Identificação de pedras preciosas

Muitas vezes, as pessoas nos enviam fotos de pedras e nos pedem ajuda para as identificar.
Tentamos ser úteis e responder a todos, mas mesmo o melhor gemólogo do mundo não pode identificar adequadamente uma pedra preciosa apenas por uma fotografia.
Mesmo uma inspeção visual detalhada da pedra preciosa em mãos raramente é suficiente para a identificação de pedras preciosas.

Outros de nossos leitores procuram compradores para seus "diamantes" identificados com testadores de diamantes como o DIAMOND TESTER II, III, IV etc,etc, equipamentos baratos com precisão nada fiáveis, mporém nem sempre a culpa é do testador de diamantes, sendo uma das causa o não seguir coretamente as instruções dos testadores o que podem causar distúrbios na leitura fazendo-o induzi-lo ao erro dizendo que são diamantes quando na verdade não são.

Então vamos explicar quais são os melhores equipamentos para testar a sua pedra:

Microscópio digital para pedras preciosas
O estudo sistemático de pedras preciosas percorreu um longo caminho desde os dias em que qualquer pedra vermelha atraente era chamada de rubi. Hoje, os gemólogos devem ser capazes de identificar mais de 200 variedades diferentes de pedras preciosas, além de detectar uma lista cada vez maior de pedras oriundas de tratamentos sintéticos.
O que uma vez foi uma arte tornou-se uma ciência, e a identificação das gemas sem medição cuidadosa é apenas uma adivinhação.
OFICINA70.COM apenas pode sugerir e dar alguns conselhos de como proceder para que possa identificar a suas pedras. Por isto, não damos nenhuma certeza sobre a variedade ou tipo de sua pedra se não tivermos ela em mãos.

Polariscope para teste de pedras preciosas
Todo tipo de pedra preciosa possui um conjunto único de propriedades físicas e ópticas. Estes incluem não apenas cor e brilho, mas também dureza, gravidade específica (também chamada de densidade) e índice de refração. Embora vários tipos de pedras preciosas possam ter aproximadamente a mesma gravidade específica ou o mesmo índice de refração particular, cada tipo de gema tem um perfil único que é uma combinação dos resultados de todos os testes básicos. Não é recomendado usar apenas um teste para identificar uma gema, a menos que uma pedra preciosa possua um traço muito singular que possa ser determinado por um único teste e isto raramente ocorre.

Índice de Refração Líquido
As ferramentas gemológicas básicas não são difíceis de se aprender a usar. Eles incluem desde uma lupa simples de 10x (uma ferramenta poderosa nas mãos de um especialista), o refractômetro (para medir o índice de refração), o polariscope (para identificar gemas isoladamente e duplamente refractivas) até uma escala precisa de 1/100 de quilate (para medir a gravidade específica).
Também não são todas as joalherias que possuem estes tipos de equipamentos para efetuar testes nas suas pedras, pelo que deverá se dirigir às grandes joalherias de renome e de sua confiança. Também há ourives ou gemólogos e lojas que vendem cristais que tem e podem efetuar estes tipos de testes mais sofisticados cobrando um determinado valor pelos serviços, sendo que para certificação da pedra cobram outro valor, sendo que dependendo do tipo de gema que encontrou os valores pagos podem valer a pena na hora de vender a sua pedra preciosa.

Espectroscópio para teste de pedras preciosas
O microscópio binocular é uma ferramenta extremamente importante. Ele pode ser usado para detectar de forma confiável sinais de tratamento térmico ou enchimento de fratura, por exemplo, embora seja necessária muita habilidade e experiência. Algumas formas de tratamento só podem ser detectadas por equipamentos especializados e caros. Detectar o tratamento de radiação requer o uso de espectroscopia de raios gama e o tratamento com berílio de safira é detectado de forma mais confiável com um procedimento conhecido como LIBS (Espectroscopia de avaria induzida por laser). É improvável que você encontre essas ferramentas em seu laboratório de gemologia local.

Gemstone Tester
Identificador de pedras preciosas
Um gemólogo bem treinado com vasta experiência em um tipo especial de gema geralmente pode fornecer informações muito detalhadas sobre uma pedra preciosa, incluindo informações sobre sua origem. Este tipo de julgamento informado sobre a origem, precisa ser distinguido dos testes quantitativos que dão conclusões definitivas sobre o tipo de pedra preciosa. Isso geralmente se reflete na redação dos certificados emitidos pelos laboratórios de gemologia. Enquanto o laboratório pode identificar de forma conclusiva o material como rubi (corindo); só pode dizer que as características observadas são consistentes com o material extraído em Madagascar, por exemplo.

A gemologia tornou-se numa ciência, mas ainda há alguma arte nela.

Se quiser se dedicar mais a isto ou apenas fazer um curso nesta área da gemologia, procure se informar se há algum na sua região.

Seja apenas para testar uma pedra preciosa ou para entrar no mercado de testadores de pedras preciosas, estes são os equipamentos que poderão dar mais precisão na análise de pedras.

Fontes:

Como saber se uma ametista é verdadeira

Se você tiver uma ametista e quiser saber se ela é falsa, experimente as dicas abaixo para testá-la.
Geralmente, as ametistas não são falsificações até porque são baratas, mas ainda existe o perigo de uma peça falsa aparecer.

Um exemplo da ametista usada em joia é que ela é a pedra oficial do curso de Letras, normalmente utilizada em anéis de formatura, simbolizando o esclarecimento.
Os seguintes testes podem ser aplicados em pedras soltas tanto nas pedras em joia ou para cristais de ametista em bruto vendidos soltos.

Considere o local de origem da ametista
Se você adquirir de um vendedor de rua, peça mais informações sobre a joia e a sua procedência.
Se você for adquirir de garimpeiro, pergunte de onde ela foi extraída.

Coloque a ametista na sua testa
A pedra verdadeira continuará fria, uma falsificação irá esquentar até ficar na temperatura da sua pele.

Faça o teste do arranhão
Se a pedra for capaz de arranhar um azulejo de porcelana (que tem uma dureza de 7.0 na escala de Mohs, assim como uma ametista), a peça pode ser verdadeira.

Risque a gema com uma placa de vidro
Essa é uma técnica usada na mineralogia. A ametista, sendo uma variedade de quartzo, apresenta riscos brancos quando raspada contra o vidro.

Observe a cor
A ametista é uma variedade violeta ou púrpura do quartzo e têm uma cor roxa profunda com tons diferentes, como roxo e branco ou roxo e violeta.

Verifique se há falhas quando em joias
Uma joia verdadeira provavelmente é impecável, mas uma pedra falsa apresenta imperfeições.

Informações sobre pedras ametistas brutas:
No comércio de pedras ornamentais e jóias, é comum encontrar ametistas "camufladas", com tonalidades modificadas para tons amarelados após aquecimento controlado e ter o seu preço multiplicado, quando se torna "Topázio Rio Grande", o que nada mais é que uma falsificação.

Uma ametista para fortalecer sua cor poderá ser exposta ao Sol durante poucos períodos, porém, se ficar muito tempo ao Sol a sua cor pode enfraquecer. Isso acontece no Brasil principalmente com as ametistas provenientes do Pará.
A cor assim perdida pode ser recuperada com uso de raios X.

Até o século XVIII a ametista foi a principal pedra preciosa (sendo até esse momento a Rainha das Pedras Preciosas) comparada até mesmo ao nível do diamante. Contudo, a descoberta de abundantes jazidas no Brasil fez com que se tornasse numa pedra preciosa de médio valor.

 Inclusões na ametista
Conheça os tipos de inclusões mais comuns nas ametistas brutas
As inclusões sólidas mais comuns encontradas em ametista natural são concreções ou cristais tabulares dos minerais lepidocrosita, limonita ou hematita e agregados de
cristais aciculares de goethita (estes muito comuns na ametista do RS), muitas vezes observáveis a olho nu. Inclusões fluidas também são identificadas, podendo ser monofásicas e/ ou bifásicas, com formato irregular ou de cristais negativos, sempre estudadas com auxílio de microscopia, pois são de dimensões milimétricas a micrométricas. As inclusões sólidas descritas em ametista sintética são fragmentos de
um material originado por resíduos da cristalização, com aspecto de “farelo de pão” (breadcrumbs), em geral localizados próximo à semente de cristalização; inclusões fluidas, quando presentes, são bifásicas (líquido e gás) e com formato em ponta (spike-shaped).
A identificação e descrição dos padrões de zoneamento de cor (variação da cor seguindo a orientação das faces cristalinas) é sugerida como auxiliar na diferenciação da ametista natural da sintética. Segundo estudos, a zonação de cor além de não ser comum na ametista sintética, quando presente aparece como uma
variação de tonalidades mais claras e mais escuras de violeta e pode ter limites ondulados;
já na ametista natural a zonação de cor é mais comum e tipicamente marcada por limites
retos que podem apresentar ângulos em duas ou três direções. As variações das cores são
entre violeta, violeta-azulado e incolor (ou próximo do incolor), esta última nunca descrita
em ametista sintética.
Quando identificadas, feições internas como inclusões sólidas, fluidas e de zoneamento de cor são consideradas por muitos gemólogos como suficientes para separar ametista
natural da sintética. No entanto, o fato de gemas de qualidade superior serem lapidadas a
partir das porções mais límpidas dos cristais (sejam naturais ou sintéticos) e tipicamente não apresentarem inclusões e de inclusões fluidas típicas de quartzo
natural terem sido identificados em quartzo sintético, indica que
somente a análise das inclusões pode não ser conclusiva na separação da ametista sintética da natural.

12 Variedades e tipos de Ametistas:

Principais produtores de Ametista:
Atualmente, existem depósitos na Austrália, Sri Lanka, Índia, Madagascar, Namíbia e Estados Unidos, mas as principais reservas de potencial econômico expressivo ocorrem somente na Zâmbia, México, Uruguai e Brasil.

No Brasil as jazidas mais importantes estão nas cidades de Caetité e Sento Sé na Bahia, Chopinzinho no Paraná, Montezuma em Minas Gerais porém as mais notáveis minas de pedra ametista estão em Ametista do Sul no Rio Grande do Sul.

No Rio Grande do Sul, os principais municípios onde há produção registrada de ametista são Lajeado, Fontoura Xavier, Soledade, Encantado, Erechim, Aratiba, Quaraí, Nonoai, Iraí, Rodeio Bonito, Ametista do Sul e Frederico Westphalen.

Fontes: