Um exemplo da ametista usada em joia é que ela é a pedra oficial do curso de Letras, normalmente utilizada em anéis de formatura, simbolizando o esclarecimento.
Os seguintes testes podem ser aplicados em pedras soltas tanto nas pedras em joia ou para cristais de ametista em bruto vendidos soltos.

Considere o local de origem da ametista
Se você adquirir de um vendedor de rua, peça mais informações sobre a joia e a sua procedência.
Se você for adquirir de garimpeiro, pergunte de onde ela foi extraída.

Coloque a ametista na sua testa
A pedra verdadeira continuará fria, uma falsificação irá esquentar até ficar na temperatura da sua pele.

Faça o teste do arranhão
Se a pedra for capaz de arranhar um azulejo de porcelana (que tem uma dureza de 7.0 na escala de Mohs, assim como uma ametista), a peça pode ser verdadeira.

Risque a gema com uma placa de vidro
Essa é uma técnica usada na mineralogia. A ametista, sendo uma variedade de quartzo, apresenta riscos brancos quando raspada contra o vidro.

Observe a cor
A ametista é uma variedade violeta ou púrpura do quartzo e têm uma cor roxa profunda com tons diferentes, como roxo e branco ou roxo e violeta.

Verifique se há falhas quando em joias
Uma joia verdadeira provavelmente é impecável, mas uma pedra falsa apresenta imperfeições.

Informações sobre pedras ametistas brutas:
No comércio de pedras ornamentais e jóias, é comum encontrar ametistas "camufladas", com tonalidades modificadas para tons amarelados após aquecimento controlado e ter o seu preço multiplicado, quando se torna "Topázio Rio Grande", o que nada mais é que uma falsificação.

Uma ametista para fortalecer sua cor poderá ser exposta ao Sol durante poucos períodos, porém, se ficar muito tempo ao Sol a sua cor pode enfraquecer. Isso acontece no Brasil principalmente com as ametistas provenientes do Pará.
A cor assim perdida pode ser recuperada com uso de raios X.

Até o século XVIII a ametista foi a principal pedra preciosa (sendo até esse momento a Rainha das Pedras Preciosas) comparada até mesmo ao nível do diamante. Contudo, a descoberta de abundantes jazidas no Brasil fez com que se tornasse numa pedra preciosa de médio valor.

 Inclusões na ametista
Conheça os tipos de inclusões mais comuns nas ametistas brutas
As inclusões sólidas mais comuns encontradas em ametista natural são concreções ou cristais tabulares dos minerais lepidocrosita, limonita ou hematita e agregados de
cristais aciculares de goethita (estes muito comuns na ametista do RS), muitas vezes observáveis a olho nu. Inclusões fluidas também são identificadas, podendo ser monofásicas e/ ou bifásicas, com formato irregular ou de cristais negativos, sempre estudadas com auxílio de microscopia, pois são de dimensões milimétricas a micrométricas. As inclusões sólidas descritas em ametista sintética são fragmentos de
um material originado por resíduos da cristalização, com aspecto de “farelo de pão” (breadcrumbs), em geral localizados próximo à semente de cristalização; inclusões fluidas, quando presentes, são bifásicas (líquido e gás) e com formato em ponta (spike-shaped).
A identificação e descrição dos padrões de zoneamento de cor (variação da cor seguindo a orientação das faces cristalinas) é sugerida como auxiliar na diferenciação da ametista natural da sintética. Segundo estudos, a zonação de cor além de não ser comum na ametista sintética, quando presente aparece como uma
variação de tonalidades mais claras e mais escuras de violeta e pode ter limites ondulados;
já na ametista natural a zonação de cor é mais comum e tipicamente marcada por limites
retos que podem apresentar ângulos em duas ou três direções. As variações das cores são
entre violeta, violeta-azulado e incolor (ou próximo do incolor), esta última nunca descrita
em ametista sintética.
Quando identificadas, feições internas como inclusões sólidas, fluidas e de zoneamento de cor são consideradas por muitos gemólogos como suficientes para separar ametista
natural da sintética. No entanto, o fato de gemas de qualidade superior serem lapidadas a
partir das porções mais límpidas dos cristais (sejam naturais ou sintéticos) e tipicamente não apresentarem inclusões e de inclusões fluidas típicas de quartzo
natural terem sido identificados em quartzo sintético, indica que
somente a análise das inclusões pode não ser conclusiva na separação da ametista sintética da natural.

12 Variedades e tipos de Ametistas:

Principais produtores de Ametista:
Atualmente, existem depósitos na Austrália, Sri Lanka, Índia, Madagascar, Namíbia e Estados Unidos, mas as principais reservas de potencial econômico expressivo ocorrem somente na Zâmbia, México, Uruguai e Brasil.

No Brasil as jazidas mais importantes estão nas cidades de Caetité e Sento Sé na Bahia, Chopinzinho no Paraná, Montezuma em Minas Gerais porém as mais notáveis minas de pedra ametista estão em Ametista do Sul no Rio Grande do Sul.

No Rio Grande do Sul, os principais municípios onde há produção registrada de ametista são Lajeado, Fontoura Xavier, Soledade, Encantado, Erechim, Aratiba, Quaraí, Nonoai, Iraí, Rodeio Bonito, Ametista do Sul e Frederico Westphalen.

Fontes:

Minerais fluorescentes (parte III)

A luz ultravioleta (UV) sobre os minerais (parte III)
(3/4)

Lâmpadas e lanternas para visualização de minerais fluorescentes
Alguns exemplos de luz UV para minerais:


(A) uma lâmpada UV gemológica padrão,
(B) a lâmpada de hobbyistas Mineralight,
(C) uma lupa de fluorescência UV comercial,
(D) uma fonte de luz LED de fibra óptica
(E) o espectrômetro de luminescência Thermo ABII.

As lâmpadas usadas por profissionais geólogos ou gemólogos para localizar e estudar minerais fluorescentes são muito diferentes das lâmpadas ultravioleta (chamadas "luzes negras") vendidas nas lojas. Estas lâmpadas não são adequadas para estudos minerais por dois motivos:
1) eles emitem luz ultravioleta de onda longa (a maioria dos minerais fluorescentes responde ao ultravioleta de ondas curtas);
2) eles emitem uma quantidade significativa de luz visível que interfere com a observação precisa, mas não é um problema para o uso se o teu negócio for mesmo só a termo de curiosidade e hobby.

Faixa de comprimento de onda ultravioleta:
Onda curta > 100-280nm >SW - UV-C
Onda média> 280-315nm >MW - UV-B
Onda curta> 315-400nm >LW - UV-A

As lâmpadas de nível científico são produzidas em uma variedade de comprimentos de onda diferentes. A tabela acima lista os intervalos de comprimento de onda que são mais utilizados para estudos de minerais fluorescentes e suas abreviaturas comuns.

As lâmpadas de grau científico usadas para estudos minerais têm um filtro que permite que os comprimentos de onda UV passem, mas bloqueiem a maioria das luzes visíveis que interferirão com a observação. Estes filtros são caros e são parcialmente responsáveis ​​pelo alto custo das lâmpadas científicas.

Um exemplo abaixo de uma lâmpada UV de 4 watts com uma pequena janela de filtro que é adequada para o exame atento de minerais fluorescentes.

Lâmpada para prospecção mineral noturna
Uma área onde se suspeita haver minerais de valor econômico que se sabe serem fluorescentes é percorrida à noite com uma lâmpada de luz ultravioleta. Quando ela incide sobre os minerais procurados, eles ficam iluminados.

Para esse fim, emprega-se muito a lâmpada conhecida comercialmente como mineralight. Há vários modelos e em um deles, muito usado em prospecção mineral, mas neste modelo em questão a energia é fornecida por uma bateria, que pode ser presa à cintura do prospector. A lâmpada fica embutida numa peça de plástico, ligada por um fio até bateria.

Segurança da lâmpada UV
Os comprimentos de onda ultravioleta da luz estão presentes na luz solar. Eles são os comprimentos de onda que podem causar queimaduras solares. As lâmpadas UV produzem os mesmos comprimentos de onda da luz, juntamente com os comprimentos de ondas UV de ondas curtas que são bloqueados pela camada de ozônio da atmosfera terrestre.

Pequenas lâmpadas UV com apenas alguns watts de energia são seguras para curtos períodos de uso.

O usuário não deve olhar para a lâmpada, brilhar a lâmpada diretamente sobre a pele ou brilhar a lâmpada para o rosto de uma pessoa ou animal de estimação. Olhar para a lâmpada pode causar lesões oculares graves. Brilhar uma lâmpada UV na sua pele pode causar "queimaduras solares".

Protecção dos olhos deve ser usada quando utilizar qualquer lâmpada UV. Óculos de bloqueio de UV baratos, óculos de segurança de bloqueio de UV ou óculos de suspensão de bloqueio UV fornecem proteção adequada ao usar uma lâmpada ultravioleta de baixa tensão por curtos períodos de tempo para examinar pedras.

Os procedimentos de segurança das luzes UV utilizadas para estudos de minerais fluorescentes não devem ser confundidos com os fornecidos com os "blacklights" vendidos em lojas de festa. "Blacklights" emite radiação ultravioleta de baixa onda de baixa intensidade.
A radiação UV de onda curta produzida por uma lâmpada de estudo mineral contém os comprimentos de onda associados à queimadura solar e lesões oculares. É por isso que as lâmpadas de estudo de minerais devem ser usadas com proteção para os olhos e manipuladas com mais cuidado do que as "luzes negras".

As lâmpadas UV usadas para iluminar grandes displays minerais ou usadas para trabalhos de campo ao ar livre têm tensões muito maiores do que as pequenas luzes UV usadas para o exame de espécimes pelos estudantes. A proteção dos olhos e a roupa que cobrem os braços, pernas, pés e mãos devem ser usadas ao usar uma lâmpada de alta tensão.

Exemplos de minerais fluorescentes:
Jaspe de oceano fluorescente sob os dois tipos de onda:
A imagem mostra alguns pedaços de jaspe de oceano sob luz normal (superior), ultravioleta de onda longa (centro) e ultravioleta de onda curta (inferior). Ele mostra como os materiais respondem a diferentes tipos de luz.


Fontes:

Minerais fluorescentes (parte IV)

A luz ultravioleta (UV) sobre os minerais (parte IV)
(4/4)

Lâmpadas UV para hobby

Três lâmpadas ultravioletas de grau de hobby usadas para visualização de minerais fluorescentes. No canto superior esquerdo, há uma pequena lâmpada de estilo "lanterna" que produz luz ultravioleta de onda longa e é pequena o suficiente para caber facilmente em um bolso. No canto superior direito há uma pequena lâmpada portátil de onda curta e produz tanto a onda longa como a onda curta. As duas janelas são filtros de vidro espesso que eliminam a luz visível. A lâmpada maior é forte o suficiente para se usar na tomada e em estúdios fotográficos.
Óculos de bloqueio UV sempre devem ser usados quando se trabalha por um longo período com uma lâmpada UV.

Atenção:
Siga sempre os conselhos de segurança para luz UV descritos na parte III.

Geodes fluorescentes?
Você pode se surpreender ao saber que algumas pessoas encontraram geodes com minerais fluorescentes dentro. Alguns dos geodes de Dugway, encontrados perto da comunidade de Dugway, Utah - US, são revestidos com calcedônia que produz uma fluorescência verde lima causada por vestígios de urânio.
Dugway geodes são surpreendentes por outro motivo. Eles se formaram há vários milhões de anos nos bolsos de gás de uma cama de riólito. Então, cerca de 20 mil anos atrás, eles foram corroídos pela ação das ondas ao longo da costa de um lago glacial e transportaram várias milhas para onde eles finalmente chegaram a descansar em sedimentos de lago. Hoje, as pessoas desenterram e adicionam-nas às coleções minerais de geodes e fluorescentes.

Spodumene Fluorescente:
Este spodumeno (kunzite) fornece pelo menos três lições importantes na fluorescência mineral. Todas as três fotos mostram a mesma dispersão de espécimes. O topo está em luz normal, o centro está em ultravioleta de ondas curtas, e o fundo está em ultravioleta de ondas longas.
Lições: 1) um único mineral pode fluorescer com cores diferentes;
2) a fluorescência pode ser de cores diferentes sob ondas de ondas curtas e ondas longas; 3) alguns espécimes de um mineral não serão fluorescentes.

Usos Práticos de Fluorescência de Mineral e Rocha
A fluorescência tem usos práticos em mineração, gemologia, petrologia e mineralogia. O Scheelite, um minério de tungstênio, tipicamente possui uma fluorescência azul brilhante. Os geólogos que procuram o Scheelite e outros minerais fluorescentes às vezes os buscam à noite com lâmpadas ultravioletas.

Os geólogos da indústria de petróleo e gás às vezes examinam estacas de perfuração e núcleos com lâmpadas UV. Pequenas quantidades de óleo nos espaços de poros da rocha e grãos minerais corados por óleo irão fluorescer sob iluminação UV. A cor da fluorescência pode indicar a maturidade térmica do óleo, com cores mais escuras indicando óleos mais pesados ​​e cores mais claras, indicando óleos mais leves.

As lâmpadas fluorescentes podem ser usadas em minas subterrâneas para identificar e rastrear rochas de minério. Eles também foram usados ​​em linhas de picking para detectar rapidamente peças de minério valiosas e separá-las dos resíduos.

Muitas pedras preciosas são às vezes fluorescentes, incluindo rubi, kunzite, diamante e opala. Esta propriedade às vezes pode ser usada para detectar pedras pequenas em sedimentos ou minério triturado. Também pode ser uma forma de associar pedras a uma localidade de mineração. Por exemplo: diamantes amarelos leves com forte fluorescência azul são produzidos pela Premier Mine da África do Sul, e as pedras incoloras com uma forte fluorescência azul são produzidas pela Mina Jagersfontein da África do Sul. As pedras dessas minas são apelidadas de "Premiers" e "Jagers".

No início dos anos 1900, muitos comerciantes de diamantes procuravam pedras com uma forte fluorescência azul. Eles acreditavam que essas pedras pareceriam mais incoloras (menos amarelas) quando vistas em luz com alto conteúdo ultravioleta. Isso resultou em condições de iluminação controlada para diamantes de classificação de cores.


A fluorescência não é rotineiramente utilizada na identificação mineral. A maioria dos minerais não são fluorescentes e a propriedade é imprevisível. Calcite é um bom exemplo. Alguma calcita não é fluorescente. Amostras de calcita que brilham em uma variedade de cores, incluindo vermelho, azul, branco, rosa, verde e laranja. A fluorescência raramente é uma propriedade de diagnóstico.

Outras propriedades luminescentes
Como já disse no início a fluorescência é apenas uma das várias propriedades de luminescência que um mineral pode exibir.
Outras propriedades de luminescência incluem:

FOSFORESCÊNCIA
Na fluorescência, os elétrons excitados por fótons entrantes pulam para um nível de energia mais alto e permanecem lá por uma pequena fração de segundo antes de voltar ao estado fundamental e emitir luz fluorescente. Na fosforescência, os elétrons permanecem no orbital de estado excitado por uma maior quantidade de tempo antes de cair. Minerais com parada de fluorescência que acendem quando a fonte de luz está desligada. Minerais com fosforescência podem brilhar por um breve período de tempo depois que a fonte de luz é desligada. Os minerais que às vezes são fosforescentes incluem calcita, celestia, colemanita, fluorita, esferestina e willemita.

TERMOLUMINESCENCE
A termoluminescência é a capacidade de um mineral emitir uma pequena quantidade de luz ao ser aquecido. Este aquecimento pode ser a temperaturas tão baixas quanto 50 a 200 graus Celsius - muito inferior à temperatura de incandescência. Apatita, calcita, clorofano, fluorita, lepidolite, escapolito e alguns feldspatos são ocasionalmente termoluminescentes.

TRIBOLUMINESCENCE
Alguns minerais emitem luz quando a energia mecânica é aplicada a eles. Esses minerais brilham quando são atingidos, esmagados, arranhados ou quebrados. Esta luz é o resultado de que os laços sejam quebrados dentro da estrutura mineral. A quantidade de luz emitida é muito pequena, e uma observação cuidadosa no escuro é muitas vezes necessária. Os minerais que às vezes apresentam triboluminescência incluem ambgingonita, calcita, fluorita, lepidolita, pectolita, quartzo, esfalerite e alguns feldspatos.

Finalisando...

Gostou do assunto?
Então pode se aprofundar nisto, seja por curiosidade ou para fazer uma tese na faculdade de geologia poderá adquirir alguns livros sobre minerais fluorescentes
Dois excelentes livros introdutórios sobre minerais fluorescentes (em inglês):
ambos por Stuart Schneider. Estes livros são escritos em linguagem fácil de entender, e possuem uma fantástica coleção de fotografias a cores que mostram minerais fluorescentes sob luz normal e diferentes comprimentos de onda da luz ultravioleta. Eles são ótimos para aprender sobre minerais fluorescentes e servir como valiosos livros de referência.

Ver:

Fontes:

Minerais fluorescentes (parte II)

A luz ultravioleta (UV) sobre os minerais (parte II)
(2/4)

Uma das propriedades mais interessantes dos minerais, embora exibida por apenas poucos deles, é a fluorescência. Além de ajudar na sua identificação, ela surpreende pelas cores inusitadas que leva o mineral a mostrar.

Para entender o que é fluorescência, vejamos primeiro o que é luminescência. Dá-se esse nome à uma emissão de luz temporária e com determinada coloração apresentada por certas substâncias quando estimuladas por calor, eletricidade, radioatividade, luz ultravioleta, luz infravermelha ou outra forma de energia, abaixo do ponto de incandescência.

Os minerais podem apresentar vários tipos de luminescência

A triboluminescência é a emissão de luz provocada por atrito, a fosforescência é a propriedade que têm certos corpos sólidos de emitir radiações luminosas mesmo depois da causa excitadora ter sido removida, a termoluminescência é a emissão de luz através do aquecimento do mineral, a fluorescência é a emissão de luz através de uma radiação invisível. Esta última é a mais importante e mais útil na identificação de minerais, as outras veremos mais tarde



A fluorescência ocorre porque, sob o efeito da radiação invisível, elétrons da substância absorvem energia e passam do chamado estado fundamental para o estado excitado. Ao voltar ao estado fundamental, eles liberam o excesso de energia na forma de radiação. Na fluorescência, esse processo ocorre em menos de 0,000.01 segundo.

Nas lâmpadas fluorescentes comuns, usadas em casa, por exemplo, o tubo de vidro é revestido internamente por um material à base de fósforo, que fica excitado com a radiação ultravioleta que surge quando a corrente elétrica ioniza o gás existente dentro da lâmpada. Essa excitação produz a luz visível. Os gases mais usados são o argônio e o vapor de mercúrio.

Fluorita: O "Mineral Fluorescente" original
A palavra fluorescência vem de fluorita, porque foi nesse mineral que o fenômeno foi descoberto.

Uma das primeiras pessoas a observar a fluorescência em minerais foi George Gabriel Stokes em 1852. Ele notou a capacidade da fluorita de produzir um brilho azul quando iluminado com luz invisível "além do extremo violeta do espectro". Ele chamou esse fenômeno de "fluorescência" mineral. O nome ganhou ampla aceitação em mineralogia, gemologia, biologia, óptica, iluminação comercial e muitos outros campos.

Muitos espécimes de fluorita têm uma fluorescência suficientemente forte para que o observador possa levá-los para fora, mantê-los à luz solar, depois movê-los para a sombra e ver uma mudança de cor. Apenas alguns minerais têm esse nível de fluorescência. A Fluorita geralmente acende sob uma cor azul-violeta de ondas curtas e/ou ondas longas. Alguns espécimes são conhecidos por brilhar uma cor creme ou branca. Muitos espécimes não fluorescem. A fluorescência na fluorita é suposta ser causada pela presença de itrio, europium, samário ou material orgânico como ativadores.

Fluorita: espécimes polimerizados de fluorita em luz normal (superior) e sob luz ultravioleta de onda curta (inferior). A fluorescência parece estar relacionada à cor e estrutura de bandas dos minerais em luz normal, que poderia estar relacionada à sua composição química.

Fluorescência e Fosforescência
Se um mineral está em um ambiente totalmente escuro, obviamente fica invisível aos nossos olhos. Isso ocorre porque, quando vemos um objeto, na verdade o que vemos é a luz que dele emana, seja luz gerada por ele mesmo, seja aquela gerada por outra fonte, mas por ele refletida.

Se esse mineral receber uma radiação invisível, como luz ultravioleta, luz infravermelha ou raios X, é de se esperar que continue invisível para nós, já que essas radiações não são visíveis. Mas isso não acontece se ele for fluorescente. Nesse caso, o mineral fica iluminado, com uma cor que é típica para cada espécie e que muitas vezes é bem diferente de sua cor em luz visível. Cessado o efeito da radiação, ele volta a ficar invisível. Fluorescência, portanto, é uma luminescência de cor variável, emitida por uma substância enquanto está sob efeito de uma radiação invisível.

Em alguns casos, depois de cessado o efeito da radiação invisível, a luminescência persiste ainda por algum tempo, que pode ser de apenas alguns segundos. Nesse caso, diz-se que o mineral é fosforescente. Fosforescência, portanto, é um caso particular de fluorescência. Todo mineral fosforescente é também fluorescente, mas o contrário não é verdadeiro.

A duração da fosforescência depende muito da temperatura. Quando provocada por luz ultravioleta, dura até um minuto.

Para observar a fluorescência dos minerais, costuma-se empregar luz ultravioleta de 2.500 ângstrons (comprimento de onda curto) ou de 3.500 ângstrons (comprimento de onda longo).

Ou seja:

Ultravioleta B (UVB) 280 nm - 315 nm
ou
Ultravioleta A (UVA) 315 nm – 400 nm
onde nm significa: comprimento de onda (ângstrons). 

Atenção
aos conselhos de segurança sobre o uso de luz UV

Abaixo uma lanterna UV 395nm vs uma 280nm a uma distância de 25cm da parede.

Lâmpada incandescente de luz negra (black light) E27 75W


Identificando alguns minerais com luz UV
oficina70.com
Lanterna de luz ultravioleta UV-A 395nm com foco de lupa e ponta telescopica



A fluorescência é útil, na geologia, de duas maneiras. A primeira e mais usual é na identificação de minerais. Para tanto, utiliza-se principalmente a luz ultravioleta de comprimento de onda longo, fornecida por lanternas como a que se vê na figura acima. Esse modelo fornece tanto luz ultravioleta quanto luz branca, de modo que se pode trabalhar no escuro sem necessidade de ficar levantando para acender e apagar a lâmpada que ilumina o ambiente ou mesmo sem precisar empregar uma liluminação de mesa.

A fluorescência isoladamente não é um método seguro para identificar um mineral ou uma gema de qualquer natureza, mas é particularmente útil na identificação de rubi sintético, pois no rubi natural a fluorescência é mais fraca e a fosforescência não aparece.

Gemas duplas ou triplas, ou seja, aquelas obtidas pela colagem de duas ou três peças de materiais diferentes (naturais ou não) podem também ser identificadas por fluorescência, pois um dos materiais é às vezes fluorescente, enquanto o outro não é.

A safira sintética mostra, sob luz ultravioleta de comprimento de onda curto, uma fluorescência branco-azulada ou esverdeada, que é rara nas safiras naturais. A safira amarela, se for fluorescente, certamente é natural. O diamante, quando fluorescente, costuma exibir cor azul-clara sob luz ultravioleta.


Exemplos de minerais fluorescentes:
A Opala mostra também notável fluorescência. Uma opala cinza-azulada fica com viva cor verde-maçã em luz ultravioleta:
Opala cinza em luz natural
Opala cinza mostrando fluorescência em verde
O Âmbar mostra-se azul-esverdeado ou amarelo-azulado na mesma luz:
Âmbar em luz natural
Âmbar em luz ultravioleta
As figuras abaixo mostram uma chapa de Ágata polida que foi tingida, adquirindo cor rosa. Sob radiação ultravioleta, ela fica nitidamente alaranjada:
Ágata polida em luz natural
Âmbar polida em luz ultravioleta
Sendo os Corais formados de carbonato de cálcio, como a calcita, também eles exibem fluorescência:
Coral branco com intensa fluorescência em azul
 Coral branco com intensa fluorescência em violeta